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30/09/2015 1 HEPATOPATIAS EM CÃES E GATOS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS DOENÇAS HEPATOBILIARES �muitos sinais não-patognomônicos �ausentes X alterações testes laboratoriais �gravidade nem sempre correlaciona com grau lesão 30/09/2015 2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS DOENÇAS HEPATOBILIARES �Inespecíficos: �Anorexia �Letargia �Perda de peso �Baixa estatura corpórea �Pelame fraco ou eriçado �Náuseas e vômitos �Diarréia �Desidratação �Mais específicos: �Aumento de volume abdominal: �Hepatomegalia �Generalizada: �congestão (ICCD ou doença pericárdica) �hiperplasia (AHAI ou linfoma) �esteatose (HAC, DM) �Focal – neoplasias, abscessos, cistos �Efusão abdominal - � pressão hidrostática (sistema porta) ou � pressão oncótica 30/09/2015 3 �Mais específicos: �Icterícia e bilirrubinúria � � produção de bilirrubina (hemólise) ou � excreção bile por colestase (diminuição/ interrupção fluxo biliar) �Fezes acólicas (colestase) 30/09/2015 4 �Mais específicos: �Coagulopatias: �Tendências hemorrágicas (hepatopatias graves) e predisposição à CID �Polidipsia e poliúria: �� formação uréia (gradiente de concentração medular renal) �Mais específicos: � Encefalopatia hepática: � Exposição córtex cerebral a toxinas intestinais = AMÔNIA, mercaptanos, ácidos graxos cadeia curta, GABA, benzodiazepinas endógenas � Sinais = tremores, ataxia, demência, alterações comportamento, andar círculos, pressão da cabeça, cegueira, convulsões (gatos – ptialismo) � Grande redução massa funcional hepática ou DPS 30/09/2015 5 DIAGNÓSTICO DAS HEPATOPATIAS � alterações laboratoriais quando há perda de 55% da massa hepática � doença X insuficiência hepática � Hemograma: �Microcitose (VCM < 60), discreta hipocromia �Leucocitose por neutrofilia � colangite �� ALT e AST (alanina e aspartato aminotransferase): �indicam lesão hepática (citoplasma hepatócitos) �Magnitude da lesão (� >10 X = lesão grave) �ALT é mais fidedigna �� Fosfatase alcalina (FA) e gamaglutamiltransferase (GGT): �� atividade sérica = indica colestase �Isoenzima da FA nos ossos (jovens) e animais recebendo corticóides ou fenobarbital 30/09/2015 6 �� Albumina: �Hipoalbuminemia (� síntese) �Perda 80% da função hepática (hepatopatia grave) �� Uréia: �� conversão a partir amônia �� Amônia: �redução massa hepática ou DPS �� principalmente na Encefalopatia hepática �� Bilirrubina = Hiperbilirrubinemia: �aumento produção (hemólise) ou diminuição excreção (colestase) �� Colesterol: �colestase intra-hepática grave �� Glicose (hipoglicemia): �80% lesão hepática �� Ácidos biliares (bile): �Mensurar jejum e pós-prandial �Altas concentrações = distúrbio secreção da bile (colestase) 30/09/2015 7 �Urinálise: �Bilirrubinúria �Cristalúria – cristais bilirrubina ou biurato de amônio (DPS) �Urobilinogenúria (traços = patência sistema biliar) �Baixa densidade urinária (doença grave) �Aspecto fezes: �fezes alaranjadas / acólicas / esteatorréia �Abdominocentese: �transudato ou exsudato �Testes de coagulação: �coagulopatias por � vit. K e plaquetas 30/09/2015 8 �Diagnóstico por imagem: �Raio-X = hepatomegalia �US = parênquima hepático, vesícula biliar,vasos anômalos �Biópsia: �Diagnóstico definitivo e prognóstico �Excisional ou percutânea por aspiração com agulha fina � citologia DOENÇAS HEPÁTICAS EM PEQUENOS ANIMAIS 30/09/2015 9 LIPIDOSE HEPÁTICA �doença hepática mais comum dos felinos �depósito lipídeos hepatócitos, por anorexia prolongada: �Evento estressante (primária) �Outra doença = DM, cardiomiopatia, PIF, doença inflam. intestinal, doença renal (secundária = 85%) �Aporte inadequado proteinas e carboidratos � � liberação insulina � � liberação LHS (lipase hormônio sensível) � � lipólise (energia) � depósito triglicérides fígado 30/09/2015 10 LIPIDOSE HEPÁTICA �PREDISPOSIÇÃO: �Felinos obesos > 2 anos idade �SINAIS CLÍNICOS: �Emagrecimento, vômitos intermitentes, icterícia e desidratação LIPIDOSE HEPÁTICA – diagnóstico: �Laboratorial: �Colestase = � Bilirrubina total e GGT, � ácidos biliares, � importante FA (10 a 15 X) �� ALT (3 a 5 X) �� colesterol e glicemia (DM concomitante) �50% - alterações coagulação 30/09/2015 11 LIPIDOSE HEPÁTICA – diagnóstico: �Raio-X – hepatomegalia �US – hiperecogenicidade generalizada �Citologia (aspiração agulha fina) ou histopatologia: �Fecha diagnóstico �Corar com Sudan III LIPIDOSE HEPÁTICA – tratamento: �Tratar enfermidades subjacentes �Estimulantes do apetite: �Diazepam – 0,20 mg/kg IV BID �Ciproheptadina – 1 a 2 mg VO BID �Suporte nutricional (dieta enteral líquida): �Sonda naso-esofágica �Animal estável � anestesiar para esofagostomia ou gastrostomia (2 semanas ou mais) �Dieta RICA em proteínas (3 a 4 x/dia) = feline a/d Hill´s (ou k/d em encefalopatia) 30/09/2015 12 LIPIDOSE HEPÁTICA �Outras medidas: �Potássio (gatos hipocalêmicos) �Agentes pró-cinéticos (metoclopramida via sonda 20 min antes alimentação) �Coagulopatias = vitamina K �Prognóstico: �Bom �(controle doenças predisponentes) 30/09/2015 13 COLANGIO-HEPATITE EM FELINOS �Inflamação, infecção e hiperplasia canais biliares � colestase �Causas: �bactérias entéricas (>80% têm doença inflamatória intestinal) �enzimas digestivas pancreáticas (50% pancreatite) �“tríade felina” = colangio-hepatite + DII + pancreatite �trematódeos hepáticos (Platynosomum sp.) COLANGIO-HEPATITE EM FELINOS �Tipos (fases doença progressiva?): �Colangio-hepatite aguda (jovens), crônica (idosos), linfocítica, esclerosante (fibrose) 30/09/2015 14 � SINAIS CLÍNICOS: �Anorexia, letargia, perda peso, vômitos, diarréia, desidratação, hepatomegalia e icterícia � DIAGNÓSTICO: � Laboratorial: �Colestase = � Bilirrubina total, � FA, � ácidos biliares �� ALT (até 10 X na aguda) �Anemia / leucocitose por neutrofilia �Hiperglobulinemia DIAGNÓSTICO: � US – ductos biliares e vesícula biliar dilatados, bile “lodosa” � Citologia ou histopatologia = diagn. definitivo � Cultura e antibiograma da bile (microrganismos entéricos) 30/09/2015 15 Tratamento: �Antibióticos - antibiograma ou empírico = amoxicilina + aminoglicosídeos ou quinolonas / 6 semanas �Prednisolona (sem resposta aos antibióticos) �Agentes coleréticos (� colestase) = ácido ursodeoxicólico (Ursacol®) 10 mg/kg SID / 3 meses (não usar em obstruções) �Dieta - � proteínas (� se houver EH = feline k/d ou Royal nefro) 30/09/2015 16 Hepatite crônica em cães: 1) HEPATITE CRÔNICA FAMILIAR: � Acúmulo cobre nos hepatócitos – Doberman, West Highland, Dálmata � Doberman- doença progressiva, fêmeas meia- idade, semelhante a hepatite imunomediada � Exs. laboratoriais = evidências de colestase - Tratamento: � Dieta (evitar cobre – ex: miúdos, frutos mar) � Sulfato de zinco (� absorção int. cobre) � Agentes anti-fibróticos (colchicina) � Hepatoprotetores: � Silimarina – 20 a 50 mg/kg SID � Antioxidantes: � SAMe (S-Adenosil L-metionina): � Hepatopatias crônicas, colestase/ fibrose hepática � Cães – 20 mg/kg SID e gatos 40 mg/kg BID 30/09/2015 17 2) HEPATITE CRÔNICA (ou aguda) POR FÁRMACOS: �Anticonvulsivantes - dietilcarbamazina, primidona e fenobarbital �Glicocorticóides (vacuolização hepatócitos) �Quimioterápicos (azatioprina e lomustina) �Antifúngicos - griseofulvina, cetoconazol � Outros - carprofeno, amiodarona, mebendazol, halothano, arsenicais, aflatoxina... � Gravidade depende de: dose, duração da exposição, composição do agente � Tratamento: - Suspensão toxina + antídotos específicos - Hepatoprotetor = Silimarina 30/09/2015 183) Hepatite crônica por agentes infecciosos: �HIC (adenovírus tipo I) � lesão hepática crônica em cães que sobrevivem à fase aguda 4) Hepatite crônica (fibrose) idiopática: - cães jovens Pastor Alemão � insuficiência hepática 5) NEOPLASIAS HEPÁTICAS: � primárias (adenomas, carcinomas, linfoma) � Metastáticas (tumor mamário, baço, etc...) 6) DOENÇA HEPÁTICA SECUNDÁRIA À DOENÇAS SISTÊMICAS: - DM, HAC, ICCD, septicemia, pancreatite... 30/09/2015 19 7) ABSCESSOS HEPÁTICOS: � sítio de infecção = onfalite, endocardite, pancreatite � Diagnóstico: leucograma e US � Tratamento: cirúrgico + suporte + antibióticos (enrofloxacina + metronidazol) DESVIO PORTOSSISTÊMICO CONGÊNITO � Desvio fluxo sanguíneo portal por vaso anômalo � � constituintes sangue (toxinas e fatores tróficos) não passam pelo fígado � � ↓ crescimento hepático (atrofia hepática) e acúmulo toxinas (encefalopatia hepática) 30/09/2015 20 DESVIO PORTOSSISTÊMICO CONGÊNITO � Conexões vasculares portossistêmicas: � intra-hepáticas = cães raças grandes (Retrivier, Setter ) � ducto venoso patente �extra-hepáticas = cães raças pequenas (Schnauzer, Yorkshire, LhasaApso e Shitzu) e gatos (Persa e Himalaio) � SINAIS CLÍNICOS (início geralmente até 6 meses): � Sinais encefalopatia hepática � Sinais intermitentes, exacerbados após refeição rica em proteínas, com melhora após fluidoterapia � Baixo índice crescimento � Retardo recuperação anestésica � GI = anorexia intermitente, vômitos e diarréia � PD e PU 30/09/2015 21 � DIAGNÓSTICO: � Anamnese e exame físico � Exs. Laboratoriais - discreto � ALT e FA, microcitose (hemograma), hipoalbuminemia, � uréia e � amônia � Urinálise = cristalúria de biurato de amônio e bilirrubinúria suave � Aumento ácidos biliares (ppte. pós-prandial) � RX e US = microhepatia � US com doppler = demonstra vaso anômalo � TRATAMENTO: � Médico: � Tratar EH � Dieta: fácil digestibilidade, ↓ proteínas, calorias fonte não-proteica (carboidratos) � Cirúrgico: �Oclusão do vaso anômalo (extra-hepático: mais fácil) � Convulsões no pós-operatório 30/09/2015 22 ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: �Dieta = ↑ carboidratos e ↓ proteínas (↓formação amônia), mas com alto valor biológico = leite, soja, ração Hill´s L/D ou Royal hepatic �Lactulose (Lactulona®) – 2,5 a 15 ml (VO ou enema) �Diarréia osmótica � eliminação amônia ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: �Antibióticos (� bactérias redutoras de uréia): metronidazol ou amoxicilina �EH aguda (emergência): anticonvulsivantes, fluidoterapia IV solução salina + glicose 30/09/2015 23 TRATAMENTO INSUFICIÊNCIA HEPATICA � ASCITE (IH crônica): �Abdominocentese (� dispnéia) �Restrição sódio dieta + diuréticos (espironolactona, devido ao hiperaldosteronismo) � COAGULOPATIAS: �sangramento GI - ranitidina / omeprazol / sucralfato �CID = heparina + tranfusão sangue Perguntas?
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