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Aula 09

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Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Aula 09: Questões Objetivas e subjetivas da FCC – Processo do 
Trabalho. 
 
1. (EXAME DE ORDEM - 2009.3) Após a rescisão do seu contrato de 
trabalho, Alex, empregado da empresa Dominó, procurou assistência da 
comissão de conciliação prévia, que tinha atribuição para examinar a 
sua situação. Em acordo firmado entre ele e o representante da 
empresa, ambas as partes saíram satisfeitas, com eficácia geral e sem 
qualquer ressalva. Posteriormente, Alex ajuizou reclamação trabalhista, 
pedindo que a empresa fosse condenada, em verbas não tratadas na 
referida conciliação, sob a alegação de que o termo de ajuste em 
discussão dera quitação somente ao que fora objeto da demanda 
submetida à comissão, de forma que não seria necessário, ressalvar 
pedidos que não fossem ali debatidos. 
 
Tendo em vista a situação apresentada, exponha a tese jurídica mais 
apropriada para a empresa Dominó, fundamentando sua argumentação 
na CLT. 
 
 
Pontos importantes sobre o tema: 
 A questão abordou as Comissões de Conciliação Prévia! 
 A Lei 9958/2000 inseriu dispositivos na CLT, artigos 625-A a 625-
H, instituindo as Comissões de Conciliação Prévia as quais possuem 
composição paritária, em empresas ou grupo de empresas (comissões 
de empresas) ou em sindicatos ou grupos destes (comissões sindicais ou 
intersindicais). Estes entes possuem atribuição de tentar conciliar os 
Conflitos Individuais do Trabalho, através do termo de Conciliação de 
Comissão Prévia. 
 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir 
Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com 
representantes dos empregados e dos empregadores, com a 
atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
 
Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo 
poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter 
intersindical. 
 
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PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 2
 A tese jurídica deverá estar baseada no art. 625-E, parágrafo 
único, da CLT, que assim dispõe: 
 
 Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo 
assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e 
pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. 
 
 Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo 
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas. 
 
 Nesse sentido, não basta citar qualquer dos artigos relacionados 
com a matéria, mas tão somente o mencionado artigo da CLT, com a 
defesa da tese nele expressa, demonstrando-se a intenção clara do 
legislador de permitir a quitação plena de créditos trabalhistas 
submetidos às comissões de conciliação. 
 
 As verbas rescisórias foram discutidas no âmbito da CCP, da qual 
resultou um termo de eficácia liberatória geral, visto que não houve 
ressalvas. 
 
 Atenção: O verbo “poder” do art. 625 – E da CLT, significa que a 
instituição das Comissões não é obrigatória e sim facultativa, mas caso 
o empregado tenha passado pela Comissão deverá prevalecer a eficácia 
liberatória prevista no art. 625 – E. 
 
 
 
 
Não podemos deixar de abordar o entendimento do STF em 
relação ao que dispõe o art. 625 D da CLT, embora não tenha sido 
objeto direto desta questão. 
 
 
 
Dicas 
 
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Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será 
submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da 
prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no 
âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. 
 
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo 
por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia 
datada e assinada pelo membro aos interessados. 
 
§ 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao 
empregado e ao empregador declaração da tentativa 
conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada 
pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual 
reclamação trabalhista. 
 
§ 3º em caso de motivo relevante que impossibilite a 
observância do procedimento previsto no caput deste artigo, 
será a circunstância declarada na petição inicial da ação 
intentada perante a Justiça do Trabalho. 
 
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma 
categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o 
interessado optará por uma delas para submeter a sua demanda, 
sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. 
 
O STF entendeu pela inconstitucionalidade da Comissão, 
ou seja, não é mais obrigatório que o empregado passe 
por ela, ainda que ela tenha sido instituída. 
 
 
2. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 18ª 
Região -2008) Em cumprimento a mandado judicial de penhora 
relativo a execução no montante de R$ 5.000,00, o oficial de justiça 
encarregado da diligência compareceu à residência do executado, que 
lhe franqueou a entrada. No interior da residência, encontrou um 
televisor, uma geladeira, móveis usados em geral correspondentes a um 
médio padrão de vida e roupas usadas de baixo valor. O executado lhe 
informou que esse era o seu único imóvel residencial e que era 
proprietário do automóvel estacionado em frente ao prédio, que, no 
entanto, já havia sido penhorado em outra execução. Discorra, sintética 
e fundamentadamente, sobre o procedimento a ser adotado, nesse 
caso, pelo oficial de justiça. 
 
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Comentários: No caso em tela, o oficial de justiça não poderá penhorar 
os bens móveis encontrados na casa, uma vez que de acordo com a Lei 
8009/90, tais bens são impenhoráveis. Também será impenhorável o 
imóvel, por ser o único imóvel da família (art. 1º da Lei 8009/90). 
 
Em relação ao automóvel, o oficial de justiça poderá realizar a segunda 
penhora uma vez que este constitui o único bem penhorável. 
 
Lei 8009/90: 
 
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade 
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de 
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta 
lei. 
 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não 
sujeitos à execução; 
 
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem 
a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que 
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um 
médio padrão de vida; 
 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor; 
 
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, 
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as 
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao 
sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador 
autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o 
disposto no § 3o deste artigo; 
 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao 
exercício de qualquer profissão; 
 
VI - o seguro de vida; 
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VII - os materiais necessáriospara obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas; 
 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde 
que trabalhada pela família; 
 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para 
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
 
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia 
depositada em caderneta de poupança. 
 
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito 
concedido para a aquisição do próprio bem. 
 
§ 2o O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no 
caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia. 
 
3. (FCC – Analista Judiciário – TRT 18ª Região – 2008) A empresa 
Alpha despediu com justa causa João, gerente de sua filial da cidade das 
Luzes, tendo em vista a existência de desfalque no estoque de produtos 
da filial de responsabilidade do empregado. João ajuizou reclamatória 
em face da empresa requerendo a inversão do motivo de sua dispensa e 
a empresa apresentou reconvenção em face de João, pleiteando o valor 
de R$ 20.000,00 referente ao desfalque do estoque. A reclamatória foi 
julgada improcedente e a reconvenção procedente. João interpôs 
Recurso Ordinário, deixando de depositar o valor referente ao depósito 
recursal, sob a alegação de que não seria devido o recolhimento das 
custas por ser ele beneficiário da justiça gratuita em razão de sua 
hipossuficiência. O M.M. Juiz da Y Vara do Trabalho julgou deserto o 
Recurso Ordinário pela falta do depósito recursal. Analise o caso e 
elucide, sintética e fundamentadamente, a respeito de qual recurso 
deverá ser adotado por João, mencionando o prazo de interposição, o 
seu processamento, seus efeitos e seus aspectos formais. 
 
Comentários: O recurso cabível será o agravo de instrumento. O agravo 
de instrumento está previsto no artigo 897, "b", da CLT, e tem por 
finalidade "destrancar" o recurso. No Processo do Trabalho, o agravo de 
instrumento só cabe contra despacho denegatório de seguimento de 
recurso. 
 
 
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 O prazo para a interposição do agravo de instrumento é de oito 
dias. 
 Despacho denegatório de seguimento de recurso: se dá quando o 
juízo "a quo" (primeiro juízo a realizar a análise dos pressupostos 
de admissibilidade) observa a falta de algum dos pressupostos de 
admissibilidade do recurso, assim o juízo a quo dá o despacho 
denegatório, que acaba por "trancar" o processo. 
 
 O PRIMEIRO juízo de admissibilidade ANALISARÁ OS 
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS, SÃO ELES: 
 
a) legitimidade; 
b) Interesse da parte sucumbente; 
c) Tempestividade; 
d) Formação do instrumento. 
O agravo de instrumento será endereçado ao juízo a quo (juízo que 
realizou o primeiro juízo de admissibilidade). Quem ira realizar o 
julgamento do mesmo será o tribunal hierarquicamente superior. 
 
O primeiro juízo de admissibilidade do agravo de instrumento será 
realizado pelo próprio juízo que proferiu o despacho denegatório, que 
poderá reconsiderar a sua decisão (juízo de retratação). 
 
O juízo de admissibilidade do agravo de instrumento ira analisar apenas 
a tempestividade e a formação do instrumento. Efetuado o juízo de 
admissibilidade pelo juízo a quo abre-se prazo para apresentar as 
contrarazões da contraminuta do agravo de instrumento. 
 
 Serão apresentadas, também, as contrarazões do recurso ordinário, 
findo este prazo os autos do agravo serão remetidos ao tribunal. Se o 
Tribunal der conhecimento ao agravo e negar provimento, a parte 
agravante não poderá fazer mais nada. Porém, der provimento ao 
Agravo de Instrumento o processo estará "destrancado". 
 
 
 
 
 
 
 
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Na próxima aula estudaremos: 
 
Aula 10: Seleção de “pegadinhas da FCC”. 
 
 
Espero que tenham gostado dos temas. 
 
Bons estudos! Fiquem com Deus! 
 
Confiem em vocês e sigam em frente, rumo à aprovação tão merecida 
por todos! 
 
Muita Luz! 
 
Um forte abraço, 
 
Déborah Paiva 
professoradeborahpaiva@blogspot.com 
professoradeborahpaiva@hotmail.com

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