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Aula 05

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Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Queridos alunos, 
 
Alterei o cronograma para que vocês possam adiantar os estudos. Ao 
final acrescentei uma aula com “pegadinhas” da FCC. 
 
É importante que vocês fiquem atentos para a nova redação da súmula 
298 do TST. 
 
Vamos ao nosso estudo! 
 
Aula 05: Ação Rescisória. Inquérito para apuração de falta grave e 
mandado de segurança. 
 
5.1. Do Mandado de Segurança: 
 
5.1..1. Conceito e competência para julgamento: O Mandado 
de Segurança é uma ação de conhecimento de natureza constitucional 
amparada pelo art. 5º, LXIX e LXX da CF/88. 
 
 A concessão do mandado de segurança será para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus e habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público. 
 
 A Constituição Federal estabeleceu duas espécies de mandado de 
segurança: o mandado de segurança individual (art. 5º, LXIX) e o 
mandado de segurança coletivo (art. 5º LXX). 
 
 A Emenda Constitucional 45/04 estabeleceu a competência da 
justiça do trabalho para processar e julgar os mandados de segurança 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. 
Trazendo assim, a possibilidade de interposição de mandado de 
segurança perante as Varas de Trabalho, órgão de primeiro grau de 
jurisdição. 
 
 É oportuno ressaltar que a competência para processar e julgar o 
mandado de segurança será também dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da autoridade 
que estiver envolvida (artigos 652 e 653 da CLT). 
 
 
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 A competência será dos Tribunais Regionais do Trabalho, quando 
as autoridades coatoras forem: juízes do Trabalho, juiz de direito 
investido na jurisdição trabalhista, funcionários do TRT e funcionários 
das Varas de Trabalho. 
 
 A competência será do TST quando a autoridade coatora for 
Ministro do TST. 
 
5.1..2. Hipóteses de não-cabimento de mandado de 
segurança: 
 
A Lei 12.016 de 2009 trouxe algumas alterações na antiga lei do 
mandado de segurança, que apresentarei, no quadro em anexo, ao final 
deste tópico. 
 
Súmula 33 do TST Não cabe mandado de segurança de decisão judicial 
transitada em julgado. 
 
 OJ 54 da SDI-II do TST Ajuizados embargos de terceiro (art.1046 do 
CPC) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível a 
interposição de mandado de segurança com a mesma finalidade. 
 
Não caberá a impetração de mandado de segurança quando o juiz 
conceder liminar ou homologar um acordo, até porque um acordo 
homologado somente poderá ser atacado, em relação às parcelas 
trabalhistas, por uma Ação Rescisória (Súmula 259 do TST). 
 
Súmula 418 do TST A concessão de liminar ou a homologação de 
acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo 
tutelável pela via do mandado de segurança. 
 
5.1.3. Hipóteses de cabimento do Mandado de Segurança: 
Na Justiça do Trabalho o mandado de segurança é utilizado na 
maioria das vezes contra ato jurisdicional. 
 
A Emenda Constitucional 45/04 possibilitou a utilização do 
mandado de segurança para impugnar outros atos que não sejam de 
natureza jurisdicional, ou seja, que não sejam atos praticados pelo juiz. 
 
 
 
 
 
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A seguir, citarei alguns exemplos dados pelo jurista Manoel 
Antônio Teixeira Filho de cabimento de mandado de segurança na 
Justiça do trabalho: 
 a) contra o cerceio de defesa quando o juiz de um modo ilegal não 
permite que a parte produza as provas necessárias para demonstrar a 
veracidade dos fatos alegados; 
b) contra a decisão que não admitiu o Agravo de Instrumento que é o 
recurso interposto contra decisão que não dá seguimento a um recurso 
interposto, conforme estudaremos nas próximas aulas; 
c) contra a decisão que proíba que os advogados retirem os autos do 
processo de cartório, sem que haja impedimento legal para isto; 
 d) para liberar a penhora efetuada em um bem público; 
e) para desfazer a arrematação quando o juiz não respeitar a 
preferência do credor para adjudicar o bem. 
 
5.1.4. Processamento: 
O mandado de segurança será interposto através de petição inicial 
em duas vias, observando-se os requisitos do art. 282 do CPC. 
 
Em caso de urgência a referida lei permite que a impetração do 
mandado de segurança ocorra por telegrama ou radiograma ao juiz 
competente que poderá determinar que seja feita pela mesma forma a 
notificação à autoridade coatora. 
 
O mandado de segurança, sob pena de indeferimento da inicial, 
deverá ser proposto com a prova documental pré-constituída. 
 
O que é prova documental pré-constituída? 
 
As provas do mandado de segurança devem ser constituídas antes 
de sua interposição, e serem apresentadas juntamente com a petição 
inicial, uma vez que em sede de mandado de segurança não se admite 
fase probatória. 
 
O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando 
não forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 
415 do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o 
impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na 
petição inicial. 
 
 
 
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Súmula 415 do TST Exigindo o mandado de segurança prova 
documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC 
quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de 
documento indispensável ou de sua autenticação. 
 
5.1.5. Principais Súmulas do TST referentes ao Mandado de 
Segurança: 
 
Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em 
mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) 
dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o 
recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
 
Súmula 414 do TST I - A antecipação da tutela concedida na sentença 
não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser 
impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio 
próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela 
antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a 
impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de 
recurso próprio. III - A superveniência da sentença, nos autos 
originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que 
impugnava a concessão da tutela antecipada (ou li-minar). 
 
Súmula 416 do TST Devendo o agravo de petição delimitar 
justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere 
direito líquido e certo, o prosseguimento da execução quanto aos tópicos 
e valores não especificados no agravo. 
 
Súmula 417 do TSTI - Não fere direito líquido e certo do impetrante o 
ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em 
execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que 
obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendo 
discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado 
direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem 
depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 
666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito 
líquido ecerto do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, 
quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito 
a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, 
nos termos do artigo 620 do CPC. 
 
 
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Súmula 267. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO 
JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO OU CORREIÇÃO. 
 
OJ Nº. 92 MANDADO DE SEGURANÇA. EXISTÊNCIA DE RECURSO 
PRÓPRIO. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial 
passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito 
diferido. 
 
Súmula 268, STF. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA 
DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. 
 
 Observem a literalidade da lei nova: 
LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física 
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte 
de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções 
que exerça. 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, 
somente no que disser respeito a essas atribuições. 
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão 
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de 
sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
§ 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias 
pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 
Art. 2o Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as 
consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o 
mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela 
controlada. 
 
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Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em 
condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança 
a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 
(trinta) dias, quando notificado judicialmente. 
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste 
artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da 
notificação. 
Art. 4o Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos 
legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax 
ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. 
§ 1o Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por 
telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do 
documento e a imediata ciência pela autoridade. 
§ 2o O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 
(cinco) dias úteis seguintes. 
§ 3o Para os fins deste artigo, em se tratando de documento 
eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves 
Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se 
tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos 
estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias 
com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda 
e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta 
integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
 
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§ 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado 
se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de 
autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz 
ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em 
original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da 
ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à segunda via da petição. 
§ 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a 
própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da 
notificação. 
§ 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o 
ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
§ 4o (VETADO) 
§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo 
art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil. 
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado 
dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver 
apreciado o mérito. 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, 
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, 
a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; 
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da 
pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem 
documentos, para que, querendo, ingresse no feito; 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a 
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado 
exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de 
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
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§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar 
a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a 
compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens 
provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores 
públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza. 
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, 
persistirão até a prolação da sentença. 
§ 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para 
julgamento. 
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares 
previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem 
os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de 
Processo Civil. 
Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da medida 
liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, 
concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento 
do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os 
atos e as diligências que lhe cumprirem. 
Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas da notificação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou 
órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a 
quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou 
da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado 
notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às 
providências a serem tomadas para a eventual suspensãoda medida e 
defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. 
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, 
quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum 
dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a 
impetração. 
 
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§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá 
apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de 
segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator 
caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. 
§ 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o 
despacho da petição inicial. 
Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório 
corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados 
ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em 
aceitá-los ou dar recibo e, no caso do art. 4o desta Lei, a comprovação 
da remessa. 
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 
7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que 
opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os 
autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser 
necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. 
Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por 
intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência 
com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade 
coatora e à pessoa jurídica interessada. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o 
disposto no art. 4o desta Lei. 
Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe 
apelação. 
§ 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita 
obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 
§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 
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§ 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser 
executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a 
concessão da medida liminar. 
§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias 
assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a 
servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual 
e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se 
vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. 
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito 
público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à 
ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do 
tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso 
suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da 
sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo 
de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à 
sua interposição. 
§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que 
se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao 
presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso 
especial ou extraordinário. 
§ 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 
1o deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento 
interposto contra a liminar a que se refere este artigo. 
§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar 
concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não 
prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que 
se refere este artigo. 
§ 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito 
suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do 
direito invocado e a urgência na concessão da medida. 
§ 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas 
em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os 
efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples 
aditamento do pedido original. 
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Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá 
ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na 
sessão do julgamento. 
Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a 
medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que 
integre. 
Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos 
respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) 
dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas 
respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão. 
Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em 
única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, 
nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for 
denegada. 
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de 
segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por 
ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos 
patrimoniais. 
Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos 
recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas 
corpus. 
§ 1o Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na 
primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao 
relator. 
§ 2o O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 
(cinco) dias. 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de 
seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) 
ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, 
dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde 
que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial. 
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Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de 
segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou 
categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta 
Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação 
específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do 
impetrante. 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa 
julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos 
pelo impetrante. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não 
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a 
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a 
contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser 
concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídicade direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e 
duas) horas. 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-
á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo 
interessado, do ato impugnado. 
Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da 
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 
interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento 
dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no 
caso de litigância de má-fé. 
 
 
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Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento 
das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das 
sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 
1950, quando cabíveis. 
 
Bem, vou fazer um quadro comparativo entre os principais artigos 
da nova lei do mandado de segurança e da lei antiga. (o que estiver 
grifado em azul, foi a alteração da nova lei). 
 
 Atenção é trata-se de um quadro comparativo, por isso consta a 
lei antiga. 
 
 Lei 1.533/51 Lei 12.016/09 
 Art. 1º Conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por 
habeas-corpus, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso do 
poder, alguém sofrer violação ou 
houver justo receio de sofrê-la por 
parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem 
as funções que exerça. 
Art. 1º Conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com 
abuso de poder, qualquer pessoa 
física ou jurídica sofrer violação, 
ou houver justo receio de sofrê-la, 
por parte de autoridade, seja de 
que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça. 
§ 1º - Consideram-se autoridades, 
para os efeitos desta lei, os 
representantes ou administradores 
das entidades autárquicas e das 
pessoas naturais ou jurídicas com 
funções delegadas do Poder 
Público, somente no que entender 
com essas funções. 
 
 
 § 1o Equiparam-se às 
autoridades, para os efeitos desta 
Lei, os representantes ou órgãos 
de partidos políticos e os 
administradores de entidades 
autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício 
de atribuições do Poder Público, 
somente no que disser respeito a 
essas atribuições. 
 
 
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 § 2o Não cabe mandado de 
segurança contra os atos de 
gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas 
públicas, de sociedade de 
economia mista e de 
concessionárias de serviço público. 
(incluído) 
 Art. 3º Parágrafo único. O 
exercício do direito previsto no 
caput deste artigo submete-se ao 
prazo fixado no art. 23 desta Lei, 
contado da notificação. 
 (Prazo será de 120 dias) 
 Parágrafo acrescentado 
 
 Art. 6º Parágrafo único. No 
caso em que o documento 
necessário a prova do alegado se 
acha em repartição ou 
estabelecimento publico, ou em 
poder de autoridade que recuse 
fornecê-lo por certidão, o juiz 
ordenará, preliminarmente, por 
oficio, a exibição desse documento 
em original ou em cópia autêntica 
e marcará para cumprimento da 
ordem o prazo de dez dias. Se a 
autoridade que tiver procedido 
dessa maneira for a própria 
coatora, a ordem far-se-á no 
próprio instrumento da notificação. 
O escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à 
segunda via da petição. 
 
Art. 6º § 1º No caso em que o 
documento necessário à prova do 
alegado se ache em repartição ou 
estabelecimento público, ou em 
poder de autoridade que recuse 
fornecê-lo por certidão, ou de 
terceiro, o juiz ordenará, 
preliminarmente, por ofício, a 
exibição desse documento em 
original ou em cópia autêntica e 
marcará, para o cumprimento da 
ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O 
escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à 
segunda via da petição. Suprimida 
a expressão Se a autoridade que 
tiver procedido dessa maneira for 
a própria coatora, a ordem far-se-
á no próprio instrumento da 
notificação, que passou a ser o § 
2º do projeto de lei. 
 
 
 
Art. 10º § 2o O ingresso de 
litisconsorte ativo não será 
admitido após o despacho da 
petição inicial. 
 Parágrafo acrescentado ao texto 
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 Art. 16 Parágrafo único. Da 
decisão do relator, que conceder 
ou denegar a medida liminar 
caberá agravo ao órgão 
competente do tribunal que 
integre.Parágrafo acrescentado 
 Art. 30 Constitui crime de 
desobediência, nos termos do art. 
330 do Decreto-Lei 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940, o não 
cumprimento das decisões 
proferidas em mandado de 
segurança, sem prejuízo das 
sanções administrativas e da 
aplicação da Lei 1.079 Artigo 
acrescentado 
 
 
5.2. Ação Rescisória: A ação rescisória é uma ação de natureza 
especial, que tem por objetivo atacar a coisa julgada. 
 
 A Coisa julgada ocorrerá quando a decisão judicial tiver transitado 
em julgado, ou seja, não estará mais sujeita à interposição de recursos. 
 
É importante ressaltar que o ajuizamento da ação rescisória não 
impedirá ou não suspenderá o cumprimento da sentença rescindenda, 
que aquela sentença que se pretende desconstituir, conforme estabelece 
o art. 489 do CPC. 
 
O art. 836 da CLT prevê expressamente a possibilidade de 
ajuizamento de ação rescisória no processo do trabalho e dispõe que 
serão aplicados os dispositivos do Código de Processo Civil (artigos 
485/495 do CPC). 
 
Art. 836 da CLT É vedado aos órgãos da Justiça do 
Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos 
expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que 
será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX 
da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do 
valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. 
 
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Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação 
rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu 
origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a 
respectiva certidão de trânsito em julgado. (NR). 
 
E em que hipóteses a coisa julgada poderá ser atacada? 
 
Nas hipóteses previstas no artigo 485 do CPC: 
a) quando a sentença foi dada por prevaricação, concussão ou 
corrupção do juiz; 
b) quando a sentença foi proferida por juiz impedido ou 
absolutamente incompetente; 
c) quando a sentença resultar de dolo da parte vencedora em 
detrimento da parte vencida ou de colusão entre as partes a fim de 
fraudar a lei; 
d) quando a sentença ofender a coisa julgada; 
e) quando a sentença violar literal disposição de lei; 
f) quando a sentença se fundar em prova cuja falsidade tenha sido 
apurada em processo criminal; 
g) quando o autor obtiver documento novo depois da sentença, 
cuja existência ignorava ou não pode fazer uso capaz de lhe assegurar 
por si só, pronunciamento favorável; 
h) quando houver fundamentopara invalidar confissão, transação 
ou desistência, em que se baseou a sentença; 
i) fundada em erros de fato resultante de atos ou de documentos 
da causa. 
 
No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento 
adequado para atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e 
reclamado (art. 831 da CLT e Súmula 259 do TST). 
 
Súmula 259 do TST Só por ação rescisória é impugnável o termo 
de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 
 
Súmula 100 V - O acordo homologado judicialmente tem força de 
decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o 
termo conciliatório transita em julgado na data da sua 
homologação judicial. 
 
A ação rescisória será proposta por petição escrita, endereçada ao 
Tribunal Regional do Trabalho, que possui competência originária para o 
julgamento da respectiva ação. Caberá recurso ordinário para o TST 
contra a decisão proferida em ação rescisória. 
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Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, 
em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal 
Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. 
 
Comentários: A finalidade da ação rescisória é o desfazimento da 
sentença que possui algum vício processual, descrito no artigo 485 do 
CPC, é o que se chama de rescindibilidade da sentença. 
 
O julgamento da ação rescisória divide-se em duas fases, ou seja, 
o autor deverá formular dois pedidos: 
 
a) Juízo Rescindente: o autor formula o pedido de rescisão e caso 
este pedido seja procedente, passa-se ao juízo rescisório. 
 
b) Juízo Rescisório: O autor formula o pedido de novo julgamento 
daquilo que é objeto de rescisão da sentença. 
 
 
A ação rescisória deve ser proposta no prazo de dois anos, 
contados do trânsito em julgado da decisão (art. 495 da CLT). Este 
prazo é de decadência e deverá ser contado do trânsito em julgado da 
última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
 
Súmula 100 do TST I - O prazo de decadência, na ação rescisória, 
conta-se do dia imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado 
da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
 
Há muitas Súmulas do TST que tratam da Ação Rescisória! 
 
Súmula 83 do TST I - Não procede pedido formulado na ação 
rescisória por violação literal de lei se a decisão rescindenda estiver 
baseada em texto legal infraconstitucional de interpretação 
controvertida nos Tribunais. II - O marco divisor quanto a ser, ou 
não, controvertida, nos Tribunais, a interpretação dos dispositivos 
legais citados na ação rescisória é a data da inclusão, na 
Orientação Jurisprudencial do TST, da matéria discutida. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: A Súmula 343 do STF declara que não cabe ação 
rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão 
rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação 
controvertida nos Tribunais. Porém, em se tratando de tema 
constitucional e não de texto legal de interpretação controvertida o STF 
tem entendido ser cabível a rescisória. 
 
De acordo com o inciso II da Súmula 83 o marco divisor para que 
a matéria seja considerada controvertida é a sua inclusão como 
orientação jurisprudencial do TST. 
SUM-99 Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o 
depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o 
pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser 
efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação 
vigente, sob pena de deserção. 
 
Súmula 100 do TST II - Havendo recurso parcial no processo 
principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais 
diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do 
trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de 
preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão 
recorrida, hipótese em que flui a decadência, a partir do trânsito em 
julgado da decisão que julgar o recurso parcial. 
 
O trânsito em julgado poderá ocorrer em partes em relação a cada 
tópico da sentença. Por isso, que ele dar-se-á em momentos diferentes. 
Neste caso o prazo decadencial para a propositura da ação rescisória 
deverá ser contado do trânsito em julgado de cada decisão. 
 
III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso 
intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo 
inicial do prazo decadencial. 
 
O trânsito em julgado ocorrerá mesmo na hipótese de interposição de 
um recurso incabível ou intempestivo. 
 
IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em 
julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção 
através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou 
postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. 
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Há a possibilidade da certidão do trânsito em julgado ter sido feita de 
forma errada. Quando outros elementos nos autos comprovar que o 
trânsito em julgado ocorreu em outra data, o juiz poderá considerá-los 
porque ele não está adstrito à certidão. 
 
V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão 
irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo 
conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. 
 
VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação 
rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não 
interveio no processo principal, a partir do momento em que tem 
ciência da fraude. 
 
Colusão é o uso que as partes fazem do processo, violando a lei ou 
prejudicando terceiros. Trata-se de uma fraude processual. Assim, a 
partir do momento em que o Ministério Público do Trabalho tomar 
conhecimento da fraude processual é que começará a fruir o prazo para 
o ajuizamento da ação rescisória. 
 
 
VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do 
TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, 
aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de 
direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
 
Quando o Tribunal afastar a decadência, ele poderá ingressar no mérito 
da postulação se a matéria discutida for unicamente de direito e nos 
autos constarem elementos suficientes para propiciar o imediato 
julgamento do processo. 
 
VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, 
sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a 
consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do 
prazo decadencial para a ação rescisória. 
 
Este inciso menciona a hipótese da exceção de incompetência ser 
oposta no prazo recursal, mas não dentro do recurso. Neste caso, ela 
não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, 
postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. 
 
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IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o 
prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira 
em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não 
houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
 
O art. 775 da CLT estabelece que os prazos que vencerem no sábado, 
domingo ou feriado, terminarãono primeiro dia útil que se seguir. A 
Súmula 100, IX estabelece, também que no dia em que não houver 
expediente forense, o prazo decadencial para a interposição da ação 
rescisória expirará no 1º dia útil que se seguir. 
 
X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do 
prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, 
apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. 
 
 
Súmula 192 do TST I - Se não houver o conhecimento de recurso de 
revista ou de embargos, a competência para julgar ação que vise a 
rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, 
ressalvado o disposto no item II. 
 
É o que esclarece a Súmula 249 do STF que estabelece a competência 
do STF para julgamento de ação rescisória quando, embora não tendo 
conhecido do recurso extraordinário, ou havendo negado provimento ao 
agravo, tiver apreciado a questão federal controvertida. 
 
II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não 
conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de 
violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com 
súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual 
jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais 
(Súmula nº 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória 
da competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Diz Sérgio Pinto Martins, que o TST adequou sua jurisprudência ao 
entendimento do STF ao considerar que se o acórdão rescindendo do 
TST, não conhecer de recurso de embargos ou de revista, analisando 
argüição de violação de direito material ou de jurisprudência, estará 
examinando o mérito da causa, cabendo a interposição de ação 
rescisória. 
 
 
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III - Em face do disposto no art. 512 do CPC, é juridicamente 
impossível o pedido explícito de desconstituição de sentença quando 
substituída por acórdão do Tribunal Regional ou superveniente sentença 
homologatória de acordo que puser fim ao litígio. 
 
Art. 512 do CPC O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a 
sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso. 
 
IV - É manifesta a impossibilidade jurídica do pedido de rescisão de 
julgado proferido em agravo de instrumento que, limitando-se a aferir o 
eventual desacerto do juízo negativo de admissibilidade do recurso de 
revista, não substitui o acórdão regional, na forma do art. 512 do CPC. 
 
V - A decisão proferida pela SBDI, em sede de agravo regimental, 
calcada na Súmula nº 333, substitui acórdão de Turma do TST, porque 
emite juízo de mérito, comportando, em tese, o corte rescisório. 
 
 
 
ART. 512 do CPC: Em relação ao art. 512 do CPC, observem o 
acórdão: EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA. SUBSTITUIÇÃO. 
ART. 512 DO CPC. Tendo a sentença sido objeto de exame pelo acórdão 
do TRT da 2ª Região no que se refere à preclusão da matéria relativa à 
aplicabilidade ao art. 920 do CC, operou-se o fenômeno da sua 
substituição pela decisão regional, na forma do art. 512 do CPC, razão 
pela qual avulta o equívoco na propositura da ação rescisória visando 
desconstituir a decisão de primeiro grau, enquanto deveria ser 
direcionada ao acórdão regional, revelando-se juridicamente impossível 
o acolhimento do pedido formulado, conforme entendimento pacificado 
pela Orientação Jurisprudencial 48 da SDI-2 do TST. 
 
Vale salientar que a ausência de pronunciamento a respeito do art. 920 
do CC remonta à ofensa apontada na inicial ao art. 515, §§ 1º e 2º, do 
CPC, de aplicação restrita ao segundo grau de jurisdição, inviabilizando 
o corte rescisório disparado contra a sentença ao consignar o 
entendimento de que a Douta Sentença, confirmada pelo Acórdão 
Regional, que a manteve, deverá ser rescindida, no sentido de que se 
aprecie a aplicabilidade do artigo 920 do Código Civil, com relação a 
reprimir a condenação tão só ao valor do principal-. 
 
 
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 Registre-se que, no tocante ao tema Incompetência da Justiça do 
Trabalho-, o acórdão que julgou o recurso de revista foi à última decisão 
de mérito, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 42 da SDI-2 do 
TST, contra a qual deveria ter sido disparado o corte rescisório. Cumpre 
ressaltar a impossibilidade de o juiz relevar o erro em que incorreu a 
parte, não só por ser inescusável, mas também por causa da natureza 
essencialmente técnica, e por isso, excepcionalíssima, da ação 
rescisória. Recurso ordinário a que se nega provimento. 
SUM-298 I - A conclusão acerca da ocorrência de violação literal de lei 
pressupõe pronunciamento explícito, na sentença rescindenda, sobre a 
matéria veiculada. II - O prequestionamento exigido em ação rescisória 
diz respeito à matéria e ao enfoque específico da tese debatida na ação 
e não, necessariamente, ao dispositivo legal tido por violado. Basta que 
o conteúdo da norma, reputada como violada, tenha sido abordado na 
decisão rescindenda para que se considere preenchido o pressuposto do 
prequestionamento. III - Para efeito de ação rescisória, considera-se 
prequestionada a matéria tratada na sentença quando, examinando 
remessa de ofício, o Tribunal simplesmente a confirma. IV - A sentença 
meramente homologatória, que silencia sobre os motivos de 
convencimento do juiz, não se mostra rescindível, por ausência de 
prequestionamento. 
V - Não é absoluta a exigência de prequestionamento na ação rescisória. 
Ainda que a ação rescisória tenha por fundamento violação de 
dispositivo legal, é prescindível o prequestionamento quando o vício 
nasce no próprio julgamento, como se dá com a sentença "extra, citra e 
ultra petita". 
SÚMULA 298 AÇÃO RESCISÓRIA. VIOLAÇÃO A DISPOSIÇÃO DE LEI. 
PRONUNCIAMENTO EXPLÍCITO. (Redação alterada pelo Tribunal 
Pleno na sessão realizada em 6.2.2012) 
I - A conclusão acerca da ocorrência de violação literal a disposição de 
lei pressupõe pronunciamento explícito, na sentença rescindenda, sobre 
a matéria veiculada. 
 
II - O pronunciamento explícito exigido em ação rescisória diz 
respeito à matéria e ao enfoque específico da tese debatida na 
ação, e não, necessariamente, ao dispositivo legal tido por 
violado. Basta que o conteúdo da norma reputada violada haja 
sido abordado na decisão rescindenda para que se considere 
preenchido o pressuposto. 
 
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III - Para efeito de ação rescisória, considera-se pronunciada 
explicitamente a matéria tratada na sentença quando, 
examinando remessa de ofício, o Tribunal simplesmente a 
confirma. 
 
IV - A sentença meramente homologatória, que silencia sobre os 
motivos de convencimento do juiz, não se mostra rescindível, 
por ausência de pronunciamento explícito. 
 
V - Não é absoluta a exigência de pronunciamento explícito na 
ação rescisória, ainda que esta tenha por fundamento violação 
de dispositivo de lei. Assim, prescindível o pronunciamento 
explícito quando o vício nasce no próprio julgamento, como se dá 
com a sentença "extra, citra e ultra petita". 
 
Sugiro a leitura atenta das duas Súmulas escritas em preto, cujas 
explicações estarão em azul: 
 
 
Súmula 298 do TST I - A conclusão acerca da ocorrência de violação 
literal de lei pressupõe pronunciamento explícito, na sentença 
rescindenda, sobre a matéria veiculada. 
 
Para que a violação literal de dispositivo de lei seja fundamento para a 
ação rescisória é necessário que a decisão, objeto de rescisão, tenha sepronunciado explicitamente sobre o tema. 
 
II – (Redação anterior)O prequestionamento exigido em ação rescisória 
diz respeito à matéria e ao enfoque específico da tese debatida na ação 
e não, necessariamente, ao dispositivo legal tido por violado. Basta que 
o conteúdo da norma, reputada como violada, tenha sido abordado na 
decisão rescindenda, para que se considere preenchido o pressuposto 
do prequestionamento. 
 
II - O pronunciamento explícito exigido em ação rescisória diz 
respeito à matéria e ao enfoque específico da tese debatida na 
ação, e não, necessariamente, ao dispositivo legal tido por 
violado. Basta que o conteúdo da norma reputada violada haja 
sido abordado na decisão rescindenda para que se considere 
preenchido o pressuposto. 
 
 
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III – (redação anterior) Para efeito de ação rescisória, considera-se 
prequestionada a matéria tratada na sentença quando, examinando 
remessa de ofício, o Tribunal simplesmente a confirma. 
 
III - Para efeito de ação rescisória, considera-se pronunciada 
explicitamente a matéria tratada na sentença quando, 
examinando remessa de ofício, o Tribunal simplesmente a 
confirma. 
 
IV – (Redação anterior) A sentença meramente homologatória, que 
silencia sobre os motivos de convencimento do juiz, não se mostra 
rescindível, por ausência de prequestionamento. 
 
Esta sentença não emite juízo de mérito, por isso não caberá a 
interposição de ação rescisória. 
 
IV - A sentença meramente homologatória, que silencia sobre os 
motivos de convencimento do juiz, não se mostra rescindível, 
por ausência de pronunciamento explícito. 
 
V – (Redação anterior) Não é absoluta a exigência de 
prequestionamento na ação rescisória. Ainda que a ação rescisória 
tenha por fundamento violação de dispositivo legal, é prescindível o 
prequestionamento quando o vício nasce no próprio julgamento, como 
se dá com a sentença "extra, citra e ultra petita" 
 
V - Não é absoluta a exigência de pronunciamento explícito na 
ação rescisória, ainda que esta tenha por fundamento violação 
de dispositivo de lei. Assim, prescindível o pronunciamento 
explícito quando o vício nasce no próprio julgamento, como se 
dá com a sentença "extra, citra e ultra petita". 
 
 
SUM-299 I - É indispensável ao processamento da ação rescisória a 
prova do trânsito em julgado da decisão rescindenda. 
II - Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o 
documento comprobatório, abrirá prazo de 10 (dez) dias para que o 
faça, sob pena de indeferimento. 
 
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III - A comprovação do trânsito em julgado da decisão rescindenda é 
pressuposto processual indispensável ao tempo do ajuizamento da ação 
rescisória. Eventual trânsito em julgado posterior ao ajuizamento da 
ação rescisória não reabilita a ação proposta, na medida em que o 
ordenamento jurídico não contempla a ação rescisória preventiva. 
IV - O pretenso vício de intimação, posterior à decisão que se pretende 
rescindir, se efetivamente ocorrido, não permite a formação da coisa 
julgada material. Assim, a ação rescisória deve ser julgada extinta, sem 
julgamento do mérito, por carência de ação, por inexistir decisão 
transitada em julgado a ser rescindida. 
 
 
Comentários: A prova do trânsito em julgado da sentença ou do 
acórdão é documento essencial para que seja admitida a ação rescisória 
e o documento, comprobatório do trânsito em julgado, deverá ser 
juntado com a petição inicial. 
 
O art. 284 do CPC combinado com a Súmula 299, II do TST é o 
fundamento legal para concessão de um prazo de 10 dias, para que seja 
juntada, aos autos do processo, a prova do trânsito em julgado da 
decisão que se pretende rescindir. 
 
 O inciso III da Súmula 299 do TST veda a ação rescisória 
preventiva, uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro não previu 
esta possibilidade. Ao passo que o inciso IV estabelece quando não 
houver intimação da decisão que se pretende rescindir, não ocorreu o 
trânsito em julgado. 
SUM-397 Não procede ação rescisória calcada em ofensa à coisa 
julgada perpetrada por decisão proferida em ação de cumprimento, 
em face de a sentença normativa, na qual se louvava, ter sido 
modificada em grau de recurso, porque em dissídio coletivo 
somente se consubstancia coisa julgada formal. Assim, os meios 
processuais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada 
são a exceção de pré-executividade e o mandado de segurança, no 
caso de descumprimento do art. 572 do CPC. 
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A Súmula 398 do TST estabelece que a revelia não produzirá 
confissão, na ação rescisória, uma vez que a coisa julgada por ela 
atacada envolve questão de ordem pública. 
 
SUM-398 Na ação rescisória, o que se ataca na ação é a 
sentença, ato oficial do Estado, acobertado pelo manto da coisa 
julgada. Assim sendo, e considerando que a coisa julgada envolve 
questão de ordem pública, a revelia não produz confissão na ação 
rescisória. 
 
SUM-399 I - É incabível ação rescisória para impugnar decisão 
homologatória de adjudicação ou arrematação. II - A decisão 
homologatória de cálculos apenas comporta rescisão quando 
enfrentar as questões envolvidas na elaboração da conta de 
liquidação quer solvendo a controvérsia das partes quer 
explicitando, de ofício, os motivos pelos quais acolheu os cálculos 
oferecidos por uma das partes ou pelo setor de cálculos, e não 
contestados pela outra. 
 
Comentários: O art. 486 do CPC estabelece que os atos judiciais que 
não dependem de sentença, ou que esta for meramente homologatória, 
podem ser rescindidos, como os atos jurídicos em geral, nos termos da 
lei civil. 
 
No caso de sentença homologatória de arrematação e adjudicação, 
não há decisão de mérito, por isso, é incabível a interposição de ação 
rescisória. 
 
SUM-400 Em se tratando de rescisória de rescisória, o vício apontado 
deve nascer na decisão rescindenda, não se admitindo a rediscussão do 
acerto do julgamento da rescisória anterior. Assim, não se admite 
rescisória calcada no inciso V do art. 485 do CPC para discussão, por má 
aplicação dos mesmos dispositivos de lei, tidos por violados na rescisória 
anterior, bem como para argüição de questões inerentes à ação 
rescisória primitiva. 
 
 Comentários: A ação rescisória interposta contra decisão em ação 
rescisória deverá atacar os vícios do julgamento da primeira rescisória e 
não da decisão que se pretende rescindir. 
 
 
 
 
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 Em relação a esta Súmula, observo que cai muito em prova a 
seguinte assertiva: “É cabível a interposição de ação rescisória contra 
uma decisão proferida em ação rescisória”. A assertiva está correta 
porque caberá ação rescisória contra sentença em ação rescisória. 
 
SUM-401 Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados 
pelo juízo executório, ainda que a sentença exequenda tenha sido 
omissa sobre a questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela 
norma que os disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser 
caracterizada na hipótese de o título exeqüendo, expressamente, afastar 
a dedução dos valores a título de imposto de renda e de contribuição 
previdenciária. 
 
Os descontos que ocorrerem em execução não ferem a coisa 
julgada.Súmula 402 do TST Documento novo é o cronologicamente velho, já 
existente ao tempo da decisão rescindenda, mas ignorado pelo 
interessado ou de impossível utilização, à época, no processo. Não é 
documento novo apto a viabilizar a desconstituição de julgado: 
a) sentença normativa proferida ou transitada em julgado 
posteriormente à sentença rescindenda; 
 
b) sentença normativa preexistente à sentença rescindenda, mas não 
exibida no processo principal, em virtude de negligência da parte, 
quando podia e deveria louvar-se de documento já existente e não 
ignorado quando emitida a decisão rescindenda. 
 
O momento de juntada de documentos é com a petição inicial (art. 787 
da CLT) e com a defesa (art. 845 da CLT). 
As letras a e b referem-se à impossibilidade de sentença normativa ser 
considerada como documento novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 403 do TST I - Não caracteriza dolo processual, previsto no 
art. 485, III, do CPC, o simples fato de a parte vencedora haver 
silenciado a respeito de fatos contrários a ela, porque o procedimento, 
por si só, não constitui ardil do qual resulte cerceamento de defesa e, 
em conseqüência, desvie o juiz de uma sentença não-condizente com a 
verdade. II - Se a decisão rescindenda é homologatória de acordo, não 
há parte vencedora ou vencida, razão pela qual não é possível a sua 
desconstituição calcada no inciso III do art. 485 do CPC (dolo da parte 
vencedora em detrimento da vencida), pois constitui fundamento de 
rescindibilidade que supõe solução jurisdicional para a lide. 
 
 
Comentários: O inciso III do art. 485 do CPC estabelece o cabimento da 
ação rescisória em razão de dolo da parte vencedora em detrimento da 
parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei. 
 
 A Súmula estabelece que: não será considerado dolo processual o 
fato da parte vencedora, silenciar a respeito de fatos contrários a ela. 
 
O inciso II da Súmula 403 do TST estabelece que a decisão 
homologatória de acordo não será desconstituída, sob o fundamento de 
dolo processual. 
 
 
Súmula 404 do TST O art. 485, VIII, do CPC, ao tratar do fundamento 
para invalidar a confissão como hipótese de rescindibilidade da decisão 
judicial, refere-se à confissão real, fruto de erro, dolo ou coação, e não 
à confissão ficta resultante de revelia. 
 
 
Comentários: O art. 844 da CLT dispõe que o não-comparecimento do 
réu na audiência implica revelia e confissão quanto à matéria de fato. A 
confissão é ficta e não real e poderá ser elidida por documentos, 
contidos nos autos do processo. 
 
SUM-405 I - Em face do que dispõe a MP 1.984-22/2000 e reedições e 
o artigo 273, § 7º, do CPC, é cabível o pedido liminar formulado na 
petição inicial de ação rescisória ou na fase recursal, visando a 
suspender a execução da decisão rescindenda. 
 
 
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 II - O pedido de antecipação de tutela, formulado nas mesmas 
condições, será recebido como medida acautelatória em ação rescisória, 
por não se admitir tutela antecipada em sede de ação rescisória. 
 
SUM-406 I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em 
relação ao pólo passivo da demanda, porque supõe uma comunidade de 
direitos ou de obrigações que não admite solução díspar para os 
litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao 
pólo ativo, o litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de 
autores se faz por conveniência e não pela necessidade decorrente da 
natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exercício do direito 
individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos 
demais para retomar a lide. II - O Sindicato, substituto processual e 
autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão 
rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação 
rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os 
empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo 
necessário. 
 
 
Súmula 407 do TST A legitimidade "ad causam" do Ministério Público 
para propor ação rescisória, ainda que não tenha sido parte no processo 
que deu origem à decisão rescindenda, não está limitada às alíneas "a" 
e "b" do inciso III do art. 487 do CPC, uma vez que traduzem hipóteses 
meramente exemplificativas. 
 
 
Comentários: O Ministério Público do Trabalho está autorizado a propor 
a ação rescisória, de acordo com a aplicação subsidiária do art. 487, III 
do CPC. 
 
A letra a do art. 487, III do CPC estabelece a possibilidade de 
interposição de ação rescisória, no caso do MPT não ter sido ouvido em 
processo, no qual a sua intervenção fosse obrigatória. Trata-se das 
hipóteses de processos nos quais figurem como parte índios, menores 
ou incapazes. 
 
A alínea b refere-se às hipóteses de colusão entre as partes, para 
fraudar a lei. Neste caso a decisão poderá ser objeto de ação rescisória 
interposta pelo MPT. 
 
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Súmula 408 do TST Não padece de inépcia a petição inicial de ação 
rescisória apenas porque omite a subsunção do fundamento de 
rescindibilidade no art. 485 do CPC ou o capitula erroneamente em um 
de seus incisos. Contanto que não se afaste dos fatos e fundamentos 
invocados como causa de pedir, ao Tribunal é lícito emprestar-lhes a 
adequada qualificação jurídica ("iura novit curia"). No entanto, 
fundando-se a ação rescisória no art. 485, inc. V, do CPC, é 
indispensável expressa indicação, na petição inicial da ação rescisória, 
do dispositivo legal violado, por se tratar de causa de pedir da 
rescisória, não se aplicando, no caso, o princípio "iura novit curia". 
 
 
Comentários: O TST entende que não há inépcia da inicial nos casos de 
subsunção do fundamento da rescindibilidade, no art. 485 do CPC ou 
quando o autor fundamenta a rescisória erroneamente, em um dos seus 
incisos. 
 Subsunção é a aplicação da norma jurídica a uma situação 
concreta. 
 
 
Súmula 409 do TST Não procede ação rescisória calcada em violação 
do art. 7º, XXIX, da CF/1988 quando a questão envolve discussão 
sobre a espécie de prazo prescricional aplicável aos créditos 
trabalhistas, se total ou parcial, porque a matéria tem índole 
infraconstitucional, construída, na Justiça do Trabalho, no plano 
jurisprudencial. 
 
 
Comentários: A Constituição Federal, em seu artigo 7º, XXIX, não 
menciona a prescrição total ou parcial, porque esta terminologia e 
distinções foram construções da jurisprudência. 
Portanto, a Súmula 409 do TST estabelece que quando a 
discussão que se pretende rescindir for referente ao tema prescrição 
total ou parcial, não caberá a interposição de ação rescisória sob o 
fundamento de violação à Constituição Federal. 
 
 
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Súmula 410 do TST A ação rescisória calcada em violação de lei não 
admite reexame de fatos e provas do processo que originou a decisão 
rescindenda. 
 
 
Comentários: A ação rescisória não terá como objetivo reexaminar os 
fatos e as provas, porque ela é uma ação especial que visa a 
desconstituição de uma sentença. 
 
 
Súmula 411 do TST Se a decisão recorrida, em agravo regimental, 
aprecia a matéria na fundamentação, sob o enfoque das Súmulas 83 do 
TST e 343 do STF, constitui sentença de mérito, aindaque haja 
resultado no indeferimento da petição inicial e na extinção do processo 
sem julgamento do mérito. Sujeitam-se, assim, à reforma pelo TST, a 
decisão do Tribunal que, invocando controvérsia na interpretação da lei, 
indefere a petição inicial de ação rescisória. 
 
 
 
Súmula 412 do TST Pode uma questão processual ser objeto de 
rescisão desde que consista em pressuposto de validade de uma 
sentença de mérito. 
 
 
Comentários: A matéria discutida na ação rescisória pode ser a violação 
de uma questão processual. Não há exigência de que seja matéria de 
natureza material, apenas. 
 
 
Súmula 413 do TST É incabível ação rescisória, por violação do art. 
896, "a", da CLT, contra decisão que não conhece de recurso de revista, 
com base em divergência jurisprudencial, pois não se cuida de sentença 
de mérito (art. 485 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: O Recurso de revista por divergência jurisprudencial está 
disposto na letra a do art. 896 da CLT. A Súmula 413 do TST é no 
sentido de que se o recurso de revista não for conhecido, por 
divergência jurisprudencial, não houve o exame do mérito. Portanto, 
incabível a ação rescisória. 
Orientações Jurisprudenciais! 
OJ-SDI2-2 Viola o art. 192 da CLT decisão que acolhe pedido de 
adicional de insalubridade com base na remuneração do 
empregado. 
 
OJ-SDI2-4 Procede, por ofensa ao art. 5º, inciso XXXVI, da 
CF/1988, o pedido de rescisão de julgado que acolheu Adicional de 
Caráter Pessoal em favor de empregado do Banco do Brasil S.A. 
OJ-SDI2-10 Somente por ofensa ao art. 37, II e § 2º, da CF/1988, 
procede o pedido de rescisão de julgado para considerar nula a 
contratação, sem concurso público, de servidor, após a CF/1988. 
OJ-SDI2-19 Havendo notória controvérsia jurisprudencial acerca 
da incidência de imposto de renda sobre parcela paga pelo 
empregador ("abono pecuniário") a título de "desligamento 
incentivado", improcede pedido de rescisão do julgado. Incidência 
da Súmula nº 83 do TST. 
 
OJ-SDI2-21 É incabível ação rescisória para a desconstituição de 
sentença não transitada em julgado porque ainda não submetida 
ao necessário duplo grau de jurisdição, na forma do Decreto-Lei nº 
779/69. Determina-se que se oficie ao Presidente do TRT para que 
proceda à avocatória do processo principal para o reexame da 
sentença rescindenda. 
OJ-SDI2-23 Não procede pedido de rescisão de sentença de mérito que 
assegura ou nega estabilidade pré-eleitoral, quando a decisão 
rescindenda for anterior à Orientação Jurisprudencial nº 51, da Seção de 
Dissídios Individuais do TST (25.11.96). Incidência da Súmula nº 83 do 
TST. 
 
 
 
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OJ-SDI2-24 Rescinde-se o julgado que reconhece estabilidade 
provisória e determina a reintegração de empregado, quando já 
exaurido o respectivo período de estabilidade. Em juízo rescisório, 
restringe-se a condenação quanto aos salários e consectários até o 
termo final da estabilidade. 
 
OJ-SDI2-25 Não procede pedido de rescisão fundado no art. 485, V, 
do CPC quando se aponta contrariedade à norma de convenção coletiva 
de trabalho, acordo coletivo de trabalho, portaria do Poder Executivo, 
regulamento de empresa e súmula ou orientação jurisprudencial de 
tribunal. 
OJ-SDI2-26 A extensão da gratificação instituída pela SUFRAMA aos 
servidores celetistas exercentes de atividade de nível superior não 
ofende as disposições contidas nos arts. 37, XIII e 39, § 1º, da 
CF/1988. 
OJ-SDI2-30 Não se acolhe, por violação do art. 920 do Código Civil de 
1916 (art. 412 do Código Civil de 2002), pedido de rescisão de julgado 
que:a) em processo de conhecimento, impôs condenação ao pagamento 
de multa, quando a decisão rescindenda for anterior à Orientação 
Jurisprudencial nº 54 da Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais do TST (30.05.94), incidindo o óbice da Súmula nº 83 do 
TST; b) em execução, rejeita-se limitação da condenação ao pagamento 
de multa, por inexistência de violação literal. 
OJ-SDI2-34 1. O acolhimento de pedido em ação rescisória de plano 
econômico, fundada no art. 485, inciso V, do CPC, pressupõe, 
necessariamente, expressa invocação na petição inicial de afronta ao 
art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal de 1988. A indicação de 
ofensa literal a preceito de lei ordinária atrai a incidência da Súmula nº 
83 do TST e Súmula nº 343 do STF.2. Se a decisão rescindenda é 
posterior à Súmula nº 315 do TST (Res. 07, DJ 22.09.93), inaplicável a 
Súmula nº 83 do TST. 
OJ-SDI2-35 Não ofende a coisa julgada a limitação à data-base da 
categoria, na fase executória, da condenação ao pagamento de 
diferenças salariais decorrentes de planos econômicos, quando a decisão 
exequenda silenciar sobre a limitação, uma vez que a limitação decorre 
de norma cogente. Apenas quando a sentença exequenda houver 
expressamente afastado a limitação à data-base é que poderá ocorrer 
ofensa à coisa julgada. 
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OJ-SDI2-38 AÇÃO RESCISÓRIA. PROFESSOR-ADJUNTO. INGRESSO 
NO CARGO DE PROFESSOR-TITULAR. EXIGÊNCIA DE CONCURSO 
PÚBLICO (LEI Nº 7.596/87, DECRETO Nº 94.664/87 E ART. 206, V, 
CF/1988). Inserida em 20.09.00. A assunção do professor-adjunto ao 
cargo de professor titular de universidade pública, sem prévia aprovação 
em concurso público, viola o art. 206, inciso V, da Constituição Federal. 
Procedência do pedido de rescisão do julgado. 
OJ-SDI2-39 AÇÃO RESCISÓRIA. REAJUSTES BIMESTRAIS E 
QUADRIMESTRAIS. LEI Nº 8.222/91. SÚMULA Nº 83 DO TST. 
APLICÁVEL. Inserida em 20.09.00 
Havendo controvérsia jurisprudencial à época, não se rescinde decisão 
que aprecia a possibilidade de cumulação das antecipações bimestrais e 
reajustes quadrimestrais de salário previstos na Lei nº 8.222/91. 
Incidência da Súmula nº 83 do TST. 
OJ-SDI2-41 Revelando-se a sentença "citra petita", o vício processual 
vulnera os arts. 128 e 460 do CPC, tornando-a passível de 
desconstituição, ainda que não opostos embargos declaratórios. 
OJ-SDI2-70 O manifesto equívoco da parte em ajuizar ação rescisória 
no TST para desconstituir julgado proferido pelo TRT, ou vice-versa, 
implica a extinção do processo sem julgamento do mérito por inépcia da 
inicial. 
OJ-SDI2-71 A estipulação do salário profissional em múltiplos do 
salário mínimo não afronta o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal 
de 1988, só incorrendo em vulneração do referido preceito 
constitucional a fixação de correção automática do salário pelo reajuste 
do salário mínimo. 
OJ-SDI2-76 É indispensável a instrução da ação cautelar com as provas 
documentais necessárias à aferição da plausibilidade de êxito na 
rescisão do julgado. Assim sendo, devem vir junto com a inicial da 
cautelar as cópias da petição inicial da ação rescisória principal, da 
decisão rescindenda, da certidão do trânsito em julgado da decisão 
rescindenda e informação do andamento atualizado da execução. 
 
 
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OJ-SDI2-78 É admissível o ajuizamento de uma única ação rescisória 
contendo mais de um pedido, em ordem sucessiva, de rescisão da 
sentença e do acórdão. Sendo inviável a tutela jurisdicional de um deles, 
o julgador está obrigado a apreciar os demais, sob pena de negativa de 
prestação jurisdicional.OJ-SDI2-80 AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA. "DIES A QUO". 
RECURSO DESERTO. SÚMULA Nº 100 DO TST. Inserida em 13.03.02 
O não-conhecimento do recurso por deserção não antecipa o "dies a 
quo" do prazo decadencial para o ajuizamento da ação rescisória, 
atraindo, na contagem do prazo, a aplicação da Súmula 100 do TST. 
OJ-SDI2-84 A decisão rescindenda e/ou a certidão do seu trânsito em 
julgado, devidamente autenticadas, à exceção de cópias reprográficas 
apresentadas por pessoa jurídica de direito público, a teor do art. 24 da 
Lei 10.522/02, são peças essenciais para o julgamento da ação 
rescisória. Em fase recursal, verificada a ausência de qualquer delas, 
cumpre ao Relator do recurso ordinário argüir, de ofício, a extinção do 
processo, sem julgamento do mérito, por falta de pressuposto de 
constituição e desenvolvimento válido do feito. 
OJ-SDI2-94 A decisão ou acordo judicial subjacente à reclamação 
trabalhista, cuja tramitação deixa nítida a simulação do litígio para 
fraudar a lei e prejudicar terceiros, enseja ação rescisória, com lastro 
em colusão. No juízo rescisório, o processo simulado deve ser extinto. 
 
OJ-SDI2- Os princípios da legalidade, do devido processo legal, do 
contraditório e da ampla defesa não servem de fundamento para a 
desconstituição de decisão judicial transitada em julgado, quando se 
apresentam sob a forma de pedido genérico e desfundamentado, 
acompanhando dispositivos legais que tratam especificamente da 
matéria debatida, estes sim, passíveis de fundamentarem a análise do 
pleito rescisório. 
OJ 97 Os princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, e 
do devido processo legal não servem de fundamento para a 
desconstituição de decisão judicial transitada em julgado, quando se 
apresentam sob a forma de pedido genérico e desfundamentado, 
acompanhando dispositivos legais que tratam especificamente da 
matéria debatida, estes sim, passíveis de fundamentarem a análise do 
pleito rescisório. 
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OJ-SDI2-101 Para viabilizar a desconstituição do julgado pela causa de 
rescindibilidade do inciso IV, do art. 485, do CPC, é necessário que a 
decisão rescindenda tenha enfrentado as questões ventiladas na ação 
rescisória, sob pena de inviabilizar o cotejo com o título executivo 
judicial tido por desrespeitado, de modo a se poder concluir pela ofensa 
à coisa julgada. 
OJ-SDI2-103 É cabível a rescisória para corrigir contradição entre a 
parte dispositiva do acórdão rescindendo e a sua fundamentação, por 
erro de fato na retratação do que foi decidido. 
OJ-SDI2-107 Embora não haja atividade cognitiva, a decisão que 
declara extinta a execução, nos termos do art. 794 c/c 795 do CPC, 
extingue a relação processual e a obrigacional, sendo passível de corte 
rescisório. 
OJ-SDI2-112 Para que a violação da lei dê causa à rescisão de decisão 
de mérito alicerçada em duplo fundamento, é necessário que o Autor da 
ação rescisória invoque causas de rescindibilidade que, em tese, possam 
infirmar a motivação dúplice da decisão rescindenda. 
OJ-SDI2-123 O acolhimento da ação rescisória calcada em ofensa à 
coisa julgada supõe dissonância patente entre as decisões exequenda e 
rescindenda, o que não se verifica quando se faz necessária a 
interpretação do título executivo judicial para se concluir pela lesão à 
coisa julgada. 
OJ-SDI2-124 Na hipótese em que a ação rescisória tem como causa 
de rescindibilidade o inciso II do art. 485 do CPC, a argüição de 
incompetência absoluta prescinde de prequestionamento. 
OJ-SDI2-128 O certame público posteriormente anulado equivale à 
contratação realizada sem a observância da exigência contida no art. 
37, II, da Constituição Federal de 1988. Assim sendo, aplicam-se à 
hipótese os efeitos previstos na Súmula 363 do TST. 
OJ-SDI2-131 A ação cautelar não perde o objeto enquanto ainda 
estiver pendente o trânsito em julgado da ação rescisória principal, 
devendo o pedido cautelar ser julgado procedente, mantendo-se os 
efeitos da liminar eventualmente deferida, no caso de procedência do 
pedido rescisório ou, por outro lado, improcedente, se o pedido da ação 
rescisória principal tiver sido julgado improcedente. 
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OJ-SDI2-132 Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o 
empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança 
não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas 
referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a 
propositura de nova reclamação trabalhista. 
OJ-SDI2-134 A decisão que conclui estar preclusa a oportunidade de 
impugnação da sentença de liquidação, por ensejar tão-somente a 
formação da coisa julgada formal, não é suscetível de rescindibilidade. 
OJ-SDI2-135 A ação rescisória calcada em violação do artigo 37, 
“caput”, da Constituição Federal, por desrespeito ao princípio da 
legalidade administrativa exige que ao menos o princípio constitucional 
tenha sido prequestionado na decisão. 
OJ-SDI2-136 A caracterização do erro de fato como causa de 
rescindibilidade de decisão judicial transitada em julgado supõe a 
afirmação categórica e indiscutida de um fato, na decisão rescindenda, 
que não corresponde à realidade dos autos. O fato afirmado pelo 
julgador, que pode ensejar ação rescisória calcada no inciso IX do art. 
485 do CPC, é apenas aquele que se coloca como premissa fática 
indiscutida de um silogismo argumentativo, não aquele que se 
apresenta ao final desse mesmo silogismo, como conclusão decorrente 
das premissas que especificaram as provas oferecidas, para se concluir 
pela existência do fato. Esta última hipótese é afastada pelo § 2º do art. 
485 do CPC, ao exigir que não tenha havido controvérsia sobre o fato e 
pronunciamento judicial esmiuçando as provas. 
OJ-SDI2-146 A contestação apresentada em sede de ação rescisória 
obedece à regra relativa à contagem de prazo constante do art. 774 da 
CLT, sendo inaplicável o art. 241 do CPC. 
OJ-SDI2-150 Reputa-se juridicamente impossível o pedido de corte 
rescisório de decisão que, reconhecendo a configuração de coisa 
julgada, nos termos do art. 267, V, do CPC, extingue o processo sem 
resolução de mérito, o que, ante o seu conteúdo meramente processual, 
a torna insuscetível de produzir a coisa julgada material. 
OJ-SDI2-151 A procuração outorgada com poderes específicos para 
ajuizamento de reclamação trabalhista não autoriza a propositura de 
ação rescisória e mandado de segurança, bem como não se admite sua 
regularização quando verificado o defeito de representação processual 
na fase recursal, nos termos da Súmula 383, item II, do TST. 
Processo do Trabalho TRT – RIO 
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Teoria e Questões FCC 
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OJ-SDI2-152 A interposição de recurso de revista de decisão definitiva 
de Tribunal Regional do Trabalho em ação rescisória ou em mandado de 
segurança, com fundamento em violação legal e divergência 
jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro 
grosseiro, insuscetível de autorizar o seu recebimento como recurso 
ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT. 
OJ-SDI2-154 A sentença homologatória de acordo prévio ao 
ajuizamento de reclamação trabalhista, no qual foi conferida quitação 
geral do extinto contrato, sujeita-se ao corte rescisório tão somente se 
verificada a existência de fraude ou vício de consentimento. 
5.3. Do Mandado de Segurança Coletivo: 
 
 O art. 5º, LXX da Constituição Federal estabelece

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