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Direito do Trabalho: Requisitos e Regras

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OAB PRIMEIRA FASE – IX EXAME DE ORDEM 
Direito do Trabalho 
Renato Saraiva 
1 
REQUISITOS CARACTERIZADORES DA 
RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S. 331 TST 
 
 OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. 
EMPREGADOS DA EMPRESA PRES-TADORA 
DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. 
ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 
(DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) A 
contratação irregular de trabalhador, mediante 
empresa interposta, não gera vínculo de emprego 
com ente da Administração Pública, não 
afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o 
direito dos empregados terceirizados às mesmas 
verbas trabalhistas legais e normativas 
asseguradas àqueles contratados pelo tomador 
dos serviços, desde que presente a igualdade de 
funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da 
Lei n.º 6.019, de 03.01.1974., 
 
 
 
 
 
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO DA 
CLT 
 
• Conceito – art. 443, § 1º da CLT 
• Requisitos de Validade – art. 443, § 2º da CLT 
• Prazo – art. 445 § único da CLT 
• Prorrogação – art. 451 da CLT 
• Contratos sucessivos – art. 452 da CLT 
• Ausência de aviso-prévio 
• Indenização – rompimento antecipado – 
artigos 479/480 da CLT 
• Cláusula assecuratória – art. 481 da CLT 
• Indenização – Decreto 99.684/90 – art. 14 
 
ALTERAÇÃO BILATERAL – REGRA GERAL 
 
 Art. 468. Nos contratos individuais de 
trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e, ainda 
SUJEITOS DO 
CONTRATO DE 
TRABALHO
EMPREGADO 
(art. 3º da CLT)
EMPREGADOR 
(art. 2º da CLT)
ART. 2º 
DA CLT
S. 129 
TST
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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assim, desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena 
de nulidade da cláusula infringente desta 
garantia. 
 
ART. 468 § ÚNICO DA CLT 
 
SÚMULA 372 DO TST 
 
 ALTERAÇÃO DO LOCAL DA 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: 
 
 Art. 469. Ao empregador é vedado 
transferir o empregado, sem a sua anuência, 
para localidade diversa da que resultar do 
contrato, não se considerando transferência a 
que não acarretar necessariamente a mudança 
do seu domicílio. 
 § 1.o Não estão compreendidos na 
proibição deste artigo os empregados que 
exerçam cargos de confiança e aqueles cujos 
contratos tenham como condição implícita ou 
explícita, a transferência quando esta decorra da 
real necessidade de serviço. 
 § 2.o É lícita a transferência quando 
ocorrer extinção do estabelecimento em que 
trabalhar o empregado. 
 § 3.o Em caso de necessidade de serviço 
o empregador poderá transferir o empregado 
para localidade diversa da que resultar do 
contrato, não obstante as restrições, do artigo 
anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um 
pagamento suplementar, nunca inferior a 25% 
(vinte e cinco por cento), dos salários que o 
empregado percebia naquela localidade, 
enquanto durar essa situação”. 
 
ALTERAÇÃO SUBJETIVA 
 
ARTIGOS 10 E 448 DA CLT 
 
SUCESSÃO DE EMPREGADORES 
 
INTERRUÇÃO – HIPÓTESES: 
- ART. 473 DA CLT; 
- LICENÇA-PATERNIDADE; 
- ENCARGOS PÚBLICOS ESPECÍFICOS; 
- DESCANSOS TRABALHISTAS REMUNE-
RADOS; 
- LICENÇA-MATERNIDADE (GESTANTE E 
MÃE ADOTIVA); 
- ART. 395 DA CLT; 
- LICENÇA-REMUNERADA; 
- ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENÇA – 
PRIMEIROS 15 DIAS 
 
SUSPENSÃO – HIPÓTESES: 
 
ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENÇA APÓS 
O 15º DIA; 
 
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR 
OBRIGATÓRIO; 
 
GREVE; 
 
ELEIÇÃO DO EMPREGADO PARA O CARGO 
DE DIRIGENTE SINDICAL; 
 
SÚMULA 269 DO TST; 
 
LICENÇA NÃO REMUNERADA; 
 
SUSPENSÃO DISCIPLINAR; 
 
SUSPENSÃO DO EMPREGADO ESTÁVEL 
PARA AJUIZAMENTO DE INQUÉRITO PARA 
APURAÇÃO DE FALTA GRAVE; 
 
FALTAS INJUSTIFICADAS; 
 
PRISÃO DO EMPREGADO; 
 
AFASTAMENTO DO EMPREGADO PARA 
EXERCER DETERMINADOS ENCARGOS 
PÚBLICOS; 
 
APOSENTADORIA POR INVALIDADEZ; 
 
ART. 476-A DA CLT; 
 
 OJ-SDI1-375 AUXÍLIO-DOENÇA. 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRESCRIÇÃO. CONTA-GEM (DJe divulgado em 
19, 20 e 22.04.2010) 
 
 A suspensão do contrato de trabalho, em 
virtude da percepção do auxílio-doença ou da 
aposentadoria por invalidez, não impede a 
fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a 
hipótese de absoluta impossibilidade de acesso 
ao Judiciário. 
 
FÉRIAS: 
 
PERÍODO AQUISITIVO - art. 130/130-A CLT; 
PERÍODO CONCESSIVO – art. 134 da CLT; 
 
30 dias de férias Até 05 faltas injustificadas 
24 dias de férias 06 a 14 faltas injustificadas 
18 dias de férias 15 a 23 faltas injustificadas 
12 dias de férias 24 a 32 faltas injustificadas 
 
PGTO FÉRIAS EM DOBRO – art. 137 da CLT; 
 
FIXAÇÃO DE FÉRIAS POR SENTENÇA – art. 
137, § 1º da CLT; 
 
CONCESSÃO DE FÉRIAS – art. 135/136 da 
CLT; 
 
FÉRIAS COLETIVAS – arts. 139/140 da CLT; 
 
ABONO PECUNIÁRIO – art. 143/144 da CLT; 
 
PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS 
– art. 145 da CLT; 
 
EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE 
TRABALHO – SÚMULAS 171/261 do TST; 
 
 
 
 
OJ 342 SDI-I/TST (REDAÇÃO 23.11.09) 
 
 I - É inválida cláusula de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho contemplando a 
supressão ou redução do intervalo intrajornada 
porque este constitui medida de higiene, saúde e 
segurança do trabalho, garantido por norma de 
ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da 
CF/1988), infenso à negociação coletiva. 
 
 II – Ante a natureza do serviço e em 
virtude das condições especiais de trabalho a 
que são submetidos estritamente os condutores e 
cobradores de veículos rodoviários, empregados 
em empresas de transporte público coletivo 
urbano, é válida cláusula de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho contemplando a 
redução do intervalo intrajornada, desde que 
garantida a redução da jornada para, no mínimo, 
sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, 
não prorrogada, mantida a mesma remuneração 
JORNADA CONSTITUCIONAL
DIÁRIA E SEMANAL ART. 7º 
INCISO XIII, CF/88
TURNOS ININTERRUPTOS 
DE REVEZAMENTO ART. 7º 
INCISO XIV, CF/88
INTERVALO
INTERJORNADA 
– ART. 66 CLT
INTRAJORNADA 
– ART. 71 CLT
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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e concedidos intervalos para descanso menores 
e fracionados ao final de cada viagem, não 
descontados da jornada. 
 
 OJ-SDI1-380 INTERVALO 
INTRAJORNADA. JORNADA CONTRATUAL DE 
SEIS HORAS DIÁRIAS. PRORROGAÇÃO 
HABITUAL. APLICAÇÃO DO ART. 71, “CAPUT” 
E § 4º, DA CLT (DJe divulgado em 19, 20 e 
22.04.2010) 
 
 Ultrapassada habitualmente a jornada de 
seis horas de trabalho, é devido o gozo do 
intervalo intrajornada mínimo de uma hora, 
obrigando o empregador a remunerar o período 
para descanso e alimentação não usufruído 
como extra, acrescido do respectivo adicional, na 
forma prevista no art. 71, “caput” e § 4, da CLT. 
 
 OJ-SDI1-381 INTERVALO 
INTRAJORNADA. RURÍCOLA. LEI N.º 5.889, DE 
08.06.1973. SUPRESSÃO TOTAL OU PARCIAL. 
DECRETO N.º 73.626, DE 12.02.1974. 
APLICAÇÃO DO ART. 71, § 4º, DA CLT (DJe 
divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) 
 A não concessão total ou parcial do 
intervalo mínimo intrajornada de uma hora ao 
trabalhador rural, fixado no Decreto n.º 73.626, 
de 12.02.1974, que regulamentou a Lei n.º 5.889, 
de 08.06.1973, acarreta o pagamento do período 
total, acrescido do respectivo adicional, por 
aplicação subsidiária do art. 71, § 4º, da CLT. 
 
 HORAS IN ITINERE 
 ART. 58 § 2º DA CLT 
 SÚMULA 90 TST 
 
 VARIAÇÕES DE HORÁRIO: 
 ART. 58 § 1º DA CLT 
 SÚMULA 366 TST 
 
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL 
– ART. 58-A CLT 
 
TRABALHO NOTURNO 
URBANO 
RURAL 
RSR E FERIADOS 
 
 
 ART. 62 DACLT – EMPREGADOS 
EXCLUÍDOS DO CONTROLE DE JORNADA 
 
 SÚMULA 338 DO TST – Jornada de 
Trabalho. Registro. Ônus da Prova. 
 
 I – É ônus do empregador que conta com 
mais de 10 (dez) empregados, o registro da 
jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da 
CLT. A não-apresentação injustificada dos 
controles de frequência gera presunção relativa 
de veracidade da jornada de trabalho, a qual 
pode ser elidida por prova em contrário. 
 
 II – A presunção de veracidade da jornada 
de trabalho, ainda que prevista em instrumento 
normativo, pode ser elidida por prova em 
contrário; 
 
 III – Os cartões de ponto que demonstram 
horários de entrada e saída uniformes são 
inválidos como meio de prova, invertendo-se o 
ônus da prova, relativo às horas-extras, que 
passa a ser do empregador, prevalecendo a 
jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
FORMAS DE PRORROGAÇÃO DE JORNADA: 
 
A - MEDIANTE ACORDO ESCRITO, 
INDIVIDUAL OU COLETIVO – art. 59, §1º, da 
CLT; 
 
B – MEDIANTE ACORDO DE COMPENSAÇÃO 
DE JORNADA (banco de horas) – art. 59, §§ 2º, 
3º e 4º; 
 
C – MEDIANTE ACORDO DE COMPENSAÇÃO 
SEMANAL DE JORNADA;

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