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13/09/2011 1 LEITE E DERIVADOS Técnica Dietética Profª: Ana Luísa Faller Leite - Definição • Produto da secreção mamária de mamíferos fêmeas • Caracterizado por ser uma dispersão coloidal de proteínas em emulsão com gorduras • Presença ainda de vitaminas e minerais 13/09/2011 2 Valor Nutricional 52% Lactose 36% Proteínas 10,3% Minerais e ácidos 1,7% Vitaminas e enzimas Valor Nutricional • Proteínas: caseína e outras proteínas do soro • Carboidratos: lactose • Lipídios: gorduras saturadas • Vitaminas: vitamina A e do complexo B • Minerais: cálcio e fósforo Variável com espécie do animal, alimentação do mesmo, estação do ano e e´poca de lactação 13/09/2011 3 80% 20% Proteínas do Leite Caseína Proteínas do soro FOSFATO DE CÁLCIO CASEÍNA Proteínas LEITE PROTEÍNA (%) CASEÍNA/PROTEÍNA DO SORO Humano 1,4 0,2 Vaca 3,3 4,7 Cabra 3,9 6,3 Búfala 5,2 4,6 Tabela 3. Teor e Distribuição de Proteínas em Diferentes Espécies Adaptado de Sgarbieri, 2005, Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 43-56. Proteínas 13/09/2011 4 Carboidratos Galactose Lactose Glicose LACTASE Carboidratos Lactose: Menor solubilidade quando comparada à sacarose Forma cristais quando submetida ao calor Confere textura à preparações (ex.: doce de leite) 13/09/2011 5 Carboidratos Lipídios Formado principalmente por triacilgliceróis: ácidos graxos saturadas e insaturados Fosfolipídios (lecitina) Esteróis (colesterol) 13/09/2011 6 Lipídios Triglicerídeos (98%) Ácidos graxos saturados (60 – 70%) Ácidos graxos insaturados Di e monoglicerídeos (2%) Ácido butírico Ácido capróico Ácido linoléico conjugado (CLA) Leite in natura Leite in natura após 1h Leite homogeneizado Lipídios Imagem: University of Guelph 13/09/2011 7 Micronutrientes • Vitaminas hidrosolúveis e liposolúveis • Minerais: MINERAIS CONTEÚDO (%) Potássio 20.8 Cálcio 14.3 Fósforo 10.6 Sódio 7.4 Magnésio 1.5 Enxofre 2.3 Ferro 0.09 Tabela 6. Conteúdo Médio de Minerais no Leite de Vaca PRODUTO TEMPO DE CONSERVAÇÃO CUIDADOS NA AQUISIÇÃO CUIDADOS NA CONSERVAÇÃO Leite pasteurizado 24 horas • Verificar data de fabricação e validade • Estar em local refrigerado • Ferver e conservar em geladeira • Consumir até validade Leite em pó 12 meses • Verificar data de fabricação e validade • Lata limpa, sem vazamentos, amassados ou ferrugem • Guardar em local fresco, sem umidade • Ao abrir a lata, não deixar tampa virada para baixo • Fechar bem e limpar excesso de leite Leite longa vida 3 meses • Verificar data de fabricação e validade • Embalagem limpa, sem vazamentos • Antes de abrir não precisa de geladeira • Depois de aberto consumir em 48h 13/09/2011 8 Tipo de Leite - Processamento Leites in natura Leite pasteurizado (A, B, C) Leite UHT Processamento Pasteurização: Combinação de temperatura e tempo Objetivo: destruir Microrganismos patogênicos e reduzir número total de bactérias 13/09/2011 9 Processamento Ultra-Pasteurização (UHT): Aquecimento e resfriamento imediato Objetivo: destruir Totalmente os microrganismos Processamento Processamento térmico: Pasteurização 72 a 76C por 15 a 20 segundos Ultra-pasteurização (UHT) 130 a 150C por 2 a 4 segundos HOMOGENEIZAÇÃO 13/09/2011 10 Leite Pasteurizado Tipo A: leite pasteurizado integral, elevada qualidade microbiológica, alto teor de gordura. Tipo B: leite pasteurizado integral, extraído por ordenha mecânica, média qualidade microbiológica, mantém todo teor de gordura. Tipo C: leite pasteurizado de baixa qualidade microbiológica, devendo ter no mínimo 3% de gordura → uso em manteiga, queijos, requeijões Leite – teor de gordura Integral: teor de gordura acima de 3,5% Semi-desnatado: teor de gordura acima de 1,6% Desnatado: teor de gordura acima de máximo de 0,3% 13/09/2011 11 Leite – teor de gordura Leite evaporado: leite integal tratado termicamente com retirada parcial de água, sem adição de açúcar o uso culinário Leite condensado: leite integral pasteurizado, desidratado parcialmente tendo adição de açúcar o Versão desnatada, sem lactose, diet Leite – modificações Calor: formação de nata (película na superfície) com aquecimento à 60-65C - Evaporação de água gera concentração das proteínas do leite -> Uso de tampa no recipiente evita esta formação - Albumina desnatura e precipita com calor -> Uso de banho-maria - Modificação do sabor recuperado com agitação mecânica depois de frio 13/09/2011 12 Leite – modificações Ácidos: formação de ácidos por bactérias (ácido láctico) leva a precipitação de caseína = formação de coalho - Coagulação também com adição de vinagre, frutas cítricas e hortaliças (tomate) - Cocção + ácidos: leite coalha tendo aparência de coalhada adicionando gomas -> reação de lactose com proteínas = melanoidinas Leite – modificações ÁCIDOS CASEÍNA COÁGULO Precipitação e sabor amargo 13/09/2011 13 Leite – modificações Taninos e sais: taninos de hortaliças (aspargos, ervilhas, repolho) provocam precipitação do leite. - Coccionar o leite com amiláceo, uma vez que amido evita união de proteínaas - Sal: precipita proteínas = adição aos poucos d eleite frio em alimentos salgados, ex. bacalhau Leite – uso na técnica dietética Sabor Cor Maciez Umidade Cremosidade - Preparações não ácidas (cereais): arroz doce, mingau - Hortaliças: sopas e cremes - Ingrediente para: bolos, purê, suflê, molho branco, massas - Bebidas diretas: leite com chocolate, vitaminas, com sorvete 13/09/2011 14 Queijo - Definição • Produto fresco ou maturado, sólido ou cremoso, obtido pela coagulação do leite pasteurizado pela ação isolada ou combinada de: • Coalho • Fermento lácteo • Calor Drenagem do soro Queijo - classificação • Queijo fresco: pode ser consumido logo após fabricação • Queijo maturado: submetido à cura – manutenção do produto em câmaras com temperatura e umidade controlada Cor Sabor Consistência 13/09/2011 15 Queijo - classificação • Queijos moles: requeijão e queijo cremoso, brie, camembert • Queijos semi-mole: mussarela, roquefort • Queijos duros: edam, cheddar, gruyere, caracterizados pelos buracos • Queijo muito duros: parmesão Queijo - classificação 13/09/2011 16 Queijo - conservação • Queijos moles: sob refrigeração • Queijos semi-mole: sob refrigeração • Queijos duros: sob refrigeração • Queijo muito duros: podem ser mantidos fora da refrigeração dependendo do tempo e da concentração de água Queijo - aplicações TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Prato Sanduiche, recheios de tortas e massas Queijo-minas Sanduiches, massas, pães de queijo e recheios Ricota Acompanhamento de doces, geleéias, ingredientes de sanduiches, tortas e massas Requeijão Pão, torradas, biscoitos, recheios, preparações doces Catupiry Pão e torrada,acompanahmento de doces e geléias, preparações, pizzas 13/09/2011 17 Queijo - aplicações TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Parmesão Ralado em molhos, saladas, sopas e massas Mussarela Pizza, lasanha, risoto, sanduiche Provolone Ralado ou picado em cremes, tortas, suflês, aperitivo, milanesa Gorgonzola Canapés, molhos e pizzas Gouda Gratinar massas e suflês Queijo - aplicações TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Estepe Acompanhamento de aperitivos e suflês Brie Tábua de queijos Camembert Canapés Emmental Base para fondue, sopas e suflês Gruyere Preparações no forno, frnago e camarão, fondue Cottage Puro, tortas, sanduiches, massas, saladas Cheddar Fatiado em sanduiches, pastoso em pizzas e recheios Roquefort (ovelha) Molhos e recheios de massa 13/09/2011 18 Queijos – usos na técnica dietética • Usar temperatuas baixas • Deixar em temperatura ambiente antes de utiliza-los • Tábua de queijos para acompanhar vinhos • Podem acompanhar: massas, tortas, saladas, suflês, cremes, sopas, gratinados, omeletes, batatas, legumes no forno, pizza, bolos, pudins, doces. Iogurte • Produto da fermentação, natural ou artificial, do leite utilizando fermentos lácteos • Incubação à 45C • Uso isolado em refeições rápidas, lanches 13/09/2011 19 Manteiga e Chantilly • Produto derivado da fração lipídica do leite • Chantilly: creme de leite batido -> há incorporação de ar na fração protéica • Manteiga: excesso de agitação mecânica, altera textura AQUECIMENTO FORMA ACROLEÍNA POR ↓ PONTO DE FUSÃO Casca: carbonato de cálcio, cor em função da raça e linhagem do animal. Deve ser lavao no momento da utilização Clara: mistura de proteínas e água. Principais proteínas são ovoalbumina, conoalbumina, ovomucóide, lisozima, ovomucina, avidina, ovoglobulina Gema: dispersão de fosfo e lipoproteínas, que dão efeito emulsificante da gema. Contém vitaminas lipossolúveis e carotenóides. Ovos 13/09/2011 20 Proteínas da clara: Ovoalbumina: representa 50% do total de proteínas - Desnatura por agitação e coagula com calor Proteínas do Ovo Proteínas da clara: Conoalbumina: - Coagula com temperaturas de 60 Ovomucóide: - Glicoproteína que desnatura com calor e básicos Proteínas do Ovo 13/09/2011 21 Proteínas da clara: Ovomucina: - Resistente ao calor, de consistência semelahnte à geleia, dá espessamento à clara do ovo Ovoglobulina: - Responsável pela estabilidade da espuma Proteínas do Ovo Proteínas da clara: Avidina: - Se liga à biotina (vitamina) impedindo sua absorção e utilização, quando ovo cru LIsozima: - Ação bactericida, protege o ovo quanto contaminação Proteínas do Ovo 13/09/2011 22 Valor Nutritivo - Rico em proteína - Vitamina A, D e do complexo B - Gema contém em média 34% de gordura, sendo que destes 5% é colesterol - Consumo de 2 a 3 ovos por semana Composição Refrigeração: 0 a 4C Ovo fresco: gema centralizada, clara espessa Ácido pela presença de CO2 -> perda por difusão leva à alcalinidade Formação de substâncias derivadas do enxofre -> ovo “choco” Armazenamento 13/09/2011 23 Classificação TIPO PESO MÉDIO (g) Industrial < 42 Pequeno 43 – 49 Médio 50 – 54 Grande 55 – 62 Extra 63 – 72 Jumbo > 73 13/09/2011 24 Consumo puro ou combinado: Ovo quente, mexido, frito, cozido, fritada, omelete, pochê, gemada Tempo de occção de gema e clara aprox. 10 minutos. Clara coccionada antes que a gema Aplicação em Técnica Dietética Acompanhamento de preparações: Bife à cavalo Bife à camões Aplicação em Técnica Dietética 13/09/2011 25 Aplicação em Técnica Dietética PREPARAÇÃO FUNÇÃO Creme, mingau, sopa, molhos Espessar Pão de ló, suflê Crescer, aerar À milanesas Cobrir Bolos e pudins Unir Superfície de pães e tortas Conferir cor, brilho, sabor Maionese, sorvete Emulsificar Recheios Conferir liga Pastéis, tortas Vedar Ovo inteiro, picado Decorar Clara em Neve - Incorporação de ar entre moléculas da ovoalbumina, conferindo esponjosidade e leveza - Batida em excesso: separação de duas fases Aplicação em Técnica Dietética 13/09/2011 26 Clara em Neve - Adição de ácido ou açúcar confere a estabilidade para a clara em neve - Sal: prejudica esta estabilidade e compromete quantidade e qualidade da espuma Aplicação em Técnica Dietética INGREDIENTE TEMPO VOLUME ESTABILIDADE Gema ↑ ↓ ↓ Açucar ↑ ↓ ↑ Sal ↑ ↓ ↓ Água ↑ ↑ ↓ Ácido ↑ Não altera ↑ Clara em Neve Aplicação em Técnica Dietética 13/09/2011 27 Gema - Propriedade de emulsificar: misturar dois líquidos que não são miscíveis entre si Aplicação em Técnica Dietética Emulsificação 13/09/2011 28 Técnica de Utilização - Utilizar ovos em temperatura ambiente: maior rendimento e evita rachaduras na cocção - Esfriar rapidamente após cocção: inibe formação de sulgeto de ferro Procedimentos Técnica de Utilização - Esperar esfriar preparação antes da adição de ovos, podem talhar - Adicionar aos poucos e devagar a mistura morna nos ovos e depois retornar à mistura Procedimentos 13/09/2011 29 Técnica de Utilização - Preparações à milanesa: uso somente da clara deixa mais crocante e o óleo espirra menos - Adição de ácidos na cocção de ovos faz com que coagule as proteínas externas e evite vazamentos Procedimentos Técnica de Utilização - Adição de ácidos na água de cocção de ovos pochê acelera a coagulação de proteínas - Adição de sal também acelera cocção Procedimentos 13/09/2011 30 Técnica de Utilização - Acrescentar as claras em neve por último na preparação - Verificar os ovos um a um, antes de adicionar às preparações - Cortar ovos cozidos com faca úmida em água fria -> gema não gruda Procedimentos
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