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Universidade Anhanguera – Santo André ATPS – DIREITO PROCESSUAL PENAL I Geison Killinger Cara RA 1299132005 Leticia B. da S. Sousa RA 9902009868 Mônica H. Sire RA 8412143872 Nicolle de J. de Souza RA 8486201587 Silvana L. Petineli RA 8488211816 Vivian H. Milanez RA 5027581417 Direito Processual Penal I Prof. Lucy 6° Semestre A Santo André – SP 2016 2 Geison Killinger Cara Leticia B. da S Souza Mônica H. Sire Nicolle de J. de Souza Silvana L. Petineli Vivian H. Milanez ATPS – DIREITO PROCESSUAL PENAL I ETAPA 1 E 2 Santo André – SP 2016 3 INTRODUÇÃO Esta atividade visa identificar os princípios processuais penais do direito pátrio, que serão utilizados para sempre no decorrer de nossa carreira jurídica. Identificaremos quatro dos princípios relevantes no direito processual penal apresentados em acórdãos e seguidos de breves resumos que os abordam, cujo estudo elenca a exata compreensão que é de suma importância para a boa aplicação do Direito. ETAPA 1 Princípios Pátrios do Processo Penal Brasileiro Iniciamos com os princípios, que norteiam o Processo Penal Brasileiro, classificados como espécies do gênero “normas jurídicas”, juntamente com as regras. O princípio do estado de inocência, o princípio do contraditório, o princípio da ampla defesa, e o princípio do devido processo legal, são garantias constitucionais. Observamos nestes quatro princípios escolhidos a serem abordados, que estes princípios, são conceituados como espécies do gênero norma, consolidados em proposições abstratas e dotadas de grande conteúdo “Valor social”, onde conferem estrutura e dão forma a todo o ordenamento jurídico. "Princípio é o dogma fundamental que tem o condão de harmonizar o sistema normativo com lógica e racionalidade". (BARROS, Marco Antonio de) 4 Por tanto, como se vive sob a égide de um regime democrático de direito, os princípios que regem o Processo Penal devem estar em consonância com a liberdade individual, valor tido como absoluto pela Constituição Federal de 1988, determinados tanto pela constituição, quanto pelo Código de Processo Penal, no ordenamento jurídico processual do país, ainda, os princípios da humanidade, da igualdade das partes, da publicidade, da oficialidade, da motivação das decisões judiciais, da lealdade processual e da economia processual, aproxima a ética e o direito, de maneira clara ou ainda que de forma tácita, espelham a ideologia da sociedade, seus postulados básicos e seus fins. O reconhecimento da normatividade dos princípios, são divididas em princípios e as regras, sem hierarquia entres as normas, sendo que os mais abstratos, contêm maior carga valorativa, um fundamento ético, indicando a direção a ser seguida consistindo em comandos puramente objetivos que não dão margem a questionamentos sobre sua incidência, como observaremos fazendo uso da peça judicial Nº 88.448 - DF (2007/0183303-6) do Superior Tribunal de Justiça do distrito federal, sobre a denúncia de utilização da titulação da ação penal condenatória e inserção da fotografia do acusado, mesmo não existindo lesão ou ameaça de lesão à liberdade de ir e vir, que analisaremos ao discorrer desta atividade. 1. O princípio do estado de inocência Princípio do Favor Rei Configurando a base de toda a legislação processual penal de um Estado democrático de direto, temos o princípio da presunção de inocência ou como princípio do favor inocentiae, favor libertatis, ou in dubio pro reo, o princípio do favor rei, consubstanciando na predominância do direito de liberdade do acusado diante da existência de duas interpretações antagônicas, deve-se escolher aquela que se apresenta mais favorável ao acusado. 5 Neste condão, observamos a decisão do Superior Tribunal de Justiça do Distrito Federal, sobre objeto em tela o processo de Habeas Corpus. HABEAS CORPUS Nº 88.448 - DF (2007/0183303-6) RELATOR: MINISTRO OG FERNANDES IMPETRANTE: JOSÉ ALFREDO GAZE DE FRANCA (ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA) IMPETRADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS PACIENTE: MARCOS SUELES ALMEIDA SILVA ADVOGADO: ANDRÉ DO N DEL FIACO - DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO. EMENTA HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. DENÚNCIA. UTILIZAÇÃO DA TITULAÇÃO AÇÃO PENAL CONDENATÓRIA E INSERÇÃO DA FOTOGRAFIA DO ACUSADO. INEXISTÊNCIA DE LESÃO OU AMEAÇA DE LESÃO À LIBERDADE DE IR VIR E PERMANECER DO PACIENTE. INADMISSIBILIDADE DA VIA ELEITA. 1. Para ser cabível o habeas corpus, é necessário que haja fundado receio de que o paciente esteja sofrendo ou se ache ameaçado de sofrer violência ou coação à sua liberdade de ir vir e permanecer. 2. Nesse passo, não se pode considerar, por si e desde logo, como cerceamento à liberdade de locomoção, a ser corrigido por meio de habeas corpus, a inserção da fotografia do paciente na peça acusatória bem como a inclusão da expressão "condenatória" para nomear a ação penal, sendo incapaz até mesmo de gerar o receio de eventual prisão ilegal. 3. Além disso, a peça acusatória apenas delimita a qual espécie de ação penal responde o paciente, valendo-se de uma das classificações existentes na doutrina, que 6 comumente subdivide as ações penais de conhecimento em declaratórias, constitutivas e condenatórias. 4. Não obstante essas ponderações, não há constrangimento na utilização da nomenclatura 'ação penal condenatória'. Isso porque essa é a classificação dada à ação penal instaurada pelo Estado contra o acusado. 5. "Dentre as ações penais de conhecimento, temos a declaratória, que visa à declaração de um direito (ex: habeas corpus preventivo e pedido de extradição passiva); constitutiva, que procura a criação, extinção ou modificação de uma situação jurídica (ex: revisão criminal e homologação de sentença estrangeira); e a ação penal condenatória, que é dirigida para o reconhecimento da pretensão punitiva" (LIMA, Marcellus Polastri. Manual de Processo Penal. 2ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 161). 4. Diz o art. 5º, inciso LVIII, da CF, que o civilmente identificado não Superior Tribunal de Justiça será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. 5. A Lei nº 10.054/00, vigente à época dos fatos, previa, em seu artigo 3º, I, que o civilmente identificado por documento original poderia ser submetido à identificação criminal, quando estivesse indiciado ou acusado pela prática de homicídio doloso, crimes contra o patrimônio praticados mediante violência ou grave ameaça, crime de receptação qualificada, crimes contra a liberdade sexual ou crime de falsificação de documento público. 6. E, entre as formas de identificação criminal consta expressamente a utilização de materiais datiloscópico e fotográfico, como feito na hipótese. 7. A inserção da fotografia do acusado na vestibular viola diferentes normas constitucionais, dentre as quais o direito à honra, à imagem e também o princípio matriz de toda a ordem constitucional: o da dignidade da pessoa humana. 8. Mesmo nos termos dalei vigente à época dos fatos, era permitida a identificação criminal do acusado (por se tratar de crime contra o patrimônio praticado mediante violência ou grame ameaça) na fase de investigação. Esses dados, colhidos na fase policial, podem ser usados – como de fato o foram – na fase judicial. 7 9. É desnecessária a digitalização de foto já constante nos autos da ação penal para, novamente, colocá-la na peça acusatória. Isso porque se efetivou, num momento anterior, a devida identificação – civil e criminal – do investigado. 10. Ordem parcialmente concedida, com o intuito de determinar ao Juiz do processo que tome providências no sentido de riscar da denúncia a parte em que consta a fotografia do ora paciente. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conceder parcialmente a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Maria Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura. Brasília, 06 de maio de 2010 MINISTRO OG FERNANDES Relator Documento: 9961058 - EMENTA / ACORDÃO - Site certificado - DJe: 02/08/2010 8 RELATÓRIO O SR. MINISTRO OG FERNANDES: Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Marcos Sueles Almeida Silva contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, que extinguiu o processo lá impetrado sem exame do mérito, nos termos da seguinte ementa: Habeas corpus. Denúncia que traz a expressão 'ação penal condenatória' na folha de rosto. Digitalização da fotografia do paciente por meio eletrônico. Princípio da presunção de inocência. Inviolabilidade do direito de imagem. 1. A ação de habeas corpus é o remédio constitucional indicado a quem sofre ou está na iminência de sofrer coação em seu direito de ir vir ou ficar, por ilegalidade ou abuso de poder. Incabível sua impetração com o propósito de expurgar da denúncia a expressão ‘ação penal condenatória’, bem como a fotografia do paciente, nela digitalizada por meio eletrônico, sob o fundamento de violação ao princípio da presunção de inocência e ao direito de imagem. 2. Processo extinto sem o exame do mérito. Daí este writ em que se alega que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal, pois o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, utilizou a expressão 'ação penal condenatória', fazendo, assim, um juízo de presunção. Aduz também que constou da peça acusatória a fotografia do paciente. Afirma que o paciente só poderia ter sua imagem digitalizada junto à 'Ação Penal Condenatória' se, e somente se, não houvesse possibilidade de identificação civil, ou até mesmo por negativa do então denunciado em fornecer sua documentação pessoal, o que não ocorreu (fl. 11). Assevera violação ao princípio da presunção de inocência bem como ao direito à imagem. Salienta que o paciente está submetido a constrangimento ilegal pois houve uma exposição desnecessária de sua imagem sem a exposição dos motivos que justificariam tal 9 atitude/procedimento, frise-se, na denúncia, ou seja, antes do trânsito em julgado da condenação. Requer, assim, a retificação da peça acusatória, com a retirada do termo "condenatória", bem como da imagem do acusado. A liminar foi indeferida pelo Ministro Relator Hamilton Carvalhido, às fls. 82/83. Dispensadas as informações, o parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Delza Curvello Rocha é pela concessão da ordem (fls. 86/93). Últimas informações, colhidas na página oficial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios na internet, dão conta de que, em 22.09.08, sobreveio o trânsito em julgado da sentença, que condenou o ora paciente, por roubo circunstanciado (em crime continuado), à pena de 6 (seis) anos e 2 (dois) meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente no regime semiaberto, mais pagamento de 15 (quinze) dias-multa. É o relatório. Como observamos no exemplo do processo de Habeas Corpus, o processo penal, para que seja proferida uma sentença condenatória, é necessário que haja prova da existência de todos os elementos objetivos e subjetivos da norma penal e também da inexistência de qualquer elemento capaz de excluir a culpabilidade e a pena. Pesa sobre a acusação o ônus da prova de "todo complexo ato punível". Permitindo a absolvição do réu pelo juiz nos casos de inexistência de provas suficientes para a condenação, possibilitando ao acusado responder ao processo em liberdade. Ainda no caso em tela, observou-se que foram respeitados os demais direitos do réu em cumprir o regime semiaberto. Uma vez não comprovada a culpa do réu, este é tratado como inocente ao longo do curso processual, o que não fora observado até aqui. 10 Não há possibilidade de antecipação da pena. No caso do habeas corpus, tem-se um exemplo concreto: o réu, impetrando tal remédio jurisdicional, pede por sua liberdade de ir e vir, ou seja, de responder ao processo em liberdade, uma vez que ainda não foi declarado culpado. 2. O princípio do contraditório O contraditório é o direito que tem as partes de serem ouvidas nos autos, é o exercício da dialética processual, marcado pela bilateralidade da manifestação dos litigantes, ou seja, o réu deve ter conhecimento de que está sob acusação, a ponto de ter o poder de contestar-se ou contrariar de forma técnica, sobro o que é acusado, isto garante igualdade processual de defesa, e da mesma forma, direito a um defensor para assisti-lo, estabelecendo a igualdade entre (acusação e defesa). Destarte observamos o voto do caso sobre o processo de Habeas Corpus Nº 88.448 - DF (2007/0183303-6). O SR. MINISTRO OG FERNANDES (Relator): Como visto, o alegado constrangimento ilegal residiria no fato de a peça acusatória conter a foto do ora paciente, e também por nela constar a inscrição "ação penal condenatória". Trago à colação a elucidativa manifestação da representante do Ministério Público Federal (fls. 89/93): De início, convém ressaltar que o mérito, conforme acima demonstrado, não foi analisado pelo Tribunal de origem. Dessa forma, dele não merece conhecer essa Corte Superior de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância. 13. Entretanto, muito embora a irresignação da defesa não verse sobre direito ambulatório do paciente, e que possa ser enfrentada na via eleita – conforme, aliás, ressaltado no acórdão guerreado - entende o Ministério Público Federal – órgão incumbido constitucionalmente de zelar pelos direitos e garantias individuais - que esse Superior Tribunal de Justiça – que ostenta em seu portal o dístico 'Tribunal da Cidadania' - não se encontra impedido, com a 11 devida vênia, de apreciar esses fatos, com o objetivo de, se não deixar registrados – para efeitos essencialmente didáticos - os direitos que a pessoa humana detém, ainda que esteja encarcerado, por responder pela prática de ato delituoso, apreciar o pedido, como habeas corpus de ofício. 14. Com o advento da Constituição de 1988, iniciou-se o ingresso do País no Estado Democrático de Direito, estando elencados, em seu art. 5º, as garantias que deverão ser observadas, pelo Estado, no seu relacionamento com os cidadãos. 15. O Estado, ao comparecer perante o indivíduo, deve fazê-lo na forma da lei. O Estado só está autorizado a praticar atos autorizados pela lei. É, esse comando, a necessária observância do princípio da legalidade,que rege a atuação dos agentes públicos – entre eles os membros do Ministério Público. 16. Não é o fato de estar o indivíduo sendo denunciado por um delito que poderá autorizar o agente público a subtrair sua atuação do cumprimento desse princípio. 17. A corroborar tal posicionamento, convém trazer à baila trecho do seguinte pronunciamento da lavra do eminente Ministro Celso de Melo, verbis: A unilateralidade das investigações preparatórias da ação penal não autoriza a Polícia Judiciária a desrespeitar as garantias jurídicas que assistem ao indiciado, que não mais pode ser considerado mero objeto de investigações. O indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes a responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação criminal (RTJ 168/896-897, Rel.Min. Celso de Mello). 12 O VOTO O princípio da dignidade da pessoa humana identifica um espaço de integridade moral a ser assegurado a todas as pessoas por sua só existência no mundo. É um respeito à criação, independente da crença que se professe quanto à sua origem. A dignidade relaciona-se tanto com a liberdade e valores do espírito como com as condições materiais de subsistência. O desrespeito a este princípio terá sido um dos estigmas do século que se encerrou e a luta por sua afirmação um símbolo do novo tempo. Ele representa a superação da intolerância, da discriminação, da exclusão social, da violência, da incapacidade de aceitar o outro, o diferente, na plenitude de sua liberdade de ser, pensar e criar. Dignidade da pessoa humana expressa um conjunto de valores civilizatórios incorporados ao patrimônio da humanidade. O conteúdo jurídico do princípio vem associado aos direitos fundamentais, envolvendo aspectos dos direitos individuais, políticos e sociais. Seu núcleo material elementar é composto do mínimo existencial, locução que identifica o conjunto de bens e utilidades básicas para a subsistência física e indispensável ao desfrute da própria liberdade. Aquém daquele patamar, ainda quando haja sobrevivência, não há dignidade. A meu sentir, a inserção da fotografia do acusado na vestibular viola, de fato, diferentes normas constitucionais, dentre as quais destaco o direito à honra, à imagem e também o princípio matriz de toda a ordem constitucional: o da dignidade da pessoa humana. Com efeito, mesmo nos termos da lei vigente à época dos fatos, era permitida a identificação criminal do acusado (por se tratar de crime contra o patrimônio praticado mediante violência ou grame ameaça) na fase de investigação. Esses dados, colhidos na fase policial, podem ser usados – como de fato o foram – na fase judicial. Mas, ao que quero crer, é desnecessária a digitalização de foto já constante nos autos da ação penal para, novamente, colocá-la na peça acusatória. Veja-se que, no mais das vezes, na exordial, na sentença, no acórdão de apelação, faz-se alusão ao nome do envolvido, acompanhado da expressão "devidamente qualificado nos autos", exatamente porque o acusado já foi objeto de anterior identificação. 13 No caso presente, consta, às fls. 37, ofício encaminhado pelo Centro de Detenção Provisória contendo exatamente a identificação do paciente. Nele, inclusive, há a foto de que se valeu o Promotor ao redigir a peça processual ora atacada. Poderiam alguns alegar que a utilização da fotografia na peça acusatória visa impedir que o réu faça uso de nome falso. Ora, mas para isso já se efetivou, num momento anterior, a devida identificação – civil e criminal – do investigado. Assim, desnecessária a repetição da canhestra providência levada a efeito. É de ver que um membro do Parquet atuante na 3ª Promotoria Criminal da Circunscrição de Taguatinga escreveu, em resposta ao pedido formulado pela defesa técnica, que buscava a retificação da denúncia, que também para ele "foi uma surpresa tomar conhecimento que alguns colegas têm tido a prática de, ao lado da qualificação do acusado, colacionar sua fotografia" (fls. 30). Repita-se, uma vez mais, que essa medida era de todo desnecessária. Vimos no relatório que já há sentença. E mais: que ela se encontra coberta pelo manto da coisa julgada. Isso, no entanto, não me causa embaraço a determinar seja riscada da denúncia à parte na qual consta a fotografia do ora paciente. Pelo exposto, concedo parcialmente a ordem, com o intuito de determinar ao Juiz do processo que tome providências no sentido de riscar da denúncia a parte em que consta a fotografia do ora paciente. É como voto. Documento: 970264 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 02/08/2010 3. O princípio da ampla defesa A ampla defesa possui fundamento legal no direito ao contraditório, segundo o qual ninguém pode ser condenado sem ser ouvido. Do que se conclui que os Princípios do contraditório e da ampla defesa (apesar de serem autônomos) são necessários para assegurar o devido processo 14 legal, pois é inegável que o direito a se defender amplamente implica consequentemente na observância de providência que assegure legalmente essa garantia, e como observado, este direito é, foi e continuará sendo levado ao arguido da peça judicial analisada no caso em tela: “Ora, ao ser proposta, como o foi, a presente ação, titulada, em letras garrafais, como 'AÇÃO PENAL CONDENATÓRIA' - O Estado, representado na pessoa do Promotor de Justiça – participa e promove o desrespeito ao denunciado, que tem o direito de ver a sua acusação ser realizada por um persecutor, que no final do processo poderá reconhecer, inclusive, sua inocência, e não por um perseguidor, colocado ao seu encalço para, a qualquer custo, obter uma condenação. ” (Ministro OG FERNANDES) 4. O princípio do devido processo legal O Princípio do devido processo legal, garante a eficácia dos direitos garantidos ao cidadão pela nossa Constituição Federal, pois seriam insuficientes as demais garantias sem o direito a um processo regular, com regras para a prática dos atos processuais e administrativos, ainda neste princípio, se faz mister abordar um princípio que o complementa que é o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição, partindo da premissa como fundamento, o aspecto humano, os juízes, como homens que são, também estão sujeitos a erros. Daí surge a necessidade de um órgão hierarquicamente superior competente para revisar as decisões proferidas pelos magistrados da instancia de origem, pressupondo a existência de dois órgãos jurisdicionais: o inferior, que conhece da causa, e o superior, que tem a função precípua de rever as decisões proferidas pelo inferior. "julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição". (Art. 108, II, CF/88) 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ficou claro que os Princípios do processo penal Brasileiro têm o dever constitucional de assegurar uma sentença imparcial, justa, procurando sempre exaurir todas as dúvidas possíveis para que um inocente não seja julgado culpado. A te mesmo quando culpado, este tenha assegurado em sua parcela, o justo cumprimento e sua dose certa de responsabilidade a pagar perante a sociedade, estes princípios que norteiam o processo e encontram-se determinados tanto pela Constituição Federal quanto pelo Código de Processo Penal, destaco ainda os princípios do; Juiz natural, do Promotor natural, do duplo grau de jurisdição, da inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos, da inocência ou da não-culpabilidade, da iniciativa das partes, do impulso oficial, da obrigatoriedade e da indisponibilidade da ação penal pública, da imparcialidade do Juiz, da persuasão racional ou do livre convencimento, do ne eat judex ultra petita partium, do ne bis in idem e, por fim, da verdade material ou verdade real. No ordenamento jurídico processual do país, os princípios da; humanidade, da igualdade das partes, da publicidade, da oficialidade, da motivação das decisões judiciais, da lealdade processual e da economia processual, integrado de forma legítima ao Poder Judiciário e com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal, ou, então, os que estejam previstos a partir e com raiz no Texto Constitucional. Tal norma de proteção constitucional aplica-se de modo abrangente as todas atividades jurisdicionais. “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. “O réu tem direito público, subjetivo de conhecer o órgão do ministério público, como ocorre com o juízo natural “. (C.F./1988). 16 Levando a máxima compreensão da importância sobre a boa aplicação do Direito conclui-se que, se o Estado Democrático de Direito, não incidir na precipitação ao decidir o futuro de um ser humano, até o trânsito em julgado da sentença condenatória, evita-se assim as nulidades dos atos processuais, impede- se os gastos majorados do erário público, visando-se a melhoria em prol da celeridade e dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana, afinal… ”todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…” (Art.5 da Constituição Federal de 88) Santo André, setembro de 2016. 17 ETAPA 2 Do inquérito policial. Esta atividade é importante para que o estudante tenha amplo entendimento sobre o tema que vem despertando intenso debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 37. Embora a matéria já tenha sido tema de estudo na série passada, diante do atualíssimo tema, é necessária uma retomada ao estudo sobre a possibilidade da participação do Ministério Público nas investigações criminais. A viabilidade da participação do Ministério Público nas investigações criminais. Diante do texto proposto para leitura, que tem o intuito de dar direção ao assunto sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 37, afim de elaborar opiniões e conceitos pessoais, é preciso primeiramente conhecer o teor da proposta. A PEC 37 sugeria incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. O item adicional traria a seguinte redação: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente". 18 O Que diz o referido artigo atualmente; Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas Capítulo III Da Segurança Pública Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se a: I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 19 § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. A justificativa apresentada pelo autor da PEC, deputado Lourival Mendes (PT do B - MA), ressaltava que não há prejuízo para a investigação criminal em comissões parlamentares de inquérito (CPIs), o que é garantido por um outro dispositivo presente na Carta Magna. No entanto, ele evocou um livro do desembargador Alberto José Tavares da Silva, para quem; "à investigação de crimes não está incluída no círculo das competências legais do Ministério Público", Diante da tramitação da PEC 37 na Câmara dos Deputados, diversas organizações lançaram a campanha "Brasil contra a impunidade". A campanha "Brasil contra a Impunidade" estava sendo realizada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), Associação do Ministério Público do 20 Distrito Federal e Territórios, Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e de várias outras entidades ligadas ao MP. A alegação que sustenta diretamente à legalidade da adoção desta titularidade do Ministério Público proceder às investigações criminais é o que se denomina na doutrina de teoria dos poderes implícitos. Define-se; “Como a determinação de uma competência estatal e conjuntamente com ela, de mecanismos que assegurem a eficácia de sua integral realização”. (Paulo Rangel) E o que diz a; Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anticorrupção. CAPÍTULO VI DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial. Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5o desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras: I - Perdimento dos bens, direitos ou valores querepresentem vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; II - Suspensão ou interdição parcial de suas atividades; 21 III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; IV - Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. § 1o A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: I - Ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou II - Ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. § 2o (VETADO). § 3o As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa. § 4o O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial, ou equivalente, do ente público poderá requerer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do dano causado, conforme previsto no art. 7o, ressalvado o direito do terceiro de boa-fé. Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão ser aplicadas as sanções previstas no art. 6o, sem prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, desde que constatada a omissão das autoridades competentes para promover a responsabilização administrativa. Relacionando-se ao tema, ao Ministério Público cabe a propositura da ação penal pública, e o inquérito policial e está imbricado de modo implícito à promoção necessária da ação penal, portanto, como atividade-meio deve ser realizada pelo mesmo órgão que preside a atividade-fim. A concepção de que o Ministério Público atua como parte e, não poderia atuar como órgão investigador no campo da percepção penal. Porém, considerando-se as hipóteses taxativas de impedimento elencadas nos Arts. 252 e 254 do CPP e que o 22 Ministério Público como parte imparcial no processo, atuaria de acordo com o teor das provas devidamente produzidas por seu membro, não contrariando esta atividade facilitaria as conclusões, não relutando o mesmo pela necessidade de absolvição a quem considere inocente, já que não tem interesse algum no deslinde da causa, seguindo sua liberdade de consciência que deve estar em conformidade com os princípios da legalidade e as providências a serem efetuadas e a coordenação e acompanhamento de toda atividade de natureza de perquirição seria de alçada do promotor investigador. O sistema acusatório triparte-se a função dentro da persecução penal em três: acusar (em regra, exercida pelo Ministério Público), defender (exercida por Advogado Público ou não) e julgar (exclusiva do magistrado), No Art. 129, I, VI, VIII e IX da CF/88, os arts. 7º, 8º e 38 da Lei Complementar nº 75/93 (Lei Orgânica do Ministério Público da União), art. 26 da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), todos conferem ao Ministério Público a autorização para a condução de procedimentos investigatórios, atualmente o Ministério Público atua em milhares de investigações próprias como por exemplo o caso “Lava Jato”, onde o Procedimento Investigatório Criminal do MP possibilita apuração, fazendo diligências e ouvindo testemunhas. Em tempo, menciono a campanha 10 MEDIDAS CONTRA CORRUPÇÃO - Criação de Projeto de Lei, onde obteve mais de 2 milhões de assinaturas da sociedade civil e apoio dos organismos jurisprudenciais, que tramita pela sua apreciação e aprovação no congresso Nacional. Estas 10 medidas, dispõem sobre propostas legislativas para aprimorar a prevenção e o combate à corrupção e à impunidade. Medidas consolidadas em 20 anteprojetos de lei e que buscam, entre outros resultados, evitar a ocorrência de corrupção (via prestação de contas, treinamentos e testes morais de servidores, ações de marketing/conscientização e proteção a quem denuncia a corrupção), criminalizar o enriquecimento ilícito, aumentar penas da corrupção e tornar hedionda aquela de altos valores, agilizar o processo penal e o processo civil de crimes e atos de improbidade, fechar brechas da lei por onde 23 criminosos escapam (via reforma dos sistemas de prescrição e nulidades), criminalizar caixa dois e lavagem eleitorais, permitir punição objetiva de partidos políticos por corrupção em condutas futuras, viabilizar a prisão para evitar que o dinheiro desviado desapareça, agilizar o rastreamento do dinheiro desviado e fechar brechas da lei por onde o dinheiro desviado escapa (via ação de extinção de domínio e confisco alargado). Por tanto concluindo, e com parecer favorável, é muito eficaz que o MP participe diretamente nas investigações criminais, pois em nossa ótica jurisprudencial, a celeridade das investigações, que até então é almejada pela sociedade como um todo, está sendo estimulada pela atuação direta dos membros do Ministério Público em atos persecutórios, que facilitaria a conclusão, mais rápida e segura, acerca do oferecimento ou não da denúncia, ainda promovendo as chamadas delações premiadas, onde pune-se com menos rigor o chamado “Peixe pequeno” afim de apurar e levar a justiça o verdadeiro “Peixe Grande”, para que este restitua a sociedade e o prejuízo causado. O inquérito policial caracteriza-se por ser uma etapa intermediária ou acessória, que deverá de qualquer modo ser apreciado pelo Ministério Público a fim de ser instaurado ou não, este enlace de interesses com a estrutura policial, acompanhada de perto pelo MP, propiciaria uma maior fluidez e uma maior troca de informações em conhecimentos que só traz ganho à sociedade ansiosa por justiça. Conclusão, tanto a Constituição Federal quanto a Lei autoriza a investigação criminal conduzida pelo Ministério Público. É o nosso “parecer favorável” a participação direta do ministério público nas investigações criminais, e contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 37 que sugere incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública, propiciando assim uma maior insegurança judicial. Santo André, setembro de 2016. 24 Referências Bibliográficas NUCCI, Guilherme de Souza. "Manual de Processo Penal e Execução Penal". 13ª Edição. 2016. Editora Forense. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Portal jurídico da internet. Disponível em: www.ambito-juridico.com.br acessado em 02 de setembro 2016. Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: www.stj.jus.br, acessado em 02 de setembro 2016. JÚNIOR, Aury Lopes. Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional. 8 ed. V 1. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. REIS, ALEXANDRE CEBRIAN ARAÚJO E GONÇALVES, VICTOR EDUARDO RIOS. DIREITO PROCESSUAL PENAL ESQUEMATIZADO. COORDENADOR PEDRO LENZA. SÃO PAULO:SARAIVA, 2012. NUCCI, GUILHERME DE SOUZA. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO, SÃO PAULO:SARAIVA A Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anticorrupção. INTERNET http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicao-da-republica-federativa-do-brasil- 1988#art-5 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?src=1.1.2&aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesq uisaGenerica&num_registro=200701833036 HTTP://RODRIGOCASTELLO.JUSBRASIL.COM.BR/ARTIGOS/121936621/A-LEI-PROCESSUAL- PENAL-NO-TEMPO http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?acao=pesquisar&novaConsulta=true&i=1&data=&livre=O+pr inc%EDpio+do+estado+de+inoc%EAncia&opAjuda=SIM&tipo_visualizacao=null&thesaurus=null&p=tr ue&operador=e&processo=&livreMinistro=&relator=&data_inicial=&data_final=&tipo_data=DTDE&livreOrgaoJulgador=&orgao=&ementa=&ref=&siglajud=&numero_leg=&tipo1=&numero_art1=&tipo2=&nu mero_art2=&tipo3=&numero_art3=¬a=&b=ACOR&b=SUMU&b=DTXT&b=INFJ https://jus.com.br/artigos/24184/por-que-sou-contra-a-pec-37 http://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_144_.asp http://www.cgu.gov.br/assuntos/responsabilizacao-de-empresas/lei-anticorrupcao https://www.change.org/p/impunidade-n%C3%A3o-mp-com-poder-de-investiga%C3%A7%C3%A3o- n%C3%A3opec37
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