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1- ONDE OCORRE A SÍNTESE DE ATP NAS CÉLULAS DOS PROCARITOS E EUCARIOTOS? Ocorre em organelas delimitadas por membrana, no caso das eucarióticas (fungos, animais e vegetais) são as mitocôndrias e os plastídeos (principalmente os cloroplastos). Já em células procariontes o ATP é produzido na membrana plasmática. 2- COMO OCORRE O PROCESSO CONHECIDO COMO ACOPLAMENTO QUIMIOSMÓTICO? O acoplamento quimiosmótico ocorre em dois estágios interligados. No primeiro estágio, elétrons de alta energia, são transferidos ao longo de uma série de transportadores de elétrons na membrana. Essa transferência libera energia que é utilizada para bombear prótons (H+ derivados da água), através da membrana, gerando um gradiente eletroquimico de prótons (força produtora que provoca o deslocamento de íons da membrana, por meio da diferença de concentração ede um meio para o outro - hipotônico -> hipertônico - e de cargas elétricas, passando a ser uma forma de energia estocada que pode ser oferecida para realizar trabalho que pode ser usada para realizar trabalho útil quando há permissão para o refluxo através da membrana em favor de seu gradiente eletroquímico. No segundo estágio, o refluxo de H+ em favor do gradiente eletroquímico através de uma enzima chamada ATP sintase, que catalisa a síntese de ATP dependente de energia a partir de ADP e fosfato inorgânico. O papel desempenhado por essa enzima é semelhando ao de uma turbina, permitindo que o gradiente de prótons direcione a produção de ATP. 3- COMO OCORRE A TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS NA CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS NAS MITOCÔNDRIAS? A Cadeia Transportadora é uma etapa da respiração celular. Ela ocorre nas cristar mitocondriais, onde se encontram transportadores proteicos com diferentes graus de afinidade para os elétrons. As moléculas de NADH e FADH2, anteriormente formadas (Glicólise e Ciclo de Krebs), transferem os elétrons que transportam para as proteínas (Citocromos) da cadeia transportadora de elétrons. Ao longo da cadeia respiratória ocorre libertação gradual de energia, à medida que os elétrons passam de um transportador para outro. Esta energia libertada vai ser utilizada na síntese de moléculas de ATP, a partir de ADP+Pi, dissipando-se alguma sobre a forma de calor. Cada molécula de NADH permite a síntese de três moléculas de ATP, enquanto que a molécula de FADH2 apenas permite a síntese de duas moléculas de ATP. No final da cadeia transportadora, os elétrons são transferidos para um aceitador final - oxigênio, que capta dois prótons H+, formando-se uma molécula de água. É responsável pela maior parte de ATP da célula. 4- QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DAS ESTRUTURAS QUE COMPÕEM AS MITOCONDRIAS? Membrana exterior: A membrana externa mitocondrial, o que envolve a organela toda, tem uma proporção de proteína e de fosfolípidos semelhante ao da membrana plasmática eucariótica (cerca de 1:1 em peso). Ela contém um grande número de proteínas integrais chamadas porinas. Estas porinas formam canais que permitem que as moléculas de 5000 Daltons ou menos em peso molecular livremente se difundam de um lado da membrana para o outro. Proteínas maiores podem entrar na mitocôndria se uma sequência de sinalização em seu N-terminal se ligue a uma grande multisubunidade de proteína chamada Translocase da membrana externa, que então activamente as move através da membrana. A ruptura da membrana exterior permite que as proteínas no espaço intermembranar vazem para o citosol, conduzindo à morte celular certa. Espaço intermembranar: O espaço intermembranar é o espaço entre a membrana externa e da membrana interna. Como a membrana exterior é livremente permeável a moléculas pequenas, as concentrações de moléculas pequenas, tais como íons e açúcares no espaço intermembranar são as mesmas que o citosol. No entanto, as proteínas grandes devem ter uma sequência específica de sinalização para serem transportadas através da membrana externa, de modo que a composição de proteínas deste espaço é diferente da composição de proteínas do citosol. Uma proteína que está localizada no espaço intermembranar desta maneira é o citocromo c. Membrana interna: A membrana mitocondrial interna contém proteínas com cinco tipos de funções: 1. Aquelas que realizam as reações redox de fosforilação oxidativa 2. ATP sintase, que gera ATP na matriz 3. Transportes específicos de proteínas que regulam a passagem de metabólitos para dentro e para fora da matriz 4. Maquinaria de importação de proteínas. 5. Fusão de mitocôndrias e fissão de proteínas. 5- QUAIS OS PROCESSOS METABÓLICOS ORIGINAM OS COMPOSTOS UTILIZADOS NAS MITOCÔNDRIAS E COMO FUNCIONA? Glicólise e Ciclo de Krebs. Glicólise Esta primeira etapa, cujo nome significa quebra da glicose (do grego: glykýs, açúcar elýsis, quebra), ocorre no citoplasma das células. Para que ela ocorra há um gasto inicial de energia (duas moléculas de ATP são consumidas), mas que será reposto, já que, ao final dessa primeira etapa, o resultado é a formação de duas moléculas de ácido pirúvico e 4 moléculas de ATP, havendo, portanto, um saldo energético de 2 ATP. Além disso, também ocorre a liberação de elétrons energizados e íons H+, que são capturados por moléculas de uma substância aceptora de elétrons chamada NAD+(Nicotinamide Adenine Dinucleotide), formando duas moléculas de NADH. O ácido pirúvico passa, então, ao interior das mitocôndrias, organelas celulares onde ocorrem as etapas seguintes. Ciclo de Krebs Na matriz mitocondrial (solução aquosa no interior das mitocôndrias) o ácido pirúvico reage com uma substância chamada coenzima A, dando origem a duas moléculas de gás carbônico e duas de acetilcoenzima A. Esta substância é totalmente degradada numa série de reações denominadas pelo nome genérico de ciclo de Krebs e que têm, como produtos, mais quatro moléculas de gás carbônico, além de elétrons energizados e íons H+, que serão capturados por NAD+ e por um outro aceptor de elétrons e de hidrogênio chamado FAD (Flavine Adenine Dinucleotide), originando moléculas de NADH e FADH2. Durante esse processo, formam-se também duas moléculas de GTP (Guanosine triphosphate - muito semelhante ao ATP). 6- QUAL COMPLEXO PROTEICO É RESPONSÁVEL PELA SÍNTESE DE ATP NAS MITOCÔNDRIAS E COMO FUNCIONA? 7- ONDE OCORRRE O CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO E QUAL SUA FUNÇÃO NA SÍNTESE DE ATP? O ciclo é executado na matriz da mitocôndria dos eucariontes e no citoplasma dos procariontes. Trata-se de uma parte do metabolismo dos organismos aeróbicos (utilizando oxigênioda respiração celular); organismos anaeróbicos utilizam outro mecanismo, como a fermentação lática, onde o piruvato é o receptor final de elétrons na via glicolítica, gerando lactato. O ciclo de Krebs é uma rota anfibólica, ou seja, possui reações catabólicas e anabólicas , com a finalidade de oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação decarboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é transformado em acetil CoA (coenzima A) por acção da enzima piruvato desidrogenase. Este composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior formando- se citrato. O citrato vai dar origem a um composto de cinco carbonos, o alfa-cetoglutarato com libertação de NADH2, e de CO2. O alfa-cetoglutarato vai dar origem a outros compostos de quatro carbonos com formação de GTP, FADH2 e NADH e oxaloacetato. 8- EM QUE ETAPA DO PROCESSO DE SÍNTESE DE ATP NAS MITOCÔNDRIAS QUE O OXIGÊNIO É UTILIZADO? 9- O QUE SIGNIFICA ATP, ADP, Pi, NADH, NAD, FADH, FAD E QUAIS FUNÇÕES DESEMPENHAM NAS CÉLULAS? ATP= Adenosina Trifosfato; É um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. Éconstituída por adenosina, um nucleosídeo, associado a três radicais fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. ADP= Adenosina Difosfato; É um nucleotideo, isto é, um composto químico formado por um nucleósido e dois radicais fosfato. Neste caso, compõem o nucleósido uma base purínica, a adenina, e um açúcar do tipo pentose, que é a ribose. É a parte sem fosforilação da ATP. O ADP é produzido quando há alguma descarboxilação em alguns compostos da glicólise no ciclo de Krebs. Pi= Fosfato Inorgânico; Fosfato inorgânico pode ser formado pelas reações de ATP ou ADP, com a formação do ADP ou AMP correspondente e a liberação de um íon de fosfato. Reações similares existem para outros nucleosídeos difosfatos e trifosfatos. NADH= É uma enzima localizada na membrana mitocondrial interna que catalisa a transferência de elétrons do NADH para a coenzima Q; A NADH desidrogenase é a primeira enzima da cadeia de transporte eletrônico mitocondrial, catalisando a oxidação do NADH e a redução da coenzima Q. NAD= NAD é o acrónimo (do inglês Nicotinamide adenine dinucleotide) de nicotinamida adenina dinucleotídeo, difosfopiridina nucleotídeo ou ainda dinucleótido de nicotinamida- adenina. É uma coenzima que apresenta dois estados de oxidação: NAD+ (oxidado) e NADH (reduzido). A forma NADH é obtida pela redução do NAD+ com doiselétron e aceitação de um próton (H+). FADH= O dinucleótido de flavina e adenina; é um cofator capaz de sofrer ação redox, presente em diversas reações importantes no metabolismo. FAD= O dinucleótido de flavina e adenina (FAD), também conhecido como flavina-adenina dinucleótido e dinucleótido de flavina-adenina, é um cofactor capaz de sofrer acção redox, presente em diversas reacções importantes no metabolismo. O FAD pode existir em dois estados de oxidação e o seu papel bioquímico envolve frequentemente alternância entre esses dois estados. O FAD é capaz de se reduzir a 2 FADH, estado em que aceita dois átomos de hidrogénio: 10- FAÇA UM RESUMO DOS PROCESSOS ENVOLVIDOS NA SÍNTESE DE ATP NAS MITOCÔNDRIAS. 11- QUAL É A FUNÇÃO DA FOTOSSÍNTESE NOS VEGETAIS? É por meio da fotossíntese que os vegetas garantem nutrientes para sua sobrevivência; produzem alimentos, o combustível indispensável para a vida da planta, do homem e de outros animais. É um processo onde ocorre absorção de luz. 12- O QUE É UM PLASTÍDEO E QUAIS TIPOS OCORREM NAS CÉLULAS VEGETAIS? Os plastídeos compreendem uma família de organelas típicas dos vegetais. Estão presentes em todas as células vegetais vivas, sendo característicos para cada tipo de célula. Todos apresentam características em comum. Aqueles plastídeos encontrados em uma determinada espécie de vegetal contêm inúmeras cópias de um mesmo genoma e são circundados por um envoltório formado por duas membranas concêntricas. Os tipos são: - Cloroplastos: para a fotossíntese; etioplastos são cloroplastos que não estiveram expostos à luz; - Cromoplastos: possuem diversos pigmentos - fotossintetizantes, que captam energia luminosa - (vermelho, amarelo, roxo ou verde) por isso são responsáveis pelas cores de certos frutos, flores, etc; - Leucoplastos, que são apigmentados: amilopastos (acúmulo de amido), oleoplastos/elaioplastos (acúmulo de lipídios), proteoplastos (acúmulo de proteínas). 13- QUAL PLASTÍDEO É RESPONSÁVEM PELA REALIZAÇÃO DA FOTOSSÍNTESE? Cloroplasto. Possuem cor verde em função da presença da clorofila. São limitados por uma espécie de envelope formado por duas membranas lipoprotéicas. Possui em seu interior um líquido conhecido como estroma. Possuem DNA, RNA e ribossomos. Logo, apresentam a capacidade de realizar o processo de sintetização de proteínas, além de multiplicarem-se. 14- QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DAS ESTRUTURAS QUE COMPÕEM OS CLOROPLASTOS? Possuem nas suas delimitações duas membranas lipoprotéicas. A membrana externa é lisa e permeável, enquanto a interna é composta por várias dobras voltadas para o interior do cloroplasto. Na membrana interna dos cloroplastos estão os fotossistemas, todos com várias moléculas de clorofila dispostas de maneira a formar uma espécie de antena com a finalidade de captar luz. A estrutura interna consiste basicamente de duas partes: - Estroma: o fluido presente aquosa com os cloroplastos, comparáveis para o citosol de uma célula. Nele se encontram as enzimas e o RNA e DNA. - Grana: presentes sob a forma de tilacóides (sistemas de membranas onde se encontra a clorofila) dispostos em feixes, ligadas uma à outra com a ajuda de lamelas intergranal. Este é o principal local para a reação de luz da fotossíntese. 15- Como ocorre a transferência de elétrons na Cadeia Transportadora de Elétrons nos cloroplastos? A transferência de energia ocorre diretamente de uma clorofila excitada (pigmento antena) para uma molécula de clorofila vizinha, excitando esta segunda molécula e permitindo que a primeira volte ao seu estado basal. Esta transferência ressonante de energia é repetida para uma terceira, quarta ou subsequente vizinha, até que a clorofila do centro de reação fotoquímica torne-se excitada. Nesta molécula especial (centro de reação), um elétron é promovido pela excitação a um orbital de energia superior. Este elétron então passa a um receptor de elétron vizinho e neste momento se inicia a cadeia de transferência de elétrons do cloroplasto, que resulta na transformação da energia luminosa captada em energia química. A transferência do elétron da clorofila excitada do centro de reação deixa esta clorofila com um orbital vazio. O aceptor de elétrons, desta forma, adquire uma carga negativa. O elétron perdido pela clorofila do centro de reação é substituído por um elétron de uma molécula doadora de elétrons vizinha, que se torna positivamente carregada. Desta forma a excitação pela luz provoca uma separação de carga e inicia uma cadeia de oxidação-redução. Acoplados ao fluxo de elétrons dependente de luz estão os processos que geram ATP e NADPH. - Cadeia Transportadora de Elétrons • Ocorre na Membrana Interna Mitocondrial, também é chamada de Cadeia Respiratória; • NADH e FADH2 doam seus elétrons de alta energia para a cadeia transportadora de elétrons, sendo oxidadas em NAD+ e FAD; • Os e- são passados rapidamente pela cadeia até o O2 para formar H2O; • A transferência de elétrons libera energia que é utilizada para bombear os prótons (H+) através da membrana interna; • Gerando um gradiente eletroquímico de prótons que promove a síntese de ATP (a partir de ADP e fosfato inorgânico); 16- Qual complexo proteico é responsável pela síntese de ATP nos cloroplastos e como funciona? Complexo ATP-sintase. O fluxo transmembrana de prótons no sentido do seu gradiente de concentração através de canais protéicos específicos, fornece a energia livre para a síntese do ATP, que é catalisada por um complexo proteico ligado à membrana (ATP sintase) e que acopla o fluxo de prótons à fosforilação do ATP. A ATP sintase possibilita a passagem de prótons através da membrana, usando a energia cinética para fosforilar ADP a ATP. A produção de ATP através da quimiosmose ocorre em cloroplastos, mitocôndrias e alguns procariontes. 17- Em que etapa do processo fotossintético que o CO2 assimilado pela célula vegetal é utilizado? O CO2 é o substrato empregado na ETAPA QUÍMICA como fonte do carbono que é incorporado em moléculas orgânicas. As plantas contam, naturalmente, com duas fontes principais de CO2: o gás proveniente da atmosfera, que penetra nas folhas através de pequenas aberturas chamadas estômatos, e o gás liberado na respiração celular. Sem o CO2, a intensidade da fotossíntese é nula.Aumentando-se a concentração de CO2, a intensidade do processo também se eleva. Entretanto, essa elevação não é constante e ilimitada. Quando todo o sistema enzimático envolvido na captação do carbono estiver saturado, novos aumentos na concentração de CO2 não serão acompanhados por elevação na taxa fotossintética. 19- Comparativamente quais são as semelhanças e diferenças entre a mitocôndrias e cloroplastos? Semelhanças: relacionados com mecanismos de transporte de elétrons (cadeia respiratória nas mitocôndrias e a fotofosforilação nos cloroplastos), são eucariontes, possuem membrana externa, interna, espaço intermembrana, DNA, capacidade de auto duplicação, material genético próprio, ribossomos. Diferenças: - Cloroplastos: ocorrem nos vegetais, possuem estroma, membrana tilacóide, são muito maiores que as mito, necessitam de luz para que o prcesso de fotossíntese ocorra. - Mitocôndrias: ocorrem nos fungos, animais e vegetais, possuem matriz, crista. 20- Explique a provável origem evolutiva das mitocôndrias e cloroplastos nas células eucarióticas. São organelas supostamente originadas de organismos procariotos que foram englobadas por células eucarióticas, estabelecendo assim uma relação de endossimbiose (interação biológica mutualmente benéfica), enquanto uma ofertava proteção e nutrientes, a outra favorecia maior rendimento e aproveitamento energético através do processo de respiração celular.
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