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Indicadores Epidemiológicos na Saúde

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Departamento de Ciências da Saúde
Graduação em Enfermagem
Disciplina Epidemiologia
Professora Rosana Diaz e Jussara Marchi
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS
A análise da situação de saúde das populações encontra espaço privilegiado na Epidemiologia e em outras disciplinas afins contribuindo na definição das políticas públicas e na avaliação do impacto de intervenções. (Castellanos, 1997 – in Rouquayrol).
Dada uma série de dificuldades para se medir “saúde” de uma população, é freqüente, ao se avaliar o nível de saúde dessa população, a busca de dados de “não – saúde”, ou seja, dados de morte e de doença. (UNDP,1994;Jorge,2002).
 	Mortalidade e Morbidade são variáveis características de seres vivos e se referem ao conjunto de indivíduos que morreram ou adquiriram doenças em um intervalo de tempo
Fontes de dados: Atestados/certidões de óbito e nascimento
 Estatísticas ambulatoriais e hospitalares;
 Inquéritos epidemiológicos;
 Notificações compulsórias
 Dados laboratoriais
 Registros do Ministério e/ou Secretarias de Saúde
 ( dataSUS, Tabnet), IBGE
Valores absolutos: são dados colhidos diretamente de fontes de informação, ou gerados de observações controladas, são dados não trabalhados e tomam tal designação. São números absolutos, que isoladamente não podem contextualizar a situação de saúde.
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS: expressam a relação entre o subconjunto de doentes (ou óbitos por uma dada doença, ou sujeitos portadores de uma condição relacionada à saúde), e o conjunto de membros da população1�Ilustração - Os subconjuntos da morbi-mortalidade.
P – População total;
E – Expostos;
I - Infectados;
D – Doentes;
G – Graves;
O – Óbitos.
	O conjunto P é o conjunto mestre, da população. Dentro deste existe um subconjunto D, que são os doentes. E o subconjunto O, está contido em D (conjunto de doentes ou portadores da enfermidade d), que, por sua vez também é um subconjunto de P.
	Nem todos os membros de D, encontram-se sobre o risco de morrer, então, vamos chamar os casos com esse risco de G, graves de D. 
	Nem todos os membros de P são suscetíveis ao efeito do agente de D, e nem todos infectados adoecem, então, forma-se mais um subconjunto I, de infectados. Além deste forma-se também o subconjunto E, que são os expostos.
	São essas relações que possibilitam o cálculo dos indicadores epidemiológicos.
MACROINDICADORES OU TAXAS: aqueles em que o denominador é P – total da população;
MICROINDICADORES OU INDICADORES: aqueles que tomam como denominador qualquer dos subconjuntos indicados, inferiores a P.
Assim, tomando os subconjuntos inclusivos da figura acima, teremos:
Taxas de mortalidade = O/P
Taxas de incidência (e prevalência) de doença = D/P
Taxas de incidência (e prevalência) de infecção = I/P
Coeficientes de patogenicidade = D/I
Coeficientes de virulência = G/D
Coeficientes de letalidade = O/D
Enfim, denominam-se coeficientes ou taxas as relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer. Suponhamos que um determinado coeficiente seja 0,00035. Isso significa que o coeficiente é igual a 35 por 100.000 (35/100.000), ou seja, que havia a possibilidade de acontecerem 100.000 eventos, mas que, destes, só ocorreram 35. Se os eventos realmente ocorridos (numerador) estão categorizados como “óbitos por tuberculose na capital x no ano y” e os eventos que poderiam ter ocorrido (denominador) estão categorizados como “habitantes domiciliados na referida capital naquele ano”, o coeficiente será traduzido como 35 óbitos de tuberculose por 100.000 habitantes na capital x no ano y.
IMPORTANTE
Coeficientes ou taxas constituem valores fracionados menores do que a unidade, devido ao fato de que as freqüências dos eventos registradas no numerador são uma parcela daquelas componentes no denominador. Para se transformarem em números decimais em números inteiros multiplica-se o coeficiente por potência de 10, que seria a base referencial da população exposta, transformando-o em número inteiro. Assim o coeficiente 0,00035 será multiplicado por 100.000, o que o transformaria no coeficiente 35 por 100.000 habitantes (35/100.000).
CUIDADO
Os coeficientes comparados devem ter a mesma base populacional, tomada como expressão do número de pessoas expostas ao risco. Na estimativa de taxas ou coeficientes, deve-se tomar o cuidado de excluir do denominador as pessoas não expostas ao risco, como por exemplo, excluir mulheres no cálculo da incidência por câncer de próstata.
MORTALIDADE E MORBIDADE
MORBIDADE: conjunto de indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Ela sempre se refere a uma população predefinida, onde devem ficar claros os seguintes elementos: localização espacial, intervalo de tempo e abrangência do estudo.
Este indicador é definido como quociente entre o número de casos de uma doença e a população de onde provêm os doentes.
MORTALIDADE: conjunto de indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo. É a razão entre freqüências absolutas de óbitos e número de sujeitos expostos ao risco de morrer.
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
PREVALÊNCIA: é o termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades. Assim, é a relação entre o número de casos conhecidos de uma dada doença e a população, multiplicando-se por potência de 10.
 n
Taxa de Prevalência = nº de casos conhecidos de uma dada doença X 10
 População P 
Coeficiente ou taxa de prevalência, é quando medimos o número total de casos novos (atualmente diagnosticados) e antigos (anteriormente diagnosticados) de uma determinada doença ou agravo existente e num determinado local e período. Porém, vale lembrar que a variação dessa freqüência depende, por um lado, do número de excluídos do contingente e, por outro lado do quantitativo daqueles que foram incorporados. Os incluídos são aqueles casos novos e imigrantes já doentes que aí chegam. As baixas são devidas à cura, óbito ou emigração.
INCIDÊNCIA: ocorrência de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo, dia, semana, mês ou ano. É a intensidade com que estão surgindo novos doentes, seja por dia, seja por ano, em uma determinada comunidade. É a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em um intervalo de tempo determinado, numa população delimitada exposta ao risco de adquirir a referida doença no mesmo período.
 nº de casos novos de uma 
 doença em determinada comunidade
 em determinado período de tempo n
TAXA DE INCIDÊNCIA = --------------------------------------------------- x 10
 nº de pessoas expostas ao risco de adquirir 
 a doença em determinado período de tempo 
	O coeficiente ou taxa de incidência representa o risco coletivo de adoecer. Pode também avaliar o impacto epidemiológico das medidas de controle adotadas, como por exemplo, a vacinação.
ATENÇÃO
É usual multiplicar-se o resultado por um número múltiplo de 10 (100, 1.000, 10.000, 100.000 ou 1.000.000) que é chamado base do coeficiente. Essa potência de 10 é escolhida visando deixar sempre um número inteiro antes da vírgula. Por convenção, nas taxas de mortalidade geral e infantil, a base é 10³= 1000 e, quando calculamos mortalidade por causa, a mais indicada é 10elevada a quinta potência ou 100.000. No caso da taxa de letalidade utilizamos sempre 100 porque é uma porcentagem.
TAXAS DE MORTALIDADE GERAL
É a relação entre o total de óbitos de um determinado local pela população exposta ao risco de morrer. Calcula-se a TMG determina-se o número de óbitos concernentes a todas as causas em um determinado ano, circunscritos a uma área determinada, e mulplicando-se por 1.000, base referencial para a população exposta ao risco de morrer. É utilizada na avaliação do estado sanitário de áreas determinadas, propicia a possibilidade de se avaliar comparativamente o nível de saúde de localidades diferentes. 
 Nº total de óbitos em uma
 determinada área e período
TAXA DE MORTALIDADE GERAL = --------------------------------------- X 1.000
 Pop. da mesma área e período
TAXAS DE MORTALIDADE POR CAUSA
É o risco de morrer por uma doença ou agravo em uma dada população, durante um intervalo definido de tempo.
 Nº total de óbitos por uma causa em
 uma determinada área e período n
TAXA DE MORTALIDADE = ---------------------------------------------- X 10
 POR CAUSA Pop. da mesma área e período
É uma medida que permite conhecer os riscos de morrer por uma determinada causa e conseqüentemente orientar sua prevenção específica. Quando se refere à doenças transmissíveis é bom indicador para avaliar as ações de saneamento e a eficácia e o impacto das medidas de prevenção e controle adotadas. Relaciona o número de óbitos por uma determinada causa pela população exposta.
ATENÇÃO
Normalmente, nas taxas de mortalidade por causa, multiplica-se o resultado por 100.000, que é a base referencial da população.
TAXAS DE MORTALIDADE POR IDADE
O Coeficiente de mortalidade infantil reflete o nível de saúde e desenvolvimento social: 
	
nº óbitos de menores de 1 ano residentes em certa área, no ano considerado 
Taxa de Mortalidade infantil = ___________________________________ 
Total de de nascidos vivos em de mães X 103 residentes nessa área no referido ano
Mede o risco de um nascido vivo morrer no 1º ano de vida
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA
Coeficiente de mortalidade materna (gestação, parto e puerpério). 
Relaciona o nº de mortes maternas ao nº de nascidos vivos, em dado local e período)
	 nº de óbitos por causas ligadas à gestação,parto 
 Taxa/mortalidade materna = e puerpério e, certa área, no ano considerado X 104
 Nascidos vivos de mães residentes nessa área e 
 nesse ano 
Coeficiente de Letalidade
Indica a proporção de óbitos ocorridos entre os indivíduos afetados por um agravo à saúde. ÓBITOS ENTRE OS CASOS
	Letalidade = Nº de óbitos de determinada doença em área e ano considerados X 100
 Nº de casos dessa doença nessa área e nesse ano
RAZÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL ou índice de swaroop & uemura:
 
	ISW=Nºóbitos de pessoas de 50 anos e mais anos,residentes em certa área e ano X 100
 Nº de óbitos totais na população residente na área e anos considerados 
 
COEFICIENTE ESPECÍFICO DE FECUNDIDADE
	 Nº de filhos nascidos vivos de mães de determinada faixa etária 
 CEF = ______Residentes em uma área e ano considerados______ X 103
 População de mulheres da referida faixa etária residentes
 Nessa área e nesse ano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – IDH
Elaborado pelo Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mede o grau de desenvolvimento social dos países a partir da esperança de vida, do grau de escolarização e dos rendimentos. Seguindo estes parâmetros, segundo o último relatório do PNUD (2004), oito países ibero-americanos (Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Costa Rica, Uruguai, Cuba e México) fazem parte dos países com um alto grau de desenvolvimento humano. 
A seguinte tabela recolhe as três principais variáveis utilizadas pelas Nações Unidas em seu relatório de 2004 e o lugar que ocupa cada país ibero-americano no Indice de Desenvolvimento Humano. (NOTA: a ordem na que aparecem é a que figura no Relatório do PNUD de 2004, porém todos os dados são de 2005). 
	Países
	 
Posto
2004/2005
	Esperança
de vida (anos)
	Alfabetização adultos (%)
	PIB per cápita em $ USA
	Espanha
	20/21
	79,5
	97,7
	22.391
	Portugal
	26/27
	77,2
	92,5
	18.126
	Argentina
	34/34
	74,5
	97,2
	12.106
	Chile
	43/37
	77,9
	95,7
	10.274
	Costa Rica
	45/47
	78,2
	95,8
	9.606
	Uruguai
	46/46
	75,4
	97,7
	8.280
	Cuba
	52/52
	77,3
	96,9
	-
	México
	53/53
	75,1
	90,3
	9.168
	Panamá
	61/65
	74,8
	91,9
	6.854
	Venezuela
	68/75
	72,9
	93
	4.919
	Brasil
	72/63
	70,5
	88,4
	7.790
	Colômbia
	73/69
	72,4
	94,2
	6.702
	Peru
	85/79
	70
	87,7
	5.260
	Paraguai
	89/88
	71
	91,6
	4.684
	R.Dominicana
	98/95
	67,2
	87,7
	6.823
	Equador
	100/82
	74,3
	91
	3.641
	El Salvador
	103/104
	70,9
	79,7
	4.781
	Bolívia
	114/113
	64,1
	86,5
	2.587
	Honduras
	115/116
	67,8
	80
	2.665
	Nicarágua
	118/112
	69,7
	76,7
	3.262
	Guatemala
	121/117
	67,3
	69,1
	4.148
Fonte: Informe de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas 2004   
e Informe de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas 2005  
Bibliografia Consultada
Rouquayrol M Z. Almeida Filho L. Introdução à Epidemiologia. -4.ed., rev. e ampliada. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Rouquayrol M.Z.Almeida Filho. Epidemiologia e Saúde – 6ºed. Guanabara koogan, 2003.
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Introdução à Epidemiologia Descritiva. Principais Medidas e Indicadores em Saúde Coletiva – Módulo III – Módulos Básicos. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, divisão de Desenvolvimento de Pesquisa e Capacitação em epidemiologia, coordenadoria dos Institutos de Pesquisa., São Paulo, 2001. 
O
G
D
I
E
P

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