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TG 2013 ComResposta DivaneSilva 15092016 (R) (1)

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TRABALHO EM GRUPO (TG) 
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
BIMESTRE: 1º bimestre de 2016.2 
PROFESSORA: Divane A. Silva 
TURMA: 2013 
DISCIPLINA BASE: Normas Internacionais de Contabilidade 
 
 
Olá, aluno, peço-lhe a gentileza de ler a situação abaixo e, em seguida, responder 
às questões propostas. 
 
 
 
Balme Brasil Biotecnologia Clínica S.A. 
 
 
Durante um voo noturno do avião presidencial “Santos Dumont”, um dos ministros que 
acompanharam uma viagem do presidente a Nova York, para participar de uma 
Conferência da ONU, sentiu fortes dores pelo corpo. O piloto, que tinha plano de voo 
para pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, comunicou um pouso de 
emergência no aeroporto de Fortaleza. 
 
Transferido para um hospital de Fortaleza, logo os médicos observaram que o quadro 
clínico do Ministro era desafiador. Horas depois, os médicos de Fortaleza decidiram 
transferir o paciente ao hospital Húngaro-Francês, que conta com especialistas no tipo 
de cirurgia que o Ministro iria precisar. 
 
Já no hospital Húngaro-Francês, o Ministro foi submetido a uma cirurgia, onde, entre 
outras coisas, recebeu o implante da Membrana Balme 216H. A – caríssima – 
Membrana Balme 216H acabara de ser aprovada para uso no Brasil pela Anvisa e, 
embora, praticamente, todos os médicos já a conhecessem, apenas os médicos do 
hospital Húngaro-Francês haviam passado pelo treinamento para sua utilização. Após 
somente 9 dias da intervenção cirúrgica a que foi submetido, o Ministro foi liberado para 
voltar para casa e para o trabalho. Porém, o tratamento ficou uma verdadeira fortuna, 
que foi pago por sua família. Todos ficaram felizes, porque, de fato, o produto é muito 
bom! 
 
A empresa Balme Biotecnologia Clínica tem sede na cidade de Mendrisio, no lado 
italiano da Suíça. É de propriedade do multimilionário ucraniano Viktor Leonid, que é 
considerado por muitos como um fomentador das ciências, porque patrocina diversas 
pesquisas científicas e, por outros, um aproveitador sem escrúpulos. 
 
O Sr. Leonid reuniu uma estrutura empresarial e industrial muito ágil, porém, tem um 
procedimento comercial questionável por muitos que defendem um acesso a produtos 
inovadores, que surgiram pela pesquisa científica: ele compra patentes de inovações 
tecnológicas na área de saúde e, durante um breve período de tempo, fatura alto 
vendendo os produtos derivados das pesquisas por um valor estratosférico, até que as 
outras empresas consigam lançar produtos similares no mercado a preços bem mais 
baixos. 
 
 
A recém-criada Balme Brasil Biotecnologia S.A. começou a emitir suas primeiras notas 
fiscais há cerca de um ano. Sempre que conquista um novo cliente, realiza um 
treinamento específico para médicos do hospital e disponibiliza ao cliente um estoque de 
Balme 216H, em regime de consignação. Conforme o hospital consume as membranas, 
são emitidas notas fiscais de venda e emitidos os documentos para o pagamento. As 
membranas usadas dão repostas em cerca de 16 horas ou dois dias para os hospitais 
mais distantes. Assim, entende-se que o hospital sempre terá um suprimento adequado 
quando for necessário o uso em um paciente. 
 
Mais especificamente, o hospital recebe dez kits de membranas com 52 diferentes 
tamanhos. O tamanho exato da membrana que será utilizada no paciente é definido no 
momento da intervenção cirúrgica. 
 
Apesar desse procedimento ser complexo, faz-se necessário, porque nenhum hospital 
aceitaria manter em seus estoques peças com os valores altíssimos cobrados pela 
Balme, sendo que a única alternativa possível foi disponibilizar o estoque para pronta-
utilização por meio de consignação. 
 
No escritório em Alphaville, o contador da Balme, Sra. Elisandréia Dantas, recebeu a 
primeira visita dos auditores, que iriam acompanhar as atividades contábeis da Balme 
Brasil. Uma das primeiras preocupações do gerente de auditoria, o Sr. Flávio Punho, foi 
a de perguntar para a Sra. Elisandréia Dantas o que consistia de fato o produto que a 
Balme vendia. Mais do que isso, pediu para olhar fisicamente o produto, que estava em 
um estoque em uma sala dentro do próprio escritório da Balme. 
 
O Sr. Flávio Punho perguntou esse detalhe para a Sra Elisandréia Dantas, porque soube 
que ela havia ido a Mendrísio e conheceu os detalhes técnicos. A membrana 216H, na 
realidade, era uma complexa construção de celulose úmida moldada e com furos e 
tubos, de uma forma a que o próprio organismo consiga reconstituir vasos sanguíneos e 
veias de uma área afetada, substituindo a celulose por material orgânico em poucos 
dias. 
 
Já imaginando a preocupação e as intenções do auditor, a Sra. Elisandréia comentou 
que o produto em si não passava de uma toalha de papel um pouco mais grossa e 
granulada, moldada de uma forma tão perfeita que atinge o resultado a que se propõe. 
O custo de fabricação é irrisório. O custo maior está em montar os moldes e na 
tecnologia e pesquisa de ponta empregada. 
 
O Sr. Flávio Punho, em especial, não entendeu o processo de vendas e de estoques da 
Balme Brasil. Ou melhor, até entendeu, porém, não encontrou uma política comercial a 
esse respeito nas notas explicativas, dentro das Demonstrações Contábeis da Balme 
Brasil S.A. 
 
Pede-se: 
 
Redigir uma nota explicativa sobre a política de vendas de membranas da Balme Brasil 
S.A. 
Essa nota explicativa precisa estar de acordo com as orientações dos seguintes 
pronunciamentos: 
 
 
CPC 16 – Estoques; 
CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; 
OCPC 07 – Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros de 
Propósito Geral. 
 
RESPOSTA ESPERADA: 
 
Não há resposta exata para a redação da nota explicativa. 
Espera-se que o aluno elabore um texto sintético, com não mais do que 250 
palavras, baseado na situação fictícia da Balme Brasil S.A., sendo que esse texto 
deve ser autêntico, original e vá ao encontro do disposto em cada uma das duas 
normas contábeis e da orientação, publicadas pelo CPC. 
 
Caso os alunos não elaborem um texto com algo em torno do conteúdo estudado, 
que consta nas normas contábeis e surjam erros ou vieses, o tutor deverá indicar 
o problema aos alunos, em uma avaliação qualitativa. 
 
Todos os documentos podem ser encontrados no seguinte endereço: 
 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos 
 
Como um parâmetro para a avaliação, deve-se utilizar a nota explicativa real da 
empresa Renar Maçãs S.A., que é a mesma que foi estudada no livro texto: 
 
 Renar Maçãs S.A. 
 
A companhia, na busca de melhoria e simplificação de seus procedimentos quanto à 
apuração do custo dos produtos vendidos (fruta), entende que a melhor forma de 
demonstrar a apuração do CPV mensal, calculado sobre os estoques formados 
(colhidos) de maçãs disponíveis para venda é considerar que, nos primeiros seis meses 
do ano, toda a Fruta Industrial (na sua maioria vendida diretamente do pomar para a 
indústria), passa a receber somente o custo de pomar (custo agrícola), por ser uma fruta 
de descarte, não contendo nenhum valor de armazenagem, classificação e embalagem 
agregado em seu custo. Nos últimos seis meses do ano, a Fruta Industrial é acrescida 
do custo de armazenagem e classificação, do PackingHouse em seu custo. 
Para as frutas de categoria comercial, além do custo Pomar (agrícola), são acrescidos 
os custos apurados no PackingHouse (armazenagem, classificação e embalagem da 
fruta), que são atribuídos mensalmente ao custo da fruta classificada e embalada, 
vendida, ou seja, CPV. 
 
Quanto ao CPC 16, espera-se que os alunos comentem que os estoques são 
cedidos em regime de consignação, ou seja: o estoque não passa a ser do cliente, 
continua a ser da Balme Brasil S.A. quando enviado ao cliente e somente as peças 
quesão efetivamente utilizadas é que são vendidas. Por isso, deve ser controlado 
pela Balme Brasil S.A. em uma conta contábil, ou controle interno que tenha o 
nome, por exemplo, de “Estoques em Terceiros”. 
Espera-se também que haja algum comentário sobre a formação do CMV (Custo 
das Mercadorias Vendidas). 
 
 
Quanto ao CPC 23, há alguns critérios para formar uma política contábil, 
reproduzido a seguir: 
 
“Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas 
específicas aplicados pela entidade na preparação e na apresentação de 
demonstrações contábeis”. 
A empresa deve selecionar e aplicar as políticas contábeis de forma adequada com o 
disposto nas normas, considerando também as operações comerciais, transações e 
eventos mais comuns. 
 
Padoveze, Benedicto e Leite (2012, p. 245) comentam que: 
Quando o efeito de uma política contábil for imaterial, a entidade não precisa aplicá‑la 
(princípio da relevância). Na ausência das normas contábeis que se apliquem 
especificamente a uma transação, outro evento ou condição, a administração da 
companhia exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política 
contábil que resulte em informação que seja: 
 
 relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; 
 confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis representem 
adequadamente a posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os 
fluxos de caixa da entidade; 
 representem a essência econômica de transações, outros eventos e condições, e 
não meramente a forma legal; 
 sejam neutras, isto é, estejam isentas de viés; 
 sejam prudentes; 
 sejam completas em todos os aspectos materiais. 
 
O CPC informa que mesmo na ausência de pronunciamentos contábeis específicos, o 
contador deve buscar algum guia de implementação pertinente. 
O CPC 23 (Sumário) define em seus itens 3 e 4 informações para preparar as políticas 
contábeis: 
 
3. Quando um Pronunciamento, uma Interpretação ou uma Orientação se 
aplicarem especificamente a uma transação, evento ou situação, as políticas 
contábeis adotadas devem ser determinadas pela aplicação desses documentos 
específicos para essa situação, juntamente com qualquer Guia de 
Implementação pertinente. 
Na ausência de um Pronunciamento, uma Interpretação ou uma Orientação que 
se aplique especificamente a uma transação, evento ou condição, a 
administração deve exercer julgamento no desenvolvimento e aplicação de uma 
política contábil que resulte em informação que seja relevante e confiável. 
 
4. Nesse cenário, a seguinte hierarquia de fontes de informação para seleção e 
adoção de políticas contábeis deverá ser utilizada no exercício do julgamento 
referido: 
(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e 
Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; 
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de 
mensuração para ativos, passivos, receitas e despesas contidos no 
 
Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para a Elaboração e 
Apresentação de Demonstrações Contábeis emitido pelo CPC; 
(c) adicionalmente, podem também ser consideradas as mais recentes 
posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores contábeis 
que usem uma estrutura conceitual semelhante a do CPC para desenvolver 
pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura contábil e 
práticas, geralmente, aceitas do setor, até o ponto em que estas não entrem 
em conflito com as fontes enunciadas nos itens anteriores. 
 
E, finalmente, quanto ao OCPC 7, o que foi enfatizado aos alunos foi o seguinte 
trecho da referida norma: 
 
F. O espírito de simples cumprimento de checklist não atende, absolutamente, ao 
necessário ao atingimento dos objetivos dos relatórios contábil‑financeiros de propósito 
geral. 
 
 
Espera-se, no entanto, que os alunos sigam as demais orientações: 
 
 
A. Todas as informações evidenciadas devem ser relevantes para os usuários externos. 
E só são relevantes se influenciarem no processo de decisão dos investidores e 
credores. Consequentemente, as não relevantes não devem ser divulgadas. 
 
B. A relevância, por sua vez, abrange os conceitos de magnitude e de natureza da 
informação, olhadas sob o ponto de vista dos usuários. 
 
C. Somente as informações relevantes e específicas à entidade devem ser 
evidenciadas, tanto as relativas às políticas contábeis quanto a todas as demais notas, 
inclusive aquelas relativas a prováveis efeitos de políticas contábeis a serem adotadas 
no futuro. 
 
D. A menção, em Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC e em Lei, de 
exigências de divulgação deve sempre ser interpretada à luz da relevância da 
informação a ser divulgada, mesmo que apareçam as expressões “divulgação mínima”, 
“no mínimo” e assemelhadas. 
 
E. Por outro lado, nenhuma informação relevante que possa influenciar o usuário das 
demonstrações contábeis da entidade pode deixar de ser evidenciada, mesmo que não 
haja explícita menção a ela em Lei ou em documento do CPC. 
 
 
O que não deve constar na política contábil 
 
O que não deverá constar da política contábil a ser elaborada pelos alunos são 
comentários à qualidade dos produtos, à simplicidade e custo irrisório do processo de 
fabricação e às questionáveis práticas comerciais do proprietário da empresa, o “Sr. 
Viktor Leonid”. Isso, porque, como vemos nos pronunciamentos CPC 26 e na orientação 
OCPC 7, o contador deve ter uma postura neutra em relação a interesses particulares. 
 
 
 
 
Fim – Setembro, 2016

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