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I – PROCESSO COMUM
A instrução criminal é a sequência de atos que consubstancia o procedimento em si e, por isso, a instrução criminal varia de procedimento para procedimento.
Ao nosso estudo interessa a sequência de atos que compõem a instrução criminal no procedimento comum pelo rito ordinário.
O procedimento criminal pode ser COMUM ou ESPECIAL.
O procedimento comum é a regra, e este pode ser dividido, ainda, em procedimento comum pelos ritos ORDINÁRIO, SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO.
Mas quando se aplica cada um deles? Vejamos:
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Assim:
 Pena máxima igual ou maior que QUATRO ANOS – PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO;
 Pena máxima INFERIOR a QUATRO anos - PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO;
 Infrações de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) – Aplica-se o procedimento comum SUMARÍSSIMO, previsto na Lei 9.099/95 (Juizado Especial Criminal).
Mas o que seria uma IMPO? Nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95, a competência dos Juizados Especiais Criminais é para o processo e julgamento das infrações penais cuja pena máxima cominada não seja superior a dois anos, donde se conclui que estas são as infrações de menor potencial ofensivo.
O procedimento comum é aplicável SUBSIDIARIAMENTE a todos os procedimentos especiais previstos no CPP ou fora dele,
SALVO SE HOUVER PREVISÃO EXPRESSA EM CONTRÁRIO. Vejamos:
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Mais especificamente ainda, as disposições do procedimento comum ORDINÁRIO se aplicam não só aos procedimentos especiais, mas também SUBSIDIARIAMENTE aos procedimentos SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO:
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
A) Do oferecimento e do recebimento da ação penal – Da resposta do réu
O processo se inicia, como nós sabemos, com o oferecimento da peça inicial acusatória (ação penal), que pode ser a denúncia (ação penal pública) ou a queixa (ação penal privada).
A ação penal deve preencher determinados requisitos. Ausentes estes requisitos a ação penal NÃO SERÁ RECEBIDA PELO JUIZ, sendo rejeitada sem que o réu chegue a ser citado. Vejamos:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Caso a inicial acusatória não seja recebida pelo Juiz, caberá interposição de Recurso Em Sentido Estrito, nos termos do art. 581, I do CPP.
Estando a ação penal em ordem, ou seja, tendo preenchido todos os requisitos, o Juiz a receberá, ordenando a citação do acusado. Vejamos o que dispõe o art. 396 do CPP:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
É de se ressaltar que a decisão que recebe a denúncia não necessita de fundamentação muito complexa, muito extensa, conforme entendimento consolidado do STJ:
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. DESNECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO. MÁCULA NÃO CARACTERIZADA.
1. De acordo com entendimento já consolidado nesta Corte Superior de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, em regra, a decisão que recebe a denúncia prescinde de fundamentação complexa, justamente em razão da sua natureza interlocutória. Precedentes.
2. Habeas corpus não conhecido.
(HC 219.750/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 12/06/2013)
Vejam que o prazo para resposta é de APENAS 10 DIAS. Guardem isto, pois isso costuma ser cobrado. Recebida a ação penal e citado o réu, se inicia o prazo para resposta.
O prazo para a resposta começa a fluir da data em que o acusado é citado. No entanto, caso tenha sido citado por edital (por não ter sido encontrado), o prazo só começa a fluir da data em que o réu ou seu defensor comparecer, eis que havendo citação por edital, suspende-se TANTO O PROCESSO QUANTO O CURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. Nos termos do art. 396, § único do CPP:
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Anteriormente à reforma promovida pela Lei 11.719/08, A RESPOSTA À ACUSAÇÃO (nome que se dá à defesa do réu) era uma mera petição vazia, sem qualquer conteúdo, limitando-se a informar que, no momento oportuno, o réu provaria a sua inocência.
Após a reforma, a resposta à acusação passou a ser uma grande arma em favor do acusado, que poderá alegar tudo quanto for a seu favor. Vejamos o que diz o art. 396-A do CPP:
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Caso o acusado apresente alguma EXCEÇÃO (de suspeição, impedimento, etc.), esta será autuada EM APARTADO (fora dos autos do processo principal), nos termos do art. 396-A, §1°. Não apresentando resposta nem constituindo defensor, o Juiz nomeará defensor ao acusado, na forma do §2° do art. 396-A:
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferece-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Portanto, fica claro que a resposta acusação é uma peça OBRIGATÓRIA em todo PROCESSO CRIMINAL, não podendo ser dispensada.
B) Providências a serem adotadas pelo Juiz após o oferecimento da defesa pelo réu
Após a apresentação da resposta do réu o Juiz poderá:
 Absolver sumariamente o réu;
 Reconhecer algum vício na ação penal, extinguindo o processo;
 Dar sequência ao processo, designando data para audiência de instrução e julgamento.
O Juiz deverá absolver sumariamente o réu quando:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Percebam que o Juiz absolverá sumariamente o réu sempre que, após o prazo para resposta, verificar que o FATO NÃO OCORREU, ou, tendo ocorrido, NÃO CONSTITUI CRIME, ou ainda, que está presente alguma causa de exclusão da ilicitude, da culpabilidade(salvo inimputabilidade) ou extintiva da punibilidade.
EXEMPLO: Imagine que após a apresentação da resposta à acusação o Juiz verifica que o réu praticou o fato em legítima defesa, agindo nos termos do art. 23, II do CP. Vejamos:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ora, ocorrendo uma situação destas, é absolutamente desnecessário dar sequência ao processo penal, podendo o Juiz absolver, desde logo, o acusado, numa sentença que PRODUZ COISA JULGADA MATERIAL, ou seja, o acusado está DEFINITIVAMENTE ABSOLVIDO.
Não sendo caso de absolvição sumária, o Juiz dará sequência à instrução criminal, designando dia e hora para a audiência. O CPP determina, ainda, que o Juiz que presidir a audiência DEVERÁ PROFERIR A SENTENÇA. Vejamos:
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Esta norma inserta no art. 399, § 2° constitui o que se chama de PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Esse princípio tem como fundamento a certeza de que o Juiz que presidiu a audiência, por ter tido um contato mais direto com as provas produzidas, sempre será a pessoa mais apta a proferir a sentença.
C) Da instrução propriamente dita 
O art. 400 do CPP trata da ordem dos trabalhos na audiência de instrução e julgamento, bem como do prazo para sua realização. Na prática, esse prazo nunca é respeitado e, sendo um prazo impróprio, não há consequências processuais para o seu descumprimento, sem prejuízo de eventuais sanções disciplinares. Vejamos a redação do art. 400 do CPP:
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Vejam que o ÚLTIMO ATO da audiência É SEMPRE O INTERROGATÓRIO DO RÉU. Isso se dá porque o contraditório e a ampla defesa podem ser mais bem exercidos pelo acusado se ele já tiver tido conhecimento de tudo que está sendo alegado e provado contra si.
Primeiro serão ouvidas as testemunhas da acusação, depois as da defesa, pelo mesmo fundamento que o interrogatório do réu é o último ato (possibilitar o contraditório e a ampla defesa). Serão ouvidas até oito testemunhas da acusação e oito da defesa (para cada réu), não se computando neste número as testemunhas referidas (aquelas que venham a ser descobertas por indicação de outra testemunha) e as não compromissadas (que não prestam compromisso de dizer a verdade). Nos termos do art. 401:
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Vejam, ainda, que a parte poderá DESISTIR de inquirir qualquer de suas testemunhas, SALVO SE O JUIZ FIZER QUESTÃO DE OUVI-LA, pois o Juiz pode determinar a oitiva de testemunha que não tenha sido arrolada pela parte (e, por óbvio, ouvir aquela que tenha sido arrolada e depois excluída). Vejamos o que diz o art. 209 do CPP:
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
As provas deverão ser sempre produzidas NUMA MESMA AUDIÊNCIA. Caso as partes desejem algum esclarecimento dos peritos, deverão requerer esses esclarecimentos previamente. Vejamos:
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Esse requerimento prévio está previsto no art. 159, §5° do CPP:
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Não tendo havido este requerimento prévio o Juiz não está obrigado a deferir o pedido de esclarecimento aos peritos.
Após o momento da produção de provas, poderá o acusador (MP ou querelante), o assistente técnico e o acusado requerer a realização de DILIGÊNCIAS, de forma a esclarecer algum fato. Nos termos do art. 402 do CPP:
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Não havendo requerimento de diligências, ou, tendo havido, após a realização destas ou o seu indeferimento, entra-se na fase das ALEGAÇÕES FINAIS.
Anteriormente à reforma, as alegações finais eram apresentadas, em regra, NA FORMA ESCRITA. Atualmente a regra é a de que as alegações finais sejam feitas ORALMENTE, concedendo-se prazo de 20 MINUTOS PARA A ACUSAÇÃO E PARA A DEFESA, prorrogáveis por MAIS 10 MINUTOS. Ao final desse momento, o Juiz deverá proferir a sentença:
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Caso sejam dois ou mais acusados, o prazo de cada um será individual (§1°). Havendo assistente da acusação, será concedido a este prazo de 10 minutos para falar, após o MP. Nesse caso, como a acusação ficou com 30 MINUTOS (20 do MP e 10 do assistente de acusação), serão acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa (§2°).
No entanto, embora esta seja a regra, o CPP permite que, sendo o caso muito complexo, o Juiz autorize às partes apresentarem as alegações POR ESCRITO, no prazo de CINCO DIAS, findo o qual o Juiz deverá proferir sentença, no prazo de DEZ DIAS.
As alegações finais serão apresentadas por escrito, ainda, quando houver de ser realizada alguma diligência, pois, nesse caso, é impossível apresentar as alegações finais oralmente na audiência, já que ainda há uma fase instrutória em andamento:
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Do que ocorrer na audiência será lavrado termo em livro próprio, com o resumo dos fatos e a assinatura do Juiz e das partes:Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
D) Procedimento comum pelo rito sumário (arts. 531 a 538)
O procedimento comum pelo rito SUMÁRIO é muito semelhante, em estrutura, ao rito ordinário, até porque este último é norma que serve de aplicação subsidiária a todos os demais ritos.
No entanto, existem algumas pequenas diferenças que devem ser lembradas, pois geralmente as Bancas cobram aquilo que é diferente.
Vejamos:
 A audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 dias (No rito ordinário o prazo é de 60 dias);
 O número máximo de testemunhas é de CINCO (art. 532) e aqui não há a ressalva feita no rito ordinário quanto às testemunhas não compromissadas e referidas, ou seja, esse número de 05 inclui também estes tipos de testemunha;
 Não há previsão de fase de “requerimento de diligências, como no rito ordinário;
 Não há possibilidade de apresentação de alegações finais por escrito, devendo ser, necessariamente, ORAIS;
 O rito sumário será aplicável às Infrações de Menor Potencial Ofensivo quando, por alguma razão, estas infrações penais não puderem ser julgadas pelos Juizados (Quando, por exemplo, é necessária citação por edital, que é modalidade de citação vedada nos Juizados);
Bons estudos!

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