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1 FUNDAMENTOS DA TEORIA MICROECONÔMICA A microeconomia analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. A micro analisa o comportamento das unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores e as empresas. FUNDAMENTOS DA TEORIA MACROECONÔMICA Por que estudar macroeconomia? Por que razão as rendas são atualmente mais elevadas do que em 1950 e por que, e, 1950 eram mais altas do que tinham sido em 1900? Por que alguns países tem inflação alta enquanto outros tem preços estáveis? Quais as causas da recessão e depressão? E como as políticas públicas podem evita-la? A macroeconomia tenta responder a essas e muitas outras perguntas. Os fatos macroeconômicos afetam a vida de todos nós. Todos são afetados pelas condições da economia. A influência dos fatos econômicos sobre a política evidencia-se nas épocas de eleições presidenciais. A política econômica fornece o tema principal do debate entre os candidatos, e a situação da economia tem forte influência nos resultados das eleições. As questões macroeconômicas também tem um papel importante nas relações internacionais. Os economistas são chamados a explicar o mundo econômico como ele é e a refletir como poderia vir a ser. A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacional, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio. Os economistas usam diferentes tipos de dados para medir a performance de uma economia. Três variáveis macroeconômicas são especialmente importantes: PIB, a taxa de inflação e a taxa de desemprego (expressa a fração da força de trabalho sem emprego). Os macroeconomistas estudam a determinação dessas variáveis, as razões de sua mudança no tempo e como interagem entre si. Os economistas procuram compreender os fatos empregando teorias simplificadas chamadas modelos que geralmente sintetizam em equações matemáticas as relações entre variáveis econômicas. Os modelos contêm dois tipos de variáveis: exógenas e endógenas. As exógenas têm origem fora do modelo e as endógenas vêm de dentro do próprio modelo. METAS DA POLÍTICA MACRO alto nível de emprego estabilidade de preços distribuição de renda socialmente justa crescimento econômico 2 ALTO NÍVEL DE EMPREGO A questão do desemprego, a partir dos anos 30, permitiu um aprofundamento da análise macro. Surgiu o livro de Keynes - Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936) que forneceu aos governantes os instrumentos necessários para que a economia recuperasse seu nível de emprego potencial ao longo do tempo. Antes da crise mundial dos anos 30, a questão do desemprego não preocupava a maioria dos economistas, pelo menos nos países capitalistas. Isso porque predominava o pensamento liberal, que acreditava que os mercados, sem interferência do Estado, conduziriam a economia ao pleno emprego de seus recursos, ou a seu produto potencial: milhões de consumidores e milhares de empresas, como que guiados por uma "mão-invisível”, determinariam os preços e a produção de equilíbrio, e, desse modo, nenhum problema sugeria no mercado de trabalho. De fato, desde a Revolução Industrial, em fins do séc. XVIII, até o início do séc. XX, o mundo econômico parece ter funcionado mais ou menos assim. Entretanto, a evolução da economia mundial trouxe em seu bojo novas variáveis, como o surgimento dos sindicatos de trabalhadores, os grupos econômicos e o desenvolvimento do mercado de capitais e do comércio internacional que acabaram por complicar e trazer incertezas sobre o funcionamento da economia. A ausência de políticas econômicas levou à quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e uma crise de desemprego atingiu todos os países do mundo ocidental nos anos seguintes. Com a contribuição de Keynes, fincaram-se as bases da Teoria macro e da intervenção do Estado na economia de mercado. A corrente dos economistas liberais (hoje neoliberais) prega a saída do governo da produção de Bens e Serviços. ESTABILIDADE DE PREÇOS É importante manter a estabilidade de preços porque a inflação, quando muito aguda e acelerada, subverte a ordem econômica em geral, cria tensões, descapitaliza as empresas, distorce o mercado de crédito e compromete o poder aquisitivo da população. Define-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre a balança de pagamento. DISTRIBUIÇÃO EQUITATIVA DE RENDA A economia brasileira cresceu razoavelmente entre o fim dos anos de 1960 e a maior parte da década de 70. Apesar disso, verificou-se uma disparidade muito acentuada de nível de renda, tanto em nível pessoal como em nível regional. No Brasil, os críticos do "milagre" argumentavam que havia piorado a concentração de renda no país, nos anos 1967-1973, devido a uma política deliberada do governo baseada em “crescer primeiro para depois distribuir”, o que gerou até hoje desigualdade. A posição oficial era de que um certo aumento na concentração de renda seria inerente ao próprio desenvolvimento capitalista, dadas as transformações estruturais que ocorrem (êxodo rural, com trabalhadores de baixa qualificação, aumento da proporção de jovens). Nesse processo gera-se uma demanda de mão de obra qualificada, a qual, por ser escassa obtém ganhos extras. Assim, o 3 fator educacional seria a principal causa da piora distributiva. Simonsen argumentava que há "desigualdade com mobilidade", isto é, o indivíduo permanece pouco tempo na mesma faixa salarial e tem facilidade de ascensão. Isso seria um fator importante para a convivência com má distribuição de renda. CRESCIMENTO ECONÔMICO A idéia de crescimento econômico é recente. Antes do surgimento do capitalismo as sociedades estavam em estágios comparativamente estagnados. Elas eram basicamente agrícolas e variavam pouco ao longo dos anos, com exceção da ocorrência de boas ou más colheitas, de guerras e de epidemias. O capitalismo, trazendo contínuas mudanças tecnológicas e acumulação de capital, alterou de forma radical as estruturas dessas sociedades. No século XX, a produção industrial mundial cresceu entre 30 e 40 vezes, e como a população mundial dobrou, a produção per capita cresceu entre 15 e 20 vezes. Da observação dessa realidade caminhou-se para uma tentativa de entendimento, e posterior explicação, de como uma sociedade cresce economicamente. A conclusão é de que ela cresce desde que ocorra: 1) acumulação de capital: por meio do aumento de máquinas, indústrias, da realização de obras de infra-estrutura: estradas, energia; e do investimento em recursos humanos: melhor preparação da mão-de-obra e outros; 2) crescimento da população: um aumento da população implica um aumento da força de trabalho e da demanda interna. Conceitua-se crescimento econômico como “o aumento contínuo do produto interno bruto (tudo que é produzido dentro dos limites geográficos do país em questão) em termos globais e per capita, ao longo do tempo, o que implica em uma melhor eficiência do sistema produtivo. É preciso que tenhamos claro a possibilidade de um país crescer sem se desenvolver. O aspecto fundamental é que desenvolvimento econômico não pode ser analisado, somente, por meio de indicadores que medem o crescimento do produto. Desenvolvimento deve ser complementado por índices que representem ainda que de forma incompleta, a qualidade de vida dos indivíduos. Desse modo,deveremos ter um conjunto de medidas que reflitam alterações econômicas, sociais, políticas e institucionais, tais como: renda per capita, expectativa de vida, mortalidade infantil, fertilidade, educação, analfabetismo, distribuição de renda entre diferentes classes e setores, centralização da atividade econômica, poder político, entre outras.
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