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Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Estamos na última aula de nosso curso! Ressalto que na aula de hoje apresentarei questões de várias bancas e não somente da FCC! Aula 08: (11/01) Direito coletivo do trabalho: liberdade sindical (Convenção 87 da OIT); organização sindical: conceito de categoria; categoria diferenciada; convenções e acordos coletivos de trabalho. Direito de greve; dos serviços essenciais. Comissões de conciliação prévia. Renúncia e transação. Dano moral nas relações de trabalho. Vamos dar início a nossa aula de hoje! 8.1. Do Direito Coletivo: 8.1.1. Definição de Direito Coletivo: O Direito Material do Trabalho divide-se internamente em dois segmentos jurídicos: O Direito Individual do Trabalho e o Direito Coletivo do Trabalho. O Direito Individual do Trabalho é o ramo do Direito do Trabalho que abrange os institutos jurídicos, os princípios, bem como as normas que irão regulamentar as relações de emprego e as relações de trabalho. Assim, o direito individual tutela os interesses concretos de indivíduos determinados, que poderão ser individualmente considerados. Segundo Délio Maranhão o Direito Coletivo pressupõe uma relação coletiva de trabalho, ou seja, aquela relação entre sujeitos de direito, em que a participação dos indivíduos é considerada como membros de uma determinada coletividade como os Sindicatos, por exemplo. Neste ramo do Direito do Trabalho são tratados os interesses coletivos do grupo ou de uma determinada categoria, os Sindicatos representarão os interesses abstratos desta categoria estatuindo novas condições de trabalho que serão aplicadas aos empregados individualmente considerados. As convenções e os acordos coletivos, conceituados no art. 611 da CLT, são os instrumentos normativos utilizados para estabelecer estas novas condições de trabalho, que serão estudados mais adiante. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 Observem abaixo os conceitos do jurista Maurício Godinho Delgado: Direito Coletivo do Trabalho: “Complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam as relações laborais entre empregados e empregadores, além de outros grupos jurídicos normativamente especificados, considerada sua ação coletiva realizada autonomamente ou através das respectivas associações”. Direito Individual do Trabalho: “Complexo de princípios regras e institutos jurídicos que regulam no tocante às pessoas e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais normativamente especificadas”. Definição de Direito do Trabalho: É o complexo de princípios regras e institutos jurídicos, que regulam a relação empregatícia de trabalho e outras relações normativamente especificadas, englobando também, os institutos regras e princípios jurídicos concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e tomadores de serviços, em especial através de suas associações coletivas. 8.1.2. Da Liberdade Sindical: (Convenção 87 da OIT): A Convenção 87 da OIT, não ratificada pelo Brasil, consagra o princípio da liberdade sindical. Tal princípio caracteriza-se pelo fato de que os empregados e empregadores podem filiar-se facultativamente a Sindicatos e também, de que não haverá intervenção estatal na criação e no funcionamento dos Sindicatos. 8.2. Organização Sindical: Considera-se estrutura sindical a forma, como as entidades sindicais organizam-se, em determinado ordenamento jurídico. O sistema sindical brasileiro é formado por três níveis. A base da estrutura sindical é formada pelos Sindicatos e em um segundo nível por Federações. Por fim, as Confederações. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 Sindicatos De acordo com o art. 533 da CLT as federações e as Confederações são consideradas associações sindicais de grau superior. O art. 535 da CLT estabelece que as Confederações organizar-se- ão com, no mínimo três federações, e terão sede na Capital da República. As Federações organizar-se-ão, com no mínimo cinco Sindicatos (organizações sindicais de primeiro grau – art. 534 da CLT). A natureza jurídica do Sindicato é de pessoa jurídica de direito privado. DICA: Recomendo a leitura dos artigos 533/539 da CLT. Art. 533. Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos desta lei. Art. 534. É facultado aos sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação. § 1º Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 (cinco) o número de sindicatos que àquela devam continuar filiados Confederações Federações Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 § 2º As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho autorizar a constituição de federações interestaduais ou nacionais. § 3º É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os sindicatos de determinado município ou região a ela filiados, mas a união não terá direito de representação das atividades ou profissões agrupadas. Art. 535. As confederações organizar-se-ão com o mínimo de três federações e terão sede na Capital da República. § 1º As confederações formadas por federações de sindicatos de empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transporte Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transporte Terrestres, Confederação Nacional de Comunicação e Publicidade, Confederação Nacional de Empresas de Crédito e Confederação Nacional de Educação e Cultura. § 2º As confederações formadas por federações de sindicatos de empregados terão a denominação de: Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicação e Publicidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura. § 3º Denominar-se-á Confederação Nacional das Profissões Liberais a reunião das respectivas federações. § 4º As associações sindicais de grau superior da Agricultura e Pecuária serão organizadas na conformidade do que dispuser a lei que regular a sindicalização dessas atividades ou profissões. Art. 536. (Revogado pelo DL-000.229-1967) Art. 537. O pedido de reconhecimento de uma federação será dirigido ao Ministro do Trabalho acompanhado de um exemplar dos respectivos estatutos e das cópias autenticadas da atas da Assembléia de cada Sindicato ou federação que autorizar a filiação. § 1º A organização das federações e confederações obedecerá às exigências contidas nas als.(b) e (c) do Art. 515. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 § 2º A carta de reconhecimento das federações será expedida pelo Ministro do Trabalho, na qual será especificada a coordenação econômica ou profissional conferida e mencionada a base territorial outorgada. § 3º O reconhecimento das confederações será feito por decreto do Presidente da República. Art. 538. A administração das federações e confederações será exercida pelos seguintes órgãos: a) diretoria; b) conselho de representantes; c) conselho fiscal. § 1.º A diretoria será constituída no mínimo de 3 (três) membros e de 3 (três) membros se comporá o conselho fiscal, os quais serão eleitos pelo Conselho de Representantes com mandato por 3 (três) anos. § 2º Só poderão ser eleitos os integrantes dos grupos das federações ou dos planos das confederações, respectivamente. § 3º O presidente da federação ou confederação será escolhido dentre os seus membros, pela diretoria. § 4º O Conselho de Representantes será formado pelas delegações dos sindicatos ou das federações filiadas, constituída cada delegação de 2 (dois) membros, com mandato por 3 (três) anos, cabendo um voto a cada delegação. § 5º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira. Art. 539. Para a constituição e administração das federações serão observadas, no que for aplicável, as disposições das Seções II e III do presente Capítulo. O enquadramento sindical brasileiro é realizado, segundo as atividades preponderantes do empregador. Neste sentido a OJ 315 da SDI-1 do TST. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 8.3. Negociação Coletiva. Mediação e Arbitragem: A negociação coletiva é um mecanismo ideal para a solução de conflitos coletivos de trabalho, no qual os próprios interessados através de seus Sindicatos solucionam o conflito. Tratam-se dos acordos e das convenções coletivas de trabalho. Mediação é uma fonte heterônoma de solução de conflitos de interesses através do qual as partes escolhem um mediador, para propor uma solução para o conflito. Já a arbitragem é uma forma de solução de conflito de interesses facultativa ou obrigatória. No Brasil, ela é facultativa (art. 114, parágrafo 1º e 2º da CF/88). O laudo arbitral é o resultado da arbitragem, neste o árbitro dá a solução para o conflito. 8.4. Garantias Sindicais: Em relação a este tema é importante citar a garantia de emprego para os dirigentes sindicais, conforme a Súmula 369 do TST e o art. 543 da CLT. Outro ponto importante é o princípio da autonomia sindical preconizado no art. 8º da CLT, que recomendo a leitura. Súmula 369 do TST I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim a estabilidade a que alude o art. 543, parágrafo 3º da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. OJ 369 da SDI-1 do TST O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 OJ 365 do TST Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT). Súmula 396 do TST I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. 8.5. Direito de Greve: A lei de greve considera a greve como sendo a paralisação coletiva e temporária do trabalho a fim de obter, pela pressão exercida com a greve as reivindicações da categoria. O art. 2º da referida lei define a greve como a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial da prestação de serviços do empregado ao empregador. A Constituição Federal assegura aos trabalhadores o Direito de Greve em seu artigo 9º, observem: Art. 9º da CF /88 É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Durante o período de greve os contratos de trabalho permanecem suspensos, conforme estabelece o art. 7º da Lei de Greve. È importante frisar o entendimento jurisprudencial que considera interrupção do contrato de trabalho a paralisação em virtude de greve quando por acordo, convenção coletiva ou decisão da Justiça do trabalho o empregador tiver que pagar os dias parados. A greve é um recurso que somente poderá ser utilizado quando frustrada a negociação coletiva ou a arbitragem e quem detem a titularidade do exercício do direito de greve são os trabalhadores conforme estabelece o art. 9º da CRFB/88. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 Quando a greve for deflagrada em serviços ou atividades essenciais, as entidades sindicais ou os trabalhadores deverão comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com a antecedência mínima de 72 horas da paralisação. Quando a greve for deflagrada em serviços ou atividades não essenciais o prazo para comunicação será de 48 horas. São considerados serviços ou atividades essenciais: � Tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; � Assistência médica e hospitalar; � Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; � Funerários; � Transporte coletivo; � Captação e tratamento de esgoto e lixo; � Telecomunicações; � Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; � Processamento de dados ligados a serviços essenciais; � Controle de tráfego aéreo; � Compensação bancária. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 8.6. Convençõese Acordos Coletivos: As convenções e os acordos coletivos, conceituados no art. 611 da CLT, são os instrumentos normativos utilizados para estabelecer novas condições de trabalho. � Convenção Coletiva é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas (empregadores) e profissionais (empregados) estipulam novas condições de trabalho que será aplicável às relações individuais de trabalho dos empregados e empregadores abrangidos pelas representações sindicais dos Sindicatos convenentes. � Acordo Coletivo é o instrumento de caráter normativo celebrado entre Sindicato de empregados (categoria econômica) e empresa ou grupo de empresas. Dica 01: Já vi uma prova de concurso abordar em uma questão objetiva, qual seria diferença entre acordo e convenção coletiva. A resposta correta era a que dizia que a diferença entre acordo e convenção coletiva está nos signatários que os celebram. Isto ocorre porque a convenção é celebrada entre dois Sindicatos (Categoria Econômica X Categoria Profissional) e o Acordo Coletivo é celebrado entre o Sindicato representativo da categoria econômica e Empresa ou Grupo de empresas. É importante ressaltar que há, também, uma distinção entre convenção e acordo coletivo em relação ao campo de abrangência. Isto porque, o que for pactuado através de acordo coletivo irá vigorar entre os empregados das empresas que celebraram o acordo. Ao passo que o que for celebrado em Convenção Coletiva terá um campo de abrangência maior, pois valerá para todos os empregados pertencentes à categoria econômica do Sindicato. � As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada ao registro. � O art. 612 da CLT estabelece o quorum 2/3 dos associados da Entidade para a 1ª convocação e 1/3 dos membros em segunda convocação. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Art. 612 da CLT Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral, especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos membros. Parágrafo único - O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados. � As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatoriamente: ⇒ A designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e empresas acordantes; ⇒ O prazo de vigência; ⇒ As categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos; ⇒ As condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência; ⇒ As normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos; ⇒ As disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos; ⇒ Os direitos e deveres dos empregados e empresas; ⇒ As penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos. 8.7. Comissões de Conciliação Prévia: Antes de estudarmos a rescisão via comissão de conciliação prévia é importante falar de alguns pontos já estudados. A CLT estabelece certas formalidades para o ato de terminação do contrato de trabalho, com o pagamento das verbas rescisórias e isso se deve ao fato de assegurar transparência e isenção à manifestação das vontades da partes. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Assim, a homologação da rescisão segue um rito especial, conforme veremos abaixo: � Haverá a obrigatoriedade de participação do Sindicato Profissional ou órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (art. 477 §§1º ao 3º e 500 da CLT). � Em locais onde não existam esses entes, essa assistência poderá ser prestada pelo Ministério Público do Trabalho, Defensor Público ou Juiz de Paz. Exceções: Não haverá essa obrigatoriedade nos casos de extinção do contrato de trabalho com um ano ou menos de serviço, art. 477, § 1º da CLT, seja por dispensa do empregador ou por pedido de demissão do empregado. Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. § 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. § 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. § 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo defensor público, e, na falta ou impedimento destes, pelo juiz de paz. Art. 500 da CLT O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com assistência do respectivo Sindicato e, se não houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do trabalho. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 No caso de menor de 18 anos, independentemente da duração do contrato de trabalho, mantêm a obrigatoriedade dessa assistência dos responsáveis legais. É importante não confundir que a obrigatoriedade da assistência dos responsáveis legais é na rescisão do contrato,quando do recebimento das verbas rescisórias e, não no recibo de pagamento dos salários (art. 439 da CLT). Art. 439 da CLT É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. No caso de dirigente Sindical também haverá a necessidade de Assistência Sindical, independentemente do prazo contratual (art.500), isso se deve ao fato de que o dirigente Sindical detém estabilidade- Súmula 197 do STF, Súmula 379 TST, tanto na dispensa como em se pedido de demissão. Súmula 379 do TST O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. Art. 543 da CLT O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulteou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º. O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita § 2º. Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 § 3º. Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação § 4º. Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei. § 5º. Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º. § 6º. A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe ao sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado, fica sujeita à penalidade prevista na letra a do artigo 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. Ainda considerando as formalidades relativas a extinção do contrato de trabalho, é também importante registrar que o recibo rescisório “deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminando seu valor, sendo válida a quitação, apenas , relativamente às mesmas parcelas.” ( art. 477 §2º). Os pagamentos devem ser específicos e claros a despeito de qual parcela se refere, a legislação trabalhista veda recibos genéricos e que diz respeito a várias parcelas, isso é considerado salário complessivo (Súmula 91 do TST). Súmula 91 do TST Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 Exemplo de rescisão: Empregado Dispensado sem justa Causa em fevereiro de 2009 - Saldo salarial (15 dias) R$ ---------- - 3/12 de férias + 1/3 R$--------- ( porque o aviso prévio conta como parte do contrato) - 3/12 de décimo terceiro R$---------(pela mesma razão das férias) - 40% FGTS - R$------------- - Aviso Prévio Indenizado R$---------- - Total: R$-------------------- Ainda valor do INSS e FGTS, Guia de Seguro desemprego e quaisquer outros pagamentos que por ventura seja devido face à negociação coletiva de sua categoria. Apenas a título de maior ilustração do tema seguem algumas decisões pertinentes a esse e outros assuntos: Súmula 261 do TST Férias proporcionais – Pedido de demissão – Contrato vigente há menos ano. O empregado que, espontaneamente, pede demissão, antes de completar doze meses de serviço, não tem direito a férias proporcionais. Estabelecido o recibo com as verbas rescisórias, com a devida Assistência Sindical, haverá a quitação das parcelas rescisórias, Súmula 330 – “tem considerado produzir “eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.” Lei 9958/2000 – rescisão via Comissão Prévia Essa Lei inseriu dispositivos na CLT, artigos 625-A a 625-H. Instituiu Comissões de Conciliação Prévia – composição paritária, em empresas ou grupo de empresas (comissões de empresas ou interempresariais) ou em sindicatos ou grupos destes (comissões sindicais ou intersindicais). Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 Todos tem atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Celebrada a conciliação, o seu termo, considerando o dispositivo da lei. Deixo aqui os dispositivos da CLT no tocante a essa nova figura no Direito do Trabalho, que ainda tem aplicação prática tímida. Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: I – a metade de seus membros será indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional; II – haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; III – o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometeram falta grave, nos termos da lei. § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa, afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 § 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. § 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista. § 3º em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. § 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por umadelas para submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D. Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, desde que observados os princípios da paridade e da negociação coletiva na sua constituição. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 8.8 Dano moral nas relações de trabalho. Apresentarei alguns julgados referentes ao dano moral ligados ao princípio da dignidade da pessoa humana, que poderão ser base da questão discursiva da prova do TST: TST: Ex-empregado recebe indenização por ter nome incluído em lista discriminatória Data: 18/07/2012 A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho foi unânime ao restaurar sentença que determinou o pagamento de indenização por danos morais a ex-empregado que teve seu nome incluído em lista discriminatória. Os nomes inseridos na lista eram de empregados que já moveram ação trabalhista, e, por isso, eram preteridos no mercado de trabalho. Para a Turma, a conduta do empregador foi ofensiva à dignidade da pessoa humana, e, portanto, devida a indenização, independentemente de prova concreta de prejuízos sofridos. Após mover ação trabalhista contra a Coagru Cooperativa Agroindustrial União, do Paraná, o trabalhador tomou conhecimento de que seu nome havia sido incluído em uma lista de cunho discriminatório, com a finalidade de prejudicar os trabalhadores que recorriam à Justiça. A lista era mantida pela Employer Organização de Recursos Humanos Ltda., com dados de ex-empregados seus e de outras empresas, como a Coagru cooperativa. Seu objetivo era informar empresas sobre ex- empregados que moveram ações na Justiça do trabalho, com o fim de barrar o acesso ao mercado de trabalho das pessoas nela incluídas. Ao julgar a reclamação do trabalhador, a Vara do Trabalho de Campo Mourão/PR determinou que ambas as empresas, solidariamente, pagassem indenização no valor de R$ 3 mil a título de danos morais. No entanto, tal decisão foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), que entendeu não ter havido prejuízo moral ou abalo psíquico para o ex-empregado. Visando restabelecer a sentença, o trabalhador recorreu ao TST, afirmando haver dano moral na conduta das empresas. Sustentou, também, não haver necessidade de comprovar que sofreu prejuízos com a inclusão de seu nome na lista. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 O relator, desembargador convocado José Pedro de Camargo, deu razão ao trabalhador com base na jurisprudência do TST, no sentido de que a inclusão de empregado em lista discriminatória "dá ensejo à indenização por danos morais, por ser considerada conduta ofensiva à dignidade da pessoa humana, sendo dispensada a prova de prejuízo concreto", explicou Com esse posicionamento, a Turma restabeleceu totalmente a sentença. (Letícia Tunholi/CF)Processo: RR-84500-31.2009.5.09.0091 Fonte: www.tst.jus.br TST: “Olhares duvidosos, chacotas e comentários de fraude” resultam em indenização por danos morais Data: 18/07/2012 Vítima de risos e chacotas pelos corredores do ambiente de trabalho e de comentários que o acusavam de envolvimento com fraudes e corrupção, um ex-diretor do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), localizado no estado do Paraná, conseguiu indenização por danos morais equivalente a três meses de salário. Ao julgar o caso, a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI- 1) do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu dos embargos do Lactec, que defendia a demissão como um direito do empregador. O autor da ação ocupava o cargo de confiança na antiga direção da instituição, especificamente na Superintendência Executiva de Negócios. A prova oral do processo confirmou que, na troca de diretoria de 2003 para 2004, foi criada uma auditoria, motivada por conflitos políticos, que durou cerca de dois meses e da qual todos os funcionários tiveram conhecimento. Enquanto isso, alguns diretores foram afastados, ficando em licença remunerada. O autor foi um deles. Por fim, em abril de 2004, foi demitido, sem ser informado do motivo e sem saber o resultado da auditoria. Ao ajuizar a reclamação, o ex-diretor afirmou que se sentiu humilhado e constrangido porque a empregadora o impediu de ingressar no local de trabalho, mandando que ficasse em casa. Além disso, contou ter sido discriminado, pois em nenhum momento o Lactec tentou manter segredo de seus procedimentos, sendo o tratamento dado a ele de conhecimento de todos os demais empregados. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Isso lhe causava grande prejuízo moral, pois "tinha que suportar risos e chacotas pelos corredores e enfrentar diariamente os olhares duvidosos de seus colegas de trabalho". Condenado na primeira instância a pagar o equivalente a três remunerações do autor, que em março de 2004 era de R$ 14.697,35, o Lactec recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), o qual manteve a sentença que reconheceu a existência de agressões morais sofridas pelo funcionário na época da sua rescisão contratual. Para o Regional, ficou caracterizado o dano moral ao trabalhador, pois além de ter sido demitido, ainda saiu sob comentários que o acusavam de envolvimento com fraudes e corrupção, conforme comprovado por prova oral. O TRT destacou que, na prática, com o desligamento do autor, ficou a falsa impressão de que a despedida ocorrera em decorrência das suspeitas de fraude. No entanto, o resultado da auditoria, que só foi conhecido após o ajuizamento da reclamação, não comprovou as alegações de fraude e de corrupção. Isso, porém, não foi divulgado à época das demissões. TST O processo também foi julgado pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que não conheceu do recurso de revista da instituição. Na SDI-1, ao examinar novo recurso do empregador, a ministra Delaíde Miranda Arantes, relatora processo, entendeu que não havia especificidade no julgado apresentado pelo Lactec que permitisse o conhecimento do recurso por divergência jurisprudencial, por não conter fatos idênticos ao da decisão da Segunda Turma. Além disso, no julgado indicado pelo instituto para confronto de teses, não foi constatado o nexo de causalidade entre o suposto ato do empregador e o dano alegado, enquanto que o acórdão da SegundaTurma "corroborou o entendimento do Tribunal Regional, no sentido de ter ficado caracterizado o dano moral diante do ato ilícito cometido pelo empregador", concluiu a relatora. Processo: E-RR - 1800800-23.2004.5.09.0014 (Lourdes Tavares/AF) Fonte: www.tst.jus.br Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 TST: Supermercado indenizará empregado por obrigá-lo a etiquetar objetos pessoais Data: 18/07/2012 A exigência de que os funcionários entrassem nas dependências do supermercado já com seus objetos pessoais de higiene etiquetados, sob pena de a empregadora retê-los à saída do trabalho, foi a razão para que a G. Barbosa Comercial Ltda., de Maceió (AL), fosse condenada a pagar indenização de R$ 15 mil a um operador de açougue. A empregadora vem contestando a sentença da 6ª Vara do Trabalho da capital alagoana, mas o entendimento da Justiça do Trabalho, no caso, tem sido de que o procedimento caracteriza abuso de direito do empregador, e é motivo para reparação por dano moral. O processo foi julgado recentemente pela Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que não conheceu do recurso de revista da empresa. Segundo o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, relator do recurso, houve abuso de poder por parte da empregadora. O operador alegou ter sofrido constrangimento por todo o período do contrato de trabalho, entre agosto de 2006 e março de 2008, ao ser submetido a revistas diárias em bolsas e pertences pessoais na saída do trabalho. Em depoimento, uma testemunha informou que qualquer produto de higiene trazido de casa, como pasta de dente e escova, deveria ser etiquetado, caso contrário não poderia ser levado para casa, pois seria retiro pela empresa. A 6ª Vara de Maceió condenou a G. Barbosa ao pagamento de indenização por danos morais com o fundamento de serem constrangedoras as revistas sem motivo feitas nos pertences dos empregados – bolsas, sapatos e bonés. Ao manter a condenação, o Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (AL) salientou que as revistas eram diárias, independentemente de qualquer suspeita de conduta inadequada dos empregados. No recurso ao TST, a G. Barbosa alegou que o procedimento ocorria com todos os empregados, estava inserido no poder diretivo do empregador e não tinha o intuito de discriminar ou injuriar o empregado. Informou, ainda, que a prática da revista não ocorria desde maio de 2008. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 Para a Sexta Turma, porém, a decisão do TRT-AL não violou os artigos 818 da CLT e 333, inciso II, do Código de Processo Civil (CPC), como argumentou a empresa. Além disso, considerou que os julgados apresentados no recurso não serviam para o confronto de teses, o que inviabilizou seu conhecimento. Abuso de poder Para o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, relator do recurso revista, a revista nas bolsas de empregados ao final da jornada de trabalho, "quando realizada de forma moderada", não é, por si só, motivo de constrangimento ou violação da intimidade da pessoa. Porém, na sua avaliação, não foi isso que ocorreu no caso em questão. O relator destacou que, aqui, "os empregados não eram submetidos a simples revista de rotina, mas eram obrigados, inclusive, a trazer os seus objetos pessoais etiquetados de casa, sob pena de a empregadora, imotivadamente, proceder a sua retenção, caracterizando, assim, o abuso no exercício regular de direito". Novo recurso Na tentativa de reformar a decisão da Sexta Turma, a empresa já interpôs embargos, que aguardam julgamento pela Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1). (Lourdes Tavares/CF) Processo: RR-110500-53.2009.5.19.0006- Fase Atual: E Fonte: www.tst.jus.br Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 8.9.Questões FCC sem comentários: 1. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT campinas – 2009) Em regra, os Sindicatos poderão ser (A) somente municipais e intermunicipais. (B) somente municipais, intermunicipais e estaduais. (C) distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. (D) municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. (E) municipais, intermunicipais, estaduais, interestaduais e nacionais. 2. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária– TRT/MG – 2009) Para atender à determinação legal, os grevistas deverão dar notícia do movimento com antecedência mínima de (A) 24 horas para atividades essenciais e 48 para comuns. (B) 48 horas, em quaisquer atividades. (C) 72 horas, em quaisquer atividades. (D) 48 horas para atividades comuns e 72 para essenciais. (E) 48 horas para atividades essenciais e 72 para comuns. 3. (FCC - Técnico Judiciário/TRT- Campinas/2009) Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções Coletivas de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade desta do comparecimento e votação, em (A) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de metade dos membros. (B) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de um terço dos membros. (C) convocação única, de dois terços dos associados da entidade. (D) convocação única, da maioria absoluta dos associados da entidade. (E) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de metade dos membros, além do Presidente, Vice- Presidente e Diretor Administrativo. 4. (FCC - Juiz do Trabalho/TRT- 11ª Região/2007) A respeito do direito coletivo do trabalho, considere as seguintes afirmativas:A) (B) I. Por força do princípio constitucional da unicidade sindical, é proibida a criação de mais de uma entidade sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial definida pelos próprios interessados− que não pode ser inferior à área de um município. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 II. Os aposentados poderão se filiar ao sindicato, mas é vedada a sua participação na administração das entidades sindicais, uma vez que não têm mais o contato diário com as dificuldades da profissão. III. O sindicato poderá ser livremente criado pela categoria interessada, desde que obtenha a autorização prévia do Ministro do Trabalho. 5. (FCC - Analista Judiciário – Área Adm. - TRT- PI - 2004) As convenções coletivas e os acordos coletivos entrarão em vigor, após a data de entrega dos mesmos no órgão competente, no prazo de: A) 03 dias. B) 05 dias. C) 08 dias. D) 10 dias. E) 15 dias. 6. (FCC – Analista Execução de Mandados – TRT – CE/2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. I- O Acordo Coletivo de Trabalho é realizado entre o Sindicato da Categoria Profissional, de um lado e o Sindicato da categoria econômica do outro. II- Inexistindo sindicato numa base territorial, assumem a negociação para a celebração de convenção coletiva de trabalho, as confederações e, na falta destas, assumem as Federações. III- Não é permitido estipular duração de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho superior a dois anos. IV- As convençõesColetivas de Trabalho não possuem a obrigatoriedade de conter disposições sobre o processo de prorrogação de seus dispositivos, em razão da existência da norma legal específica sobre este tema. De acordo com a Consolidação das leis do Trabalho, é correto o que se afirma apenas em a) I e II. B) II e III. C) I, III e IV. D) II. E) III. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 7. (FCC/ Juiz do Trabalho – TRT-14ª região/2003) A comissão de conciliação prévia surgiu como norma legal com o fim de desafogar o judiciário trabalhista, contribuindo ao eliminar a lide, com a pacificação do conflito entre capital e trabalho. É da natureza das Comissões de Conciliação Prévia quando provocada: I- Conciliar homologando o acordo resultante do conflito existente no curso do contrato de trabalho, valendo o termo de conciliação como quitação liberatória dos valores pagos; II- homologar o acordo celebrado, valendo o termo como quitação liberatória geral nos conflitos decorrentes do término da relação de emprego, salvo quanto às parcelas ressalvadas; III- fornecer ao empregado, quando os interessados não chegaram a nenhum acordo, ou se não designada a sessão de tentativa de conciliação no prazo de 10 dias, contados da provocação do interessado, a declaração de tentativa frustrada de conciliação.; IV- designar a sessão de tentativa de conciliação no prazo máximo de 15 dias, a partir da provocação do interessado, valendo o termo, se aceita a conciliação como título executivo judicial. Assinale a resposta: a) apenas as afirmativas II e III estão corretas. b) apenas as afirmativas I e IV estão corretas c) apenas a afirmativa III está incorreta d) apenas as afirmativas II e IV estão incorretas e) apenas a afirmativa II está correta. ------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocês! 01. 06. 02. 07. 03. 04. 05. ------------------------------------------------------------------------- Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 8.10. Questões FCC comentadas: 1. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT campinas – 2009) Em regra, os Sindicatos poderão ser (A) somente municipais e intermunicipais. (B) somente municipais, intermunicipais e estaduais. (C) distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. (D) municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. (E) municipais, intermunicipais, estaduais, interestaduais e nacionais. Comentários: Letra D. De acordo com o art. 511 da CLT o Sindicato é uma associação que tem por finalidade o estudo, a defesa e a coordenação de interesses econômicos ou profissionais de todos os que como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. Os Sindicatos poderão ser municipal, intermunicipais, estaduais e interestaduais. 2. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária– TRT/MG – 2009) Para atender à determinação legal, os grevistas deverão dar notícia do movimento com antecedência mínima de (A) 24 horas para atividades essenciais e 48 para comuns. (B) 48 horas, em quaisquer atividades. (C) 72 horas, em quaisquer atividades. (D) 48 horas para atividades comuns e 72 para essenciais. (E) 48 horas para atividades essenciais e 72 para comuns. Comentários: Letra D (art. 13 da Lei 7.783/89) 3. (FCC - Técnico Judiciário/TRT- Campinas/2009) Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções Coletivas de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade desta do comparecimento e votação, em (A) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de metade dos membros. (B) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de um terço dos membros. (C) convocação única, de dois terços dos associados da entidade. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 (D) convocação única, da maioria absoluta dos associados da entidade. (E) primeira convocação, de dois terços dos associados da entidade e, em segunda, de metade dos membros, além do Presidente, Vice- Presidente e Diretor Administrativo. Comentários: Letra B. O art. 612 da CLT estabelece o quorum 2/3 dos associados da Entidade para a 1ª convocação e 1/3 dos membros em segunda convocação. Art. 612 da CLT Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos membros. Parágrafo único - O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados. 4. (FCC - Juiz do Trabalho/TRT- 11ª Região/2007) A respeito do direito coletivo do trabalho, considere as seguintes afirmativas:A) (B) I. Por força do princípio constitucional da unicidade sindical, é proibida a criação de mais de uma entidade sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial definida pelos próprios interessados− que não pode ser inferior à área de um município. II. Os aposentados poderão se filiar ao sindicato, mas é vedada a sua participação na administração das entidades sindicais, uma vez que não têm mais o contato diário com as dificuldades da profissão. III. O sindicato poderá ser livremente criado pela categoria interessada, desde que obtenha a autorização prévia do Ministro do Trabalho. Comentários: I- Errada. II- Errada. III- Errada. (art. 8º da CLT) Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 5. (FCC - Analista Judiciário – Área Adm. - TRT- PI - 2004) As convenções coletivas e os acordos coletivos entrarão em vigor, após a data de entrega dos mesmos no órgão competente, no prazo de: A) 03 dias. B) 05 dias. C) 08 dias. D) 10 dias. E) 15 dias. Comentários: Letra A. Art. 615 da CLT O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial de Convenção ou Acordo ficará subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembléia Geral dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes, com observância do disposto no art. 612. § 1º - O instrumento de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação de Convenção ou Acordo será depositado, para fins de registro e arquivamento, na repartição em que o mesmo originariamente foi depositado, observado o disposto no art. 614. § 2º - As modificações introduzidas em Convenção ou Acordo, por força de revisão ou de revogação parcial de suas cláusulas, passarão a vigorar 3 (três) dias após a realização do depósito previsto no § 1º. 6. (FCC – Analista Execução deMandados – TRT – CE/2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. I- O Acordo Coletivo de Trabalho é realizado entre o Sindicato da Categoria Profissional, de um lado e o Sindicato da categoria econômica do outro. II- Inexistindo sindicato numa base territorial, assumem a negociação para a celebração de convenção coletiva de trabalho, as confederações e, na falta destas, assumem as Federações. III- Não é permitido estipular duração de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho superior a dois anos. IV- As convenções Coletivas de Trabalho não possuem a obrigatoriedade de conter disposições sobre o processo de prorrogação de seus dispositivos, em razão da existência da norma legal específica sobre este tema. De acordo com a Consolidação das leis do Trabalho, é correto o que se afirma apenas em Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 a) I e II. b) II e III. c) I, III e IV. d) II. e) III. Comentários: I- Incorreta. (art. 611 da CLT). II- Incorreta. (art. 611, parágrafo 2º da CLT). III- Correta. (art. 614, parágrafo 3º da CLT). IV- Incorreta (art. 613,VI da CF/88) 7. (FCC/ Juiz do Trabalho – TRT-14ª região/2003) A comissão de conciliação prévia surgiu como norma legal com o fim de desafogar o judiciário trabalhista, contribuindo ao eliminar a lide, com a pacificação do conflito entre capital e trabalho. É da natureza das Comissões de Conciliação Prévia quando provocada: I- Conciliar homologando o acordo resultante do conflito existente no curso do contrato de trabalho, valendo o termo de conciliação como quitação liberatória dos valores pagos; II- homologar o acordo celebrado, valendo o termo como quitação liberatória geral nos conflitos decorrentes do término da relação de emprego, salvo quanto às parcelas ressalvadas; III- fornecer ao empregado, quando os interessados não chegaram a nenhum acordo, ou se não designada a sessão de tentativa de conciliação no prazo de 10 dias, contados da provocação do interessado, a declaração de tentativa frustrada de conciliação.; IV- designar a sessão de tentativa de conciliação no prazo máximo de 15 dias, a partir da provocação do interessado, valendo o termo, se aceita a conciliação como título executivo judicial. Assinale a resposta: a) apenas as afirmativas II e III estão corretas. b) apenas as afirmativas I e IV estão corretas c) apenas a afirmativa III está incorreta d) apenas as afirmativas II e IV estão incorretas e) apenas a afirmativa II está correta. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 Comentários: Letra A. I- Incorreta. O art. 625-E, parágrafo único estabelece que o termo de conciliação terá a eficácia liberatória geral, porém excepciona em relação às parcelas expressamente ressalvadas. Assim, mesmo quanto aos valores pagos, caso haja ressalvas, não haverá a eficácia liberatória geral. II- Correta. (Art. 625- E da CLT). III- Correta. (Art. 625-F da CLT) Art. 625-F da CLT- As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. Parágrafo único - Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2o do art. 625-D. IV- Incorreta. O prazo para a realização da tentativa de conciliação é de 10 dias e não de 15 dias. E, ainda, o termo de conciliação valerá como título executivo extrajudicial. (Arts. 625-E e 625-F da CLT). É importante falar do art. 625 –G da CLT que trata da suspensão do prazo prescricional quando ocorrer a provocação da CCP, assim quando não houver conciliação ou ultrapassados os 10 dias sem que seja realizada a sessão de conciliação o prazo prescricional recomeçará a fluir, contando- se de onde parou. Art. 625-G da CLT O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Confiem em vocês! Muita Luz! Desejo sucesso e aprovação no concurso do TRT RIO! Abraços a todos, Déborah Paiva professoradeborahpaiva@blogspot.com professoradeborahpaiva@hotmail.com
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