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CIÊNCIAS POLITICAS RESUMO SOBRE LOCKE

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CIÊNCIAS POLITICAS
John Locke e o Individualismo Liberal
Professora: Luciana Haider
Monitor: Edson Sanas Jr.
QUADRO 01 – SISTEMA POLÍTICO.
ESTADO DE NATUREZA
 Os homens são livres e iguais, limitados pela lei natural.
 Da LEI NATURAL nascem todos os direitos: Vida, Saúde, 
liberdade e posses (Propriedade).
 Não existem leis comuns ou juízes imparciais.
 Cada homem tem em mãos o poder executivos de castigar e 
julgar os transgressores
CAUSAS DO PACTO
 A vingança leva a um castigo muito além da reparação do 
dano.
 A situação se agrava, obrigando a se fazer um pacto.
 O pacto é feito após as violações das leis naturais.
PACTO
 Os homens renunciam ao poder executivo natural e o
depositam na comunidade.
 A comunidade, de acordo com as leis COMUNS, julga as
diferenças e as sentencia.
 Só o consentimento dos homens gera um governo legítimo.
CONSEQUENCIAS DO PACTO  Os governantes são submetidos a leis frias.
 Os juízes devem ser imparciais. Os poderes executivo e
legislativo estão separados.
 Os Cidadãos renunciam ao poder Executivo
CIDADÃOS
 Se os Governantes não cumprem o Pacto, os cidadãos tem o
direito de se revoltarem.
ESQUEMA DE LEITURA: IDÉIAS POLÍTICAS DE JOHN LOCKE
ESTADO DE NATUREZA
 Perspectiva Individualista = Tal como Tomas Hobbes, John Locke também rejeita a teoria
aristotélica, de que um homem é um animal gregário.
 Em outras palavras, o indivíduo existe antes de qualquer sociedade e de qualquer Estado.
 O estado de natureza seria uma situação real e historicamente determinada pela qual passara,
em épocas diversas, a maior parte da humanidade. O estado de natureza existiria inclusive no
presente (ameríndios).
Estado de natureza e liberdade
 Em natureza, o homem vive em um estado pré-social e pré-político (ou mesmo antipolítico)
caracterizado por ampla liberdade e igualdade:
a) Os homens podem ordenar suas ações, regular suas posses e as pessoas conforme
acharem conveniente, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro
homem;
b) Igualdade jurídica entre os sujeitos. Todos os homens são juízes. Reciprocidade de
poderes e de jurisdição. Inexistência de vínculos de subordinação ou de sujeição;
 Os indivíduos têm liberdade de agir porque não se encontram impedidos por normas humanas
vinculantes da conduta. Essa concepção de liberdade, em Locke, é idêntica àquela encontrada em
Hobbes.
 A conclusão de Locke não é, entretanto, igual à de Hobbes: Embora os homens não estejam
presos a qualquer lei humana, estão submetidos a Deus. As leis da natureza são leis de Deus. 
Indivíduos-juízes e estado de guerra 
 A lei da natureza se aplica independentemente da vontade dos homens? Locke responde que
NÃO. 
 Os homens, em natureza, são todos juízes. Qualquer um pode castigar quem ouse violar a lei da
natureza, exigindo a reparação dos danos provocados pela ação delituosa.
 Quem viola as leis da natureza, ameaçando a vida ou a propriedade de outrem, põe-se em
estado de guerra contra a vítima (que age buscando sua autopreservação). 
 Locke entende que o revide da vítima deve ser proporcional à agressão. Hobbes não prevê
qualquer proporcionalidade entre agressão e revide.
 O estado de guerra pode acontecer durante o estado de natureza ou fora dele. É caracterizado
pelo exercício de força sem direito sobre alguém. 
ESTADO DE NATUREZA ≠ ESTADO DE GUERRA
Características do estado de natureza (ideal e degenerado)
 Características principais do estado de natureza ideal = estado de relativa paz, concórdia e
harmonia. Homens dotados de razão, igualdade, liberdade e propriedade. São direitos naturais,
em síntese, a vida, a liberdade e a propriedade.
 Estado de natureza degenerado = generalização da guerra entre os indivíduos, mediante
utilização da força sem direito, sem justiça e sem autoridade. 
JUSTIFICAÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE 
 Propriedade privada = Conceito central na teoria lockeana acerca do governo civil. 
 Propriedade, em Locke, refere-se à posse sobre bens móveis e imóveis. Mas refere-se também à
vida e à liberdade do indivíduo.
 Direito natural individual (outros autores do mesmo período a entendiam como direito natural
social). Em outras palavras, a propriedade é anterior à sociedade política, criada por meio do
contrato social.
 O homem é naturalmente livre, dono de sua pessoa e, portanto, de seu trabalho.
 Como a terra fora dada a Deus a todos os homens, ao incorporar seu trabalho à matéria bruta,
torna-a sua propriedade exclusiva. Assim, o trabalho não se opõe à propriedade privada. Antes, a
justifica.
TRABALHO = FUNDAMENTO DA PROPRIEDADE PRIVADA
(Idéia precursora da Teoria do Valor-Trabalho, desenvolvida por Adam Smith e Ricardo).
 O trabalho humano aumenta a produtividade da terra. Assim, aquele que a trabalha, está
aumentando a riqueza que circula em toda a sociedade.
 Rejeição da tese hobbesiana (de que a propriedade nasceria com o Estado). Esquematicamente:
PROPRIEDADE EM HOBBES PROPRIEDADE EM LOCKE
Não existe no estado de natureza.
Conseqüência do nascimento da sociedade
política.
Já existe no estado de natureza.
Não há qualquer imperativo que determine que
a propriedade seja preservada no estado de
sociedade.
Como já existe no estado de natureza, tem de ser
preservada na sociedade civil e/ou política. É um dos
limites ao poder do soberano
CONTRATO SOCIAL 
 Pacto ou contrato que visa superar inconvenientes, tais como a violação dos direitos naturais, a
ausência de julgadores imparciais, a iminência do estado de guerra e a falta de força coercitiva
para impor a execução das sentenças.
 Não exige que os homens renunciem à quase totalidade de seus direitos naturais. A renúncia é
apenas parcial, compreendendo apenas a alienação do direito de fazer justiça com as próprias
mãos.
 Para quê contrato social? A paz natural é precária. A paz duradoura demanda o contrato social e
a sociedade política instituída por ele.
 Finalidade da lei humana = Proteger e ampliar as liberdades.
 Realiza a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade civil /política. 
CONTRATO EM HOBBES CONTRATO EM LOCKE
Pacto de submissão: Alienação de todos os direitos,
exceto do direito à vida
Pacto de consentimento: Alienação, tão-somente, do
direito de fazer justiça com as próprias mãos
 Consentimento unânime. Os homens concordam livremente em preservar e consolidar ainda mais
os direitos que possuíam no estado de natureza.
 Não é qualquer pacto que faz cessar o estado de natureza entre os homens, mas apenas o de
concordar, mutuamente e em conjunto, em formar uma comunidade, formando um corpo
político.
SOCIEDADE CIVIL / POLÍTICA 
 Para Locke, sociedade civil = sociedade política.
 Funções = Superar as incertezas do estado de natureza, referentes ao gozo dos direitos naturais,
que transforma o estado de natureza em estado de guerra, e:
a) Defesa da propriedade privada
b) Defesa da vida e da liberdade dos sujeitos
c) Preservação da comunidade contra os perigos internos 
d) Preservação da comunidade contra nações estrangeiras 
 A sociedade civil / política evita que o estado de guerra se concretize e se generalize. Aperfeiçoa,
portanto, o estado de natureza e a observância das leis naturais
 Nascida com a unanimidade, as decisões doravante serão tomadas respeitando-se o princípio da
maioria.
 Uma sociedade política ilimitada não resolve os problemas do estado de natureza.
FORMAS DE GOVERNO
 Critério: quem tem a posse do poder de fazer as leis (poder supremo)?
A) Democracia: muitos têm a posse do poder de fazer as leis.
B) Oligarquia: poucos têm a posse do poder de fazer as leis.
C) Monarquia: apenas o rei tem a posse do poder de fazer as leis. Pode ser hereditáriaou
eletiva, de acordo com os critérios de sucessão ao trono.
 Forma mais condizente com o governo civil: MISTA. O poder público, nas formas mistas de
governo, está dividido e limitado. Isso favorece a defesa das liberdades individuais.
DIVISÃO DO PODER POLÍTICO 
 Finalidade: limitar o poder, evitando ou desencorajando seu uso abusivo. Divisão de poderes:
(A) Legislativo (Poder Supremo): criação de leis;
(B) Executivo (exercido por Príncipes): executar leis;
(C) Federativo (relações exteriores): fazer guerra, firmar a paz e manter relações com
outros Estados. 
 Legislativo e Executivo deveriam necessariamente estar em mãos diferentes;
 Executivo e Federativo devem estar nas mesmas mãos;
 Locke entende que o Legislativo e o Judiciário são apenas aspectos diferentes do mesmo poder.
 O Executivo é um poder permanente. O Legislativo, entretanto, não deveria ficar
permanentemente reunido, no entendimento de Locke. Assim, após a elaboração das leis, os
legisladores voltam à condição de súditos, estando sujeitos a elas. 
LIMITES DO PODER POLÍTICO 
 As leis humanas devem auxiliar a execução das leis naturais, não contrariá-las. 
 As leis positivas devem ser gerais e abstratas.
 O Estado ou os legisladores não podem se apropriar dos bens dos súditos.
 Aquele que cria impostos deve ter recebido essa prerrogativa do povo.
 Os legisladores não podem transferir a prerrogativa de legislar a outrem.
 Princípios defendidos por John Locke e que contribuíram para a formação dos Estados
Contemporâneos: 
1. Livre consentimento dos indivíduos para estabelecimento da sociedade.
2. Livre consentimento da comunidade para formação do governo.
3. Proteção dos direitos de propriedade pelo governo.
4. Controle do Legislativo sobre o Executivo.
5. Controle do Governo pela Sociedade.
6. Governo misto.
 
DIREITO DE RESISTÊNCIA 
 Os indivíduos têm direito de resistir contra a tirania (quer a tirania imposta pelo seu soberano,
quer a tirania imposta por invasores estrangeiros).
 Tirania = Exercício do poder para além do Direito, visando o interesse próprio, não o bem
público.
 Quando o Legislativo e/ ou o Executivo violam as leis estabelecidas e atentam contra os direitos
naturais (em especial contra a propriedade), o Governo deixa de atender o fim para o qual fora
criado, tornando-se ilegal e degenerando em tirania.
 Governo em estado de guerra contra o povo; governantes em rebelião contra os governados.
Retorno ao estado de natureza (em que Deus é o único juiz) = origem e justificativa do direito de
resistência. 
 Influenciou Voltaire, Montesquieu e, em conseqüência, as revoluções liberais do Século XVIII e
movimentos de independência.

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