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Apostila Prova Dir. Const. I

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Apostila – Resumo
1ª Prova de DIREITO CONSTITUCIONAL I
Prof. Yuri Santiago
Instituição: UNP
DATA DA PROVA: 22.09.2016
ASSUNTOS:
Neoconstitucionalismo – marcos Histórico, Filosófico e Teórico.
Diferenças entre forma de estado, forma de governo e sistema de governo.
Sentidos da constituição.
Classificação das constituições.
Caracterização da constituição em sentido Moderno.
Elementos da constituição segundo José Afonso da Silva.
Classificação das normas Constitucionais
Constituição Federal artigos 1 a 6.
Constituição Federal Art. 18 (Caput).
Constituição Federal art. 60, § 4.
Constituição Federal art. 242, § 2. 
OBSERVAÇÕES:
Não inclui o estudo de todos os artigos. Estão presentes apenas do 1 ao 4 artigo.
Algumas explicações foram fruto do meu entendimento, por isso leiam tudo com olhar crítico.
Busquem outras fontes mais concretas dos assuntos acima. Isto é apenas um resumo.
Por ser um resumo apenas para uma prova, não citei autores nem fontes de pesquisa.
Esta apostila não é de minha autoria, e sim uma juntada de assuntos de diversos autores pesquisados da internet.
BONS ESTUDOS!
NEOCONSTITUCIONALISMO
O que não posso esquecer?
O Marco Histórico: que foi a lei fundamental de Bonn (constituição Alemã, de 1949.)
OBS: Segundo BARROSO, esta constituição foi feita em caráter provisório, para uma fase de transição entre o nazismo e a república Federal da Alemanha, que viria a ser promulgada em 3 de outubro de 1990.
OBS 2. No Brasil, o marco histórico se deu com a promulgação da constituição de 1988, pondo fim a um regime militar que ocorreu entre1 de abril de 1964 até 15 de março de 1985, 21 anos.
O Marco Filosófico: É o pós-positivismo. Enquanto o jusnaturalismo aproximou a razão e a lei, (Defendia-se que as leis naturais, surgiram antes da lógica e do próprio estado. E, portanto, são superiores ao texto escrito, ou seja, o direito positivo) o positivismo, sob alegação de que o jusnaturalismo era fantasioso e sem base científica, afastou a filosofia da lei impondo o pensamento de que “o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro” (Auguste Comte). 
OBS: No pós-positivismo, os princípios constitucionais como a dignidade humana, o bem-estar de todos, são os motivadores da aplicação das leis e normas. 
O Marco Teórico: três grandes transformações do grau de conhecimento e aplicação do direito constitucional.
A força normativa da constituição: significa que a constituição é uma lei dotada de efetividade e aplicabilidade, não sendo apenas um simples documento declaratório. As normas constitucionais são normas jurídicas munidas de plena imperatividade.
A expansão da jurisdição constitucional: Jurisdição significa poder. Baseados no EUA, diversos países da Europa adotaram a ideia de supremacia da constituição. Os direitos fundamentais foram inseridos nas constituições. Cabendo então ao judiciário o papel de protetor desses direitos, removendo a jurisdição do poder legislativo, a partir da criação dos tribunais constitucionais. Anterior a isso, o parlamento era soberano. O poder legislativo detinha a soberania. No Brasil, o órgão que visa garantir a imperatividade e aplicabilidade da nossa constituição, é o Supremo Tribunal Federal (STF), o guardião da nossa constituição.
 A nova interpretação Constitucional: É o reconhecimento que as normas constitucionais são de natureza jurídica. Sendo utilizado para sua interpretação os elementos tradicionais de interpretação do direito, que são: gramatical, histórico, o sistemático e o teleológico (Propósito, Finalidade, Objetivo). Nos casos onde há o conflito de normas, aplica-se a seguinte ordem de solução dos conflitos. 
Hierárquico: Onde a lei superior prevalece sobre a lei inferior.
Temporal: a lei mais atual prevalece sobre a mais antiga.
Especial: onde a lei especial prevalece sobre a lei geral.
Após anos somando doutrinas e jurisprudência, chegou-se a alguns princípios utilizados para a interpretação da constituição. Baseados em pressupostos lógicos, metodológicos e finalísticos aplicados às normas constitucionais, que são: 
Supremacia da constituição;
Presunção da constitucionalidade das normas e atos do poder público;
Interpretação conforme a constituição;
O da Unidade
O da Razoabilidade
O da Efetividade
Diferença entre forma de Estado, Forma de Governo e Sistema de governo.
FORMA DE ESTADO: é a maneira pela qual o estado organiza sua população, seu território e exerce dentro deste, seu poder político (soberania e autonomia) sobre todos os cidadãos. As formas de Estado são três: UNITÁRIO, FEDERAL E REGIONAL.
	Unitário: O poder é centralizado em um único polo governamental, que exerce plenamente o governo. Além de centralizar as ações políticas, administrativas e jurídicas. EX: França, Paraguai, Chile.
SOBERANIA: ÚNICA
LEI BÁSICA: CONSTITUIÇÃO
TIPO DE DIREITO: INTERNOS
SEPARAÇÃO (dos estados): NÃO EXISTE
COMPETÊNCIA: CENTRALIZADA
	Federal: Caracteriza-se por um poder central (UNIÃO) que exerce a soberania em nome de todos os demais estados-membros submetidos à uma constituição. Estes estados estão hierarquicamente igualados dentro desta federação, sendo autônomos, mas não soberanos. Nesta forma de Estado, acontece a descentralização política, administrativa e jurídica. EX: Brasil, EUA.
SOBERANIA: ÚNICA
LEI BÁSICA: CONSTITUIÇÃO
TIPO DE DIREITO: INTERNO
SEPARAÇÃO: NÃO PERMITE
COMPETÊNCIA: DESCENTRALIZADA
	Regional: Nesta forma de estado, há um meio termo entre o estado federal e o unitário. Não há predominância da centralização do poder como no estado unitário, nem sua total descentralização como no estado federal. Há dentro da federação, comunidades autônomas, que detém seus próprios órgãos de governo, seus presidentes, seus parlamentos, porém não dotadas de poder constituinte próprio. Ou seja, mesmo que respeitando a constituição federal ou central, essas comunidades autônomas não podem ter sua constituição estadual. EX: Espanha.
SOBERANIA: ÚNICA
LEI BÁSICA: CONSTITUIÇÃO
TIPO DE DIREITO: INTERNO
SEPARAÇÃO: PERMITE
COMPETÊNCIA: DESCENTRALIZADA
FORMA DE GOVERNO: É a maneira com que os órgãos fundamentais do Estado se formam, assim como seus poderes e relações; ou seja, designa a organização política do Estado a quem é confiado o exercício dos poderes públicos. No Brasil, a forma de governo é a República, onde o intitulado chefe de estado ou presidente da república é eleito por voto direto ou por uma assembleia restrita, para que exerça o poder por mandato e período (tempo) limitados. Por nossa forma de estado ser Federal, temos então, uma república federal ou federativa.
SISTEMA DE GOVERNO: é a maneira de como o poder político do estado é dividido e exercido. Os principais sistemas de governo utilizados no mundo são: parlamentarismo, presidencialismo e semi-presidencialismo. 
No parlamentarismo, o poder executivo depende direta ou indiretamente do parlamento. Não havendo uma total separação entre os poderes executivo e legislativo.
No presidencialismo, o poder executivo não depende do parlamento para tomada e execução de decisões, nem pode ser deposto em circunstâncias normais. 
No semi-presidencialismo: há duas figuras presentes que são: o Chefe de estado, geralmente chamado de presidente, eleito por voto direto e dotado de alguns poderes, dentre os quais de dissolver o parlamento, instituir e destituir o primeiro ministro. E o chefe do governo, geralmente com o título de primeiro-ministro, também dotado de poderes que geralmente estão voltados a administração da coisa pública. Ou seja, irá comandar as ações do governo.
SENTIDOS DA CONSTITUIÇÃO
Sentido Sociológico: Defendido por Lassalle, este sentido enxerga a existência de uma constituição real, que é tão somente a relação entre os fatos sociais ocorridos dentro do estado. É como se a constituição fosse se moldando constantemente à realidade social do país. Para ele, a constituição em sua forma escrita não tem validade nenhuma. Sendo um simples pedaçode papel que poderia até mesmo deixar de existir se não estivesse de acordo com a força dos fatores reais de poder, a classe ou grupo dominante na sociedade em questão.
Sentido Político: Neste sentido, Carl Schmitt afirma que a validade de uma constituição não se apoia na justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe dá existência. Ele classificou os conceitos da constituição em quatro grupos: Sentido Absoluto, Relativo, Positivo e Ideal.  Em sentido absoluto, a Constituição é o próprio Estado, é a formação da junção da unidade política e da ordem social de um certo Estado. Em sentido relativo, a Constituição aparece como um conjunto de leis particulares. Em sentido ideal, a Constituição identifica-se com certo conteúdo político e social, só existindo Constituição quando o documento escrito corresponder a certo ideal de organização política. Em sentido positivo, a Constituição é considerada como uma decisão política fundamental, decisão concreta de conjunto sobre o modo e a forma da existência da unidade política.
Sentido Jurídico: de acordo com Hans Kelsen, a constituição é nada mais nada menos que uma norma pura. Exatamente o que está escrito no texto da lei. Sem nenhum aspecto sociológico, filosófico ou político. Kelsen desenvolveu dois sentidos para constituição que são: o sentido lógico-jurídico: a constituição é apenas uma norma pensada que serve apenas para fundamentar ou dar razão lógica ao sentido jurídico-positivo. 
O Sentido Jurídico-Positivo: É a norma constitucional sem influencias políticas, sócio lógicas e filosóficas. É a norma que regula e dá vida a outras normas, em obediência à Norma positiva suprema.
Sentidos Modernos da Constituição:
Força Normativa da constituição: Este sentido defendido por Konrad Hesse afirma que a constituição tem, ao contrário do que defendia Lassalle, força para moldar a realidade da sociedade, submetendo os cidadãos às normas constitucionais. 
Constitucionalização Simbólica: Diz Marcelo Neves que a norma é apena um elemento simbólico, pois nem mesmo o poder constituinte a criou para que ela fosse concretizada. Ele toma por base os países que são ditatórias. Até mesmo nestes países os direitos fundamentais estão previstos na constituição, porém não são cumpridos. São ignorados.
Constituição Aberta: Peter Häberle e Carlos Alberto Siqueira Castro acreditam que a Constituição tem objeto dinâmico e aberto, para que se adapte às novas expectativas e necessidades do cidadão. Se for aberta, admite emendas formais (EC) e informais (mutações constitucionais), está repleta de conceitos jurídicos indeterminados. Ex: art. 5º, XI, CF - no conceito de "casa" está incluso a casa e o escritório onde exerce atividade profissional. A ideia dele é que nós devemos urgentemente recusar o pensamento de que a interpretação deve ser monopolizada exclusivamente pelos juristas. Para que a Constituição se concretize é necessário que todos os cidadãos se envolvam num processo de interpretação e aplicação da constituição. O titular do poder constituinte é a sociedade, por isso ela deve se envolver no processo. Essa ideia abre espaço para que os cidadãos participem cada vez mais nessa interpretação.
Concepção Cultural: é a somatória de todos os sentidos anteriores, onde não se desprezam os fatores políticos, sociológicos, filosóficos e jurídicos. De acordo com esta concepção, a Constituição é fruto da cultura existente dentro de determinado contexto histórico, em uma determinada sociedade, e ao mesmo tempo, é condicionante dessa mesma cultura, pois o direito é fruto da atividade humana. Meirelles Teixeira a partir dessa concepção cultural cria o conceito de Constituição Total, que diz: "Constituição é um conjunto de normas jurídicas fundamentais, condicionadas pela cultura total, e ao mesmo tempo condicionantes desta, emanadas da vontade existencial da unidade política, e reguladoras da existência, estrutura e fins do Estado e do modo de exercício e limites do poder político".
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
Atualmente há nove tipos de classificações das constituições. Vejamos:
MATERIAL OU FORMAL (quanto ao conteúdo)
Material: São aquelas relativas à estrutura, atribuições e competências dos órgãos supremos do Estado, sobre as instituições fundamentais do Estado e sobre a posição do cidadão no Estado.
Formal: Além de possuir matérias constitucionais, também possui outros assuntos como o art. 242, § 2º. Que diz:  “o Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal”. De acordo com o STF, há certa hierarquia entre as normas constitucionais, mas apenas de maneira argumentativa. Não podendo ser considerado inconstitucional por ser este parágrafo algo apenas formal. Apesar de nossa C.F. ser formal, tudo que há nela é norma constitucional.
ESCRITA OU NÃO-ESCRITA (quanto à forma)
ESCRITA: como o próprio tema já afirma, trata-se de constituições colocadas no papel. 
NÃO-ESCRITA: trata de constituições que foram construídas apenas pelos costumes de uma determinada sociedade. Maior exemplo: constituição da Inglaterra.
DOGMÁTICA OU HISTÓRICA (quanto ao modo de elaboração)
Dogmática: é aquela que é fruto de um poder constituinte. Tem esse nome por refletir os dogmas de um momento da história. Dogmas serão os princípios que darão causa ao ordenamento constitucional. Significado de Dogma no âmbito jurídico: a parte da ciência jurídica que critica e classifica os princípios que constituíram a fonte do direito positivo de determinado país.
Histórica: esta é formada por uma lena evolução histórico-cultural de uma sociedade. EX: Inglaterra.
PROMULGADA, OUTORGADA ou CESARISTA (quanto a origem)
Promulgada: é aquela que é feita pela assembleia constituinte, que representam a vontade popular.
Outorgada: é aquela que é imposta por um governante ou por alguém por ele ordenado. 
Cesarista: é aquela que é feita pelo governante, mas colocada para apreciação do seu povo, por meio de um referendo.
SINTÉTICA OU ANALÍTICA: (quanto a extensão)
Sintética: é aquela bem pequena, reduzida, como a constituição americana.
Analítica: é a constituição detalhada, extensa, grande, como a Constituição Brasileira.
GARANTIA OU DIRIGENTE: (quanto a finalidade)
Garantia: é aquela que se limita a fixar direitos e garantias. É uma carta declaratória.
Dirigente: além de fixar garantias e direitos, ela determina certos caminhos que o estado deverá seguir.
IMUTÁVEL, RÍGIDA, SEMI-RÍGIDA OU FLEXÍVEL: (quanto a estabilidade)
Imutável: Jamais poderão ocorrer alterações em suas normas constitucionais.
Rígida: São necessários procedimentos rígidos para que se altere quaisquer normas desta constituição.
Semi-rígida: é aquela em que as normas constitucionais podem ser alteradas, em parte por um processo legislativo comum, em parte por um processo especial.
Flexível: possui um procedimento simples para a alteração de suas normas.
Ortodoxa ou Eclética (quanto a Dogmática / Ideologia)
Ortodoxa: são as que adotam apenas uma ideologia política informadora de suas concepções, afastando o pluralismo.
Eclética: são aquelas que procuram conciliar ideologias opostas.
NORMATIVAS, NOMINATIVAS OU SEMÂNTICAS: (Quanto a Ontologia = Correspondência com a realidade)
Normativas: Estão em plena consonância com a realidade social, conseguindo regular os fatos da vida política do Estado.
Nominativas: São elaboradas com a finalidade de, efetivamente, regular a vida política do Estado. Mas, não alcança o seu objetivo.
Semânticas: São criadas apenas para legitimar o poder daqueles que já o exercem. Nunca tiveram o desiderato de regular a vida política do Estado. É típica de regimes autoritários.
A Constituição Federal de 1988 classifica-se como promulgada, formal, analítica, dogmática, eclética (pragmática), dirigente, normativa (ou tendente a sê-la), rígida e escrita codificada.
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
Segundo José Afondo da Silva
Conforme classificação elaborada por José Afonso da Silva, as normas constitucionais podem ser diferenciadas ou separadasem diversas categorias levando-se em conta a sua estrutura normativa e conteúdo, sendo que essas "categorias" são denominadas de "elementos". São eles:
a) elementos orgânicos: que contêm normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder, que se concentram, predominantemente, nos Títulos II (Da organização do Estado), IV (Da organização dos Poderes e Sistemas de Governo), Capítulos II e III, do Título V (Das Forças Armadas e da Segurança Pública) e VI (Da Tributação e do Orçamento);
b) elementos limitativos: que se manifestam nas normas que consagram o elenco dos direitos e garantias fundamentais (do Título II da Constituição - Dos Direitos e Garantias Fundamentais), excetuando-se os Direitos Sociais, que entram na categoria seguinte;
c) elementos sócio-ideológicos: consubstanciados nas normas que revelam o caráter de compromisso das Constituições modernas entre o Estado individualista e o Estado Social, intervencionista, como as do Capítulo II do Título II (Direitos Sociais) e as dos Títulos VII (Da Ordem Econômica e Financeira) e VIII (Da Ordem Social);
d) elementos de estabilização constitucional: consagrados nas normas destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição , do Estado e das instituições democráticas, como os encontrados nos arts. 34 a 36 , CF , os arts. 59, I e 60 (processo de emendas à Constituição), art. 102, I. a (controle de constitucionalidade);
e) elementos formais de aplicabilidade: que são os que se acham consubstanciados nas normas que estabelecem regras de aplicação das normas constitucionais, assim, o preâmbulo, o dispositivo que contém as cláusulas de promulgação, as disposições constitucionais transitórias e o § 1º, art. 5º, que determina que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS:
As normas constitucionais são divididas em três grandes grupos em conformidade com José Afonso da Silva.
Normas de Eficácia Plena, Normas de Eficácia Contida e Normas de eficácia Limitada ou Reduzida.
As normas de eficácia plena: são aquelas de eficácia imediata, ou seja, são normas autoaplicáveis, pois não necessitam de autorização legislativa nem tampouco de complementação para produzir todos os seus efeitos jurídicos.
As Normas de Eficácia Contida: São normas que já possuem aplicabilidade imediata, porém apresentam um conteúdo bastante amplo, conferindo, pois, ao legislador, a oportunidade de restringi-lo. Enquanto o legislador não atua na restrição de tal norma, ela continua com plenitude máxima de aplicabilidade e com máximo efeito jurídico. Diante do conhecimento acima, ao se analisar o art.5º, XIII, da Constituição Federal, “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, algumas respostas podem ser apresentadas. Primeiramente, o artigo acima confere a todos a liberdade de escolha quanto à profissão desejada. Isto significa que todos os indivíduos podem escolher livremente a profissão que desejam abraçar. Apesar disso, o próprio artigo confere ao legislador a capacidade de restringir o seu conteúdo, estabelecendo requisitos relacionados ao exercício da profissão escolhida. Por exemplo, qualquer o indivíduo pode desejar ser médico e escolher esta profissão para sua vida. No entanto, para que possa efetivamente exercer tal profissão precisa terminar o curso superior de medicina, registrando o respectivo diploma junto ao Conselho Regional de Medicina.
As Normas de Eficácia Limitada ou Reduzida.
As normas constitucionais de eficácia limitada dependem da legislação posterior para completar-lhe o conteúdo e dar-lhe eficácia. Elas não são auto executáveis, o que significa que dependem da conduta legislativa para operarem todos os efeitos jurídicos pretendidos pelo legislador constituinte. A utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou ainda “na forma da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está integralmente aplicada.
 Elas se subdividem em Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para dar corpo às instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição. Divididas em impositivas e facultativas. As impositivas são as que OBRIGAM o legislador a complementa-las. As Facultativas: são as que não obrigam o legislador a complementa-las
Normas de Princípio Programático: são as que estabelecem programas a serem desenvolvidos mediante legislação integrativa da vontade constituinte.
Em linhas gerais:
1- Plena: nunca vai estar escrito no seu dispositivo: “nos termos da lei”. Ela é completa, não aceita e nem precisa de uma regulamentação.
2- Contida: admite uma regulamentação, mas para conter o alcance da norma. (vai estar no texto do dispositivo uma autorização / previsão do legislador para reduzir o alcance da norma: “salvo disposição em contrário, exceto...”)
3- Limitada: não produz nem pode produzir todos os efeitos, pois NECESSITA de uma regulamentação ou atuação do administrador para integrar a eficácia da norma. Essa regulamentação vem para ampliar o alcance da norma. (Normalmente, no dispositivo vem escrito: “nos termos da lei”; “na forma da lei”)
Artigo 1 da Constituição Federal
No artigo 1º da Constituição temos a consagração dos princípios materiais estruturantes que constituem diretrizes fundamentais para toda a ordem constitucional. Com relação a este artigo 1º é importante relembrar que adotamos como forma de Estado a Federação, como forma de governo a República, como sistema de governo o Presidencialista e como regime de Governo o Democrático.
Principais aspectos dos fundamentos contidos no artigo 1º:
a) Soberania: Pode ser definida como um poder político supremo;
b) Cidadania: Decorre diretamente do princípio do Estado Democrático de Direito, consistindo na participação política do indivíduo nos negócios do Estado;
c) Dignidade da pessoa humana: É o “norte” da constituição, permitindo uma nova reconstrução de todo o ordenamento.
Passou a ser considerado também o valor constitucional supremo e, dessa forma, o indivíduo passou a ser o ponto central do sistema e não mero objeto dele;
d) Valores sociais do trabalho: Busca impedir a concessão de privilégios econômicos condenáveis, por ser o trabalho imprescindível à promoção da dignidade da pessoa humana;
e) Livre iniciativa Ligada ao liberalismo econômico, envolve a liberdade de empresa e a liberdade de contrato.
Importa ressaltar que a livre iniciativa é também um princípio fundante da ordem econômica;
f) Pluralismo político: Diz respeito a uma sociedade plural onde exista diversidade e onde as liberdades devem ser respeitadas.
O pluralismo é social, político, religioso, econômico, de ideias, cultural, dos meios de informação.
Artigo 2 da Constituição Federal:
“São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
O Estado brasileiro é organizado de acordo com a teoria da tripartição do Poder do Estado, como está disposto no artigo 2º da Constituição Federal. Montesquieu idealizou a fórmula que trata de atribuir o exercício do Poder do Estado a órgãos distintos e independentes, cada qual com uma função específica, prevendo-se ainda um sistema de controle entre poderes, de modo que nenhum dos integrantes dos três Poderes pudesse agir em desacordo com as leis e a Constituição.
Esse sistema de controles recíprocos é também conhecido como "sistema de freios e contrapesos", expressão tomada da doutrina norte-americana. O Poder Legislativo elabora as leis, respeitando os parâmetros da Constituição. Ao Poder Executivo é atribuída a função administrativa e adota os princípios da soberania popular e da representação. O Poder Judiciário tem a obrigação de julgar quaisquer conflitos que possam surgir no País, baseando-se nas Leis em vigor. 
Quando se fala em harmônicos significa que cooperaram, colaboram entre os Poderes, trabalham juntos para garantir a vontade da União.
Quando sefala em independentes trata-se de ausência de subordinação entre os poderes. Todos eles estão no mesmo patamar de hierarquia.
Artigo 3 da Constituição Federal:
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - Garantir o desenvolvimento nacional;
III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Este artigo nos traz finalidades que devem ser alcançadas pelo Estado. Por serem objetivos, são metas a serem cumpridas.
Finalidades, ou seja, objetivos são diferentes de fundamentos e de princípios. Pois os objetivos dos incisos acima, tratam da busca constante e incessante pelo desenvolvimento da nação associado à Justiça e solidariedade. Quando somos justos, vemos a marginalização, a pobreza, as desigualdades e os preconceitos como elementos danosos a nossa sociedade. Logo, o reflexo deste senso de justiça é a prática da solidariedade. Notem que estes são objetivos fundamentais da república. Portanto, não são metas de exclusividade do governo, e sim um alvo de toda sociedade civil organizada. 
Artigo 4 da Constituição Federal:
Art. 4°- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I- independência nacional;
II- prevalência dos direitos humanos;
III- autodeterminação dos povos;
IV- não-intervenção;
V- igualdade entre os Estados;
VI- defesa da paz;
VII- solução pacífica dos conflitos;
VIII- repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX- cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X- concessão de asilo político.
Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Independência nacional
A República Federativa do Brasil não se submeterá a nenhum outro ordenamento jurídico.
Prevalência dos direitos humanos
Os direitos humanos têm de estar em posição hierárquica acima do que qualquer outro bem jurídico local.
Autodeterminação dos povos
Esse princípio pode ser interpretado como o respeito à soberania dos outros países.
Não-intervenção
Pode ser entendida como a não aceitação de invasão armada de outros países a nossa República.
Igualdade entre os Estados
Não chega ser uma igualdade absoluta, mas relativa, na medida de suas desigualdades, que se mostram mais específicas no plano econômico. É uma tentativa de diminuir essa distância entre uns e outros Estados. Como premissa fundamental de Direito Internacional Público, a igualdade está intimamente associada ao princípio da reciprocidade.
Defesa da paz
Paulo Bonavides define que o direito à paz é concebido como direito imanente à vida, sendo condição indispensável ao progresso de todas as nações, em todas as esferas (BONAVIDES, 2008).
Solução pacífica dos conflitos
Complementa o princípio anterior, pois busca solução pacífica e repudia a guerra para que ocorram mudanças nos países.
Repúdio ao terrorismo e ao racismo
O terrorismo internacional não encontrará refúgio aqui e qualquer tipo de terrorismo em solo nacional sofrerá as penas da lei.
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
A interação pelo progresso da humanidade baseia-se no dever de solidariedade e de auxílio mútuo entre as nações.
Concessão de asilo político
Esse asilo é concedido a quem esteja sendo perseguido por motivos políticos ou de opinião em seus países ou em outros países que estejam habitando.

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