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Linfomas Não-Hodkings Os linfomas, de maneira geral, são tipos de câncer (neoplasia hematológicas) que formam um grupo amplo de entidades malignas que podem apresentar padrão histológico e comportamento clínico diferenciado que têm início nos linfonodos (gânglios ou nódulos do tamanho de um grão de feijão) ou tecidos do sistema linfático – em alguns casos podem se originar também em órgãos como estômago e intestino. Para entender melhor: o sistema linfático é uma rede de vasos e estruturas (linfonodos) que abrigam diversas populações de linfócitos (como linfócitos B e T), que produzem anticorpos naturais para combater infecções. A doença acontece quando um linfócito tem seu DNA modificado e começa a se multiplicar sem controle, resultando em um acúmulo dessas células, formando massas tumorais. O perigo maior é quando a doença avança, se dissemina para outros órgãos e atinge a medula óssea. Os tipos de linfoma são linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não Hodgkin (LNH). Linfoma Hodgking e Não Hodgking Linfoma Hodgking: - A diferença entre os diversos tipos de LNH e o linfoma de Hodgkin está nos grupos de células acometidas: enquanto o LNH apresenta grupos lotados de células cancerosas, o de Hodgkin apresenta um número relativamente baixo de linfócitos B doentes (apenas desse tipo) misturados a demais subtipos de células saudáveis. E O linfoma de Hodgkin é responsável por 12% dos casos de linfoma, Então ele é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, conhecidas com células de Reed-Sternberg. Essas células – as únicas verdadeiramente neoplásicas no linfoma de Hodgkin – são geralmente observadas em número reduzido, em meio a uma mistura de células inflamatórias e estromais no tecido tumoral. Linfoma Não-Hodgking: - Os linfomas não Hodgkin, muito mais comuns, também são predominantemente derivados de linfócitos B, porém heterogêneo em sua morfologia alem de grande variedade genética e imunofenotipica. Outra diferença é que nos linfomas não Hodgkin há um contingente menos significativo de células inflamatórias e estromais no tecido tumoral, e a grande maioria das células são clonais, derivadas de um precursor linfoide comum que sofreu transformação neoplásica. Linfoma Não-Hodgking - linfomas indolentes: sobrevida, se não for tratado, de anos - linfomas agressivos: sobrevida, se não for tratado, de meses - linfomas muito agressivos: sobrevida, se não for tratado, de semanas Os linfomas indolentes em geral não respondem bem à quimioterapia e não são curáveis; no entanto, mesmo os pacientes que não tiveram uma resposta adequada ao tratamento podem ter uma sobrevida longa. Já os linfomas agressivos e, especialmente os muito agressivos, respondem muito bem ao tratamento e são potencialmente curáveis, entretanto, apenas os pacientes com resposta completa à quimioterapia têm chance de obter uma cura. Sintomas • Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; • Sudorese noturna excessiva; • Febre; • Prurido (coceira na pele); • Perda de peso inexplicada Fatores de risco: Sistema imune comprometido - Pessoas com deficiência de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma; Exposição Química - Os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença; Exposição a altas doses de radiação. Diagnóstico Biópsia Durante a biópsia, é retirada pequena porção de tecido (em geral linfonodos) para análise em laboratório de anatomia patológica. Punção lombar - retira-se pequena porção do líquido cerebroespinhal (líquor), que banha o cérebro e a medula espinhal (não confundir com medula óssea). Esse procedimento determina se o sistema nervoso central foi atingido Radiografias de tórax - podem detectar tumores no tórax e pulmões; Tomografia Computadorizada - visualiza internamente os segmentos do corpo por vários ângulos, permitindo imagens detalhadas; Ressonância Nuclear Magnética (RNM) - também produz imagens detalhadas dos segmentos corporais; Imunohistoquímica - anticorpos são utilizados para distinguir entre tipos de células cancerosas; Estudos de Citogenética - determinam alterações no cromossomos das células Tratamento A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de Linfoma Não-Hodgkin. A radioterapia é usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas relacionados ao tumor, ou também para consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certos sítios no organismo mais propensos à recaída. Para linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva, consistindo de injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal. Naqueles pacientes que já têm envolvimento do sistema nervoso no diagnóstico, ou desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos; entretanto, as injeções de drogas no líquido cérebro-espinhal são feitas com maior freqüência. Imunoterapias, particularmente interferon, anticorpos monoclonais, citoquinas e vacinas tumorais estão sendo submetidos a estudos clínicos para determinar sua eficácia nos Linfomas Não-Hodgkin. Para algumas formas específicas de linfoma, um dos anticorpos monoclonais já desenvolvidos, denominado Rituximab, mostra resultados bastante satisfatórios, principalmente quando associada à quimioterapia. No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento podem ir desde apenas observação clínica sem início do tratamento, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação mais adequada. _____________________________________________________________________________ HMA: Paciente realizou quimioterapia ( 1 ciclo) e em seguida foi internada, sendo diagnosticada com pneumonia à esquerda. - Recebeu alta e deu entrada novamente no hospital, onde foi realizado uma drenagem de torax. - A partir de exames constatou-se um abscesso pulmonar que drenou espontaneamente para a cavidade pleural formando um hidro-pneumotorax. - Foi realizado uma toracotomia com drenagem fechada, para colocação de dreno na regiao inferior esquerda. -Após novos exames foi constatado o hidro-pneumotorax a esquerda + encarceramento pulmonar (espessamento da pleura viceral) e atelectasia à esquerda. - Foi realizada uma decorticação pulmonar + segmentectomia pulmonar atipica em L/E. (Decorticação é o procedimento cirúrgico realizado por especialista em cirurgia torácica, , que tem por objetivo, a reexpansão pulmonar, além de uma limpeza da cavidade pleural de todo pús e fibrina ali acumulados. Em decorrência de uma infecção pleural grave. É indicada também após uma drenagem toracica onde o pulmão continua sem reexpandir.) (Segmentectomia: Quando se retira uma parte pequena do pulmão, reservada para pacientes com tumores pequenos e que não suportam cirurgias maiores por apresentarem idade ou condições clínicas e/ou respiratórias limitadas.) Medicamentos: - Bromoprida: Este medicamento está indicado para o alívio dos distúrbios da motilidade gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal. - Ceftazidima:Infecções respiratórias baixas. Infecção articular e óssea. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção intra-abdominal. Infecção gênito-urinária. Infecções gonocócicas. Profilaxia trans-operatória de alto risco. - Clexane: Tratamento da trombose venosa profunda com ou sem embolismo pulmonar; Tratamento da angina instável e infarto do miocárdio semelevação do segmento ST, administrado concomitantemente ao ácido acetilsalicílico - Fumarato de formoterol: indicado na profilaxia e no tratamento do broncoespasmo em pacientes com doença obstrutiva reversível das vias aéreas, como a asma brônquica - Prefenid IV: PROFENID IV (cetoprofeno) é indicado para o tratamento da dor no pré e pós-operatório e outras patologias dolorosas. - Ranitdina: indicado para o tratamento da úlcera duodenal, úlcera gástrica benígna, incluindo aquelas associadas com agentes anti-inflamatórios não esteroides. Prevenção de úlceras duodenais associadas a agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo ácido acetilsalicílico, especialmente em pacientes com história de doença ulcerosa péptica, úlcera duodenal associada à infecção de H. Pylori, úlcera pós-operatória. - Tramadol: O cloridrato de Tramadol é indicado para dor de intensidade moderada à severa, de caráter agudo, subagudo e crônico.
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