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05/08 Lei 8213/91 – Plano de Benefício do RGPS Lei 8212/91 – Plano de Custeio Seguridade Social (é um direito social) -> veio com a CF de 1988 e abarca: - A saúde; - A assistência social; - Previdência social. 1) Origem da proteção social: Risco social, que divide-se em: a) Programado – sei o momento em que vai acontecer. Aposentadoria: Tempo de contribuição: para mulher 30 anos e para o homem 35 anos -> há uma EXPECTATIVA DE DIREITO -> PROGRAMADO Aposentadoria especial: agente agressivo, aposenta-se com 15, 20 ou 25 anos. b) Não programado. Invalidez, doença e morte. O primeiro auxílio externo foi a “Lei dos pobres”. Era o auxílio dado pela igreja, conquanto NÃO tinha a figura de previdência social, tinha mais caráter de assistência social. O MUTUALISMO foi a primeira forma de previdência PRIVADA, de modo que as corporações de ofício se reuniam e fazia proteção social. Com o advindo da sociedade industrial, surgia a necessidade do Estado de ampliar essa proteção, havendo então a intervenção estatal com a finalidade de se buscar o “bem-estar social”. A Constituição Federal de 1988 elevou a Seguridade Social, de modo que agora tem-se uma rede protetiva formada pelo Poder Público. Em relação a SAÚDE e ASSISTÊNCIA SOCIAL tem-se que são de caráter NÃO CONTRIBUTIVO, diferente da PREVIDÊNCIA que é de caráter CONTRIBUTIVO. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (tem- se as fontes de custeio da SEGURIDADE SOCIAL, não apenas da previdência). I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício b) a receita ou o faturamento; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. A contribuição feita pelos trabalhadores é de cunho OBRIGATÓRIO, de modo que ao exercer atividade remunerada, simultaneamente tem que contribuir. Contribuintes obrigatórios: - empregado; - empregado doméstico; - trabalhador avulso; - autônomo; - segurado especial (o trabalhador ural). Para ter acesso a SAÚDE ou a ASSISTÊNCIA SOCIAL NÃO há necessidade de ser um SEGURADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. SAÚDE: - direito de todos; - qualquer pessoa; - não precisa comprovar nenhuma situação. ASSISTÊNCIA SOCIAL: - preciso comprovar a situação de miserabilidade. Na assistência social tem-se o BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA, como nos casos de 1 salário mínimo para deficiente e idosos acima de 65 anos, tendo que o conjunto familiar ser considerado miserável STF declara inconstitucional critério para concessão de benefício assistencial a idoso Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (18) a inconstitucionalidade do parágrafo 3º do artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/1993) que prevê como critério para a concessão de benefício a idosos ou deficientes a renda familiar mensal per capitainferior a um quarto do salário mínimo, por considerar que esse critério está defasado para caracterizar a situação de miserabilidade. Foi declarada também a inconstitucionalidade do parágrafo único do artigo 34 da Lei 10.471/2003 (Estatuto do Idoso). Conquanto, o STF condicionou a inconstitucionalidade à regularização e ainda não se tem um critério de miserabilidade. O bolsa-família é um exemplo de benefício da assistência social. PREVIDÊNCIA SOCIAL: - tem caráter CONTRIBUTIVO; - só tenho direito de contribuo; - inclui-se: benefício de auxílio por morte e benefício de auxilio reclusão (frisa-se que tais benefícios são pagos aos DEPENDENTES); - tem filiação OBRIGATÓRIA (ao exercer uma atividade remunerada você não tem a opção de contribuir ou não). A maior preocupação do Estado é com os riscos de caráter não programado. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE – grande regente da previdência. - Estamos contribuindo para outrem se aposentar. - Traduz o verdadeiro espirito da previdência social, na qual as pequenas contribuições geram recursos suficientes para a criação de um manto protetor sobre todos, viabilizando a concessão de prestações previdenciárias em decorrência de eventos preestabelecidos. É este princípio que justifica uma pessoa poder ser aposentada por invalidez em seu primeiro dia de trabalho. Há dois tipos de regime de previdência: a) RGPS (INSS) – para os que não são servidores públicos; b) RPPS- funcionário público, via de regra, faz parte. Contribui para o ente federativo, conquanto NÃO é todo ente que tem regime próprio e caso não haja, contribui para o RGPS. Salienta-se que pode acumular aposentadorias, desde que cumpra todos os requisitos e de cargos cumuláveis. P. ex. Juíza do trabalho (RPPS – SP) e professora (RPPS – SBC). Além disso, o tempo contribuído em um regime pode ser levado para o outro, sendo atestado através da Certidão de Tempo de Contribuição. PREVIDÊNCIA PRIVADA - não é de caráter obrigatório; - não é investimento. Pode ser: a) Fechada de previdência complementar (não é para qualquer pessoa, apenas para determinadas categorias, p. ex. funcionários da Volks); b) Aberta de previdência complementar (para qualquer pessoa em qualquer banco). A previdência privada NÃO exime a contribuição para a previdência social, serve apenas para COMPLEMENTAR. Definição de Seguridade Social Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social’ Seguridade Social é rede protetiva formada pelo Estado e por particulares com a contribuição de todos, incluindo parte dos beneficiários do direito no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando um padrão mínimo de vida digna. Diretrizes: “Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.” De modo que tem-se primado o trabalho. A seguridade social deveria fazer com que se mantenha a dignidade da pessoa humana. Vale salientar que nem sempre a saúde foi gratuita, antes da Constituição de 1988 somente podia ter direito a saúde quem contribuía para o INSS, sendo assim, quem não contribuía dependia das Santa Casa. 12/08 1883 – Alemanha: - Lei de Bismarck - Atribui-se, ao Chanceler Otto Von Bismarck a responsabilidade pelo nascimento da Previdência Social, com a edição da lei de seguros sociais em 1883, não que antes não tenha havido qualquer outra norma de natureza previdenciária. Outras normas precederam àquela instituída por Birmarck, como a chamada lei das minas de 1842 na Inglaterra, dentre outras leis austríacas ainda que nenhuma delas tenha tido o alcance e amplitude da lei de seguros sociais do estadista alemão. Institui-se, de início, o seguro-doença, para, logo depois, em 1884, abarcar o seguro contra acidente do trabalho e, em 1889, o seguro-invalidez e a velhice. O custeio das prestações, por seu turno, tinha sustentação nas contribuições dos empregados, empregadores e do Estado. - 1ª lei que criou um sistema contributivo; -O Estado passou a exigir a contribuição do empregado e da empresa; - Nosso sistema tem origem nessa lei; -Na Inglaterra em 1942 criou-se a forma triplica de custeio da previdência social (trabalhadores, empregadores e Estado). - Lei de Eloy Chaves de 24 de janeiro de 1923, consolidou a base do sistema previdenciário brasileiro, com a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias. Após a promulgação desta lei, outras empresas foram beneficiadas e seus empregados também passaram a ser segurados da Previdência Social; - No início não tínhamos um instituto único, tínhamos apenas caixas pensão (cada grupo tinha o seu, p. ex. motoristas, ou seja, cada um custeava o seu). LOPS – 1960 - A unificação dos regimes da previdência social; - Antes chamado de APAS e agora de INSS; -Criou alguns benefícios, como o auxílio natalidade, o auxílio funeral e o auxílio reclusão. Vale salientar que a essa altura a Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. 1991 – Lei 8213/91 – com várias alterações. PRINCÍPIO BASILAR – Princípio da SOLIDARIEDADE, de modo que este desdobra os demais, sendo em suma: todos precisam contribuir para o sistema. Somente com a solidariedade não conseguiríamos ter a assistência social e a saúde e de certa forma erradicar a desigualdade. Ainda tem-se que na contribuição rege-se “quem recebe mais, paga mais”. PRINCÍPIOS: PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Universalidade da cobertura -> O Estado vai eleger quais serão os riscos sociais que serão protegidos pela legislação infra- constitucional. Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda Universalidade do atendimento -> escolhido os riscos, terá o Estado que ser universal no atendimento. Conquanto há a divisão de quais pessoas receberão esse atendimento. SEGURADOS: a) Obrigatórios – trabalhadores b) Facultativo – aquele que não exerce atividade remunerada, p. ex. estagiário e sindico que não recebe remuneração. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DE PRESTAÇÕES ENTRE AS POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS - antes da Constituição de 1988 havia distinção entre as populações; -A proteção tem que ser igual, conquanto os requisitos são diferentes, de modo que não precisam ser iguais p. ex. trabalhador rural contribui com alíquota diferente. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PRESTAÇÃO em: a) Benefício – valor pago pelo Estado; b) Serviço – um serviço prestado pelo Estado p.ex. SUS (consulta). Seleciona-se os serviços e benefícios que serão concedidos. Distributividade -> criar critérios que o atendimento será realizado, p. ex. como e a quem o benefício será concedido, vide o salário-família que protege os filhos, conquanto somente para as famílias de baixa renda e com filhos menores de 14 anos e o auxílio- reclusão. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS - o benefício previdenciário NÃO é reajustado com base no salário- mínimo. - Esse princípio refere-se ao valor nominal do benefício previdenciário, p. ex. se recebo R$ 100,00, tal não pode reduzir, conquanto não significa que que deve haver reajuste no poder de compra, sendo assim o valor real não se aplica, apenas o valor nominal. O valor nominal difere essencialmente do valor real por não considerar a evolução dos preços na economia, ou seja, a inflação. PRINCÍPIO EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO - Princípio da capacidade contributiva, ou seja, alíquotas diferentes. -Quem recebe mais, será mais solidário com o sistema; - As contribuições podem incidir em na porcentagem de 8, 9 e 11. PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO - Tem como origem a tríplice da fonte de custeio; - Envolve outras contribuições também como: concurso de prognósticos e importadores. PRINCÍPIO DO CARÁTER DEMOCRÁTICO DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO - Visa a participação da sociedade na organização e no gerenciamento da Seguridade Social, mediante gestão quadripartite, com participação de trabalhadores, empregadores, aposentados e governo. - Os órgãos colegiados (trabalhadores, empregadores, governo e aposentados) representam os destinatários da seguridade social. 26/08 PREVIDÊNCIA SOCIAL (contributiva, filiação obrigatória e RGPS). - Equilíbrio financeiro e atuarial: -a necessidade de uma legislação que considere a necessidade de sustentabilidade financeira do sistema e que permita a concessão de benefícios com uma estreita relação com os valores contribuídos. Regime previdência (repartição simples) x regime de capitalização (o que você contribui, você receberá). COBERTURA: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: a) De eventos de doenças – auxílio doença; b) Invalidez – aposentadoria por invalidez; c) Morte – pensão por morte; d) Idade avançada – aposentadoria por idade; e) Proteção a maternidade – salário maternidade (este é concedido a gestante, a mãe adotiva e ao pai adotivo. Caso a mãe morra durante o parto ou durante os 120 dias que é concedido o salário e o pai for segurado da previdência, este o receberá. Neste caso o valor da remuneração será o valor que você receberá de benefício). f) Desemprego involuntário - SEGURO DESEMPREGO NÃO É UM BENEFÍCIO PREVIDÊNCIÁRIO, é um benefício do FAT, o que ocorre por parte da previdência é a concessão dos períodos de graça, podendo ficar 12 meses ‘sem contribuir, podendo se estender até 24 meses se mantendo como segurado) Entretanto, a legislação determina que, mesmo em algumas condições sem recolhimento, esses filiados ainda irão manter esta qualidade, o que é denominado “período de graça”, vejamos: 1. sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício previdenciário, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, bem como auxílio-acidente ou auxílio-suplementar; 2. até 12 (doze) meses após o término de benefíciopor incapacidade (por exemplo auxílio-doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado para o INSS quando deixar de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 3. até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença de segregação compulsória; 4. até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso; 5. até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas para prestar serviço militar; 6. até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos que pagam na condição de “facultativo” Os prazos que foram listados acima começam a ser contados no mês seguinte à data do último recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso. Os prazos ainda poderão ser prorrogados conforme situações específicas: 1. mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no item 2 da lista anterior tiver mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas mas sem a perda da qualidade de segurado. Caso haja a perda da qualidade, o cidadão deverá novamente contar com 120 contribuições para ter direito a esta prorrogação; 2. mais 12 (doze) meses caso tenha registro no Sistema Nacional de Emprego – SINE ou tenha recebido seguro- desemprego, ambos dentro do período que mantenha a sua qualidade de segurado; 3. mais 06 (seis) meses no caso do cidadão citado no item 6 da lista anterior e que tenha por último recebido salário- maternidade ou benefício por incapacidade. Todo e qualquer cidadão em “período de graça” que fizer sua filiação ao RGPS como contribuinte “facultativo” e, depois disso, deixar de contribuir nessa condição poderá optar pelo prazo de manutenção da qualidade de segurado da condição anterior caso aquela seja mais vantajosa. Perda da qualidade Após transcorrido todo o prazo a que o cidadão tinha direito para manter a condição de segurado do INSS, mesmo sem efetuar recolhimentos, haverá a chamada “perda da qualidade de segurado”. Nesse caso, ele deixa de estar coberto pelo seguro social (INSS) e não terá direito a benefícios previdenciários caso o fato gerador do direito ao benefício se dê a partir da data em que perdeu esta condição de “segurado”. De acordo com a legislação, a data em que será fixada a perda da qualidade de segurado será no 16º dia do 2º mês subsequente ao término do prazo em que estava no “período de graça”, incluindo-se as prorrogações se for o caso. Por exemplo: Cidadão foi demitido da empresa em 10/01/2014, ficou desempregado masrecebeu seguro-desemprego período de graça comum = 12 meses = 31/01/2015 prorrogação (seguro-desemprego) = + 12 meses = 31/01/2016 data da perda da qualidade = 16/03/2016 Como pode ser visto no exemplo, apesar de a data do período de graça em termos gerais terminar no dia 31/01/2016 já com a prorrogação pelo fato do cidadão ter recebido seguro-desemprego, a data de fixação da perda desta qualidade se dará somente em 16/03/2016 (16º dia do 2º mês subsequente ao término do “período de graça”). A explicação é pelo fato de que, caso o cidadão (do exemplo acima) queira efetuar recolhimento na condição de contribuinte individual ou facultativo referente ao mês de fevereiro/2016, a lei lhe garante o prazo para pagamento até o dia 15/03/2016 e portanto, os direitos de “segurado” devem ser mantidos até esta data. g) Salário família e auxilio reclusão – aplica-se o princípio da SELETIVIDADE E RETRIBUTIVIDADE, somente os de baixa renda terão direito ao benefício, além de ter que preencher os requisitos. h) Pensão por morte – Há um rol de dependentes que deve ser seguido, estes possuem dependência presumida. Os dependentes do segurados estão elencados no art. 16 da Lei 8.213 de 1991 dos quais são: “I-O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menos de 21 anos ou inválido II- os pais; II- o irmão não emancipado menos de 21 anos ou invalido”. Antes de adentrar em cada classe dos dependentes devemos destacar que a existência de um ou mais dependentes da classe anterior exclui os dependentes da próxima classe. Os dependentes da classe I chamados de preferenciais e presumidos, assim são denominados, pois havendo um integrante nesta classe os demais dependentes das classes seguintes serão excluídos. O cônjuge separado de fato terá direito a pensão por morte, mesmo que o beneficio já tenha sido requerido e concedido a companheira ou companheiro, desde que lhe seja garantida ajuda financeira. Ademais apesar de o cônjuge separado renunciar o direito à alimentos sobrevindo à morte do segurado pode o cônjuge requerer a o benefício se comprovar a dependência econômica. Os classificados no segundo grupo são os pais do de cujos, dos quais , precisam comprovar a dependência econômica mesmo que parcial. Art. 201, CF. § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Aposentadoria especial: por agentes agressivos (agentes físicos, químicos e biológicos) e de segurado deficiente. Ressalta-se que a deficiência não precisa ser permanente -> há fatores de conversão. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Caráter INDENIZATÓRIO – Não substitui o salário, apenas complementa. OS BENEFÍCIOS QUE SUBSTITUEM A REMUNERAÇÃO NÃO PODEM SER INFERIORES A UM SALÁRIO MÍNIMO. § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. Salário contribuição – a contribuição incide em cima da remuneração que recebe. § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar- lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Há o reajuste a fim de se ter o valor real. 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. Todos os benefícios previdenciários possuem 13º. 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) - Certidão de Tempo de Contribuição – compensação 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. - Acidente de trabalho -> paga os benefícios e o setor privado quem tem que se preocupar com a prevenção do acidente. § 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. - Todas as verbas de caráter remuneratório repercutem na aposentadoria § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalhodoméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. 12 e 13 – Princípio da universalidade, ou seja, diminuo a alíquota para receber de todos. 02/09 Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) – DEPENDENTE DE PRIMEIRA CLASSE II - os pais; - DEPENDENTE DE SEGUNDA CLASSE III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) – DEPENDENTES DE TERCEIRA CLASSE IV - (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Para aqueles que precisam comprovar a dependência econômica admite-se prova testemunhal para comprovar que necessita do benefício. Separação de fato, ainda haverá dependência do segurado? Depende, se tem uma nova companheira não será admitido. A companheiro em união estável também entra como dependente, visto que a união estável tem por finalidade a constituição de família e tal será comprovado através de p. ex. conta bancária em conjunto, seguro de vida, fotos, dentre outros. - NÃO há data para requerer o benefício de pensão por morte, conquanto se pedir em até 90 dias após o óbito, receberá o benefício desde de a data do óbito, depois dos 90 dias não receberá os atrasados. - MORTE PRESUMIDA TAMBÉM GERA AUXÍLIO, de modo que a ausência também gera. E se a pessoa ressurgir? Se for de boa-fé, apenas cessa o benefício. MP 664 – quis retomar o que estava previsto. Havendo mais de um dependente, o benefício será dividido entre todos os de primeira- classe. Amante/concubina que sabe da sua situação- terá que comprovar a dependência econômica. A dependência não é ABSOLUTA, apenas presumida, sendo assim admite-se prova em contrário para demonstrar que não necessita. Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; Filho não emancipado: - tem que ser menor de 21 anos para receber a pensão, NÃO SE REDUZ A IDADE COM A PREVISTA NO CÓDIGO CIVIL e nem aumenta, dado que a lei previdenciária é uma lei específica. Invalidade/Deficiencia Intelectual/Mental ou doença grave: - Nesse caso o filho pode receber a pensão mesmo sendo maior de 21 anos. NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE FILHO LEGÍTIMO E FILHO ADOTIVO. Quando há o falecimento do segurado: a) Primeiro verifico se tenho dependentes; b) Caso não tenha, parto para a legislação civil. II - os pais; - Precisa comprovar que depende do filho e esta comprovação é bastante burocrática, de modo que deve haver provar materiais para comprovar a dependência. - Caso não tenha, deve arrolar 6 testemunhas e juntar proa material, pois deve haver ao um inicio dessa prova. - A dependência econômica não precisa ser exclusiva, pode se dar na forma p. ex. de alimentação, saúde, moradia. - Pode-se acumular 2 benefícios por 2 filhos por morte (pais), conquanto no caso de cônjuge (morreu e ficou com outra pessoa) deverá escolher qual é o mais benéfico. II - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; - Irmão é mais raro, também tendo que comprovar a dependência. § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. - São equiparados a filhos, conquanto só terão direito os de primeira classe 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 2006) d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; i) (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994) II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão; III - quanto ao segurado e dependente: a) (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995) b) serviço social; c) reabilitação profissional. Segurado – pago ao segurado do INSS. Salário-família – com filhos menores de 14 anos. Auxílio- reclusão – pago aos dependentes. Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Manter a qualidade de segurado mesmo sem estar contribuindo – PERÍODO DE GRAÇA. Talocorre 12 meses após cessar a contribuição para o segurado obrigatório, de modo que pode ter a prorrogação. VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. Segurado facultativo – não tem obrigatoriedade (menor tempo para que ele seja obrigado a contribuir) § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. Mais de 10 anos de contribuição sem ficar sem ser segurado -> pode- se ter algumas interrupções. § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Mais de 12 anos e 3 anos sem contribuir. Perda da qualidade
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