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15/10/2015 1 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Bactéria - Estrutura celular • Membrana celular Respiração, nutrição • Citoplasma Reações químicas (maioria) • Ribossomos Síntese de proteínas • Plasmídeo Auto-duplicação (forma de resistência) • Cápsulas Resistência a fagocitose • Esporos Resistência ao meio externo quando este é desfavorável à sobrevivência da bactéria • Parede Celular Proteção e forma à bactéria • Pili ou fímbrias possibilita a troca de DNA entre as bactérias • Plasmídeo partículas de DNA que são trocadas pelo pili, quando este se liga ao de uma outra bactéria http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_celular_bacteriana 15/10/2015 2 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Bactéria - Morfologia http://br.geocities.com/poesiacidadania/bacterias.gif Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Bactéria Gram (+) e Gram (-) 15/10/2015 3 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Algumas bactérias patogênicas Gênero Morfologia Espécie Doença Gram-negativas Bordetella Coco B. pertussis Coqueluche Campylobacter Bacilo espiralado C. Jejuni Intoxicação alimentar Escherichia Bacilo E. ooli Septicemia, infecções de feridas Haemophilus Bacilo H. influenza Infecção aguda no trato respiratório Helicobacter Bacilo móvel H. pylori Úlcera pépticas Klebsiela Bacilo encapsulado K. pneumoniae Pneumonia, septicemia Salmonella Bacilo móvel S. typhimurium Intoxicação alimentar Shigella Bacilo S. Dysenteriae Disenteria bacilar Vibrio Bacilo flagelado V. colerae Cólera Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Algumas bactérias patogênicas Gênero Morfologia Espécie Doença Gram-positivas Clostridium Bacilo Cl. tetani Tétano Corynebacterium Bacilo C. diphtheriae Difteria Mycobacterium Bacilo M. tuberculosis M. leprae Tuberculose Lepra Staphylococcus Cocos em cachos S. aureus Infecções de feridas, bolhosas, septicemia Streptococcus Cocos em cadeia S. pneumoniae S. pyogenes Pneumonia, meningite Febres escarlatina e reumáticas Outros Chamydia Gram não definido C. trachomatis Doença ocular, infertilidade Treponema Bacilo espiralado e flagelado T. palidum Sífilis 15/10/2015 4 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Identificação laboratorial • Coleta de amostras Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Identificação laboratorial • Cultivo das amostras 15/10/2015 5 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia • Características macroscópicas • Temperatura ótima de crescimento, morfologia das colônias • Características microscópicas • Formato, tamanho, padrões de agregação celular, mobilidade, presença/ausência de flagelos Identificação laboratorial Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia • Métodos de coloração • Gram • Análise química • Espectroscopia UV/Vis, IV, Espectrometria de massa Fonte:http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=bacterias&sa=N&start=54&ndsp=18 Identificação laboratorial Gram (+) Gram (-) 15/10/2015 6 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Antibiograma Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Fármacos antibacterianos • Substâncias que são capazes de destruir microrganismos ou de suprimir sua multiplicação/crescimento • São fármacos frequentemente consumidos em hospitais e na comunidade ▫ São os únicos agentes farmacológicos que não afetam somente aos pacientes que os utilizam, mas também interferem de forma significativa no ambiente hospitalar por alteração da ecologia microbiana 15/10/2015 7 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Fármacos antibacterianos • O conhecimento dos princípios gerais que norteiam o uso de antimicrobianos, assim como das propriedades e características básicas dos antimicrobianos disponíveis, são essenciais para uma escolha terapêutica adequada ▫ Empírica ▫ Definitiva ▫ Profilática O uso racional de antimicrobianos é uma das metas definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Fatores que determinam a ação do fármaco 15/10/2015 8 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Conceitos importantes • Antimicrobianos ▫ Substância que mata/inibe o crescimento de bactérias, fungos, vírus ou protozoários) • Antibióticos ▫ Substâncias químicas especificas produzida por organismos vivos (penicilina, tetraciclina, cloranfenicol) • Quimioterápicos ▫ Século XX - Substância química sintética designadas para serem tóxicas ao agentes infecciosos (sulfa, quinolona) Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Conceitos importantes • Bacteriostáticos ▫ Substância que inibe o crescimento de bactérias (cloranfenicol, sulfa, trimetoprima, eritromicina) • Bactericidas ▫ Substância que mata as bactérias (penicilna, cefalosporina, aminoglicosídeo, quinolona) 15/10/2015 9 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Antimicrobiano ideal • Amplo espectro de ação • Especificidade no sítio do processo infeccioso • Bactericida • Baixa toxicidade • Baixo custo • Ser administrado a crianças, gestantes e idosos Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia 15/10/2015 10 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia RENAME • Revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia RENAME • Medicamentos essenciais (OMS, 2002) ▫ “...aqueles que servem para satisfazer às necessidades de atenção à saúde da maioria da população. São selecionados de acordo com a sua relevância na saúde pública, provas quanto à eficácia e à segurança e com estudos comparados de custo- efetividade. Devem estar sempre disponíveis, nas quantidades adequadas, nas formas farmacêuticas requeridas e a preços que os indivíduos e a comunidade possam pagar...” 15/10/2015 11 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Uso Racional de antibacterianos • Resistência bacteriana capacidade de adaptação dos microrganismos ▫ Mau uso de antibacterianos é o principal responsável pela seleção de resistência Frequência do uso do antibacteriano Duração do tratamento Erro de prescrição Transgressão do paciente Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia RDC 20/2011 da ANVISA • Considerações sobre a prescrição e a dispensação de antimicrobianos ▫ Orientações dos procedimentos relativos ao controle de antimicrobianos revoga a RDC 44/2010 ▫ Receita deve ser prescrita em receituário simples Duas vias 1ª farmácia e a 2ª com o paciente ▫ Conter o nome completo, idade e sexo do paciente ▫ Validade de 10 dias após a data de emissão 15/10/2015 12 Antimicrobianos Inibidores de Parede Celular β-lactâmicos 15/10/2015 13 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Conceitos • São antibióticos que apresentam em comum um anel lactâmico e compartilham características químicas, mecanismos de ação, efeitos farmacológicos e clínicos Farmacologia dos AntibacterianosProfa. Ana Carolina de Carvalho Correia Descoberta do 1º antibiótico • 1928 cultura de S. aureus + contaminação com Penicillum notatum • 1938 Chain, Florey e Abraham – isolamento da penicilina • 1941 uso da penicilina em pacientes gravemente infectados por estafilococos e estreptococos 15/10/2015 14 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Mecanismo de ação • Interferem na síntese da peptideoglicano da parede celular bacteriana inibem a enzima transpeptidase (ligação cruzada das cadeias peptídicas) β-lactâmicos - penicilinas 15/10/2015 15 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas Ácido 6-aminopenicilânico A anel tiazolidínico B anel β-lactâmico R cadeia lateral AB Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas • Classificação ▫ Penicilinas naturais e seu derivado fenoximetilpenicilina ▫ Penicilinas de largo espectro (aminopenicilinas - ampicilina, amoxicilina) ▫ Penicilinas resistentes à β-lactamases (oxacilina) 15/10/2015 16 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas naturais ou benzilpenicilina • Classificação ▫ Penicilina G potássica (IV e IM) ▫ Penicilina G procaína (IM) ▫ Penicilina G benzatina (IM) ▫ Penicilina V (fenoximetilpenicilina) (VO) Instáveis em meio ácido (exceto a penicilina V) Sofrem ação das β-lactamases Ampla distribuição (articulações, cavidades pleural e pericárdica, bile, saliva, leite e atravessa a placenta) Pouco lipossolúveis (não penetra a célula de mamíferos e na BHE) Eliminação (principalmente renal) Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas naturais ou benzilpenicilina Ativas contra cepas sensíveis de cocos Gram (+) Ineficazes contra a maioria das cepas de S. aureus 15/10/2015 17 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas naturais ou benzilpenicilina • Uso terapêutico ▫ Infecções estreptocócicas Erisipela, faringite, artrite, endocardite, febre reumática, pneumonia ▫ Infecções por anaeróbios Clostridium (tétano, gangrena gasosa), Bacteroides fragilis (enterite, diarreia e abcessos) (associação com inibidor de β- lactamase) ▫ Leptospira interrogans (leptospirose) ▫ Treponema pallidum (sífilis) ▫ Meningite meningocócica Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Aminopenicilinas • Classificação ▫ Largo espectro de ação (adição de um grupo amino na cadeia lateral) ▫ Semi-sintéticas (ampicilina, amoxicilina) Boa absorção VO ou parenteral Sofrem ação das β-lactamases Ampla distribuição (articulações, cavidades pleural e pericárdica, bile, saliva, leite e atravessa a placenta) Eliminação (principalmente renal) 15/10/2015 18 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Aminopenicilinas Ampicilina sofre interferência dos alimentos e induz diarreia Amoxilina melhor absorção intestinal que ampicilina, não sofre interferência dos alimentos, não induz diarreia Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas naturais ou benzilpenicilina • Uso terapêutico ▫ Infecções urinárias e infecções não graves por H. influenzae ▫ Infecção por enterococos (associação com aminoglicosídeo) ▫ Infecções do trato respiratório alto ou baixo (amigdalites, sinusite, otite, bronquite, pneumonia) ▫ Úlcera péptica (H. pylori) Amoxicilina + claritromicina + IBP 15/10/2015 19 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas resistentes à β-lactamases • Classificação ▫ Protótipometicilina – não mais usado ▫ No Brasil, atualmente, o único representante disponível é a oxacilina ▫ São resistentes as β-lactamases (importância do uso em cepas de MSSA) ▫ MRSA infecções hospitalares vs comunitárias) ▫ Atividade antimicrobiana menos potente contra microrganismos sensíveis a penicilina G Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas resistentes à β-lactamases Obs.: oxacilina é superior a vancomicina no tratamento de infecções por MSSA Penicilinas de amplo espectro ampliar a cobertura contra os bacilos gram (-) -Carboxipenicilinas (carbenicilina e ticarcilina) -Ureído-penicilinas (mezlocilina, piperacilina e azlocilina) 15/10/2015 20 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas com inibidores de β-lactamases • A produção das β-lactamases continuou sendo o meio mais eficiente e comum das bactérias se tornarem resistentes aos antimicrobianos β-lactâmicos Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas com inibidores de β-lactamases • Amoxacilina + ácido clavulânico ▫ S. aureus e anaeróbios produtores da β-lactamases ▫ H. influenzae e Moraxella catarrhalis produtoras de β- lactamases • Ticarcilina + ácido clavulânico ▫ Infecções graves causadas por E. coli, Klebsiella spp., Proteus spp., Enterobacter spp., Pseudomonas aeruginosa, Serratia spp., Providencia spp., S. aureus oxacilina sensível, e Bacteroides fragilis 15/10/2015 21 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas com inibidores de β-lactamases • Ampicilina + sulbactam ▫ S. aureus, H. influenzae, M. catarrhalis, E. coli, Proteus spp., Providencia spp., Klebsiella spp. e anaeróbios produtores da β- lactamases ▫ Já existem relatos de cepas de E. coli resistentes a esta associação • Piperacilina + tazobactam ▫ H. influenzae, N. gonorrhoeae e M. catarrhalis produtores da β- lactamases ▫ A maioria das P. aeruginosa é resistente a essa associação Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas com inibidores de β-lactamases 15/10/2015 22 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Penicilinas • Reações adversas ▫ Reações de hipersensibilidade Baixa incidência Erupção cutânea, febre, broncoespasmo, vasculite, dermatite, síndrome de Stevens-Johnson (erupção cutânea multiforme) e anafilaxia ▫ Distúrbios gastrintestinais Náuseas, vômito, diarreia β-lactâmicos - cefalosporinas 15/10/2015 23 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas Ácido 7-aminocefalosporânico A anel di-idrotiazínico B anel β-lactâmico R cadeia lateral A B Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • Inicialmente isolada do fungo Cephalosporium acremonium • Segunda escolha em muitas infecções • Classificação ▫ Baseada no espectro de atividade antibacteriano 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 1ª geração melhor atividade contra Gram (+) e atividade moderada contra Gram (-) 2ª geração em diante maior atividade contra aeróbios Gram (-) 15/10/2015 24 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • 1ª geração São muito ativas contra cocos gram (+) e têm atividade moderada contra E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na comunidade Podem ser usadas durante a gestação Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • 2ª geração Em relação às de primeira geração, apresentam uma maior atividade contra H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria meningitidis, Neisseria gonorrhoeae 15/10/2015 25 Farmacologia dos AntibacterianosProfa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • 3ª geração São mais potentes contra bacilos gram (-) facultativos, e têm atividade antimicrobiana superior contra S. pneumoniae (incluindo aqueles com sensibilidade intermediária às penicilinas), S. pyogenes e outros estreptococos Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • 4ª geração Ação sobre bactérias gram (-), incluindo atividade antipseudomonas, além de apresentarem atividade contra cocos gram (+), especialmente estafilococos sensíveis à oxacilina Atravessa as meninges quando inflamadas 15/10/2015 26 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Cefalosporinas • Reações adversas ▫ Idênticas as penicilinas ▫ Potencialmente nefrotóxicos Obs.: aminoglicosídeos, diuréticos de alça e vancomicina potencializam a nefrotoxicidade β-lactâmicos - carbapenéns 15/10/2015 27 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Carbapenéns AB Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Carbapenéns • Apresentam amplo espectro de ação para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das β–lactamases ▫ Imipenem (protótipo do grupo) ▫ Meropenem ▫ Ertapenem Não são absorvidos por via oral Possuem penetração excelente em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato urinário, líquor (meropenem) e órgãos genitais 15/10/2015 28 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Carbapenéns • Características ▫ Ação contra bactérias Gram (+), (-) e anaeróbios ▫ Resistência a várias β-lactamases ▫ Indicação Tratamento de infecções nosocomiais moderadas a graves, em geral polimicrobianas ou por bactérias resistentes a outros antimicrobianos ▫ Penetram adequadamente nos tecidos e líquidos corporais, inclusive LCR Não devem ser utilizados como 1ª escolha no tratamento empírico de infecções comunitárias ou hospitalares Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Carbapenéns • Reações adversas ▫ náuseas ▫ vômitos ▫ diarreias ▫ erupções cutâneas 15/10/2015 29 β-lactâmicos - monobactâmicos Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Monobactâmicos • Foram descobertos em 1981 e são caracterizados por um anel monocíclico em sua estrutura ▫ Brasil, temos disponível o aztreonam ▫ Não é absorvido por via oral ▫ Tem boa distribuição tecidual (ossos, próstata, pulmão, secreção traqueal, sistema nervoso central e trato gastrintestinal) 15/10/2015 30 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Monobactâmicos • Azetreonam ▫ Infecções do trato urinário, respiratório inferior, pele, meningite, infecções intra-abdominais ou ginecológicas e sepsemias causadas por Gram-negativos ▫ Obs.: não apresentam atividade contra bactérias Gram (+) ou anaeróbias uso limitado (espectro restrito e rápido desenvolvimento de resistência bacteriana) ▫ Associação aminoglicosídeos contra P. aeruginosa ▫ Alternativa para pacientes alérgicos às penicilinas (diferente dos aminoglicosídeos, não são nefro ou ototóxico) Não β-lactâmicos - glicopeptídeos 15/10/2015 31 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Glicopeptídeos • Vancomicina, teicoplanina e ramoplanina • Diversos glicopeptídeos estão em fase de pesquisa clínica e não são disponíveis no mercado nacional Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Glicopeptídeos • Vancomicina ▫ Tratamento de escolha para MRSA (endocardite e septicemia) ▫ Endocardite enterocócica (vancomicina + gentamicina) ▫ Meningite (S. pneumoniae) associação com ceftriaxona ou rifampicina ▫ Colite pseudomembranosa (Clostridium difficile): uso VO em quadros graves, falha ou intolerância a metronidazol – 1ª escolha ▫ Problema clínico surgimento de VRE e VISA 15/10/2015 32 Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia Glicopeptídeos • Vancomicina ▫ Efeitos colaterais Os mais comuns são: febre, calafrios e flebites associados ao período de infusão A Síndrome do pescoço vermelho é associada à velocidade de infusão Pode ocorrer leucopenia (reversível), ototoxicidade (especialmente em pacientes com insuficiência renal) Nefrotoxicidade é um efeito potencialmente grave da vancomicina Farmacologia dos Antibacterianos Profa. Ana Carolina de Carvalho Correia anacarolinacc@yahoo.com.br
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