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Adaptação Animal ao Clima

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Bioclimatologia
Adaptação animal
Relacionada à mudanças estruturais, funcionais ou comportamentais observadas no animal com objetivo de sobrevivência, reprodução e produção em condições adversas 
Adaptações morfológicas 
Os animais que habitam região de clima quente e árido possuem membros compridos, que fazem com que os efeitos do reflexo dos raios solares seja menor em seu corpo e facilitam a locomoção por grandes distancias
Diferenciação: pelame escuro e pelame claro, onde o escuro absorve mais calor tendo uma menor reflexão, com isso os animais tem mais estresse térmico. E o pelame claro absorve menos calor tendo uma maior reflexão, e o animal tende a não ter estresse térmico. 
Também há diferença na pigmentação da epiderme, onde há maior quantidade de melanina, promove maior proteção contra radiação UV.
Animais que habitam regiões de climas frios 
Possui membros mais curtos e pelos compridos, espessos e densos para facilitar a conservação de calor corporal
ex: taurinos e animais de pequeno porte
*Tecido adiposo subcutâneo evita perda de calor e serve como fonte de energia em condições de alimentação escassa.
Frio – características dos animais bem adaptados 
- Manutenção ou pequena perda de peso durante condições de estresse geral (estresse calórico) 
- Alta taxa reprodutiva e resistência a doenças e parasitos
- Baixa taca de mortalidade e longevidade
Fatores climáticos importantes que afetam a produção animal
- Temperatura do ar, radiação solar, luz, umidade do ar, pluviosidade, vento e pH do solo.
Temperatura do ar
Fator mais importante para determinar o tipo de animal que se pode criar em uma determinada região
Animais homeotérmicos: conseguem controlar a temperatura interna, independente da temperatura externa, representados por mamíferos e aves
Animais pecilotérmicos: a temperatura ambiente age diretamente sobre o animal, não conseguindo controlar sua temperatura interna, representado por repteis
*O centro termorregulador de temperatura corporal é o hipotálamo 
A temperatura ambiente captada pelos receptores térmicos periféricos, via sinapse nervosa, na superfície corporal (pele) vai para o hipotálamo que controla a intensidade da resposta fisiológica para a manutenção do conforto térmico (homeotermia) 
O que o frio causa:
Vasoconstrição: vaso sanguíneo se afasta da pele e diminui de calibre para não abaixar a temperatura interior, dificultando a perda de calor
Aumento do apetite: gera calor endógeno
Piloereção: funciona como isolante térmico que dificulta a perda de calor corporal
Calafrios: contração muscular que gera calor
Aumento do metabolismo: todas as atividades do metabolismo aumentam para gerar calor endógeno
O que o calor causa:
Vasodilatação: vaso sanguíneo se dilata, ficando próximo da superfície cutânea para facilitar trocas de calor
Aumento da frequência respiratória: perda de calor na expiração 
Aumento da frequência cardíaca: coração bombeia o sangue mais rápido por conta da vasodilatação e também precisa oxigenar os tecidos
Diminuição do apetite: digestão (- calor)
Diminuição do metabolismo: diminui calor endógeno
Sudorese: perda de calor através da evaporação da agua 
Aumento do consumo de água: gera uma diminuição na temperatura corporal ao ingerir 
Calor
Em altas temperaturas ambientes, ocorre desconforto fisiológico em que reduz o consumo de alimento (efeito anorético) e aumenta a temperatura corporal (efeito hipertônico) 
No efeito anorético visa a redução de produção de calor endógeno (termogênese) durante a fermentação ruminal/digestão e metabolismo corporal 
Homeotermia: temperatura ambiente confortável para o animal
Hipertermia: aumento da temperatura corpórea por fator externo, animais jovens sofrem mais com a mudança da temperatura
Hipotermia: diminuição da temperatura corpórea.
Zona de termoneutralidade
O gasto de energia para manter o animal é mínimo, a energia é direcionada para os processos produtivos fazendo com que ocorra o máximo de desempenho.
Estresse pelo calor (estresse calórico) 
É gerado pela soma do calor metabólico e fatores ambientais (temperatura, umidade, ventilação e radiação solar) sendo a inabilidade do animal em dissipar calor suficientemente para manter sua homeotermia 
Sinais de estresse calórico
- Aglomeração em áreas de sombra
- Aglomeração em torno de fontes de água 
- Redução do consumo de alimento
- Sudorese
- Aumento da FC
- Respiração superficial 
Acima de 32 graus
- Redução na produção
- Elevação da temperatura corporal
- Respiração com boca aberta, ofegação 
- Salivação excessiva 
Termogenese: produção de calor corpóreo, pelo metabolismo celular e atividades endócrinas, atividade muscular e calor metabólico 
Homeostase: capacidade do corpo para manter um equilibrio estavel a despeito das alterações exteriores, estabilidade fisiológica
Termolise: perda de calor que pode ser por condução, convenção, respiração, irradiação e evaporação 
Condução: Contato direto com superfície mais fria que o corpo, o corpo começa perder calor porque existe uma busca de equilíbrio fisiológico 
Convenção: movimentação do ar, faz com que o ar aquecido a nossa volta seja carregado pra longe, fazendo o organismo perder calor constantemente já que o corpo precisa aquecer o ar novamente em sua volta
Respiração: durante a respiração o ar é inspiração nas condições ambiente e expirado em uma temperatura levemente superior a temperatura interna do corpo, representando assim uma perda de calor para o organismo 
Evaporação: o suor é um mecanismo de redução da temperatura corporal, quando evapora, leva consigo o calor, fazendo com que a temperatura seja reduzida
Irradiação: o corpo está constantemente irradiando calor, quando o organismo esta em contato com superfícies frias independente da temperatura ambiente 
Outros fatores climáticos que afetam a produção animal 
Radiação solar: energia emitida pelo sol, sob forma de ondas eletromagnéticas
Efeito termico: termogênese
Efeito químico: ação benéfica pois transforma o colesterol da gordura subcutânea em vitamina D3, que contribui para a fixação do cálcio no organismo
Ação prejudicial: a intensa radiação pode produzir eritema solar que é uma inflamação com exsudação serosa em pele pouco ou não pigmentada 
A radiação UV causa lesão tecidual: tumores em áreas despigmentadas ou pouco pigmentadas como a mucosa ocular, focinho e períneo 
Efeito luminoso: promove ativação do metabolismo, estimulando a atividade endócrina (fotoperiodo estimula a atividade ovariana) 
A temperatura ambiente junto com a radiação tem efeito aditivo sobre as respostas fisiológicas (temperatura retal, FR, FC)
Umidade atmosférica: a umidade associada a altas temperaturas, acarreta dificuldade na dissipação de calor por evaporação 
Vento: favorece a dissipação de calor porque facilita a termolise por evaporação e convenção. Em pele com pouca cobertura de pele o sistema é mais eficiente 
Pressão atmosférica: com função de altitude, quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e menor a quantidade de oxigênio. Pouco oxigênio dificulta a respiração, causa taquicardia. Em animais não adaptados é chamado de mal das montanhas.
Pluviosidade: efeito indireto nos animais, interferindo na produção de forragens. Baixo índice pluviométrico contem alto teor de lignina nas forragens e alto índice de pluviosidade possui um aumento da lixiviação, dificultando a utilização de nutrientes pelo sistema radicular das gramíneas 
Adaptabilidade dos animais domésticos aos tróficos 
Adaptabilidade: habilidade que o animal tem em se ajustar às condições ambientais de climas adversos, com mínima perda no desempenho, conservando alta taxa reprodutiva, resistência as doenças e baixo índice de mortalidade 
Caracteristicas desejáveis de adaptabilidade de um animal
- Habilidade para promover a perda de calor corporal 
- Habilidade para conservar a produção corporal de calor permitindo que os processos produtivos ocorram num nível normal 
- Isolamento contraa radiação solar
- Habilidade para suportar alto grau de desidratação e elevação da temperatura corporal 
- Possui alto grau de resistência às doenças normais
Criterios fisiológicos que correspondem a adaptação e tolerância dos animais ao calor 
- FR
- FC
- Temperatura corpórea
Animais que apresentam menor aumento da temperatura corpórea e menor FR saão considerados mais tolerantes ao calor 
Medidas de adaptabilidade
Teste de rhoad (prova ibéria)
São aferidas as temperaturas retais dos animais expostos à radiação solar direta de manhã (10hrs) e à tarde (15hrs), durante três dias, os dados médios são aplicados na formula para o calculo ao coeficiente de tolerância de calor 
CTC = 100 – [ 18 (Tr – 38,33)] 
CTC: coeficiente de tolerância ao calor 
100: eficiência máximo em manter a temperatura corporal em 38,33ºC
18: constante 
Tr: temperatura retal media
38,33: temperatura retal considerada normal para ruminantes 
O resultado é expresso em porcentagem da eficiência em manter a temperatura retal em 38,33ºC. Quanto mais elevado o coeficiente, mais grau de tolerância 
Falhas: as considerações ambientais não são padronizadas, toma-se com base de calculo a temperatura retal de 38,33ºC não levando em consideração diversas situações fisiológicas que alteram esse paramentro, não leva em consideração também o ritmo respiratório 
Teste de dowling (menos usado)
Baseia-se na capacidade do animal dissipar o calor corporal. Os animais são exercitados em um dia quente por meia hora até a TR alcançar 40ºC. A seguir, são levados para sombra onde procedem as tomadas de TR em intervalos regulares para se verificar a habilidade de cada animal na recuperação da TR inicial
O animal com maior decréscimo de TR é considerado dotado de maior eficiência de resfriamento 
Falhas: o calor adquirido nessas condições não vem somente da radiação solar, mas também do trabalho muscular que envolve outros processos fisiológicos não implicando naturalmente no mecanismo de termorregulação da espécie 
Teste de Baccari Jr
Tem como principio a capacidade de dissipação de calor. Mensuração da TR dos animais em repouso de duas horas na sombra (TR1) e logo após a mensuração, os animais são expostos diretamente ao sol por uma hora. Após essa exposição, os animais devem retornar a sombra por mais uma hora, quando a segunda mensuração da temperatura retal deve ser feita (TR2) 
A medida das temperaturas retais obtidas são aplicadas na formula do índice de tolerância ao calor 
ITC = 10 – (TR2 – TR1)
O resultado mais próximo de 10, apresenta animais mais tolerantes ao calor.

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