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SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE “As informações refletem as concepções, os valores, as intenções, a visão de mundo e outras particularidades daquele que as utiliza. Elas influenciam diretamente a tomada de decisões. As informações são muito importantes para subsidiar processos de decisão-ação. A partir de perguntas, buscam-se respostas/informações capazes de subsidiar, com menor grau de incerteza possível, as decisões sobre as ações a serem desencadeadas.” As informações podem funcionar como um meio de diminuir o grau de incerteza sobre determinada situação de saúde. As decisões tomadas são sustentadas pelos pressupostos, pela concepção de modelo de atenção à saúde daqueles envolvidos no processo de gestão do setor. O QUE É UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Sistema: um todo orgânico, governado por leis próprias que definem a sua estrutura e o seu funcionamento e o dirigem a um fim determinado. Um sistema pode sofrer influências externas. Um sistema tem: - finalidade - regras (modo de funcionamento); - estrutura; - produtos. É preciso um modo de funcionamento que permita uma interligação e interação entre os diversos componentes, que resultam numa atenção organizada capaz de produzir respostas às necessidades de saúde da população. - FINALIDADE DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE É um nstrumento para o processo de tomada de decisões. O SIS deve ser produtor de conhecimentos e descritor de uma realidade. Deve assegurar a avaliação permanente da situação de saúde da população e dos resultados das ações de saúde executadas, fornecendo elementos para adequar, continuamente, essas ações aos objetivos do SUS. Um SIS é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, proveem e avaliam os serviços de saúde. Dado: # Descrição LIMITADA do real, desvinculada de um referencial explicativo e difícil de ser utilizado por ser ininteligível; # Sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis; # Matéria prima a ser utilizada na produção de informações que traduzam um conhecimento, uma interpretação e um juízo dobre determinada situação. Ex) 10 consultas, 50 hemogramas, 2000 seringas de 5ml, 10 profissionais de saúde, 20 mortes Informação # Descrição mais completa do real associada a um referencial explicativo, representa fatos da realidade com base em determinada visão de mundo; # Representação simbólica de fatos ou ideias, potencialmente capaz de alterar o estado de conhecimento de alguém; # São dados que passam por algum tipo de processamento para serem exibidos em uma forma inteligível às pessoas que irão utilizá-los; # Significado que o homem atribui a um determinado dado # É o dado útil – com informações se tomam decisões. Analisando um dado construímos uma informação. Ex.) FALTA DE ÁGUA E SANEAMENTO MATA 1,5MILHÃO DE CRIANÇAS EM 2005 Mais de 1,5 milhão de crianças morreram no ano passado em função da falta de água e saneamento básico. A informação foi divulgada em um relatório lançado pela OMS e pela Unicef. Segundo o documento, 4,5mil crianças morrem por dia no mundo por conta de falta de água ou saneamento. Poder da informação: A informação é PODER quando aponta aquilo que é importante para QUEM está de fato DECIDINDO. Pode ser usada para INSTRUMENTALIZAR, ou "DISFARÇAR" e/ou "JUSTIFICAR" as decisões positivas e "AS NÃO DECISÕES", no sentido do AVANÇO ou MANUTENÇÃO dos INTERESSES HEGEMÔNICOS em uma dada CONJUNTURA. Ex.) Dizer que aumentou uma doença 50% sem dar o numero de casos, mascarando a realidade. (de 1 caso pode ter passado para 2). Situação de Saúde É o conhecimento que um ator social produz para agir e transformar a qualidade de vida da população de determinado território. - REGRAS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (MODO DE FUNCIONAMENTO) O SIS, sendo componente de determinado Sistema de Saúde, deve ser coerente com as características do modelo de atenção proposto para este sistema. NÍVEIS DE UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO TÉCNICO (operacional): Atividade de rotina Exigem pouca capacidade de decisão Podem ser automatizadas com facilidade GERENCIAL (tática) "decisão" Atividades típicas de supervisão "controle" Requerem capacidade de decisão local Exigem informação gerencial POLíTICO (estratégica) Macro-decisões Requerem capacidade de decisão global Exigem informação estratégica LEI 8.080 CAP. IV - da competência e das atribuições Seção I - das atribuições comuns Art. 15. A união, os estados, o distrito federal e os municípios exercerão, em âmbito administrativo, as seguintes atribuições: III: acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais. IV: Organização e coordenação do sistema de informação de saúde. RISPA (Rede Interagencial de Informações Para a Saúde) Formalizada por Portaria Ministerial de 1996 A RISPA foi concebida com o intuito de ARTICULAR as entidades representativas dos SEGMENTOS TECNICOS e CIENTIFICOS nacionais envolvidos na PRODUÇÃO E ANALISE de dados Acordo de Cooperação firmado entre Ministério da Saúde e Organização Pan- Americana de Saúde (OPAS) IBGE, IPEA INFORMAÇÃO EM SAÚDE # Deve ser entendida como um instrumento de apoio decisório para o conhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica para PLANEJAMENTO, GESTAO, ORGANIZAÇÃO, OPERAÇÃO E AVALIAÇÃO nos vários níveis que compõem o sistema de saúde; # No setor saúde existe uma cultura muito pobre em relação a este tema; # Há pouca utilização da informação como apoio ao processo decisório, tanto para o gerenciamento como na pratica clinica; # Sobram DADOS e falta INFORMAÇÃO. PAB: 18 reais por pessoa Pra mil: 18000 reais Mostrar o que estão fazendo com relação ao total. Ver quanto representa. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Conjunto de procedimentos que, quando executados, proveem informação de suporte a organização e contribuem com os meios para a construção do conhecimento em saúde; Pode ser informatizado ou não; Podem servir desde agendamento ate suporte para planejamento estratégico. OBJETIVO DOS SI Planejamento estratégico: voltado para as decisões que norteiam os rumos da organização Controle gerencial: dirigido para o uso EFICIENTE E EFETIVO dos recursos da empresa para alcançar seus objetivos Controle operacional: voltado para a execução das tarefas essenciais ao funcionamento da organização Avaliação - EFICAZ (eficácia): AQUELA QUE EM CONDIÇÕES CONTROLADAS EU CONSIGO OS MELHORES RESULTADOS - EFETIVO (efetividade): AQUELA QUE NA VIDA REAL CONSEGUE UM DETERMINADO BENEFÍCIO “todo mundo tomando a mesma água e acompanhando o resultado – mundo real” - EFICIENTE (eficiência): GASTAR POUCO E FAZER BASTANTE (Preço), “custo X benefício” “custo/pessoa” EM SAÚDE: Eficácia: a capacidade dos cuidados, na sua forma mais perfeita, de contribuir para a melhoria das condições de saúde. Efetividade: o quanto de melhorias possíveis nas condições de saúde é obtido. Eficiência: a capacidade de obter a maior melhoria possível nas condições de saúde ao menor custo possível. SISTEMAS INFORMAÇÕES EM SAÚDE Importância dos sistemas: - Carência de informações; - Necessidade crescente de otimizar os recursos; - Planejamento e ação baseado em evidências; - Monitoramento e avaliação de ações. RACIONALIDADE DOS SIS NACIONAIS EXISTENTES Sistemas de informações epidemiológicas - SIM, SINASC, SINAN Sistemas de informações assistenciais (produção de serviço) - SIH/SUS (internações, procedimentos realizados nos hospitais) e SIA/SUS (saúde bucal SIA/SUS - Todos osserviços oferecidos) Sistemas de informações para monitorização de programas específicos - SIAB (sistema de informação da assistência básica - saúde bucal SIAB), SISPNI (vacinas), SINITOX (relacionado a intoxicações) ISTEMAS de informações de gerenciamento - HOSPUB (gerenciamento de hospitais) Cadastros nacionais - CNES, CNS-cartão Quais são os sistemas de informações que têm informações de saúde bucal? Sistema de Informação Ambulatorial do SUS – SIA/SUS Sistema de Informação da Assistência Básica – SIAB CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimento em Saúde Por profissional: significa que o profissional tem cadastro, pode assinar ficha do SUS. VIGILÂNCIA EM SAÚDE Atualmente assume dois significados: - Modelo: forma de organização de um serviço - Ação: alguém coordenando e tendo dinheiro VIGILÂNCIA da SAÚDE como MODELO Modelo de atenção que enfatiza o uso da epidemiologia e das ciências sociais em saúde na análise da situação de saúde da população (conhecer a população), no planejamento e programação local e na organização de operações. VIGILÂNCIA em SAÚDE como AÇÃO Pressupõe ação de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, implicando no compromisso do Poder Público (repassa ou recebe dinheiro) em conjunto com a sociedade de estabelecer normas e condutas para a proteção e defesa da qualidade de vida da população. Pressupõe ações que não param (cotidianas), que necessitam constante monitoramento. Atua sobre os determinantes do processo saúde/doença. # Secretaria de Vigilância em Saúde: Vigilância Ambiental e Epidemiológica # Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Vigilância Sanitária (É a que tem mais fraudes, são separadas devido ao dinheiro, jogos de poder... Mas deveriam ser juntas.) Secretaria de Vigilância em Saúde Centro Estadual de Vigilância em Saúde – CEVS Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde # Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais e Biológicos: vetores, reservatórios, roedores, peçonhentos. # Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais Não Biológicos: contaminantes (ar, solo, água), mineração e indústrias. # Núcleo de Vigilância dos Eventos Ambientais Adversos a Saúde: fatores climáticos, acidentes naturais. Produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente. IMPORTANTE: Participação popular Como? DENUNCIANDO. VIGILÂNCIA AMBIENTAL Atribuições Água para consumo humano Contaminações do ar e do solo Desastres naturais Contaminantes ambientais e substâncias químicas Acidentes com produtos perigosos Efeitos de fatores físicos Condições saudáveis no ambiente de trabalho Controle de vetores Normas técnicas VIGILÂNCIA AMBIENTAL em SAÚDE BUCAL Vigilância de resíduos tóxicos (exemplo o mercúrio), atuando desde a orientação profissional até os cuidados com encaminhamento para a reciclagem, manipulação, segregação, armazenamento, estocagem, transporte e destinação final. Secretaria de Vigilância em Saúde Centro Estadual de Vigilância Sanitária – CEVS Divisão de Vigilância Epidemiológica # Núcleo de Vigilância das Doenças Transmissíveis # Núcleo de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis: hipertensão, diabete, câncer, obesidade # Núcleo de Imunizações Vigilância Epidemiológica Cuida das informações indispensáveis para conhecer, detectar e prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo saúde-doença, com a finalidade de recomendar, oportunamente, as medidas indicadas que levem à prevenção e controle de doenças. Existe uma faixa de normalidade (quantidade de casos): endemia Quando ultrapassa essa faixa, pode-se ter uma epidemia. Surto epidêmico: passa um pouco da faixa endêmica. Epidemia: aumento do número de casos no tempo, considerando a faixa de normalidade Pandemia: mudança da doença no espaço, ela muda de lugares, continente. Vigilância Epidemiológica Controla o número de casos de cada doença e quando o número de casos ultrapassa o normal ela toma determinadas ações, medidas preventivas. Funções Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendações das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes VIGILÂNCIA DE DOENÇAS TRANSMISSIVEIS Tendência decrescente: coqueluche, tétano, poliomielite Quadro de persistência: malária, hepatites, tuberculose Emergentes e reemergentes: AIDS, cólera, dengue, H1N1 VIGILÂNCIA DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSIVEIS (DANT) Maiores taxas de morbimortalidade e por cerca de mais de 70% dos gastos assistenciais com a saúde no Brasil, com tendência crescente. Ex.) doenças cardiovasculares, câncer, diabete, doenças respiratórias, sobrepeso e obesidade. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE BUCAL Monitoramento da cárie dentária e doença periodontal Inquéritos epidemiológicos periódicos Parâmetros da OMS – comparações Periodicidade - Nacional/Estadual/Municipal: 10 em 10 anos - Bairros e distritos em maior frequência VIGILÂNCIA SANITÁRIA é um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e prestação de serviços de interesse à saúde, abrangendo: I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, de relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II – o controle da prestação de serviços que se relacionem direta ou indiretamente com a saúde. IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Dimensões Política: conflito de interesses Ideológica: população Tecnológica: conhecimento científico e intersetoriedade; Jurídica: direito sanitário, ética, direito penal e civil. # PRECISA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR # Enfoques Epidemiológico: detecção e eliminação de riscos à saúde Planejamento e atuação programática: representação social do problema Avaliação de qualidade PROGRAMAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA VISA das tecnologias VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Serviços Odontológicos e produtos fluoretados Portaria n° 40/2000 CRO/RS GUIA DE RECOMENDAÇÕES PARA USO DE FLUORETOS NO BR = Dentifrício com menos de 1000 ppm não previne cárie, não existem estudos que comprovem. O ideal é de 1000-1500ppm. = DENTIFRÍCIOS Principal agente (VISA): flúor Cerca de 0,1 % (1000ppm): monofluorfosfato Portaria SNVS n° 22 Teor máximo: 1500ppm Compostos aceitos (MS): monofluorfosfato (MFP) de sódio, fluoreto de sódio, fluoreto estanhoso e fluoreto aminado. COLUTÓRIOS Entre 202,5 ppm e 247,5 ppm 0,05% (diariamente) ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO Teor adequado: 0,6 a 0,8 ppm – o que determina é a temperatura. Compostos: flúor silicato de sódio, ácido fluorssilícico, fluoreto de sódio. (prova) ETA: controle operacional, monitoramento da qualidade da água. No final do processo adiciona-se flúor e verifica-se se está na quantidade adequada. É feito diariamente a cada hora durante 24h pelos responsáveis pela fluoretação da água de abastecimento público. (prova) HETEROCONTROLE: é feita a coleta de amostras de água em alguns pontos e outras instituições (não pode ser a mesma que fluoretou a água) analisam a quantidade de flúor. MODELO DE ATENÇÃO EM SAÚDE ATENÇÃO: “Conjunto de ações que, incluindo a assistência à saúde individual, não se esgota nela.” ASSISTÊNCIA: “Conjunto de procedimentos clínicos-cirúrgicos dirigidos a consumidores individuais.” MODELO DE PRÁTICA MÉDICA 1) PRIVATISTA: separa as pessoas em 2 grupos para serem atendidos - não ve o contexto em que a pessoa está inserida;- espera que as pessoas procurem o serviço; - o que acontece: não muda a condição de saúde geral da pessoa, apenas aquela necessidade pontual. 2) SANITARISTA: centros de saúde 3) VIGILÂNCIA EM SAÚDE: PSF - equipe conhece o seu pedaço e estabelece quem precisa ir ao posto e quem pode ser atendido em casa; - necessita de uma população organizada; - precisa do “palpite” da população para organização do serviço. - é intersetorial; - se preocupa com os determinantes das condições de saúde, atua em determinantes. MODELOS DE ATENÇÃO EM SAÚDE BUCAL 1) TRADICIONAL: - parecido com o privatista; - tem caráter curativo; - foca apenas na queixa do paciente. 2) INOVADO: conflito prevenção x cura - depende de pessoas e não de políticas públicas de saúde 3) PREVENTIVISTA: “prevenção vai resolver tudo; quem tem cárie, paciência”. - quem passou pela experiência está perdido; - clínica é arcaico; - o que é bom: estudos com esse pensamento desenvolveram técnicas mais conservadoras; - não vê o lado social; - não compartilha o conhecimento. - pra quem organiza o serviço, esse tipo de modelo não funciona; - difícil de inserir esse tipo de modelo no serviço: apenas a prevenção não resolve. 4) INTEGRAL: precisa fazer cortes para saber como atuar com determinadas pessoas - é uma sequencia: observo, proponho, faço, analiso e se for preciso refaço; - é importante transitar técnica – política; - o pensar e fazer saúde estende-se do homem à sociedade (do individual ao coletivo); - tem um peso social muito grande; - é importante que as pessoas entendam que elas tem a capacidade para mudar aquela realidade em que estão inseridas.
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