Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. MSc. André Luiz Monezi Andrade Departamento de Psicobiologia. Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina Departamento de Psicologia. Universidade Anhembi Morumbi – Laureate International Universities® PSICOPATOLOGIA ÍNDICE 1. Aspectos históricos da psicopatologia 2. Breve histórico da reforma psiquiátrica 3. O que é transtorno mental? 4. Funções psíquicas 5. O Transtornos de humor 6. O Transtornos de ansiedade 7. O Transtornos por uso de substâncias SUGESTÕES DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre. Artmed, 2000 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM – IV Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995 Bibliografia principal CHENIAUX, E. Manual de Psicopatologia. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005.. ASSUMPÇÃO, JR. RAMADAM, A. L.. Psiquiatria – da magia à evidência. São Paulo: Manole, 2005. Bibliografia complementar Parte 1 - Aspectos gerais da psicopatologia: 1. Introdução geral à semiologia psiquiátrica; 2. Definição de psicopatologia e ordenação dos seus fenômenos. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. . Resgatando a história da psiquiatria Freud e Charcot com Sergio Britto e Quinet (Parte 1) http://www.youtube.com/watch?v=nTd0CO1MlL0 http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n2/v29n2a02.pdf http://www.youtube.com/watch?v=XS6mvgWIaoo A vida de Charcot (somente imagens) Sugestões de estudo 1. ASPECTOS HISTÓRICOS “Transtornos” mentais Aspectos religiosos Egito Antigo Hipócrates Aristóteles "Deveria ser sabido que ele é a fonte do nosso prazer, alegria, riso e diversão, assim como nosso pesar, dor, ansiedade e lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro. É especificamente o órgão que nos habilita a pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer. É o cérebro também que é a sede da loucura e do delírio, dos medos e sustos que nos tomam, muitas vezes à noite, mas ás vezes também de dia; é onde jaz a causa da insônia e do sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres esquecidos e excentricidades". Centro das emoções, pensamentos, sentimentos... Manutenção da temperatura corporal (refrigerador) Os nutrientes subiriam até o cérebro e se transformariam em líquido.... Galeno Aceitava as opiniões de Hipócrates Dissecação de cães Cérebro Mais macio Cerebelo Mais duro Comandava os músculos Comandava as emoções e sensações Créditos do slide: Prof. Dr. Leonardo Carneiro de Araújo Sensações eram registradas e movimentos iniciados pelos movimentos dos fluidos para ou a partir dos ventrículos do cérebro, através dos nervos, que se acreditava serem tubos, como as veias. http://www.cefala.org/~leoca/ Ventrículos; cavidade com líquidos. Relação com a ideia já postulada de que o corpo funcionava de acordo com um balanço dos nossos fluídos vitais. 1484- Heinrich Kraemer e James Sprenger. Inocêncio VIII A doença mental na idade média 1484 O manuscrito era dividido em três partes e subdividido em partes chamados de “Questões”. 1° parte (18 questões): reconhecimento de “bruxas”. 2° parte (2 questões): os malefícios causados pelas bruxas, métodos para desfazê-los! 3° parte (35 questões): como realizar uma “anamnese” e torturá-las. Avicena 1 Hospital Psiquiátrico no mundo (Bagdad) Avicena também foi o precursor da psicoterapia , terapia ocupacional e musicoterapia!! Séculos XV-XVIII- Mercantilismo “Transtornos” mentais Aspectos morais Indivíduos sem moral-marginalizados da sociedade.... A doença mental na idade moderna René Descartes ? ! Cogito, ergum sum! Bethlem Royal Hospital Criado em 1547 (Henrique VIII) Hospital La Salpetriere Criado em 1656 (Luís XIV) “Transtornos” mentais Século XVIII- Aspectos neurobiológicos Hospital - Salpetriere Philippe Pinel Jean-Étienne Dominique Esquirol FRENOLOGIA Franz Joseph Gall Início do século XVII 1. As faculdades morais, intelectuais e propensões dos indivíduos eram inatas 2. O cérebro possuía muitos “sub-orgãos” gerenciando características específicas. Assim, alguém que possuía alguma característica em particular poderia ser detectado por meio de um exame. 3. Isto porque, as modificações no cérebro levariam a uma modificação no crânio, alterando sua protuberância. 4. Muitas pessoas se “consultavam” com os frenologistas para um processo de auto conhecimento. Séculos XVIII- XIV Revolução Industrial “Manicômios“ O Caso de Phineas Gage... Nova Inglaterra... 1952 - Morton Jellinek A doença mental na idade contemporânea A doença mental na idade antiga Compreensão dos transtornos mentais Tratamentos A doença mental na idade antiga Espiritual ------------------ A doença mental na idade média Espiritual Tortura, fogueira (Europa) Sais de banho, hospital, musicoterapia, TO (Oriente Médio) A doença mental na idade moderna Moral (início) Moral/biológico (final) Ventosaterapia, purgações e sangrias. A doença mental na idade contemporânea Moral/biológico (início) Biológico (final) Insulina, indução de febre, eletrochoques, psicofarmacologia (1950). RESUMÃO! Nome Data O que é Justificativa Furos no crânio século 5 a.C Fazer buracos no couro cabeludo do paciente. Os buracos permitem que os demônios, que provocam a loucura ao ocupar o corpo do paciente, possam abandoná-lo. Disciplina total Século 17 Thomas Willis, um dos primeiros médicos a escrever sobre loucura, dizia que “disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico”. Justificativa: É a razão que separa os homens dos animais. Loucos são, portanto, como bichos e, para se recuperarem, precisam aprender a ter medo e respeito. Dor Século 18 São empregadas diversas técnicas com o objetivo de machucar o paciente. A mais comum consiste em provocar bolhas no crânio e genitálias, usando soda cáustica. As dores obrigam a mente do louco a focar-se nessa sensação, deixando de lado pensamentos raivosos. “TRATAMENTOS” Nome Data O que é Justificativa Indução de vômito 1715 Durante vários dias, diferentes tipos de purgantes são ministrados ao paciente. “Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão suspensas e, algumas vezes, removidas. Até o mais furioso vai se tornar tranqüilo e obediente”, dizia o médico George Man Burrows. Sangramento 1790 Retirada de até quatro quintos do sangue do corpo. Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue poderia normalizar o fluxo. Afogamento 1828 O paciente é colocado dentro de um caixão com furos e imerso na água. Deve ficar submerso até que “bolhas de ar parem de subir”. Depois é retirado e reavivado. O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas de pensar. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml Nome Data O que é Justificativa Indução de vômito 1715 Durante vários dias, diferentes tipos de purgantes são ministrados ao paciente. “Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão suspensas e, algumasvezes, removidas. Até o mais furioso vai se tornar tranqüilo e obediente”, dizia o médico George Man Burrows. Sangramento 1790 Retirada de até quatro quintos do sangue do corpo. Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue poderia normalizar o fluxo. Afogamento 1828 O paciente é colocado dentro de um caixão com furos e imerso na água. Deve ficar submerso até que “bolhas de ar parem de subir”. Depois é retirado e reavivado. O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas de pensar. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml Nome Data O que é Justificativa Cirurgias ginecológicas 1890 Amputação do clitóris e retirada do útero. A vagina e o clitóris têm grande influência na mente feminina. A loucura pode ser resultado da agitação provocada por esses órgãos. Hidroterapia 1896 O paciente é enrolado em uma rede e mantido dentro de uma banheira encoberta por uma lona (com um buraco para a cabeça) por horas ou até dias. Água gelada e água fervente são usadas alternadamente para encher a banheira. O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula a produção de secreções da pele e dos rins, que podem reestruturar as funções do cérebro. Terapias endócrinas 1899 Injeção de extratos dos ovários, testículos, glândulas pituitárias e tireóides de diversos animais. Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, portanto, levam à cura permanente. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml Nome Data O que é Justificativa Cirurgias ginecológicas 1890 Amputação do clitóris e retirada do útero. A vagina e o clitóris têm grande influência na mente feminina. A loucura pode ser resultado da agitação provocada por esses órgãos. Hidroterapia 1896 O paciente é enrolado em uma rede e mantido dentro de uma banheira encoberta por uma lona (com um buraco para a cabeça) por horas ou até dias. Água gelada e água fervente são usadas alternadamente para encher a banheira. O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula a produção de secreções da pele e dos rins, que podem reestruturar as funções do cérebro. Terapias endócrinas 1899 Injeção de extratos dos ovários, testículos, glândulas pituitárias e tireóides de diversos animais. Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, portanto, levam à cura permanente. Nome Data O que é Justificativa Esterilização 1913 Esterilização forçada nos homens. A operação viabiliza a conservação do esperma, o elixir da vida, ajudando na melhoria do quadro. Extração de dentes 1916 Remoção de dentes que apresentam problemas. A terapia não é aconselhada para pacientes num estágio avançado da doença. Bactérias são a causa de várias doenças crônicas e costumam ficar escondidas perto dos dentes. Elas podem seguir até o sistema circulatório e chegar ao cérebro, causando doenças mentais. Hibernação 1920 O paciente permanece entre “cobertores” congelados por até três dias, para que a temperatura do corpo caia 12oC ou menos. O choque térmico pode fazer com que o paciente recobre parte das funções mentais. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml Nome Data O que é Justificativa Coma provocado 1933 O paciente recebe uma dose de insulina suficiente para levá-lo ao estado de coma. Depois de um tempo (de 10 a 120 minutos), é reavivado com uma solução de glicose. A hipoglicemia pode matar ou silenciar as células doentes e sem possibilidade de restauração. Os pacientes voltam do coma agindo como bebês de 5 anos o que é, sem dúvida, uma prova de sua recuperação. Convulsão 1934 O paciente recebe uma injeção de metrazol e entra em forte convulsão, correndo o risco de quebrar ossos e dentes e ter hemorragias. A convulsão pode restaurar as funções mentais. Ou isso, ou o temor do paciente diante da terapia causa um choque cerebral tão forte que provoca a cura. De todo modo, a terapia é válida. Eletrochoque 1937 Uso da eletricidade diretamente na cabeça para provocar o ataque de epilepsia. A convulsão produz danos cerebrais, eficientes na recuperação do paciente. A perda de memória, outra conseqüência do choque, é benéfica já que torna impossível a lembrança de eventos que lhe causem preocupação ou angústia. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml Nome Data O que é Justificativa Lobotomia/ Leucotomia 1940 Aprimorada pelo neurologista português Egas Moniz, a cirurgia, que já vinha sendo realizada de diferentes maneiras desde o século 19, consiste em danificar os lobos frontais do cérebro. Distúrbios acontecem porque pensamentos patológicos “fixam-se” nas células cerebrais, especialmente nos lobos frontais. Para curar o paciente, é preciso destrui-las. Adaptado de: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml 2. BREVE HISTÓRICO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA Bezerra Junior, B. (1992). Psiquiatria sem hospício. Os 10 anos de reforma psiquiátrica no Brasil (Carta Capital). http://www.cartacapital.com.br/saude/os-10-anos-da-reforma-psiquiatrica-no-brasil/ Relatório sobre a saúde mental no Brasil (excelente!!!!) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf http://www.youtube.com/watch?v=VE40YNIUsV4 Reforma Psiquiátrica no Brasil - Programa Sem Censura Sugestão de estudo 1792- Philippe Pinel 1952- Morton Jellinek Dependência de álcool = doença Antecedentes da reforma psiquiátrica Comunidades terapêuticas nos Estados Unidos e Inglaterra (1960) Sem hierarquia entre os profissionais Medicação voluntária Resposta aos hospitais psiquiátricos Walter Freeman- Departamento de Medicina- Universidade de Yale 1950 Lobotomia- Lóbos, que significa porção, parte, + Tomé, que significa corte, Leucotomia X Lobotomia Mais específica Mais ampla Trepanação Trans orbital 1952 Henri Laborit Clorpromazina- Amplictil® A partir de 1952- início da psicofarmacologia moderna Franco Basaglia 1961- Diretor do hospital psiquiátrico de Gorizia - Itália Emergências psiquiátricas Cooperativas de trabalho protegido Residências terapêuticas Centros de convivência Tratamento com base na noção de rede O início da reforma psiquiátrica Parte 1 - Aspectos gerais da psicopatologia: 3. O conceito de normalidade em psicopatologia. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. Ser são em lugares insanos: O DSM, a validade científica e a confiabilidade dos diagnósticos psiquiátricos. http://www.clinicaps.com.br/clinicaps_pdf/Rev_10/Revista%2010%20-%20art4.pdf Louco, eu? (Artigo da revista Super Interessante) http://super.abril.com.br/saude/louco-eu-445561.shtml http://www.youtube.com/watch?v=E4_1jo05z_w As loucuras do Rei George Sugestão de leitura: 3. O conceito de transtorno mental “Os termos transtorno, distúrbio e doença combinam-se aos termos mental,psíquico e psiquiátricopara descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordempsicólogica e/ou mental.” Critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia O contexto do comportamento.... A persistência do comportamento.... Desvio social do comportamento.... Sofrimento “interno”.... Insastisfações emocionais contínuas... Prejudicar seu funcionamento de vida... Allen Francis Contexto Algumas observações comportamentais Latah Contexto Frequência Desvio social do comportamento Prejudicar seu funcionamento de vida... Sofrimento “interno”.... Propagandas de remédio... 4. FUNÇÕES PSÍQUICAS CONSCIÊNCIA ATENÇÃO SENSOPERCEPÇÃO ORIENTAÇÃO MEMÓRIA PENSAMENTO LINGUAGEM AFETIVIDADE CONDUTA CONSCIÊNCIA Dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade, em sua relação com o ambiente, fazendo-o entrar em contato com a realidade, percebendo e conhecendo seus objetos (Dalgalarrondo, 2000). Alterações quantitativas Obnubilação: rebaixamento leve a moderado. Estupor: sem ação espontânea, desperta somente com estímulo energético. Coma: ausência de qualquer indício de consciência. Alterações qualitativas Estado crepuscular: Estreitamento transitório do estado de consciência que surge e aparece abruptamente, podendo durar de horas a semanas em que o paciente mantém uma atividade psicomotora mais ou menos coordenada. Presente em quadros histéricos agudos, estado pós ictal de epilépticos e intoxicações. Dissociação da consciência/Estados Oniróides Imaginativos : Fragmentação do campo da consciência, transe semelhante a um sonho acordado, diferindo deste pela presença de atividade motora automática e estereotipada. Ocorre em estado religioso em contextos culturais (não patológicos). Estado hipnótico: Estado induzido de consciência reduzida e estreitada e atenção concentrada; a sugestionabilidade está aumentada. ATENÇÃO: É a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. Existem a atenção “voluntária” (concentração ativa e intencional) e a “espontânea” (despertada por interesses momentâneos, incidental, que desperta interesse nesse e naquele objeto). Alterações mais comuns Hipoprosexia: Perda básica da capacidade de concentração. Aprosexia: Abolição total da capacidade de atenção. Hiperprosexia: Atenção exacerbada, com uma grande infatigabilidade. ORIENTAÇÃO Desorientações Autopsíquica: Impossibilidade de que o indivíduo tem de identificar a si mesmo. Alopsíquica: Impossibilidade de identificar os outros. Desorientação temporoespacial: Impossibilidade de se situar nos lugares e na ordem cronológica, característica da confusão mental. A orientação temporal é a mais sofisticada que a orientação espacial e é a primeira a ser perdida nos transtornos mentais que, em especial, alteram a consciência. SENSOPERCEPÇÃO Sensação + Percepção Alterações quantitativas: Hiperestesia: Ocorre, por exemplo, nas intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia, na enxaqueca, no hipertireoidismo, na esquizofrenia aguda e em alguns quadros de mania. Hipoestesia: Ocorre, por exemplo, durante a depressão, histeria, hipocondria, somatizadores, etc. Alterações qualitativas: Ilusões: Percepção deformada, alterada, de um objeto real externo que está sempre presente. Ocorrem principalmente nos casos de fadiga grave e rebaixamento de estados afetivos intensos. Alucinações: Vivência da percepção de um objeto sem que este esteja presente, ou seja, sem o estímulo sensorial correspondente. Alucinoses: O paciente percebe a alucinação como estranha à sua pessoa, sendo considero um fenômeno “periférico ao eu” de forma que a verdadeira alucinação seria “centrada no eu”. Mais comuns em dependentes de álcool. Pseudoalucinações: São alucinações mais leves e menos nítidas. Elas foram descritas originalmente para as psicoses orgânicas. MEMÓRIA Hipermnésia: Alterações quantitativas Amnésia: Anterógrada: o indivíduo não consegue mais fixar elementos a partir trauma neural. Retrógrada: o indivíduo não consegue mais fixar elementos antes do trauma neural. Fabulações (ou confabulações): “podem ser considerados invenções ou produtos da imaginação do paciente para preencher espaços vazios de memória. Frequente na síndrome de Korsakoff. AFETIVIDADE Humor: Estado ou ânimo, é a disposição afetiva de fundo, que penetra toda a experiência psíquica, ampliando ou reduzindo o impacto das experiências reais. Principais alterações de humor Hipotimia: depressão Hipertimia: euforia Disforia: irritabilidade/mau humor Outros conceitos Emoções: Reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos. Sentimentos: Configurações afetivas mais estáveis, ligados a conteúdos intelectuais, valores, etc. Conceito e diagnóstico http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500003 Sugestão de leitura Parte 2 - Avaliação do paciente e funções psíquicas alteradas. 16. A afetividade e suas alterações 17. A vontade, a psicomotricidade e suas alterações Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. 27. Síndromes depressivas Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. http://www.youtube.com/watch?v=xsJhhSSOdHI Depressão (SBT Repórter) 5. TRANSTORNOS DE HUMOR (DEPRESÃO) Constituída por um quadro sintomatológico específico, ela é capaz de afetar uma pessoa em vários níveis da sua vida, tais como a afetividade, a psicomotricidade, as funções cognitivas e o humor. Depressão.... Conceituando... Depressão pode ser entendida como um transtorno mental que se enquadra nos transtornos de humor. Transtornos de humor Depressão Transtorno bipolar Como assim?.... O Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais –DSM IV HUMOR DEPRESSIVO, IRRITÁVEL E/OU FALTA DE INTERESSE E MOTIVAÇÃO Energia Reduzida, fadigabilidade Prazer Redução da capacidade hedônica Psicomotricidade Lentificada Pensamentos Negativos (assim como os sentimentos) Sintomas físicos Insônia/hipersonia, aumento de apetite/peso, redução do apetite/peso, dores difusas. Tabela 1. Sintomas fundamentais da depressão Atípica Melancólica (endógena) Episódios com estas características são mais comuns nos transtornos bipolares (I e II), no transtorno depressivo com padrão sazonal. Características (subtipos) Fatores genéticos Grupo mais homogêneo Sintomas vegetativos opostos aos da depressão melancólica. Extrema sensibilidade à percepção do que consideram como rejeição por parte de outras pessoas. Catatônica Sazonal Os sintomas devem se repetir por dois anos consecutivamente, sem quaisquer episódios não sazonais durante esse período. Início recorrente no outono/inverno e remissão na primavera. Presença de delírios ou alucinações durante um episódio de depressão maior Prognóstico ruim Atividade motora excessiva, negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia ou ecopraxia, obediência ou imitação automática Mais rara Psicótica Características (subtipos) Quadro 1 - Critérios DSM-IV para Episódio Depressivo Maior A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior. Pelo menos um dos sintomas é: (1) humor deprimido ou; (2) perda do interesse ou prazer. Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral oualucinações ou delírios incongruentes com o humor. (1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito). Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável (2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros) (3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados (4) insônia ou hipersonia quase todos os dias (5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento) (6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto- recriminação ou culpa por estar doente) (8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros) (9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipotiroidismo). D. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou seja, após a perda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor. Epidemiologia 4° maior causa de incapacitação social no mundo Brasília São Paulo Porto Alegre ALMEIDA-FILHO et al. 1,5 % 1,3 % 6,7 % Até 2020 2° lugar (MURRAY et al.,1997 ) (1992) 1° maior causa de incapacitação social no mundo Aproximadamente 1.000.000 de suicídios por ano. Stay calm everyone, there’s Prozac in the drinking water Contaminação da água de consumo doméstico por Prozac em Londres 1991 9 milhões de receitas 24 milhões de receitas 2001 London Observer, 8/8/04 73 Fatores envolvidos na depressão Fatores neurobiológicos “Apesar da prevalência da depressão e seus impactos consideráveis, o conhecimento acerca desta patologia é rudimentar comparado com o conhecimento de outras doenças crônicas comuns, como por exemplo o Diabetes tipo II.” A observação de mudanças patológicas dentro do cérebro é muito mais difícil que qualquer outro órgão. Neuroimagem Córtex Pré Frontal subgenual Importante integrador com as funções límbicas (medidadoras de comportamentos emocionais). Área Tegmental Ventral Núcleo Accumbens Hipotálamo Amígdala Prazer Hormônios Emoção (DREVETS, 2001) Etiologia Área Tegmental Ventral Glutamato DA D1/D2 Glutamato Núcleo Accumbens Córtex Pré Frontal Área Tegmental Ventral Glutamato DA D1/D2 Glutamato (WACKER ET AL., 2009) Núcleo Accumbens Córtex Pré Frontal Anedonia Amígdala Hipótese monoaminérgica (Teoria Clássica) (SCHILDKRAUT et al., 1965) Monoaminas (5-HT e NA) Grande importância na Psicofarmacologia Neurotransmissores IMAOs/ADTs Monoaminas Reserpina Monoaminas IMAOs/ADTs Reserpina Limitações... Dificuldades em explicar a necessidade de tratamentos prolongados para que se perceba o efeito clínico dos antidepressivos Então qual seria uma possível explicação para este fenômeno? TRATAMENTO • Tratamento deve ser multidisciplinar • Tratamento medicamentoso • Mais da metade de todos os indivíduos com depressão não respondem de maneira eficaz ao tratamento com antidepressivos (Trivedi et al., 2006). • Melhores resultados: Terapia + Antidepressivo (MARCH ET AL., 2004). Classificação das drogas • Inibidores da monoamina oxidase (IMAOs). • Antidepressivos de última geração ou atípicos. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina Inibidores Seletivos da Recaptação de Noradrenalina Inibidores Seletivos da Recaptação de Dopamina Antagonista de Receptores alfa-2 Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Antagonista 5-HT2 Agonista de Receptores MT1 e MT2 e Antagonista 5-HT2C • Antidepressivos tricíclicos (ADTs). TRATAMENTO Outros tratamentos para depressão Eletroconvulsoterapia Estimulação Magnética Transcraniana Fototerapia Estimulação profunda Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. Cap 28- Síndromes maníacas. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. Transtorno de humor bipolar: diversas apresentações de uma mesma doença http://www.scielo.br/pdf/rprs/v30n1/v30n1a15.pdf http://www.youtube.com/watch?v=nXaUxOJdTj0 O Transtorno Bipolar Mr. Jones Sugestão de estudo 6. TRANSTORNOS DE HUMOR (TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR) TRS. BIPOLARES - EPIDEMIOLOGIA PREV. LV GÊN. IDADE IN. TB I 0,4 - 1,6% M = H 20 anos TB II 0,5% M > H ----- CICLOTIMIA 0,4 - 1,0% M = H Iníc. Id. Adulta DSM-IV-TR, 2004 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% <5 5 a 9 10 a 14 15-19 20-24 25-29 30+ idade Levantamento do National Depressive Manic-Depressive Association (NDMDA) Epidemiologia O TAB geralmente começa com depressão de modo que quanto + precoce a depressão, maior a chance de ser bipolar. Fatores de risco para o TB História familiar de transtornos do humor e disruptivos História de depressão e suicídio. Estressores psicossociais envolvendo perda de relacionamentos ou auto-estima abuso emocional, físico ou sexual Hipomania por antidepressivos. Critérios para Episódio Maníaco – DSM IV A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando pelo menos 1 semana (ou qualquer duração, se a hospitalização é necessária). B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro, se o humor é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau significativo: (1) autoestima inflada ou grandiosidade (2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono) (3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar (4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo (5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes) (6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora (7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para consequências dolorosas (por ex., envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos) C. Os sintomas não satisfazem os critérios para Episódio Misto D. A perturbação do humor é suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiroscom outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos. E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertireoidismo). Critérios para Episódio Hipomaníaco – DSM IV A. Um período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável, durando todo o tempo ao longo de pelo menos 4 dias, nitidamente diferente do humor habitual não-deprimido. B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau significativo: (1) autoestima inflada ou grandiosidade (2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono) (3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar (4) fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo (5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com demasiada facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes) (6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora (7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial para consequências dolorosas (por ex., envolver-se em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos) C. O episódio está associado com uma inequívoca alteração no funcionamento, que não é característica da pessoa quando assintomática. D. A perturbação do humor e a alteração no funcionamento são observáveis por outros. E. O episódio não é suficientemente severo para causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou ocupacional, ou para exigir a hospitalização, nem existem aspectos psicóticos. F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento, ou outro tratamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertireoidismo). Nota: Os episódios tipo hipomaníacos nitidamente causados por um tratamento antidepressivo somático (por ex., medicamentos, terapia eletroconvulsiva e fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de Transtorno Bipolar II. Humor desproporcionalmente elevado, mas pode ser irritável ou desconfiado + aumento de energia, associado a: - Hiperatividade - Pressão para falar - Diminuição da necessidade de sono Perda de inibições sociais normais Redução da atenção, acentuada distraibilidade Auto-estima inflada Grandiosidade ou ideias super otimistas. Podem ocorrer: Alterações sensoperceptivas (cores + vívidas, hiperacusia subjetiva, etc.) Resumindo Mania sem sintomas psicóticos Resumindo Mania com sintomas psicóticos Quadro clínico de forma grave de mania. Delírios grandiosos ou religiosos de identidade ou papéis. Fuga de ideias e pressão para falar podem causar incompreensibilidade. Atividade física e excitação grave e continuada pode resultar em agressão ou violência. Negligência com alimentação, ingestão de líquidos e higiene pessoal graves podem resultar em desidratação e autonegligência. Delírios ou alucinações podem ser congruentes ou incongruentes com o humor. Delírios difusos, discurso incompreensível e excitação violenta podem obscurecer a perturbação básica do afeto Grau + leve que a mania Duração: vários dias continuamente • leve e persistente do humor – irritabilidade • energia e atividade • sem alucinações ou delírios Sentimentos e pensamentos marcantes de bem-estar e eficiência física e mental • Sociabilidade , arrogância • loquacidade, concentração • interesse em aventuras e atividades • gastos excessivos leves • libido • necessidade de sono • não altera gravemente o trabalho Resumindo Hipomania Episódio misto Já se fala em Transtornos do Espectro Bipolar e, de acordo com abordagem mais recente, existem quatro tipos de transtorno bipolar, que se caracterizam basicamente pela intensidade i em que ocorre a alteração do humor. Tipo I: Afeta apenas 1 % da população, é a forma mais intensa, com forte alteração do humor, por apresentar fases de mania plena. Apresenta toda a amplitude de variação do humor, do pico mais alto (mania plena), que pode durar várias semanas, até depressões graves. Em geral, inicia-se entre 15 e 30 anos, mas há casos de início mais tardio. É comum apresentar sintomas psicóticos, como delírios (pensamentos fora da realidade) ou alucinações (ouvir vozes que não existem, por exemplo). Se não for tratado, em geral prejudica enormemente o curso da vida do paciente. Tipo II: A alteração do humor não é tão intensa quanto no Tipo I, mas apresenta fases de hipomania (pequena mania) e depressão. Assim sendo, nesse tipo a fase maníaca é mais branda e curta, chamada de hipomania. Os sintomas são semelhantes, mas não prejudicam a pessoa de modo tão significativo. As depressões, por outro lado, podem ser profundas. Também pode iniciar na adolescência, com oscilação de humor, mas uma parte dos pacientes só expressa a fase depressiva ao redor dos 40 anos. Com frequência, os sintomas de humor deixam de ser marcadamente de um polo para ter características mistas, turbulentas. Fonte: ABP Tipo III: O Tipo III é semelhante ao tipo II, porém o quadro de hipomania é desencadeado pelo uso de antidepressivos ou psicoestimulantes. É uma classificação usada apenas quando a fase maníaca ou hipomaníaca é induzida por um antidepressivo ou psicoestimulante, ou seja, os pacientes fazem parte do espectro bipolar, mas o polo positivo só é descoberto pelo uso destas drogas. Sem o antidepressivo, em geral manifestam características do temperamento hipertímico ou ciclotímico. Como regra, devem ser tratados como bipolares, mesmo que saiam do quadro maníaco com a retirada do antidepressivo. Tipo IV: No tipo IV a oscilação de humor é mais leve e o paciente é, geralmente, uma pessoa com temperamento mais determinado, dinâmico, empreendedor, extrovertido e expansivo, e que, esporadicamente, passa a ter o humor mais turbulento e depressivo na meia-idade. Esses pacientes nunca tiveram mania ou hipomania, mas têm uma história de humor um pouco mais vibrante, na faixa hipertímica, que frequentemente gera vantagens. A fase depressiva pode só ocorrer em torno ou depois dos 50 anos e às vezes é de característica mista e oscilatória. Bipolar tipo I mania Bipolar tipo II hipomania Depressão Distimia Subtipos dos Transtornos de humor Estabilizadores de Humor Capazes de “estabilizar” o humor Lítio Década de 50 Transtornos de ansiedade http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462000000600006&script=sci_arttext Sugestão de estudo Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. 26. Síndromes ansiosas Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. http://www.youtube.com/watch?v=eqB5heNpJMs Vigilância sanitária de Itumbiara entulho em residência parte 1 7. TRANSTORNOS ANSIEDADE Conceituando os Transtornos de Ansiedade Ansiedade: um sentimento complexo, caracterizado por uma sensação antecipatória diante de situações perigosas/aversivas. Fonte: Psiquiweb Prevalência 30,5% em mulheres e 19,2% homens. Transtornos de ansiedade Transtorno de Ansiedade Generalizada Transtornos de Ansiedade Social Transtorno de Estresse pós Traumático Transtorno de Pânico Transtorno Obsessivo CompulsivoAgorafobia Fobias específicas Transtorno de estresse agudo Transtorno de Pânico Em muitos casos, inicia-se após os 20 anos Para o diagnóstico de um ataque: pelo menos 4 de 13 sintomas. 1 – Palpitações. 2 – Sudorese. 3 - Tremores ou abalos. 4 - Sensações de falta de ar ou sufocamento. 5 - Sensação de asfixia. 6 - Dor ou desconforto no tórax. 7 - Náusea ou desconforto abdominal. 8 - Tontura ou vertigem. 9 - Sensação de não ser ela(e) mesma(o). 10 - Medo de perder o controle ou de "enlouquecer“. 11 - Medo de morrer. 12 – Formigamentos. 13 - Calafrios ou ondas de calor. Cerca de 50% dos pacientes com pânico possuem depressão. Agorafobia Ágora = Fobia = Transtorno de Estresse Pós Traumático Fobias específicas Nestes casos, a ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações que não apresentam nenhum perigo real. Por esse motivo, estas situações são evitadas ou suportadas com temor. Tratamento não farmacológico Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares- EMDR (SOLOMON,1992) Descoberta EM 1987- Francine Shapiro Inicialmente utilizada para tratamento deTEPT 3-4 sessões Necessidade de mais estudos Estimulação Magnética Transcraniana ROSA (2003) Como mensurar e trabalhar as respostas fisiológicas das nossas percepções sensoriais? Biofeedback / Fisiógrafo Tipos de aparelhos “Aspectos afetivos e cognitivos da homofobia no contexto brasileiro: um estudo psicofisiológico”. Cristina Lasaitis (2010) “Papel dos receptores dopaminérgicos D2 na memória emocional e falsas memórias”. Regina Guarnieri Quando a fisiologia e as emoções andam juntas.... Biofeedback Princípio do funcionamento Coerência cardíaca Alterações cardíacas Antes de se iniciar a sessão, há uma verificação do posicionamento do medidor de batimentos cardíacos O software Após 20 segundos o programa fornece informações importantes como quão sincronizados e coerentes estão seus batimentos cardíacos. A cada 5 segundos esses dados são atualizados. O gráfico de ritmo cardíaco é indicado na janela abaixo. O nível de coerência cardíaca é indicada na janela abaixo. Batimentos cardíacos por minuto. Porcentagem de cada nível de coerência cardíaca. Tratamento farmacológico Citoplasma Sinapse NT Benzodiazepínico Clordiazepóxido - 1954 Leo Henryk Sternbach Clordiazepóxido (Librium®) Diazepam (Valium®) Flurazepam (Dalmadorm®) Nitrazepam (Nitrapan®) Trimetafam (Arfonad®; Liberan®) Flunitrazepam (Rophinol®) Benzodiazepínicos (BZD) São os famosos “tarja preta”. Valium® Diazepam Lexotam® Bromazepam Olcadil® Cloxazolam Frontal® Alprazolam Lorax® Lorazepam Midapine® Midazolam 127 Reforçadores???? Este termo é muito usado nesta área Reforço positivo Sensação de prazer Comportamentos Reforço negativo Sensação de alívio Comportamentos Um padrão de uso diferente.... O Modelo Transteórico no tratamento da dependência química Sugestão de estudo Parte 3 - As grandes síndromes psiquiátricas. Capítulo 33. Síndromes relacionadas a substâncias psicoativas Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais - 2ª Ed. 8. TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v10n1/v10n1a12.pdf Atualmente, o consumo abusivo de substâncias configura-se como um grave problema de saúde pública. 2 bilhões de consumidores de álcool no mundo (WHO,2004). Álcool – Uma das substâncias consumidas com maior freqüência. II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil Uso na vida de álcool – 75% Dependentes 12,3% Uso abusivo do Álcool. 2,3 milhões de mortes prematuras decorrentes de diversos tipos de acidentes, assassinatos ou suicídios (WHO 2009). 6,2% de todas as mortes de indivíduos do sexo masculino estão relacionadas ao consumo de álcool, em comparação com 1,1% das mulheres (WHO,2011). Na Rússa e países do Leste Europeu, 1 em cada 5 mortes de homens estão relacionadas ao álcool (WHO,2011). Além disso, o álcool está envolvido em 9% das mortes de indivíduos entre 15 a 29 anos (WHO, 2011). O uso abusivo de álcool é, portanto, uma causa importante de problemas médicos e sociais em vários países, gerando altos custos aos sistemas de saúde. Estratégias de políticas públicas voltadas à diferentes esferas de prevenção. Intervenção Breve (IB) que atua por meio da detecção e intervenção em indivíduos que fazem uso nocivo de substâncias. 131 Ferramenta terapêutica para usuários de álcool (Sanchez-Craig et al. 1990). Referencial teórico inicial das escolas cognitivistas e comportamentais . A IB é uma das estratégias de intervenção mais difundidas pela OMS. Pode ser realizada por qualquer profissional devidamente treinado. Permite detectar o uso de risco real ou potencial do indivíduo e orientá- lo de maneira focal e objetiva acerca dos efeitos relacionados ao seu padrão de consumo. Fácil aplicação. Possibilta que o indivíduo se motive, apresentando uma postura ativa no seu processo terapêutico. Poucas sessões. 133 Eficácia da IB Drogas estimulantes (Molyneux et al., 2003, Chan et al., 2011). Perturbadoras (McCambridge et al., 2008, Bernstein et al., 2009) Depressoras (Walton et al., 2010, Daeppen et al., 2011). Trabalhos avaliando IB. De Micheli et al. (2004) Consumo de substâncias psicoativas Adolescentes Serviço de atenção primária à saúde Uma sessão Substâncias psicoativas X Substâncias psicotrópicas Capazes de causar dependência Perturbadoras LSD- Ácido Lisérgico DMT- Dimetiltriptamina (Ayahuasca) Feniletilaminas- (Mescalina e Êxtase) Anticolinérgicos Anestésicos (Fenilciclidina e Ketamina) Canabinóides (Maconha) Estimulantes Cocaína Anfetamina Nicotina Depressoras Solventes / Inalantes Benzodiazepínicos Opiáceos 136 Classificação das Drogas de Abuso DEPRESSORAS Álcool Opióides Solventes Inalantes PERTUBADORAS Maconha Ecstazy LSD ESTIMULANTES Anfetamina Cocaína Nicotina N eu rô n io P ré -s in áp ti co NAcc RECAPTADOR COCAÍNA/ANFETAMINA Receptores Dopamina DA DA DA DA DA Neurônio Pré-sináptico Neurônio pós-sináptico
Compartilhar