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Caso concreto: Pereira Cosme é titular de um imóvel na cidade de Brejinho no Estado de Rio Grande do Norte. O imóvel foi adquirido em 2001 eutilizava para criação decabras e produção de leite. Em 2014, em razão de uma crise financeira, Pereira Cosme iniciou com a Fundação Nordeste tratativas comerciais para a venda do imóvel tendo firmado uma promessa de compra e venda com cláusula de irrevogabilidade e irretratabilidade emjaneiro de 2015, cujo instrumento foi devidamente registrado na matrícula do imóvel em março do mesmo ano. Em abril de 2015, ao iniciar as obras para a implantação de uma escola técnica, a Fundação notou que o vizinho havia ocupado uma faixa lateral de 50 metros do imóvel, justamente no local de construção da escola. Imediatamente o administrador da Fundação, o Sr. Paiva Sampaio, procurou o dono da propriedade vizinha para solucionar de forma pacífica o ocorrido. Porém, descobriu que o proprietário do imóvel vizinho, o Sr. Coimbra Gusmão, havia falecido, e que tramitava na vara civel de Monte Alegre/RN, processo judicial 11111/15 de inventário, e a filha do falecido,Sra Raimunda Gusmão era a inventariante. Esta se recusou a desocupar o imóvel informando que estava na área há mais de 10 anos, portanto, não havia ilegalidade na ocupação. Inconformado com esta situação, o Sr. Paiva Sampaio procurou-lhe na condição de advogado(a) para tomar a medida judicial cabível para garantir a retomada da área ocupada irregularmente. A situação é extremamente grave, pois a Fundação precisa terminar a construção até janeiro de 2017, sob pena de perder um aporte internacional de um investidor. EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MONTE ALEGRE/RN. FUNDAÇÃO NORDESTE, pessoa jurídica privada sem fins lucrativos, inscrito sob o CNPJ nº XXXX/XXXX, como sede no endereço XXXXXX, nº XXX, (Bairro), (cidade), (estado), por sua advogada (procuração em anexo) que esta subscreve, a qual recebe correspondência no endereço XXX, e-mail: XXX@XXX, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 554 e seguintes do Código de Processo Civil, propor pelo rito ordinário, a presente AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE Em face do Espólio Gusmão Processo nº 11111-15, por sua Inventariante RAIMUNDA GUSMÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora da carteira de identidade nº XXXX e do CPF nº XXXXX, residente e domiciliada na (Rua), nº XXXX, (Bairro), (cidade), (estado), pelos fatos a seguir expostos. DOS FATOS De acordo com a cópia da certidão da matrícula anexa, o autor é proprietário e possuidor indireto do imóvel localizado na Rua, nº XXXX, Bairro, nesta Comarca. Alega o autor que este imóvel foi comprado com exclusivo motivo para a construção de uma escola técnica, sem fins lucrativos. Ocorre que ao iniciar as medições para a construção, percebeu que o vizinho do terreno havia ocupado uma faixa lateral de 50 metros do imóvel, exatamente o espaço destinado à construção da escola técnica. Imediatamente, procurou o dono da propriedade vizinha para solucionar de forma pacífica o ocorrido. Porém descobriu que o proprietário, havia falecido e que tramitava na Vara Cível de Monte Alegre/RN, processo judicial 11111-15 cuja inventariante é a sua filha. Sendo informada da irregularidade foi solicitada a desocupação o que não ocorreu. A mesma se recusou a desocupar o imóvel, informando que estava na área há mais de 10 anos e que não iria desocupar. A situação é extremamente grave, pois a Fundação precisa terminar a construção até janeiro de 2017, sob pena de perder um aporte internacional de um investidor. Portanto, não restou alternativa ao autor senão ingressar com a presente ação. DO DIREITO Dispõe o artigo 1196 do Código Civil, que considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Por outro lado temos também, tratando-se de posse justa, o artigo 1200 do Código Civil preceitua que: “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.” Uma vez que o imóvel foi comprado preenchendo todos os requisitos legais impostos pelas leis. Com fundamento no artigo 1210 do Código Civil e artigo de 926 do Código de Processo Civil, são requisitos para a ação de esbulho praticado pelo réu e sua data, para que se fixe o prazo de ano e dia a ensejar o rito especial dos artigos 554 a 568 do Código de Processo Civil, tudo nos termos do artigo 561, incisos II a IV, do mesmo diploma legal. Como visto, restaram demonstrado os requisitos, estando o presente exordial devidamente instruída, o autor faz jus à concessão liminar inaudita altera parte, da reintegração de posse do imóvel supracitado, conforme prevê o artigo 562 do Novo CPC. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) Que seja aceito o pedido de concessão de tutela antecipada para reintegração de posse. (art. 294, CPC) b) Que seja deferida a liminar, determinando seja expedido mandado, concedido liminarmente, inaudita altera parte, a reintegração de posse do imóvel situado na RuaXXXX ; c) Subsidiariamente, caso Vossa Excelência entenda necessária à audiência de justificação nos termos da segunda parte do artigo 562 do Novo Código de Processo Civil, requer o autor digne-se Vossa Excelência de considerar suficiente (art. 563 do CPC), com a consequente expedição de mandado de reintegração de posse; d) Ainda subsidiariamente, caso Vossa Excelência não conceda liminarmente, requer o autor a procedência da presente ação com a consequente expedição do mandado de reintegração da posse, condenado o réu no pagamento das perdas e danos consubstanciadas no valor de R$ XXX por mês, a título de atraso na construção da Escola Técnica; e) requer-se a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo conforme artigo 564 do CPC, oferecendo a defesa que tiver sob pena de confissão e efeitos da revelia (art. 344 do CPC), bem como comparecer à audiência de justificação, nos termos do artigo 562, segunda parte, do Código de Processo Civil, caso esta seja designada por Vossa Excelência; f) que seja o réu condenado ao pagamento além das custas, honorários de advogado que Vossa Excelência houver por bem arbitrar e demais ônus de sucumbência; g) Protesta o autor por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, depoimento pessoal do réu sob pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, § 1º, do Novo CPC) Inclusive em eventual audiência de justificação. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ XXXX. Nestes Termos. Pede Deferimento. Local e data. Advogado(a) OAB/UF
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