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Hipernatremia e hiponatremia

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Distúrbios do Sódio
 Ana C. – Ana L. – Aristarco – Camila C. – Gabriela – Izabella – João – Mariana
Medicina 5º Período – UFSJ CDB
Regulação de sódio pelo organismo
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
Peptídeo Natriurético Atrial
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA)
Sódio (Na): contribui para a tonicidade plasmática e estimula movimento de água através da membrana celular
Regulação do balanço de Na:
	- volume circulante efetivo
	- volume extracelular
O rim → via final comum → balanço de Na → SRAA
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA)
O SRAA participa efetivamente do controle da PA, da hemodinâmica renal e da excreção de Na
A renina provoca clivagem do agiotensinogênio em angiotensina I, que, pela ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), é convertida em angiotensina II
A renina é uma enzima secretada pelo aparelho justaglomerular quando há diminuição da perfusão renal
No rim, a angiotensina II participa da regulação da filtração glomerular e da excreção de Na, independente do SRAA
A angiotensina II age nas artérias e nos túbulos renais, causando vasoconstrição e retenção de Na, consequentemente elevando a PA e a perfusão renal
Hiponatremia
Definição
Etiologia
Quadro Clínico
Diagnóstico
Tratamento
Hiponatremia
É o distúrbio hidroeletrolítico mais comum em pacientes hospitalizados;
Associado com aumento da mortalidade;
Definida pela concentração plasmática de sódio menor que 136/135 mmol/L;
O achado da hiponatremia costuma ser acidental nos exames laboratoriais de rotina ou de pacientes sem queixas específicas, ou como parte da investigação de outras síndromes clínicas;
Esse achado não necessariamente significa um estado hipotônico;
 
.
Hiponatremia
Hiponatremia hipertônica: 
Acúmulo de solutos efetivos sem sódio no fluido extracelular (ex:glicose);
Desvio de água do compartimento intracelular para o extracelular;
Hiponatremia isotônica:
Achado laboratorial de hiponatremia sem alterações na tonicidade do fluido corpóreo;
Quase sempre indica interferências laboratoriais (pseudo-hiponatremia);
Hiponatremia hipotônica:
Sempre reflete uma doença de base importante que leva a um balanço hídrico anormal;
Estado hipotônico indica expansão passada ou atual de liquido intracelular (edema de neurônios);
Hiponatremia
Hiponatremia Hipervolêmica:
Excesso tanto de sódio quanto de água, com um aumento proporcionalmente maior de água;
Causas mais comuns: insuficiência cardíaca congestiva,cirrose descompensada com ascite e insuficiência renal;
Na insuficiência renal, tanto crônica quanto aguda, há um aumento urinário de sódio;
Hiponatremia- Tipos diagnósticos
Hiponatremia Hipervolêmica:
Nessas situações, é um mau prognóstico = estágio avançado;
ICC e cirrose = aumento secreção de ADH
Retenção hídrica e hiponatremia = característica de Insuficiência renal em estágios avançados;
 
Hiponatremia- Tipos diagnósticos
Hiponatremia Hipovolêmica:
A hipovolemia causa uma acentuada ativação neuro-humoral, com consequente aumento dos níveis circulantes de ADH;
Preservação da PA: aumento de reabsorção de água;
Causas não renais: perda gastrointestinal e perda insensível;
 
Hiponatremia- Tipos diagnósticos
Hiponatremia Hipovolêmica:
Causas renais: cursam com perda urinária de sódio, com consequente depleção do volume e aumento da secreção de ADH = nefropatia de refluxo, nefropatias intersticiais, fase de recuperação de necrose tubular aguda e uropatia pós-obstrutiva;
Diuréticos; 
Hiponatremia- Tipos diagnósticos
Hiponatremia- Tipos diagnósticos
Hiponatremia Euvolêmica:
Pode ocorrer no hipotireoidismo moderado a grave, com correção após obtenção de um estado eutireoideo;
Deficiência de glicocorticoides na insuficiência suprarrenal secundária = reduz secreção de ADH;
Síndrome da antidiurese inapropriada é a causa mais comum = expansão de volume subclinica (retenção de sódio pelo ADH) = causada por doenças pulmonares e do SNC;
Manifestações Clínicas:
Aguda < 48 horas Crônica > 48 horas
Encefalopatia hiponatrêmica 
Náuseas
Cefaleia
Vômitos
Letargia
Convulsões
Coma
Manifestações clínicas:
Insuficiência respiratória
Edema
Generalizado
Distenção jugular
ascite
Hipotensão ortostática
Relacionada a hipovolemia
Diagnóstico:
Historia clinica
Pesquisar doença de base.
Pesquisar medicamentos em uso.
Diuréticos
Carbamazepina
Oesmopressina
Oxitocina
Vincristina
Clorpropamida
7. Nicotina
8. Ciclofosfamida
9. Morfina
10. Amitriptilina
11.Inibidores seletivos da recaptação da serotonina
12. ECSTASY
Diagnóstico
Sangue
 Sódio (<136mmol/L)
Osmolalidade plasmática=2Na +(Ureia/5,6 +Glicose/18)
 (<275mosmol/kg)
Potássio
Cloreto
Bicarbonato
Ureia
Creatinina
Ácido úrico
pH e pCO2
Glicose
Diagnóstico
Urina
Sódio
Creatinina
FeNa
Outros:
Ecocardiograma
Tomografia computadorizada
Tratamento
Depende da categoria e do diagnóstico subjacente
Princípios comuns:
Identificação e solução da causa de base;
Independentemente da causa de base, ajustar [Na] e velocidade de correção guiadas pelo paciente
Estado clínico
Idade e Sexo
Informação recente pregressa
Tratamento
Demora
Dano neurológico pelo edema cerebral
Rapidamente
Síndrome desmielinização osmótica
Hiponatremia Hipotônica
aguda (<14 a 48 horas) acompanhada por sintomas neurológicos graves: a correção deve ser rápida e deve atingir a concentração-alvo de sódio necessária para a melhora da sintomatologia neurológica. 
nao deve exceder os 2 mmol/L e sua elevação total durante as primeiras 12 a 24 horas não deve ser superior a 12 mmoVL.
Hiponatremia Crônica
Pode-se assumir que os neurônios tiveram a oportunidade de se adaptar osmoticamente e extrusaram ou eliminaram seus solutos intracelulares.
Velocidade de aumento da concentração de sódio não deve exceder 0,5 mmol/l/h 
Aumento total não deve ser superior a 8 mmol/L nas primeiras 24 horas
Aqui incluem-se os pacientes sem valor prévio conhecido de osmolalidade
Uso de análogos de receptores de vasopressina: 
Tolvaptan e o Lixivaptan são seletivos para o receptor v2, enquanto o Conivaptan atua nos receptores v1A , e v2
aumentam o volume de urina, diminuem sua osmolalidade, aumentam a eliminação da água livre e aumentam o sódio sérico em diversos estados hiponatrêmicos
Hiponatremia Hipotônica Hipovolêmica
administração da repleção de volume sob a forma de salina isotônica é o tratamento de escolha
NaCl 0,9%
Reduz liberação de ADH, o que induz a diurese aquosa
Atenção à hipernatremia!
Hiponatremia Normovolêmica
Dirigida à causa de base
Caso não resolvível ou desconhecida: retirar excesso de água:
Diurético de alça
Infusão concomitante de salina hipertônica
Antagonista do receptor V 2 da AVP (conivaptan)
Uma abordagem alternativa é a administração de um agente osmótico por via oral
Hemodiálise
Hipernatremia
Definição
Etiologia
Quadro Clínico
Diagnóstico
Tratamento
Hipernatremia
Na/sg > 145 mEq/I
Menos comum que a hiponatremia
Principal determinante da osmolalidade sérica
Mais importante cátion do extracelular
Fisiopatologia
Prejuízo no mecanismo de sede ou reposição hídrica inadequada
Hiperosmolaridade hipertônica
Desidratação celular
Tentativa de adaptação: acúmulo de solutos
Etiologia
Hipernatremia: balanço negativo de água e/ou balanço positivo de sódio
Perdas aquosas (água livre)
Ganho ou retenção de sódio
Perdas de sódio e água, com predomínio da segunda
Quadro clínico:
Alteração do estado mental
	Confusão leve
	Letargia 
	Coma profundo
Hemorragia parenquimatosa
Hemorragia subaracnóidea 
Hematomas subdurais
Quadro clínico:
Rabdomiólise hipernatrêmica
Em pacientes crônicos
	Edema cerebral
	Convulsões
Náuseas
Vômitos
febre 
Diagnostico:
Anamnese 
	presença ou ausência de sede
	poliúria
	diarreia
	consumo diário de agua
	débito urinário 
Exame físico 
	exame neurológico detalhado
	ortostase
Diagnostico:
Exames laboratoriais 
	Osmolalidade do soro e da urina
	Eletrólitos urinários
A resposta apropriada da hipernatremia e uma osmolalidade sérica de >295 mosmol/kg consiste em elevação dos níveis circulantes de vasopressina.
Excreção de baixos volumes de urina (< 500mL/dia)
Fonte extrarrenal de perda de água
Diagnostico:
Fator responsável diurese osmótica 
	Poliúria
	Excreção de soluto será de > 750-1000 mosmol/dia
	Urina diluída hipotônica 
Diabetes insidioso X causa nefrogênicas:
Medição da resposta da osmolalidade urinaria ao agonista da vasopressina (acetato de desmopressina), combinada com determinação da vasopressina na presença de hipertonicidade.
Tratamento	
Reverter a hipovolemia e hipoperfusão sistêmica na hipernatremia hipovolêmica.
Tratar da causa de base ou suas complicações, como febre, hiperglicemia ou Diabetes Insípidos.
Tratamento específico da hipernatremia:
 Redução do sódio sérico cuidadosamente na hipernatremia crônica para evitar lesões adicionais no SNC.
 Normalização do sódio em até 24h na hipernatremia aguda.
Tratamento
Hipernatremia Crônica
Tratamento
Hipernatremia Aguda
Diálise para restaurar rapidamente o estado normal nas formas graves de hipernatremia.
Modo de Usar SG
Calcular o déficit total de água
Repor o déficit total de água em 24h com SG5%, em geral, são 3 a 6 mL/kg/h
Dosar sódio sérico a cada 1 ou 2h até que chegue a 145 mEq/L
Reduzir infusão de SG5% ou SG2,5% para 1 mL/kg/h até que sódio chegue a 140 mEq/L
Referências
Obrigado!
Clínica Médica: Diagnóstico e Tratamento – Antônio Carlos Lopes
CECIL – Medicina Interna 23ª. edição
GENTILE et al. Hiponatremia: conduta na emergência. Rev Bras Clin Med 2010;8(2):159-64
ROCHA, Paulo Novis, Hiponatremia: conceitos básicos e abordagem prática.J. Bras. Nefrologia. Vol33. São Paulo, 2011.

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