Buscar

Psicopatologia: Aspectos Históricos e Transtornos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 140 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. MSc. André Luiz Monezi Andrade 
Departamento de Psicobiologia. Universidade Federal de São Paulo – 
Escola Paulista de Medicina 
Departamento de Psicologia. Universidade Anhembi Morumbi – 
Laureate International Universities® 
PSICOPATOLOGIA 
ÍNDICE 
1. Aspectos históricos da psicopatologia 
2. Breve histórico da reforma psiquiátrica 
3. O que é transtorno mental? 
4. Funções psíquicas 
5. O Transtornos de humor 
6. O Transtornos de ansiedade 
7. O Transtornos por uso de substâncias 
SUGESTÕES 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos 
transtornos mentais. Porto Alegre. Artmed, 2000 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM – IV Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995 
Bibliografia principal 
CHENIAUX, E. Manual de 
Psicopatologia. São Paulo: 
Guanabara Koogan, 2005.. 
ASSUMPÇÃO, JR. RAMADAM, A. L.. 
Psiquiatria – da magia à evidência. 
São Paulo: Manole, 2005. 
Bibliografia complementar 
Parte 1 - Aspectos gerais da psicopatologia: 1. Introdução geral à semiologia psiquiátrica; 
2. Definição de psicopatologia e ordenação dos seus fenômenos. Psicopatologia e 
semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
. 
Resgatando a história da psiquiatria 
Freud e Charcot com Sergio Britto e Quinet (Parte 1) 
http://www.youtube.com/watch?v=nTd0CO1MlL0 
http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n2/v29n2a02.pdf 
http://www.youtube.com/watch?v=XS6mvgWIaoo 
 
 
A vida de Charcot (somente imagens) 
Sugestões de estudo 
1. ASPECTOS HISTÓRICOS 
“Transtornos” mentais Aspectos religiosos 
Egito Antigo 
Hipócrates 
Aristóteles 
"Deveria ser sabido que ele é a fonte do nosso prazer, alegria, 
riso e diversão, assim como nosso pesar, dor, ansiedade e 
lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro. É especificamente 
o órgão que nos habilita a pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio 
do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer. É o cérebro 
também que é a sede da loucura e do delírio, dos medos e 
sustos que nos tomam, muitas vezes à noite, mas ás vezes 
também de dia; é onde jaz a causa da insônia e do 
sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres 
esquecidos e excentricidades". 
Centro das emoções, pensamentos, sentimentos... 
Manutenção da temperatura corporal (refrigerador) 
Os nutrientes subiriam até o cérebro e se 
transformariam em líquido.... 
Galeno 
Aceitava as opiniões de Hipócrates 
Dissecação de cães 
Cérebro 
Mais macio 
Cerebelo 
Mais duro 
Comandava 
os músculos 
Comandava as 
emoções e sensações 
Créditos do slide: Prof. Dr. Leonardo Carneiro de Araújo 
Sensações eram registradas e movimentos 
iniciados pelos movimentos dos fluidos para 
ou a partir dos ventrículos do cérebro, 
através dos nervos, que se acreditava serem 
tubos, como as veias. 
http://www.cefala.org/~leoca/ 
Ventrículos; cavidade com líquidos. 
Relação com a ideia já postulada de que o 
corpo funcionava de acordo com um balanço 
dos nossos fluídos vitais. 
 1484- Heinrich Kraemer e James 
Sprenger. 
Inocêncio VIII 
A doença mental na idade média 
1484 O manuscrito era dividido em três partes e subdividido 
em partes chamados de “Questões”. 
1° parte (18 questões): reconhecimento de “bruxas”. 
2° parte (2 questões): os malefícios causados pelas 
bruxas, métodos para desfazê-los! 
3° parte (35 questões): como realizar uma “anamnese” 
e torturá-las. 
Avicena 
1 Hospital Psiquiátrico 
no mundo (Bagdad) 
Avicena também foi o precursor da psicoterapia , terapia ocupacional e musicoterapia!! 
 Séculos XV-XVIII- Mercantilismo 
“Transtornos” mentais 
Aspectos morais 
Indivíduos sem moral-marginalizados da sociedade.... 
A doença mental na idade moderna 
René Descartes 
? 
! 
Cogito, ergum 
sum! 
Bethlem Royal Hospital 
Criado em 1547 (Henrique VIII) 
Hospital La Salpetriere 
Criado em 1656 (Luís XIV) 
“Transtornos” mentais 
Século XVIII- Aspectos neurobiológicos Hospital - Salpetriere 
 
Philippe Pinel 
Jean-Étienne Dominique Esquirol 
FRENOLOGIA 
Franz Joseph Gall 
Início do século XVII 
1. As faculdades morais, intelectuais e propensões dos indivíduos 
eram inatas 
2. O cérebro possuía muitos “sub-orgãos” gerenciando 
características específicas. Assim, alguém que possuía alguma 
característica em particular poderia ser detectado por meio de um 
exame. 
3. Isto porque, as modificações no cérebro levariam a uma 
modificação no crânio, alterando sua protuberância. 
4. Muitas pessoas se “consultavam” com os frenologistas para um processo de auto 
conhecimento. 
 Séculos XVIII- XIV Revolução Industrial “Manicômios“ 
O Caso de Phineas Gage... 
Nova Inglaterra... 
1952 - Morton Jellinek 
A doença mental na idade contemporânea 
A doença mental na idade 
antiga 
Compreensão dos transtornos 
mentais 
Tratamentos 
A doença mental na idade 
antiga 
Espiritual ------------------ 
A doença mental na idade 
média 
Espiritual Tortura, fogueira (Europa) 
Sais de banho, hospital, 
musicoterapia, TO (Oriente 
Médio) 
A doença mental na idade 
moderna 
Moral (início) 
Moral/biológico (final) 
Ventosaterapia, purgações e 
sangrias. 
A doença mental na idade 
contemporânea 
 
Moral/biológico (início) 
Biológico (final) 
 
Insulina, indução de febre, 
eletrochoques, 
psicofarmacologia (1950). 
RESUMÃO! 
Nome Data O que é Justificativa 
Furos no crânio século 5 a.C Fazer buracos no couro cabeludo do 
paciente. 
Os buracos permitem que os demônios, que 
provocam a loucura ao ocupar o corpo do paciente, 
possam abandoná-lo. 
 
Disciplina total Século 17 Thomas Willis, um dos primeiros 
médicos a escrever sobre loucura, 
dizia que “disciplina, ameaças, 
algemas e bofetadas são tão 
necessárias quanto tratamento 
médico”. 
 
Justificativa: É a razão que separa os homens dos 
animais. Loucos são, portanto, como bichos e, para 
se recuperarem, precisam aprender a ter medo e 
respeito. 
 
Dor Século 18 São empregadas diversas técnicas com o 
objetivo de machucar o paciente. A mais 
comum consiste em provocar bolhas no 
crânio e genitálias, usando soda cáustica. 
As dores obrigam a mente do louco a focar-se nessa 
sensação, deixando de lado pensamentos raivosos. 
“TRATAMENTOS” 
Nome Data O que é Justificativa 
Indução de 
vômito 
1715 Durante vários dias, diferentes tipos de 
purgantes são ministrados ao paciente. 
“Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão 
suspensas e, algumas vezes, removidas. Até o mais 
furioso vai se tornar tranqüilo e obediente”, dizia o 
médico George Man Burrows. 
 
Sangramento 1790 Retirada de até quatro quintos do sangue 
do corpo. 
Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação 
podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o 
cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue 
poderia normalizar o fluxo. 
Afogamento 1828 O paciente é colocado dentro de um 
caixão com furos e imerso na água. Deve 
ficar submerso até que “bolhas de ar 
parem de subir”. Depois é retirado e 
reavivado. 
O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita 
que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas 
de pensar. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
Nome Data O que é Justificativa 
Indução de 
vômito 
1715 Durante vários dias, diferentes tipos de 
purgantes são ministrados ao paciente. 
“Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão 
suspensas e, algumasvezes, removidas. Até o mais 
furioso vai se tornar tranqüilo e obediente”, dizia o 
médico George Man Burrows. 
 
Sangramento 1790 Retirada de até quatro quintos do sangue 
do corpo. 
Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação 
podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o 
cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue 
poderia normalizar o fluxo. 
Afogamento 1828 O paciente é colocado dentro de um 
caixão com furos e imerso na água. Deve 
ficar submerso até que “bolhas de ar 
parem de subir”. Depois é retirado e 
reavivado. 
O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita 
que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas 
de pensar. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
Nome Data O que é Justificativa 
Cirurgias 
ginecológicas 
1890 Amputação do clitóris e retirada do 
útero. 
A vagina e o clitóris têm grande influência na mente 
feminina. A loucura pode ser resultado da agitação 
provocada por esses órgãos. 
Hidroterapia 1896 O paciente é enrolado em uma rede e 
mantido dentro de uma banheira 
encoberta por uma lona (com um buraco 
para a cabeça) por horas ou até dias. 
Água gelada e água fervente são usadas 
alternadamente para encher a banheira. 
O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula 
a produção de secreções da pele e dos rins, que podem 
reestruturar as funções do cérebro. 
Terapias 
endócrinas 
1899 Injeção de extratos dos ovários, 
testículos, glândulas pituitárias e 
tireóides de diversos animais. 
Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, 
portanto, levam à cura permanente. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
Nome Data O que é Justificativa 
Cirurgias 
ginecológicas 
1890 Amputação do clitóris e retirada do 
útero. 
A vagina e o clitóris têm grande influência na mente 
feminina. A loucura pode ser resultado da agitação 
provocada por esses órgãos. 
Hidroterapia 1896 O paciente é enrolado em uma rede e 
mantido dentro de uma banheira 
encoberta por uma lona (com um buraco 
para a cabeça) por horas ou até dias. 
Água gelada e água fervente são usadas 
alternadamente para encher a banheira. 
O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula 
a produção de secreções da pele e dos rins, que podem 
reestruturar as funções do cérebro. 
Terapias 
endócrinas 
1899 Injeção de extratos dos ovários, 
testículos, glândulas pituitárias e 
tireóides de diversos animais. 
Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, 
portanto, levam à cura permanente. 
Nome Data O que é Justificativa 
Esterilização 1913 Esterilização forçada nos homens. A operação viabiliza a conservação do esperma, o elixir da 
vida, ajudando na melhoria do quadro. 
Extração de 
dentes 
1916 Remoção de dentes que apresentam 
problemas. A terapia não é aconselhada 
para pacientes num estágio avançado da 
doença. 
Bactérias são a causa de várias doenças crônicas e 
costumam ficar escondidas perto dos dentes. Elas podem 
seguir até o sistema circulatório e chegar ao cérebro, 
causando doenças mentais. 
Hibernação 1920 O paciente permanece entre 
“cobertores” congelados por até três 
dias, para que a temperatura do corpo 
caia 12oC ou menos. 
O choque térmico pode fazer com que o paciente recobre 
parte das funções mentais. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
Nome Data O que é Justificativa 
Coma 
provocado 
1933 O paciente recebe uma dose de insulina 
suficiente para levá-lo ao estado de 
coma. Depois de um tempo (de 10 a 120 
minutos), é reavivado com uma solução 
de glicose. 
A hipoglicemia pode matar ou silenciar as células doentes 
e sem possibilidade de restauração. Os pacientes voltam 
do coma agindo como bebês de 5 anos o que é, sem 
dúvida, uma prova de sua recuperação. 
Convulsão 1934 O paciente recebe uma injeção de 
metrazol e entra em forte convulsão, 
correndo o risco de quebrar ossos e 
dentes e ter hemorragias. 
A convulsão pode restaurar as funções mentais. Ou isso, 
ou o temor do paciente diante da terapia causa um 
choque cerebral tão forte que provoca a cura. De todo 
modo, a terapia é válida. 
Eletrochoque 1937 Uso da eletricidade diretamente na 
cabeça para provocar o ataque de 
epilepsia. 
A convulsão produz danos cerebrais, eficientes na 
recuperação do paciente. A perda de memória, outra 
conseqüência do choque, é benéfica já que torna 
impossível a lembrança de eventos que lhe causem 
preocupação ou angústia. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
Nome Data O que é Justificativa 
Lobotomia/ 
Leucotomia 
1940 Aprimorada pelo neurologista português 
Egas Moniz, a cirurgia, que já vinha 
sendo realizada de diferentes maneiras 
desde o século 19, consiste em danificar 
os lobos frontais do cérebro. 
Distúrbios acontecem porque pensamentos patológicos 
“fixam-se” nas células cerebrais, especialmente nos lobos 
frontais. Para curar o paciente, é preciso destrui-las. 
Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
2. BREVE HISTÓRICO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA 
Bezerra Junior, B. (1992). Psiquiatria sem hospício. 
 
Os 10 anos de reforma psiquiátrica no Brasil (Carta Capital). 
http://www.cartacapital.com.br/saude/os-10-anos-da-reforma-psiquiatrica-no-brasil/ 
Relatório sobre a saúde mental no Brasil (excelente!!!!) 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf 
 
http://www.youtube.com/watch?v=VE40YNIUsV4 
 
Reforma Psiquiátrica no Brasil - Programa Sem Censura 
Sugestão de estudo 
1792- Philippe Pinel 
1952- Morton Jellinek Dependência de álcool = doença 
Antecedentes da reforma psiquiátrica 
Comunidades terapêuticas nos Estados Unidos e Inglaterra (1960) 
Sem hierarquia entre os profissionais 
Medicação voluntária 
Resposta aos hospitais psiquiátricos 
 Walter Freeman- Departamento de Medicina- Universidade de Yale 
 1950 Lobotomia- Lóbos, que significa porção, parte, 
+ Tomé, que significa corte, 
 Leucotomia X Lobotomia 
Mais específica Mais ampla 
Trepanação Trans orbital 
 1952 Henri Laborit 
 Clorpromazina- Amplictil® 
A partir de 1952- início da psicofarmacologia moderna 
Franco Basaglia 
1961- Diretor do hospital psiquiátrico de Gorizia - Itália 
Emergências psiquiátricas 
Cooperativas de trabalho protegido 
Residências terapêuticas 
Centros de convivência 
Tratamento com base 
na noção de rede 
O início da reforma psiquiátrica 
Parte 1 - Aspectos gerais da psicopatologia: 3. O conceito de normalidade em 
psicopatologia. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
 
Ser são em lugares insanos: O DSM, a validade científica e a confiabilidade 
dos diagnósticos psiquiátricos. 
http://www.clinicaps.com.br/clinicaps_pdf/Rev_10/Revista%2010%20-%20art4.pdf 
Louco, eu? (Artigo da revista Super Interessante) 
http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 
 
http://www.youtube.com/watch?v=E4_1jo05z_w 
 
As loucuras do Rei George 
Sugestão de leitura: 
3. O conceito de transtorno mental 
“Os termos transtorno, distúrbio e doença combinam-se aos 
termos mental,psíquico e psiquiátricopara descrever qualquer anormalidade, 
sofrimento ou comprometimento de ordempsicólogica e/ou mental.” 
Critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia 
O contexto do comportamento.... 
A persistência do comportamento.... 
Desvio social do comportamento.... 
Sofrimento “interno”.... 
Insastisfações emocionais contínuas... 
Prejudicar seu funcionamento de vida... 
Allen Francis 
Contexto 
Algumas observações comportamentais 
Latah 
Contexto 
Frequência 
Desvio social do comportamento 
Prejudicar seu funcionamento de vida... 
Sofrimento “interno”.... 
Propagandas de remédio... 
4. FUNÇÕES PSÍQUICAS 
CONSCIÊNCIA 
ATENÇÃO 
 SENSOPERCEPÇÃO 
ORIENTAÇÃO 
 MEMÓRIA 
 PENSAMENTO 
 LINGUAGEM 
 AFETIVIDADE 
 CONDUTA 
CONSCIÊNCIA 
 Dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a 
realidade, em sua relação com o ambiente, fazendo-o entrar em contato com a 
realidade, percebendo e conhecendo seus objetos (Dalgalarrondo, 2000). 
Alterações quantitativas 
Obnubilação: rebaixamento leve a moderado. 
Estupor: sem ação espontânea, desperta somente com estímulo energético. 
Coma: ausência de qualquer indício de consciência. 
Alterações qualitativas 
Estado crepuscular: Estreitamento transitório do estado de consciência que surge e 
aparece abruptamente, podendo durar de horas a semanas em que o paciente mantém 
uma atividade psicomotora mais ou menos coordenada. Presente em quadros 
histéricos agudos, estado pós ictal de epilépticos e intoxicações. 
Dissociação da consciência/Estados Oniróides Imaginativos : Fragmentação do campo 
da consciência, transe semelhante a um sonho acordado, diferindo deste pela presença 
de atividade motora automática e estereotipada. Ocorre em estado religioso em 
contextos culturais (não patológicos). 
Estado hipnótico: Estado induzido de consciência reduzida e estreitada e atenção 
concentrada; a sugestionabilidade está aumentada. 
ATENÇÃO: 
 É a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental 
sobre determinado objeto. Existem a atenção “voluntária” (concentração ativa e 
intencional) e a “espontânea” (despertada por interesses momentâneos, incidental, que 
desperta interesse nesse e naquele objeto). 
Alterações mais comuns 
 Hipoprosexia: Perda básica da capacidade de concentração. 
 Aprosexia: Abolição total da capacidade de atenção. 
 Hiperprosexia: Atenção exacerbada, com uma grande infatigabilidade. 
ORIENTAÇÃO 
Desorientações 
Autopsíquica: Impossibilidade de que o indivíduo tem de identificar a si mesmo. 
Alopsíquica: Impossibilidade de identificar os outros. 
Desorientação temporoespacial: Impossibilidade de se situar nos lugares e na ordem 
cronológica, característica da confusão mental. A orientação temporal é a mais 
sofisticada que a orientação espacial e é a primeira a ser perdida nos transtornos 
mentais que, em especial, alteram a consciência. 
SENSOPERCEPÇÃO 
Sensação + Percepção 
Alterações quantitativas: 
Hiperestesia: Ocorre, por exemplo, nas intoxicações por alucinógenos, em algumas 
formas de epilepsia, na enxaqueca, no hipertireoidismo, na esquizofrenia aguda e em 
alguns quadros de mania. 
Hipoestesia: Ocorre, por exemplo, durante a depressão, histeria, hipocondria, 
somatizadores, etc. 
Alterações qualitativas: 
Ilusões: Percepção deformada, alterada, de um objeto real externo que está sempre 
presente. Ocorrem principalmente nos casos de fadiga grave e rebaixamento de estados 
afetivos intensos. 
Alucinações: Vivência da percepção de um objeto sem que este esteja presente, ou seja, 
sem o estímulo sensorial correspondente. 
Alucinoses: O paciente percebe a alucinação como estranha à sua pessoa, sendo 
considero um fenômeno “periférico ao eu” de forma que a verdadeira alucinação seria 
“centrada no eu”. Mais comuns em dependentes de álcool. 
Pseudoalucinações: São alucinações mais leves e menos nítidas. Elas foram descritas 
originalmente para as psicoses orgânicas. 
MEMÓRIA 
Hipermnésia: 
Alterações quantitativas 
Amnésia: 
Anterógrada: o indivíduo não consegue mais fixar elementos a partir trauma 
neural. 
Retrógrada: o indivíduo não consegue mais fixar elementos antes do trauma 
neural. 
Fabulações (ou confabulações): “podem ser considerados invenções ou produtos 
da imaginação do paciente para preencher espaços vazios de memória. Frequente 
na síndrome de Korsakoff. 
AFETIVIDADE 
Humor: Estado ou ânimo, é a disposição afetiva de fundo, que penetra toda a 
experiência psíquica, ampliando ou reduzindo o impacto das experiências reais. 
Principais alterações de humor 
Hipotimia: depressão 
Hipertimia: euforia 
Disforia: irritabilidade/mau humor 
Outros conceitos 
Emoções: Reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos 
significativos. 
Sentimentos: Configurações afetivas mais estáveis, ligados a conteúdos intelectuais, 
valores, etc. 
Conceito e diagnóstico 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500003 
 
Sugestão de leitura 
Parte 2 - Avaliação do paciente e funções psíquicas alteradas. 
16. A afetividade e suas alterações 
17. A vontade, a psicomotricidade e suas alterações 
Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. 
27. Síndromes depressivas 
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=xsJhhSSOdHI 
 
Depressão (SBT Repórter) 
5. TRANSTORNOS DE HUMOR (DEPRESÃO) 
 
Constituída por um quadro sintomatológico específico, ela é 
capaz de afetar uma pessoa em vários níveis da sua vida, 
tais como a afetividade, a psicomotricidade, as funções 
cognitivas e o humor. 
Depressão.... 
Conceituando... 
Depressão pode ser entendida como um transtorno mental 
que se enquadra nos transtornos de humor. 
Transtornos de 
humor 
Depressão 
Transtorno 
bipolar 
Como assim?.... 
O Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Desordens 
Mentais –DSM IV 
HUMOR DEPRESSIVO, IRRITÁVEL E/OU FALTA DE INTERESSE E 
MOTIVAÇÃO 
Energia Reduzida, fadigabilidade 
Prazer Redução da capacidade hedônica 
Psicomotricidade Lentificada 
Pensamentos Negativos (assim como os sentimentos) 
Sintomas físicos Insônia/hipersonia, aumento de apetite/peso, redução do 
apetite/peso, dores difusas. 
Tabela 1. Sintomas fundamentais da depressão 
Atípica 
Melancólica (endógena) 
Episódios com estas características são mais comuns nos transtornos bipolares (I e II), no 
transtorno depressivo com padrão sazonal. 
Características (subtipos) 
Fatores genéticos 
Grupo mais homogêneo 
Sintomas vegetativos opostos aos da depressão melancólica. 
Extrema sensibilidade à percepção do que consideram como rejeição por parte de 
outras pessoas. 
Catatônica 
Sazonal 
Os sintomas devem se repetir por dois anos consecutivamente, sem 
quaisquer episódios não sazonais durante esse período. 
Início recorrente no outono/inverno e remissão na primavera. 
Presença de delírios ou alucinações durante um episódio de depressão maior 
Prognóstico ruim 
Atividade motora excessiva, negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia 
ou ecopraxia, obediência ou imitação automática 
Mais rara 
Psicótica 
Características (subtipos) 
Quadro 1 - Critérios DSM-IV para Episódio Depressivo Maior 
 
 A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma 
alteração a partir do funcionamento anterior. Pelo menos um dos sintomas é: 
(1) humor deprimido ou; 
(2) perda do interesse ou prazer. 
 
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral oualucinações ou delírios incongruentes com o humor. 
 
(1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou 
observação feita por outros (por ex., chora muito). Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável 
 
(2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias 
(indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros) 
 
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do 
apetite quase todos os dias. 
Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados 
 
(4) insônia ou hipersonia quase todos os dias 
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de 
estar mais lento) 
(6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias 
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-
recriminação ou culpa por estar doente) 
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros) 
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de 
suicídio ou plano específico para cometer suicídio 
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo. 
C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou medicamento) ou de uma 
condição médica geral (por ex., hipotiroidismo). 
D. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses 
ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo 
psicomotor. 
Epidemiologia 
4° maior causa de incapacitação social no mundo 
 
Brasília 
São Paulo 
Porto Alegre 
ALMEIDA-FILHO et al. 
1,5 % 
1,3 % 
6,7 % 
Até 2020 2° lugar 
(MURRAY et al.,1997 ) 
(1992) 
1° maior causa de incapacitação social no 
mundo 
 Aproximadamente 1.000.000 de suicídios 
por ano. 
Stay calm everyone, there’s Prozac in the drinking water 
Contaminação da água de consumo doméstico por Prozac em 
Londres 
1991 
9 milhões de receitas 
24 milhões de receitas 
2001 
London Observer, 8/8/04 
73 
Fatores envolvidos na depressão 
Fatores neurobiológicos 
“Apesar da prevalência da depressão e seus impactos consideráveis, o 
conhecimento acerca desta patologia é rudimentar comparado com o 
conhecimento de outras doenças crônicas comuns, como por exemplo o 
Diabetes tipo II.” 
 A observação de mudanças patológicas dentro do cérebro é 
muito mais difícil que qualquer outro órgão. 
Neuroimagem 
Córtex Pré Frontal subgenual 
Importante integrador com as funções límbicas 
(medidadoras de comportamentos emocionais). 
Área Tegmental Ventral 
Núcleo Accumbens 
Hipotálamo 
Amígdala 
Prazer 
Hormônios 
Emoção 
(DREVETS, 2001) 
Etiologia 
Área Tegmental Ventral 
Glutamato 
DA 
D1/D2 
Glutamato 
Núcleo Accumbens 
Córtex Pré Frontal 
Área Tegmental Ventral 
Glutamato 
DA 
D1/D2 
Glutamato 
(WACKER ET AL., 2009) 
Núcleo Accumbens 
Córtex Pré Frontal 
Anedonia 
Amígdala 
Hipótese monoaminérgica (Teoria Clássica) 
(SCHILDKRAUT et al., 1965) 
Monoaminas (5-HT e NA) 
Grande importância na Psicofarmacologia 
Neurotransmissores 
IMAOs/ADTs Monoaminas 
Reserpina Monoaminas 
IMAOs/ADTs 
Reserpina 
Limitações... 
Dificuldades em explicar a necessidade de 
tratamentos prolongados para que se perceba o 
efeito clínico dos antidepressivos 
Então qual seria uma possível explicação para este 
fenômeno? 
TRATAMENTO 
• Tratamento deve ser multidisciplinar 
• Tratamento medicamentoso 
• Mais da metade de todos os indivíduos com depressão 
não respondem de maneira eficaz ao tratamento com 
antidepressivos (Trivedi et al., 2006). 
• Melhores resultados: Terapia + Antidepressivo (MARCH ET 
AL., 2004). 
Classificação das drogas 
• Inibidores da monoamina oxidase (IMAOs). 
 
• Antidepressivos de última geração ou atípicos. 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Noradrenalina 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Dopamina 
Antagonista de Receptores alfa-2 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Antagonista 5-HT2 
Agonista de Receptores MT1 e MT2 e Antagonista 5-HT2C 
• Antidepressivos tricíclicos (ADTs). 
TRATAMENTO 
Outros tratamentos para depressão 
Eletroconvulsoterapia 
Estimulação Magnética Transcraniana 
Fototerapia 
Estimulação profunda 
Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. Cap 28- Síndromes maníacas. 
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
Transtorno de humor bipolar: diversas apresentações de uma mesma doença 
http://www.scielo.br/pdf/rprs/v30n1/v30n1a15.pdf 
http://www.youtube.com/watch?v=nXaUxOJdTj0 
O Transtorno Bipolar 
Mr. Jones 
Sugestão de estudo 
6. TRANSTORNOS DE HUMOR (TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR) 
TRS. BIPOLARES - EPIDEMIOLOGIA 
PREV. LV GÊN. IDADE IN. 
TB I 0,4 - 1,6% M = H 20 anos 
TB II 0,5% M > H ----- 
CICLOTIMIA 0,4 - 1,0% M = H Iníc. Id. Adulta 
 DSM-IV-TR, 2004 
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
<5 5 a 9 10 a 14 15-19 20-24 25-29 30+
idade 
Levantamento do National Depressive Manic-Depressive Association (NDMDA) 
Epidemiologia 
O TAB geralmente começa com depressão de modo que quanto + precoce a depressão, 
maior a chance de ser bipolar. 
Fatores de risco para o TB 
História familiar de transtornos do humor e disruptivos 
História de depressão e suicídio. 
Estressores psicossociais envolvendo perda de relacionamentos ou auto-estima 
abuso emocional, físico ou sexual 
Hipomania por antidepressivos. 
Critérios para Episódio Maníaco – DSM IV 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando pelo menos 1 
semana (ou qualquer duração, se a hospitalização é necessária). 
B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro, se o humor é 
apenas irritável) e estiveram presentes em um grau significativo: 
(1) autoestima inflada ou grandiosidade 
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono) 
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar 
(4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo 
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva facilidade para estímulos externos insignificantes ou 
irrelevantes) 
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora 
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para consequências dolorosas (por ex., 
envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos) 
C. Os sintomas não satisfazem os critérios para Episódio Misto 
D. A perturbação do humor é suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas 
atividades sociais ou relacionamentos costumeiroscom outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar 
danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos. 
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um 
medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertireoidismo). 
Critérios para Episódio Hipomaníaco – DSM IV 
A. Um período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando todo o tempo ao longo de pelo menos 4 
dias, nitidamente diferente do humor habitual não-deprimido. 
B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor é apenas 
irritável) e estiveram presentes em um grau significativo: 
(1) autoestima inflada ou grandiosidade 
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono) 
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar 
(4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo 
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com demasiada facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes) 
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora 
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial para consequências dolorosas (por ex., envolver-se em 
surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos) 
C. O episódio está associado com uma inequívoca alteração no funcionamento, que não é característica da pessoa quando 
assintomática. 
D. A perturbação do humor e a alteração no funcionamento são observáveis por outros. 
E. O episódio não é suficientemente severo para causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou ocupacional, ou para exigir a 
hospitalização, nem existem aspectos psicóticos. 
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento, ou outro 
tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertireoidismo). 
Nota: Os episódios tipo hipomaníacos nitidamente causados por um tratamento antidepressivo somático (por ex., medicamentos, 
terapia eletroconvulsiva e fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de Transtorno Bipolar II. 
Humor desproporcionalmente elevado, mas pode ser irritável ou desconfiado 
+ aumento de energia, associado a: 
- Hiperatividade 
- Pressão para falar 
- Diminuição da necessidade de sono 
Perda de inibições sociais normais 
Redução da atenção, acentuada distraibilidade 
Auto-estima inflada 
Grandiosidade ou ideias super otimistas. 
 
Podem ocorrer: 
Alterações sensoperceptivas (cores + vívidas, hiperacusia subjetiva, etc.) 
Resumindo 
Mania sem sintomas psicóticos 
Resumindo 
Mania com sintomas psicóticos 
Quadro clínico de forma grave de mania. 
Delírios grandiosos ou religiosos de identidade ou papéis. 
Fuga de ideias e pressão para falar podem causar incompreensibilidade. 
Atividade física e excitação grave e continuada pode resultar em agressão ou violência. 
Negligência com alimentação, ingestão de líquidos e higiene pessoal graves podem resultar 
em desidratação e autonegligência. 
Delírios ou alucinações podem ser congruentes ou incongruentes com o humor. 
Delírios difusos, discurso incompreensível e excitação violenta podem obscurecer a 
perturbação básica do afeto 
Grau + leve que a mania 
Duração: vários dias 
continuamente 
 
•  leve e persistente do humor 
– irritabilidade 
•  energia e atividade 
• sem alucinações ou delírios 
 
Sentimentos e pensamentos marcantes 
de bem-estar e eficiência física e 
mental 
 
• Sociabilidade , arrogância 
• loquacidade,  concentração 
•  interesse em aventuras e atividades 
• gastos excessivos leves 
•  libido 
•  necessidade de sono 
• não altera gravemente o trabalho 
 
Resumindo 
Hipomania 
Episódio misto 
 Já se fala em Transtornos do Espectro Bipolar e, de acordo com abordagem mais recente, 
existem quatro tipos de transtorno bipolar, que se caracterizam basicamente pela intensidade i em que 
ocorre a alteração do humor. 
 Tipo I: Afeta apenas 1 % da população, é a forma mais intensa, com forte alteração do humor, 
por apresentar fases de mania plena. Apresenta toda a amplitude de variação do humor, do pico mais alto 
(mania plena), que pode durar várias semanas, até depressões graves. Em geral, inicia-se entre 15 e 30 
anos, mas há casos de início mais tardio. É comum apresentar sintomas psicóticos, como delírios 
(pensamentos fora da realidade) ou alucinações (ouvir vozes que não existem, por exemplo). Se não for 
tratado, em geral prejudica enormemente o curso da vida do paciente. 
 
 Tipo II: A alteração do humor não é tão intensa quanto no Tipo I, mas apresenta fases de 
hipomania (pequena mania) e depressão. Assim sendo, nesse tipo a fase maníaca é mais branda e curta, 
chamada de hipomania. Os sintomas são semelhantes, mas não prejudicam a pessoa de modo tão 
significativo. As depressões, por outro lado, podem ser profundas. Também pode iniciar na adolescência, 
com oscilação de humor, mas uma parte dos pacientes só expressa a fase depressiva ao redor dos 40 anos. 
Com frequência, os sintomas de humor deixam de ser marcadamente de um polo para ter características 
mistas, turbulentas. 
Fonte: ABP 
 Tipo III: O Tipo III é semelhante ao tipo II, porém o quadro de hipomania é desencadeado 
pelo uso de antidepressivos ou psicoestimulantes. É uma classificação usada apenas quando a fase 
maníaca ou hipomaníaca é induzida por um antidepressivo ou psicoestimulante, ou seja, os pacientes 
fazem parte do espectro bipolar, mas o polo positivo só é descoberto pelo uso destas drogas. Sem o 
antidepressivo, em geral manifestam características do temperamento hipertímico ou ciclotímico. 
Como regra, devem ser tratados como bipolares, mesmo que saiam do quadro maníaco com a 
retirada do antidepressivo. 
 
 Tipo IV: No tipo IV a oscilação de humor é mais leve e o paciente é, geralmente, uma 
pessoa com temperamento mais determinado, dinâmico, empreendedor, extrovertido e expansivo, e 
que, esporadicamente, passa a ter o humor mais turbulento e depressivo na meia-idade. Esses 
pacientes nunca tiveram mania ou hipomania, mas têm uma história de humor um pouco mais 
vibrante, na faixa hipertímica, que frequentemente gera vantagens. A fase depressiva pode só ocorrer 
em torno ou depois dos 50 anos e às vezes é de característica mista e oscilatória. 
Bipolar tipo I 
 mania 
Bipolar tipo II 
 hipomania 
Depressão 
Distimia 
Subtipos dos Transtornos de humor 
Estabilizadores de Humor 
Capazes de “estabilizar” o humor 
Lítio 
Década de 50 
Transtornos de ansiedade 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462000000600006&script=sci_arttext 
 
Sugestão de estudo 
Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. 
26. Síndromes ansiosas 
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=eqB5heNpJMs 
Vigilância sanitária de Itumbiara entulho em residência parte 1 
7. TRANSTORNOS ANSIEDADE 
Conceituando os Transtornos de Ansiedade 
Ansiedade: um sentimento complexo, caracterizado por uma sensação antecipatória 
diante de situações perigosas/aversivas. 
Fonte: Psiquiweb 
Prevalência 
30,5% em mulheres e 19,2% homens. 
Transtornos de ansiedade 
Transtorno de Ansiedade 
Generalizada 
Transtornos de Ansiedade 
Social 
Transtorno de Estresse 
pós Traumático 
Transtorno de Pânico 
Transtorno Obsessivo 
CompulsivoAgorafobia 
Fobias específicas 
Transtorno de estresse agudo 
Transtorno de Pânico 
Em muitos casos, inicia-se após os 20 anos 
Para o diagnóstico de um ataque: pelo menos 4 de 13 sintomas. 
1 – Palpitações. 
2 – Sudorese. 
3 - Tremores ou abalos. 
4 - Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5 - Sensação de asfixia. 
6 - Dor ou desconforto no tórax. 
7 - Náusea ou desconforto abdominal. 
8 - Tontura ou vertigem. 
9 - Sensação de não ser ela(e) mesma(o). 
10 - Medo de perder o controle ou de "enlouquecer“. 
11 - Medo de morrer. 
12 – Formigamentos. 
13 - Calafrios ou ondas de calor. 
Cerca de 50% dos pacientes com pânico possuem depressão. 
Agorafobia 
Ágora = Fobia = 
Transtorno de Estresse Pós Traumático 
Fobias específicas 
 Nestes casos, a ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por 
situações que não apresentam nenhum perigo real. Por esse motivo, estas situações são 
evitadas ou suportadas com temor. 
Tratamento não farmacológico 
Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos 
Movimentos Oculares- EMDR 
(SOLOMON,1992) 
Descoberta EM 1987- Francine Shapiro 
Inicialmente utilizada para tratamento deTEPT 
3-4 sessões 
Necessidade de mais estudos 
Estimulação Magnética Transcraniana 
ROSA (2003) 
Como mensurar e trabalhar as respostas fisiológicas das nossas 
percepções sensoriais? 
Biofeedback / Fisiógrafo 
Tipos de aparelhos 
“Aspectos afetivos e cognitivos da homofobia no contexto brasileiro: um estudo 
psicofisiológico”. 
Cristina Lasaitis (2010) 
“Papel dos receptores dopaminérgicos D2 na memória emocional e falsas memórias”. 
Regina Guarnieri 
Quando a fisiologia e as emoções andam juntas.... 
Biofeedback 
Princípio do funcionamento 
Coerência cardíaca 
Alterações cardíacas 
Antes de se iniciar a sessão, há uma verificação do posicionamento do medidor de 
batimentos cardíacos 
O software 
Após 20 segundos o programa fornece informações importantes como quão 
sincronizados e coerentes estão seus batimentos cardíacos. A cada 5 segundos esses 
dados são atualizados. 
O gráfico de ritmo cardíaco é indicado na janela abaixo. 
O nível de coerência cardíaca é indicada na janela abaixo. 
Batimentos 
cardíacos por 
minuto. 
Porcentagem de 
cada nível de 
coerência 
cardíaca. 
Tratamento farmacológico 
Citoplasma 
Sinapse 
NT 
Benzodiazepínico 
Clordiazepóxido - 1954 
Leo Henryk Sternbach 
Clordiazepóxido (Librium®) 
Diazepam (Valium®) 
Flurazepam (Dalmadorm®) 
Nitrazepam (Nitrapan®) 
Trimetafam (Arfonad®; Liberan®) 
Flunitrazepam (Rophinol®) 
Benzodiazepínicos (BZD) 
São os famosos “tarja preta”. 
Valium® Diazepam 
Lexotam® Bromazepam 
Olcadil® Cloxazolam 
Frontal® Alprazolam 
Lorax® Lorazepam 
Midapine® Midazolam 
127 
Reforçadores???? 
Este termo é muito usado nesta área 
Reforço positivo Sensação de prazer Comportamentos 
Reforço negativo Sensação de alívio Comportamentos 
Um padrão de uso diferente.... 
O Modelo Transteórico no tratamento da dependência química 
Sugestão de estudo 
Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. 
Capítulo 33. Síndromes relacionadas a substâncias psicoativas 
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 
 
8. TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v10n1/v10n1a12.pdf 
 Atualmente, o consumo abusivo de substâncias configura-se como um 
grave problema de saúde pública. 
2 bilhões de consumidores de álcool no mundo (WHO,2004). 
Álcool – Uma das substâncias consumidas com maior 
freqüência. 
II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil 
Uso na vida de álcool – 75% Dependentes 12,3% 
Uso abusivo do Álcool. 
 2,3 milhões de mortes prematuras decorrentes de diversos 
tipos de acidentes, assassinatos ou suicídios (WHO 2009). 
 6,2% de todas as mortes de indivíduos do sexo masculino 
estão relacionadas ao consumo de álcool, em comparação com 1,1% das 
mulheres (WHO,2011). 
 Na Rússa e países do Leste Europeu, 1 em cada 5 mortes de 
homens estão relacionadas ao álcool (WHO,2011). 
 Além disso, o álcool está envolvido em 9% das mortes de 
indivíduos entre 15 a 29 anos (WHO, 2011). 
 O uso abusivo de álcool é, portanto, uma causa 
importante de problemas médicos e sociais em vários países, 
gerando altos custos aos sistemas de saúde. 
 Estratégias de políticas públicas voltadas à diferentes 
esferas de prevenção. 
 Intervenção Breve (IB) que atua por meio da detecção e 
intervenção em indivíduos que fazem uso nocivo de substâncias. 
131 
Ferramenta terapêutica para usuários de álcool (Sanchez-Craig et al. 
1990). 
Referencial teórico inicial das escolas cognitivistas e 
comportamentais . 
A IB é uma das estratégias de intervenção mais difundidas pela OMS. 
Pode ser realizada por qualquer profissional devidamente treinado. 
Permite detectar o uso de risco real ou potencial do indivíduo e orientá-
lo de maneira focal e objetiva acerca dos efeitos relacionados ao seu 
padrão de consumo. 
Fácil aplicação. 
Possibilta que o indivíduo se motive, apresentando uma postura ativa 
no seu processo terapêutico. 
Poucas sessões. 
133 
Eficácia da IB 
Drogas estimulantes (Molyneux et al., 2003, Chan et al., 2011). 
Perturbadoras (McCambridge et al., 2008, Bernstein et al., 2009) 
Depressoras (Walton et al., 2010, Daeppen et al., 2011). 
Trabalhos avaliando IB. 
De Micheli et al. (2004) 
Consumo de substâncias psicoativas 
Adolescentes 
Serviço de atenção primária à saúde 
Uma sessão 
Substâncias psicoativas X Substâncias psicotrópicas 
Capazes de causar dependência 
Perturbadoras 
LSD- Ácido Lisérgico 
 DMT- Dimetiltriptamina (Ayahuasca) 
Feniletilaminas- (Mescalina e Êxtase) 
Anticolinérgicos 
Anestésicos (Fenilciclidina e Ketamina) 
Canabinóides (Maconha) 
Estimulantes 
Cocaína 
Anfetamina 
Nicotina 
Depressoras 
Solventes / Inalantes 
Benzodiazepínicos 
Opiáceos 
136 
Classificação das Drogas de Abuso 
DEPRESSORAS 
Álcool Opióides 
Solventes Inalantes 
PERTUBADORAS 
Maconha Ecstazy LSD 
ESTIMULANTES 
Anfetamina Cocaína Nicotina 
N
eu
rô
n
io
 P
ré
-s
in
áp
ti
co
 
NAcc 
RECAPTADOR 
COCAÍNA/ANFETAMINA 
Receptores 
Dopamina 
DA 
DA 
DA 
DA 
DA 
Neurônio Pré-sináptico Neurônio pós-sináptico

Outros materiais