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Direito de Empresa atualizado

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DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL I
DIREITO EMPRESARIAL
PROF. ANTONIO AUGUSTO BIERMANN PINTO
aabp1@yahoo.com.br
Ementa
EMPRESA E EMPRESÁRIO COMERCIAL: COMERCIANTE INDIVIDUAL. OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DOS EMPRESÁRIOS COMERCIAIS. SOCIEDADES COMERCIAIS: PESSOA JURÍDICA. O SÓCIO E A SOCIEDADE COMERCIAL. O EMPRESÁRIO E OS DIREITOS DO CONSUMIDOR. DIREITO CAMBIÁRIO BRASILEIRO. A PROTEÇÃO DO ESTADO NO ESTADO NO EQUILÍBRIO ECONÔMICO DAS EMPRESAS.
 
Programa
UNIDADE 1 - EMPRESA E EMPRESÁRIO COMERCIAL: COMERCIANTE INDIVIDUAL
 
1.1 - Noções e espécies de empresas.
1.2 - Conceito de empresário comercial.
1.3 - Caracterização legal do empresário comercial.
1.4 - Requisitos para o exercício da atividade mercantil.
1.5 - Registro público destinado às atividades mercantis.
 
UNIDADE 2 - OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DOS EMPRESÁRIOS COMERCIAIS
 
2.1 - Enumeração.
2.2 - Livros comerciais.
2.3 - Nome comercial.
 
UNIDADE 3 - SOCIEDADES COMERCIAIS: PESSOA JURÍDICA
 
3.1 - Noções gerais.
3.2 - Sociedades comerciais reconhecidas pela lei brasileira.
3.3 - Classificação das sociedades brasileiras.
3.4 - O ato constitutivo das sociedades brasileiras.
 
UNIDADE 4 - O SÓCIO E A SOCIEDADE COMERCIAL
 
4.1 - Responsabilidade do sócio.
4.2 - Administração da sociedade.
4.3 - Relações dos sócios com terceiros.
4.4 - Desconsideração da personalidade jurídica.
 
UNIDADE 5 - O EMPRESÁRIO E OS DIREITOS DO CONSUMIDOR
 
5.1 - Aspectos gerais.
5.2 - Qualidade do produto ou serviço.
5.3 - Proteção contratual: publicidade.
5.4 - Outras inovações.
 
UNIDADE 6 - DIREITO CAMBIÁRIO BRASILEIRO
 
6.1 - Aspectos gerais.
6.2 - As várias espécies de títulos de crédito.
6.3 - Os títulos de crédito a partir do plano Collor.
6.4 - A responsabilidade da empresa na emissão de títulos de crédito.
 
UNIDADE 7 - A PROTEÇÃO DO ESTADO NO EQUILÍBRIO ECONÔMICO DAS EMPRESAS
 
7.1 - Noções gerais.
7.2 - Instituto da concordata: aplicabilidade.
7.3 - Falência: aplicabilidade.
 
BERTOLDI, Marcelo M. Curso Avançado de Direito Comercial. 3 vols. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2002.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Ed. Saraiva, 2002.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 3 vols. São Paulo: Ed. Saraiva, 2002.
HENTZ, Luiz Antonio Soares. Direito Comercial Atual de acordo com a teoria da empresa. São Paulo: Ed. Saraiva, 2000.
JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Ed. Atlas S/A, 2003.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 2 vols. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003
 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA METODOLOGIA DE ENSINO
Métodos de ensino/aprendizagem: aula expositiva, estudos de caso, debates temáticos, leitura e interpretação de textos.
Instrumentos de avaliação: atividades de pesquisa e resolução de casos práticos, resenhas, prova escrita dissertativa, mista ou objetiva 
DIREITO EMPRESARIAL
1. Campo de atuação do Direito Empresarial
2. Caracterização como empresário – art.966 do Código Civil - elementos
3. Não empresários - § único art. 966
4. Inscrição do empresário – art.967 –
5. Requisitos para o exercício de atividade empresarial
6.Situações especiais na caracterização da atividade econômica como empresarial ou não empresarial
Conceito de Empresário
Código Civil (CC/2002):
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Conceito Jurídico de Empresa
Empresa é a:
Atividade econômica organizada, para a produção ou circulação de bens ou serviços, exercida profissionalmente pelo empresário, por meio de um estabelecimento empresarial. 
Qualquer atividade: indústria, comércio, produção, criação, extração, etc...
Assim:
EMPRESÁRIO: É O SUJEITO QUE EXERCE A ATIVIDADE EMPRESARIAL. É “QUEM FAZ”.
EMPRESA: É A ATIVIDADE, É “O QUE SE FAZ” .
ATIVIDADE EMPRESARIAL É CARACTERIZADA POR:
ATIVIDADE ECONÔMICA: é a atividade desenvolvida visando ao LUCRO. Criação de riquezas e de bens ou serviços patrimonialmente valoráveis, com vistas à produção ou à circulação de bens ou serviços.
A atividade empresarial é econômica porque é exercida com intuito de lucro.
O lucro não é obrigatório, mas deve ser visado.
ATIVIDADE ORGANIZADA:
 empresa é atividade organizada porque o empresário, para desenvolver a atividade, precisa articular os 4 Fatores da Produção: 
 Capital
 mão-de-obra
 matéria prima 
- know-How (tecnologia)
PROFISSIONALISMO 
HABITUALIDADE
PESSOALIDADE
A- HABITUALIDADE
É necessário que a atividade econômica seja exercida de modo permanente. É a profissão do empreendedor, o modo de ganhar a vida e o sustento não ocasional, assumindo em nome próprio os riscos da empresa.
Está descartado, portanto, o exercício esporádico ou eventual da atividade econômica.
B- PESSOALIDADE
É necessário que a atividade econômica seja exercida diretamente pelo próprio empresário (pessoa física) ou pela sociedade empresária (pessoa jurídica).
O sócio de uma pessoa jurídica pode ser um investidor ou empreendedor, mas não é empresário.
Os empregados quando produzem ou circulam bens o fazem em nome do empresário.
NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO
O parágrafo único do art. 966 do Código Civil diz que:
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Assim, um profissional liberal, um Médico, por exemplo, exerce profissionalmente sua atividade, que possui finalidade econômica. Contudo, para o exercício dessa atividade econômica, utiliza basicamente seus conhecimentos intelectuais e científicos, não articula os 4 fatores da produção. Ainda que estabeleça um consultório e contrate alguém para auxiliá-lo, sua atividade econômica não é considerada empresarial. Contudo, caso o mesmo médico organize uma clínica médica, com especialistas em diversas áreas, com muitos colaboradores, aparelhagem diversa, passará a ser considerado empresário, pois estará articulando os fatores da produção (mão de obra, tecnologia, capital) organizando uma atividade empresarial. Deixará de ser um profissional autônomo, cuja atividade é centrada em seus conhecimentos intelectuais, e passará a ser um Elemento de Empresa.
REQUISITOS PARA EXERCER A ATIVIDADE EMPRESARIAL: CAPACIDADE E NÃO IMPEDIMENTO – ART.972 CÓDIGO CIVIL
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
1. CAPACIDADE- É a aptidão para, por si próprio, exercer direitos e contrair obrigações. É requisito de validade de qualquer ato jurídico, previsto no art. 104 do Código Civil (agente capaz, objeto lícito, forma prescrita ou não defesa em lei).
Capacidade Plena – mais de 18 anos/emancipados
Capacidade Relativa – Art. 4º do Código Civil – Assistidos
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Incapacidade – art. 3º - Representados
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
 
2. NÃO IMPEDIMENTO
Há pessoas que, embora plenamente capazes, estão impedidas por lei de exercerem atividade empresarial em nome próprio ( empresa individual), em razão de suas atividades ou funções, consideradas incompatíveis com a atividade empresarial. Alguns exemplos:
a) os servidores públicos civis federais (Lei n.º 8.112/90, art. 117, inciso X), estaduais e municipais;
b) os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares
(Decreto-Lei n.º 1.029/69, art. 35);
c) os magistrados (Lei Complementarn.º 35/79, art. 36, incisos I e II);
d) os membros do Ministério Público (Lei n.º 8.625/93, art. 44, inciso III);
e) os empresários falidos enquanto não reabilitados (Lei 11101/05);
f) os médicos em relação a farmácia, drogaria ou laboratório farmacêutico;
g) os estrangeiros não residentes no País (com restrição ainda maior aos residentes, quanto à propriedade de empresa jornalística e de
Radiodifusão – limitada a 30% no capital de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Na condição de servidores públicos lato sensu são também impedidos de exercer atividade empresarial: o Presidente da República, Ministros de Estado, Governadores dos Estados, Prefeitos Municipais e ocupantes de cargos públicos comissionados em geral.
Os membros do Poder Legislativo, como Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores, não são proibidos de exercer atividade empresarial, salvo se a empresa “goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada” (Constituição Federal, art. 54, inciso II, letra a).
Obs: A norma do art. 972 do CC proíbe o exercício de atividade empresarial, por meio de firma individual ou como administrador de sociedade, mas não impede, todavia, que pessoas impedidas participem de sociedade empresária ou de sociedade simples na condição de sócio quotista ou acionista, desde que a elas não sejam atribuídos poderes de gestão ou de administração. Ou seja, não podem ser empresários individuais, mas podem ser sócios de sociedade empresária, pois nesse caso não serão empresários, e sim investidores em empresa. Contudo, segundo o art. 973 do Código civil: 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Exercício de Atividade Empresarial por Incapaz – art. 974
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
São duas as situações em que, mesmo a pessoa sendo incapaz, poderá exercer em nome próprio, mediante autorização judicial, a atividade empresarial:
1. INCAPACIDADE SUPERVENIENTE:
A pessoa era capaz, exercia normalmente a atividade em nome próprio, mas, por alguma razão (doença, interdição judicial) perdeu a capacidade. 
2. INCAPACIDADE ORIGINÁRIA: A pessoa é incapaz nos termos do art. 3º do C. Civil, mas recebe, por herança, atividade empresarial que era exercida por seus pais ou outra pessoa.
Obs: em ambos os casos, será nomeado judicialmente um tutor para representar o incapaz nos atos empresariais, e os bens pessoais do incapaz não responderão pelas dívidas da empresa.
Obs: Tais situações são excepcionais. Não há possibilidade de um incapaz exercer validamente atividade empresarial fora dessas situações.
A INSCRIÇÃO DO EMPRESÁRIO NO REGISTRO DE EMPRESAS
O art. 967 do Código Civil prevê:
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Contudo, essa inscrição não é obrigatória para caracterizar o empresário. Não é ilegal exercer atividade empresarial sem registro na Junta Comercial, é apenas irregular. Aquele que exerce atividade empresarial sem registro (de maneira informal ) não pode gozar de muitos benefícios que a regularização traz, tais como:
- Poder participar de licitações públicas
- Emitir notas fiscais
- Requerer Recuperação Judicial
- Se for sociedade, a sociedade não adquire personalidade jurídica, ou seja, autonomia com relação aos sócios, ficando os sócios responsáveis pessoalmente pelas obrigações da sociedade.
- Acesso a linhas de crédito e benefícios fiscais destinados ao empresário regular ( registrado).
SITUAÇÕES ESPECIAS NA CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA COMO EMPRESARIAL OU NÃO EMPRESARIAL
 
O advogado pode ser empresário. A atividade jurídica é que nunca será empresarial. 
 A sociedade de advogados sempre será uma sociedade simples. O registro da sociedade se faz na OAB, não na Junta Comercial.
Sociedade não empresarial (Simples) – os atos são registrados no Cartório de Registro Público Civil e ou nos Conselhos de Classe.
ATIVIDADE RURAL – opção – Junta Comercial (empresário) ou Cartório de Registro Público Civil (não empresário). Art. 973 do Código Civil:
 Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
 SOCIEDADE ANÔNIMA – independente do seu objeto – sempre será empresarial porque assim a lei determina – Art. 982, § único C. Civil:
 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
 
SOCIEDADE COOPERATIVA - independente do seu objeto – sempre será uma sociedade não empresarial porque deriva de lei. Art. 982, § único C. Civil
ESPÉCIES DE EMPRESÁRIOS
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
 
Art. 966 Código Civil
EIRELI
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Art. 980-A Código Civil
EMPRESÁRIO COLETIVO – SOCIEDADE EMPRESÁRIA
 
Art. 981/982 Código Civil
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Pessoa física. CNPJ apenas para fins fiscais e tributários.
Não há distinção entre o patrimônio da “empresa” e o pessoal do “empresário”.
 
Responsabilidade Ilimitada: Todo o patrimônio pessoal do empresário responde pelas dívidas contraídas na atividade empresarial.
 
Sistema misto, com características de empresário individual e de sociedade empresária.
 
Pessoa Física, mas com responsabilidade limitada pela separação de um patrimônio que irá responder pelas dívidas contraídas na atividade empresarial (patrimônio de valor não inferior a 100 salários mínimos)
Constituída por pelo menos duas pessoas físicas ou jurídicas, que serão sócios de sociedade empresária (empresário, aqui, será a sociedade, não os sócios). Uma vez registrada, torna-sePessoa Jurídica, com personalidade e capacidades jurídicas próprias, ou seja,autonomia negocial, patrimonial e processual.Responsabilidadedos sócios: depende do Tipo Societário
ESPÉCIES DE SOCIEDADES (TIPOS SOCIETÁRIOS)
SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADELTDA ( LTDA)
SOCIEDADEANÔNIMA (S/Aou CIA)
SOCIEDADE EM NOMECOLETIVO ( N/C)
SOCIEDADE EM COMANDITASIMPLES ( C/S)
SOCIEDADE EM COMANDITA PORAÇÕES (C/A)
SOCIEDADE EM CONTA DEPARTICIPAÇÃO
EXERCÍCIO DE ATIVIDADES NÃO EMPRESARIAIS
INDIVIDUAL
COLETIVO
Profissional (autônomo):atividades não empresariais, tais como: intelectuais, científicas, literárias ou artísticas, ou ainda atividade econômica não organizada na forma do art. 966 do Código Civil.
Associações – sem fins econômicos (art. 53);
Fundações – de fins religiosos, morais, culturais e de assistência (art. 62);
SociedadeSimples– atividade lucrativa não empresária (arts. 982 e 997 a 1.038).
O que é?
O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Benefícios
Benefícios
Benefícios
Benefícios
Benefícios
Benefícios
Benefícios
O que é isso?
Além disso, o Empreendedor Individualserá enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).
Pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 32,10 (comércio ou indústria) ou R$ 36,10 (prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Empreendedor Individual terá acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
Como me inscrevo?
A formalização do Empreendedor Individual será feita pela Internet no endereço www.portaldoempreendedor.gov.br de forma gratuita.
Após o cadastramento, o CNPJ e o número de inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente.
O Empreendedor Individual pode procurar de um escritório de contabilidade credenciado que irá realizar a formalização e a primeira declaração anual sem cobrar nada.
Após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo:
- Para a Previdência: R$ 31,10 por mês (representa 5% do salário mínimo que é reajustado no início de cada ano);
- Para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês se a atividade for comércio ou indústria;
- Para o Município: R$ 5,00 fixos por mês se a atividade for prestação de serviços.
Pagamento
MICROEMPRESÁRIO (ME) & EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE (EPP)
Microempresário e empresário de pequeno porte não são espécies de empresário, mas sim um regime tributário e fiscal diferenciado e mais favorecido pelo qual podem optar tanto o empresário individual quanto a sociedade empresária. Possuem base na CF/88, no art. 179.
Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), devidamente registrados no registro de empresas mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:(A partir de 01.01.2012):
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
Algumas VANTAGEns DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (Lei Complementar 123/2006)
RECOLHIMENTO UNIFICADO DE TRIBUTOS (SIMPLES):
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
II - Imposto sobre Produtos industrializados (IPI);
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS):
V - Contribuição para o PIS/PASEP;
VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas especificamente;
VII - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS);
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
LICITAÇÕES – PREFERÊNCIA
A Administração Pública poderá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
ACESSO AOS JUIZADOS ESPECIAIS
As empresas enquadradas na LCMEPP, também são admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os casos de transferência de direitos de uma pessoa jurídica para outra que seja ME ou EPP, ou seja, os casos de cessionários de direito de pessoas jurídicas
DO REGISTRO DE EMPRESAS
Embora o registro do empresário não seja elemento constitutivo ou caracterizador da atividade como empresarial ou não, o mesmo é importante para dar regularidade e formalidade legal à atividade empresarial, o que facilitará a vida do empresário em muitas circunstâncias.
Assim, caso o empresário (individual ou sociedade) queira registrar-se, existe no Brasil um sistema de registros de empresas organizado pela Lei 8934/94.
Lei 8934/94 – Estabelece e regulamenta o Registro Público de Empresas Mercantis.
FINALIDADES
(art. 1º)...
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
ÓRGÃOS DO REGISTRO DE EMPRESA
A lei criou o SINREM = Sistema Nacional do Registro de Empresas.
O SINREM é integrado por:
DNRC (Departamento Nacional de Registros do Comércio) + JUNTAS COMERCIAIS
1. DNRC: É órgão federal, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Possui função supervisora, fiscalizadora e de coordenação. Não possui função executiva ( não faz registros)
2. JUNTAS COMERCIAIS: As juntas comerciais são órgãos ligados aos governos estaduais. Existe uma Junta Comercial em cada Estado, com sede na capital. Cabe à Junta Comercial a função executiva, de registros das empresas.
Art . 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva.
OS ATOS DE REGISTRO 
São de três tipos os atos de registro praticados pela junta comercial : Matrícula, Arquivamento, Autenticação
Art. 32. O registro compreende:
I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;
II - O arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas;
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil;
d) das declarações de microempresa;
e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis;
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria.
DA PUBLICIDADE DOS ATOS
Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os assentamentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido.
SOCIEDADES
O QUE SÃO SOCIEDADES?
Uma sociedade (do latim: societas, que significa "associação amistosa com outros") é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos em comum.
Juridicamente, no Direito brasileiro, “Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados” (art. 981 Código Civil)
ESPÉCIES DE SOCIEDADE
AS SOCIEDADES PODEM SER DE DUAS ESPÉCIES:
1. SOCIEDADE SIMPLES (Art.981 Cód. Civil)
2. SOCIEDADE EMPRESÁRIA ( Art. 982)
- As Sociedades Simples são aquelas que, embora tenham finalidade econômica, não têm organização e finalidade tipicamente empresarial. 
- As Sociedades Empresárias são as que se organizam como e para atividade empresarial: art. 982 C/C 966 do Código Civil . Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
SOCIEDADES SIMPLES
Exercem atividade intelectual, de naturezacientífica, literária ou artística (...), como por exemplo, a de prestação de serviços por parte de profissionais liberais (advogados, dentistas, médicos). Essa hipótese de exclusão, que incorpora o critério qualitativo, está prevista no parágrafo único do artigo 966 do Código Civil 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Parágrafo Único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o execício da profissão constituir elemento de empresa.” 
A sociedade de advogados não é considerada empresarial, por vedação contida no Estatuto da Advocacia ( Lei 8906/94):
Art. 16. Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar.
As sociedades empresárias poderão ser das seguintes espécies: 
1) sociedade limitada; 
2) sociedade em nome coletivo; 
3) sociedade em comandita simples; 
4) sociedade anônima; 
5) sociedade em comandita por ações. 
De acordo com o artigo 983 do Código Civil, a sociedade empresária deve constituir-se segundo uma das 05 (cinco) espécies acima relacionadas. 
A sociedade limitada, a sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples são regulamentadas pelo Código Civil, enquanto as sociedades anônimas são disciplinadas pela Lei nº 6.404/76, Lei das Sociedades por Ações, e as sociedades em comanditas por ações são regradas pelos dois diplomas legais.
Obs: As Sociedades Simples podem adotar qualquer espécie acima, MENOS S/A. Se adotarem o tipo societário S/A, serão consideradas empresárias para todos os efeitos.
CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA DAS SOCIEDADES
Para fins de melhor compreensão conceitual das Sociedades, costuma-se classificar as sociedades levando-se em conta diversas características:
1. SOCIEDADES PERSONALIZADAS OU DESPERSONALIZADAS
Refere-se ao fato de a Sociedade ter registro no órgão competente, fazendo nascer a Pessoa Jurídica, com Personalidade Jurídica, ou não. As personalizadas são as registradas, se tornam, além de sociedades, pessoas jurídicas. As despersonalizadas são as sem registro, sem PERSONALIDADE JURÌDICA. São chamadas Sociedades em Comum.
DISPOSIÇÕES SOBRE A SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA (SOCIEDADE EM COMUM)
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
Da Sociedade Não Personificada
Capítulo I
Da Sociedade em Comum
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO
A sociedade, uma vez registrada, faz surgir uma PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO:
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações;
IV – as organizações religiosas; 
V – os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
EFEITOS DA PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
1. Surge a pessoa jurídica com autonomia em relação aos sócios. A P. J. passa a titularizar direitos e obrigações.
NEGOCIAL- A sociedade é quem assume obrigações, em nome próprio
PATRIMONIAL - A sociedade possui patrimônio próprio que não se confunde nem deve se confundir com o patrimônio dos sócios. É formado a partir do CAPITAL SOCIAL.
PROCESSUAL- A sociedade é quem será autora, ou ré, em ações judiciais envolvendo seus direitos e obrigações.
Obs: No caso de Sociedade Empresária, EMPRESÁRIA é a SOCIEDADE, não os sócios, que são empreendedores ou investidores em sociedade empresária, com direito a participação nos lucros e obrigação de suportar o prejuízo.
A SOCIEDADE NÃO TEM PROPRIETÁRIO. 
DIREITOS DE PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA
Não apenas as pessoas físicas, mas também as jurídicas são titulares de direitos da personalidade:
“aplica-se as pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”. Art. 52 Código Civil.
Assim:
CF/88 Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
STJ Súmula nº 227 - 08/09/1999 - DJ 20.10.1999
Pessoa Jurídica - Dano Moral
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Responsabilidade da Pessoa Jurídica
Como efeito de sua personalidade jurídica própria, a pessoa jurídica responde por seus atos nas três esferas de responsabilidade:
1. CIVIL
2. ADMINISTRATIVA
3. PENAL (No caso de crime ambiental - Lei 9605/98 -Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
2. SOCIEDADES DE PESSOAS E SOCIEDADES DE CAPITAL
Essa classificação leva em conta a maior ou menor importância, na formação das sociedades, das qualidades ou atributos pessoais dos sócios.
As SOCIEDADES DE PESSOAS são as formadas mais em função das qualidades pessoais e profissionais dos sócios do que em razão do capital por ele investido na sociedade. A Sociedade LTDA é bom exemplo de Sociedade de Pessoas. 
Já as SOCIEDADES DE CAPITAL não têm nos atributos pessoais dos sócios a principal importância, e sim no montante de capital que o sócio investe na sociedade. As Sociedades Anônimas são sociedades essencialmente de capital.
Importância Prática da Distinção: em função dessa caraterística, são diferentes as regras sobre a entrada e saída de sócios na sociedade.
SOCIEDADE DE PESSOAS:
Não é livre a entrada e saída de sócios, como regra, depende da aprovação dos demais. Em caso de sucessão, o sucessor não se torna sócio automaticamente, depende da concordância dos demais sócios.
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I - se o contrato dispuser diferentemente;
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
SOCIEDADE DE CAPITAL
Para ser sócio ou deixar de sê-lo, basta apenas adquirir ou vender as ações.
O sucessor de sócio, por morte deste, herda as ações que pertenciam ao sócio falecido e passa a ser sócio.
3. SOCIEDADES CONTRATUAIS X SOCIEDADES INSTITUCIONAIS
Com relação à forma de Constituição e Destituição Jurídica da Sociedade.
SOCIEDADES CONTRATUAIS: São sociedades que se organizam com base num CONTRATO SOCIAL (Art. 997 Código Civil), que é o documento constitutivo e organizador da sociedade. As regras de constituição estão no CódigoCivil e há uma maior liberdade contratual. Pode-se contratar tudo o que a lei não vede.
São sociedades Contratuais:
- SOCIEDADE LIMITADA (LTDA)
- SOCIEDADE EM NOME COLETIVO (N/C)
- SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (C\S)
SOCIEDADES INSTITUCIONAIS - São sociedades formadas a partir de um Estatuto Social, não de um contrato social. O Estatuto deverá obedecer as regras pré-determinadas pela lei, e nada que não esteja previsto na Lei pode ser colocado no estatuto. A liberdade de contratar é limitada ao previsto na Lei. As sociedades institucionais seguem a Lei 6404/76, a lei das Sociedades por Ações. São a Sociedade Anônima (S/A) e a Sociedade em Comandita por Ações ( C/A)
QUANTO À RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS PELAS OBRIGAÇÕES DA SOCIEDADE
1.Responsabilidade ILIMITADA
2. Responsabilidade LIMITADA
3. Responsabilidade MISTA
Sociedades de responsabilidade ilimitada - Nessas sociedades, o patrimônio particular dos sócios responde pelas obrigações sociais (os sócios, portanto, se tornam garantidores da sociedade). Ex.: sociedade em nome coletivo.
Sociedades de responsabilidade limitada - Nessas sociedades os sócios respondem até a importância do capital com que entraram para a sociedade (no caso das sociedades anônimas) ou até o total do capital social (no caso das sociedades limitadas). O Código Civil de 2002 aboliu a "sociedade de capital e indústria" como um tipo de sociedade empresária. Já os acionistas de uma sociedade anônima têm suas responsabilidades limitadas ao montante das ações subscritas ou integralizadas.
SOCIEDADES MISTAS - são aquelas que apresentam responsabilidade limitada por parte de alguns sócios enquanto que outros respondem ilimitadamente pelas obrigações assumidas em nome e por conta da sociedade, caso o capital social não seja suficiente para satisfazer as obrigações perante os credores da sociedade. As sociedades em comandita simples e em comandita por ações são sociedades de responsabilidade mista.
SOCIEDADES QUE DEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO DO PODER EXECUTIVO
A regra é a livre iniciativa econômica: 
CF/88 –art. 170, 
Parágrafo único - É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
Contudo, necessitam de autorização, por exemplo, as atividades de:
- Mineração
- Instituições Financeiras
- Transportes Aéreos
- Radiodifusão, sonora e imagens.
- Telefonia celular
- Consórcios 
- Previdência Privada
- Planos de Saúde
- Corretoras de valores
-
SOCIEDADES NACIONAIS E ESTRANGEIRAS 
SOCIEDADE NACIONAL: CÓDIGO CIVIL, ART.1.126, caput: “É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração”. 
Se dois ou mais estrangeiros, residentes no exterior, e trazendo os recursos de seu país, constituem uma sociedade empresária com sede de administração no território nacional, obedecendo aos preceitos da ordem jurídica aqui vigente, essa sociedade é brasileira, para todos os efeitos.
SOCIEDADES ESTRANGEIRAS: são as que possuem sede administrativa no exterior, e são constituídas e organizadas conforma a lei estrangeira.
ART. 1134 – QUALQUER QUE SEJA O OBJETO NÃO PODE A SOCIEDADE ESTRANGEIRA FUNCIONAR NO BRASIL SEM AUTORIZAÇÃO DO PODER EXECUTIVO
SOCIEDADES 
Parte II
PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES
São pressupostos ou requisitos fundamentais para a constituição de toda sociedade empresária:
a) “AFFECTIO SOCIETATIS”: É a disposição, o ânimo, a vontade que uma pessoa tem ao ingressar em uma sociedade, com a finalidade de associar-se, e permanecer associado, para a realização de um objetivo em comum: a atividade empresarial. 
A quebra ou perda da affectio societatis é causa da dissolução parcial ou total da sociedade. 
Parcial – Quando um sócio se retira ou é excluído, mas a sociedade continua.
Total – Quando os sócios optem por encerrar a sociedade.
Código Civil Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subsequentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.
B) PLURALIDADE DE SÓCIOS: que determina a existência de, no mínimo, 2 sócios.
Excepcionalmente, o direito brasileiro admite apenas duas hipóteses de “sociedade unipessoal”:
Subsidiária integral– art. 251 da Lei 6.404/1976; e
Unipessoalidade incidental temporária – Com a morte ou retirada de sócios, restando apenas um, a pluralidade deve ser restabelecida no prazo de 180 dias caso o sócio remanescente não queira a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou empresário individual de responsabilidade limitada.
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
 C) CAPITAL SOCIAL: para a constituição de qualquer sociedade, há a necessidade da existência de um capital social. Capital Social é o investimento inicial dos sócios ou acionistas de uma empresa. É o primeiro patrimônio da Sociedade. A participação de cada sócio no capital social se chama QUOTA, nas sociedades contratuais (ex. Soc. Ltda), e AÇÕES, nas Sociedades por Ações (S/A, C/A).
CAPITAL SOCIAL NA SOCIEDADE LIMITADA (ART. 1055/1059 CÓDIGO CIVIL)
Das Quotas
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
Ex: Cotas Iguais:
O Capital Social é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), divido em 100.000 (cem mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, assim distribuído entre os sócios:
José da Silva ............... 50.000 quotas ............... R$ 50.000,00
João dos Santos .......... 50.000 quotas ............... R$ 50.000,00
Total ......................... 100.000 quotas ............. R$ 100.000,00
Ex2: Cotas desiguais:
O Capital Social é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), divido em 100.000 (cem mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, totalmente subscrito e integralizado neste ato, em moeda corrente nacional e assim distribuído entre os sócios:
José da Silva ............... 80.000 quotas ............... R$ 80.000,00
João dos Santos .......... 20.000 quotas ............... R$ 20.000,00
Total ......................... 100.000 quotas ............. R$ 100.000,00
As quotas podem ser subscritas (prometidas) e integralizadas (entregues à sociedade) em dinheiro ou quaisquer bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, à vista ou à prazo:
- Bens móveis
- Bens imóveis
- Direitos intelectuais ( marcas, direitos autorais, etc...)
Integralizado em dinheiro e ben imóvel:
O Capital Social subscrito é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), divido em 100.000 (cem mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, sendo que 50.000 (cinquenta mil reais) será integralizado neste ato, em moeda corrente nacional pelo sócio João dos Santos e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) será integralizado, neste ato pelo sócio José da Silva através do bem imóvel descrito no parágrafo primeiro. O Capital Social fica assim distribuído entre os sócios:
José da Silva ........... 50.000 quotas ............... R$ 50.000,00
João dos Santos ...... 50.000 quotas .............. R$ 50.000,00
Total ...................... 100.000 quotas ............. R$ 100.000,00
Parágrafo primeiro: uma sala comercial de n° 607, localizada na Rua Felipe Schmidt, nº 340, Centro, Florianópolis, SC., medindo l3mx5m, devidamente registrada no Cartóriode Registro de Imóveis da Capital-SC, 1° Ofício, matrícula n° 14.715. O referido bem é de propriedade do sócio José da Silva, livre e desembaraçado de quaisquer ônus. O valor do imóvel é de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
SÓCIO REMISSO
Quando o sócio não integraliza as quotas dentro prazo estipulado no contrato é considerado remisso. O estado de sócio remisso implica em reconhecer que o sócio está em débito para com a sociedade. É desnecessário qualquer procedimento judicial. A própria sociedade declara o estado de remisso através de decisão da assembléia ou reunião dos sócios. 
Em assim ocorrendo, podem os demais sócios:
- Excluir o sócio remisso da sociedade;
- Tomar as quotas do sócio remisso para si;
- Transferi-las a terceiros;
- Reduzir a quota ao valor já integralizado - O capital social sofre a mesma redução, a não ser que os demais sócios resolvam suprir o valor da quota.
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas.
D) PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E PERDAS: todos os sócios deverão ter o direito a auferir os lucros e a obrigação de suportar as perdas da sociedade. É nula qualquer cláusula que exclua do sócio o direito de participação nos lucros e o libere de suportar as perdas. 
A divisão proporcional ou desigual dos lucros é permitida, vedando-se somente a exclusão total.
Código Civil - Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

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