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6 - Bioética no uso de animais de experimentação tecnológica

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Bioética no uso de animais de experimentação tecnológica e científica 
Bioética e Biossegurança 2013/2
Dalvania Pinho Domingues
Animais são utilizados em pesquisas científicas pelo menos desde o século V a.C.
O uso intensivo de animais em experimentos científicos foi crescente a partir dos anos 1800.
 Necessidade de regulamentar o uso de animais para fins científicos e didáticos.
©Raymundo-Goldim/2000
Introdução
 Em 1947 – Código de Nuremberg
 
Primeiras normas reguladoras da pesquisa com seres humanos. Surge a partir da tomada de conhecimento das situações abusivas durante a II Guerra Mundial.
 - o consentimento voluntário;
- a análise de riscos e benefícios;
- a liberdade do sujeito da pesquisa em se retirar do projeto; 
- a adequada qualificação do pesquisador. 
-a necessidade de estudos prévios em laboratórios e em animais;
3
Aspectos Históricos e Legais da Pesquisa Envolvendo Animais
582-500aC
Pitágoras
Pensava que a amabilidade para com todas as criaturas não-humanas era um dever.
500 a.C
330-250 a.C.
305-240 a.C.
Alcmeon
Herophilus
Erasistratus
Realizavamvivissecçõesanimais com o objetivo de observar estruturas e formular hipóteses sobre o funcionamento associado às mesmas.
450 a.C.
Hipócrates
Relacionava o aspecto de órgãos humanos doentes com o de animais, com finalidade didática.
131-201 d.C.
Galeno
Foi talvez o primeiro a realizarvivissecçãocom objetivos experimentais, ou seja, de testar variáveis através de alterações provocadas nos animais .
1638
William Harvey
Publicou o primeiro artigo científico em estudos experimentais sobre a fisiologia da circulação realizados em mais de 80 diferentes espécies animais.
1596-1650
René Descartes
Acreditava que os processos de pensamento e sensibilidade faziam parte da alma. Como na sua concepção osanimais não tinham alma, não havia sequer a possibilidade de sentirem dor.
1789
JeremyBentham
Publicou o livro "Introductiontotheprinciplesofmoralsandlegislation", que lançou a base para a posição atualmente utilizada para a proteção dos animais:A questão não é, podem eles raciocinar ? ou podem eles falar ? Mas, podem eles sofrer ?
1822
BritishAntricueltyAct
Criada a leiinglesaanticrueldade.
1824
SocietyforthePreservationofCrueltytoAnimals,
No Reino Unido háa criação das primeiras sociedadesprotetoras do animais e depois em outros países da Europa e Estados Unidos.
1859
Charles Darwin
Publicou o livro “A Origem das Espécies” e estabeleceu os pressupostos do vínculo existente entre as diferentes espécies animais num processo evolutivo. A teoria possibilitou a extrapolação dos dados obtidos em pesquisas com modelos animais para seres humanos.
1860
Claude Bernard
O grande fisiologista utilizou, o cachorro de estimação da sua filha para dar aula aos seus alunos. Em resposta a este ato, a sua esposa fundou a primeira associação para adefesa dos animais de laboratório.
Claude Bernard descreveu vários processos fisiológicos, digestivos e homeostase. Casamento de conveniencia c uma mulher rica p manter as suas pesquisas, sua familia , esposa e filhas cortaram relação devido ao fato de não concordarem com as experiencias crueis com os animais. 
5
1876
BritishCrueltyto AnimalAct
Aprimeira leia regulamentar o uso de animais em pesquisa foi proposta no Reino Unido
1909
Associação Médica Americana
A primeira publicação norte-americana sobre aspectos éticos da utilização de animais em experimentação foi proposta .
1959
3R’sde William Russell &RexBurch
Esta proposta não impede a utilização de modelos animais em experimentação, mas faz uma adequação no sentido de humanizá-la.
1975
Peter Singer
Publicou o livro "AnimalLiberation“, causou uma polêmica mundial, principalmente os relatos das condições que os animais eram submetidos pela indústria de cosméticos e no processo de produção de alimentos.
1978
Declaração Universal dos Direitos dos Animais – UNESCO
Neste documento estão lançados os grandes temas de discussão sobre este assunto.
1979
Brasil, Lei 6.638:VivissecçãoAnimais
Estabeleceu as normas de práticas didático-científica paravivissecçãode animais, mas que nunca foram regulamentadas, estipulam que somente estabelecimentos de terceiro grau podem realizar atividades didáticas com animais.
1980
Movimento para eliminar o uso de animais em pesquisas biomédicas
Alguns movimentos de defesa dos direitos dos animais, especialmente na Inglaterra, praticaram alguns atentados contra laboratórios, biotérios, instalações universitárias e até mesmo contra residências de pesquisadores.
1986
Animals(ScientificProcedures)ActReino Unido
Lei inglesa foi atualizada, com novas normas técnicas para os procedimentos que envolvam animais em projetos de pesquisa .
1996
Brasil, Resolução CNS 196/96
Vários projetos de lei estabeleceu novas normas para as pesquisas com animais.
1998
Brasil, Lei 9605, de Crimes Ambientais
Denominou como crime ambiental a prática de ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, sendo que a pena cabível é de detenção, de três meses a um ano e multa.
REPLACE - Substituição do uso de animais por métodos alternativos, tais como: testes in vitro, modelos matemáticos, cultura de células e/ou tecidos, simulação por computador, etc.
REDUCE - Redução do número de pesquisas realizadas em modelos animais, redução do número de animais utilizados nas pesquisas e aumento na qualidade do tratamento estatístico. 
REFINE - Refinamento das técnicas utilizadas visando minorar a dor e o sofrimento dos animais, incluindo cuidados de analgesia e assepsia nos períodos pré, trans e pós-operatório.
Três R’s da Experimentação Animal
Russel & Burch - 1959
©Raymundo-Goldim/2000
Declaração Universal dos Direitos dos Animais (UNESCO – 1978) 
1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida. 
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca abandonado. 
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais. 
Artigo 8º  
1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação. 
2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.
A pesquisa em animais deve ter como diretrizes mínimas
 a definição de objetivos legítimos; 
a imposição de limites à dor e ao sofrimento; 
a fiscalização de instalações e procedimentos; 
a garantia de tratamento humanitário; 
avaliar prévia dos projetos por Comitê Independente;
a responsabilização pública. 
Caso coelhos-cosméticos
 Henry Spira, em 1980, denunciou a Indústria de Cosméticos Revlon pelo uso de coelhos para fins de testes de toxicidade de cosméticos (Draize Eye Test). 
 - Draize Eye Test é uma escala para medir o quão irritante uma substância é quando colocada em contato com o olho de coelho. 
Após ter tentado convencer a empresa em contribuir para a realização de pesquisas sobre métodos alternativos de investigação de toxicidade, mandou publicar, em 15/4/80, um anúncio de página inteira, no jornal New York Times, com a seguinte frase: "How many rabbits does Revlon blind for beauty's sake ?" 
A partir de 1986 as indústrias cosméticas progressivamente abandonaram os testes utilizando animais vivos.
 Em 1989, tanto a Avon quanto a Revlon deixaram de usar animais para fins de pesquisas de seus produtos.Singer P. Animal liberation. 2ed. New York: New York Review, 1990:58-59.
©Goldim/97
A Avaliação da Pesquisa em Animais 
Deve ser avaliada através de três grandes critérios: 
 
Geração de conhecimentos é inerente ao ato de pesquisar, é a sua justificativa básica e finalidade. Este critério ganha ainda mais importância na perspectiva de que o conhecimento é sempre reconstruído, e não apenas acumulado. 
Exeqüibilidade, habitualmente, é o critério mais detalhado no processo de avaliação. A avaliação dos aspectos metodológicos e éticos pode ser feita de forma seqüencial ou conjunta. Contudo, a avaliação metodológica não pode ser dissociada da ética, pois ambas estão intrinsecamente relacionadas. Uma inadequação metodológica implica em uma inadequação ética, pois o conhecimento gerado poderá estar incorreto ou nem haver a geração de qualquer conhecimento novo. 
Relevância deverá ser avaliada pela possibilidade de transposição dos dados para o ser humano. Desta forma, talvez a melhor estratégia de manter uma orientação adequada a todo o processo de avaliação das pesquisas em animais seja realizá-las no mesmo Comitê que já avalia os projetos realizados em seres humanos.
José Roberto Goldim 
No Brasil
O Decreto-lei nº. 24.645, de 10 de julho de 1934 considera como maus tratos a mutilação ou ferimento, feito de forma voluntária em animais, com execessão aquelas operações praticadas no interesse da ciência. Esta norma considera como maus tratos abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária, não dar morte rápida, livre de sofrimentos prolongados, a todo animal cujo extermínio seja necessário.
A Lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979 permite a prática didático-científica da vivissecção animal e estabelece critérios regulamentadores. O animal só poderá ser submetido às intervenções recomendadas nos protocolos das experiências que constituem a pesquisa ou nos programas de aprendizagem cirúrgica, quando, durante ou após a vivissecção, receber cuidados especiais”. Obriga o emprego de anestesia, o registro dos biotérios e centros de pesquisas em órgãos competentes e a supervisão competente por técnico especializado. É permitido o sacrifício do animal sob estrita obediência às prescrições. Proibe a vivissecção em estabelecimentos de 1º e 2º graus e em quaisquer locais freqüentados por menores de idade.
O Decreto Municipal (RJ) 19.432, de 1o. de janeiro de 2001 proibiu a prática de vivissecção e de experiências com animais em instituições veterinárias públicas municipais, na presença de tecnologia alternativa para a experimentação. 
A Constituição Federal (1988), em seu art. 225, parágrafo 1o, inciso VII, veda a prática que submeta animais a atos onde possa estar presente a crueldade, sendo que tal conduta sujeita o infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Nesta perspectiva, especialmente na área científica, a crueldade implícita nesta ou naquela técnica ou pesquisa, apresenta extrema mobilidade. Torna-se importante apenas que o pesquisador utilize os meios e instrumentos mais atualizados para realizá-la, dentro de sua área de atuação.
A Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, denomina como crime ambiental a prática de ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, sendo que a pena cabível é de detenção, de três meses a um ano, e multa.
DECRETO Nº 6.899, DE 15 DE JULHO DE 2009
Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal - CONCEA, estabelece as normas para o seu funcionamento e de sua Secretaria-Executiva, cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais - CIUCA, mediante a regulamentação da Lei no 11.794, de 8 de outubro de 2008, que dispõe sobre procedimentos para o uso científico de animais, e dá outras providências.
LEI Nº 11.794, DE 8 DE OUTUBRO DE 2008. 
Art. 1o A criação e a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, obedece aos critérios estabelecidos nesta Lei.
§ 1o A utilização de animais em atividades educacionais fica restrita a:
I – estabelecimentos de ensino superior;
II – estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica.
Manter cadastro atualizado dos procedimentos de ensino e pesquisa realizados ou em andamento no País, assim como dos pesquisadores, a partir de informações remetidas pelas Comissões de Ética no Uso de Animais - CEUAs, de que trata o art. 8o desta Lei.
ANVISA
Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência reguladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes durante o período de mandato e autonomia financeira. 
A Agência tem como campo de atuação não um setor específico da economia, mas todos os setores relacionados a produtos e serviços que possam afetar a saúde da população brasileira. Sua competência abrange tanto a regulação sanitária quanto a regulação econômica do mercado.
Além da atribuição regulatória, também é responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), de forma integrada com outros órgãos públicos relacionados direta ou indiretamente ao setor saúde. Na estrutura da administração pública federal, a Anvisa encontra-se vinculada ao Ministério da Saúde e integra o Sistema Único de Saúde (SUS), absorvendo seus princípios e diretrizes.
Vivissecção 
Antivivissecção
Reportagens
Ativismo emocional
 Os zooxiitas
Nota Fiocruz
AVALIAÇÕES
P 1 – 22/11/13
P2 – 17/01/14
2ª chamadas – 24/01/14
PF – 31/01/14

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