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Universidade Estácio de Sá Física Experimental 1 Campus Santa Cruz Fernanda Ouverney Torres de Sá ENCONTRO DE DOIS MÓVEIS EM MRU Professor: Thiago Alvarenga Rio de Janeiro, novembro de 2013 Resumo; Estudo de Movimento Retilíneo Uniforme realizado em um plano inclinado para o experimento de encontro de dois móveis. Este relatório visa comparar os valores medidos e os valores esperados do movimento de uma esfera de metal dentro de um tubo com fluido e a bolha de ar do mesmo. Apesar de a aferição de tempo percorrido ter sido feito com um cronômetro acionado por nós alunos e o encontro dos móveis foi por aproximação do que estávamos vendo com a medida da régua, os valores encontrados foram satisfatoriamente próximos aos valores medidos. Introdução A primeira lei de Newton nos diz que: “se nenhuma força atua sobre um corpo, sua velocidade não pode mudar, ou seja, o corpo não pode sofrer nenhuma alteração” (HALLIDAY, Fundamentos da Física Vol. 1). Assim, Newton mostra que, um corpo em repouso tende a permanecer em repouso e um corpo em movimento retilíneo uniforme precisa de uma força que supere a resistência oferecida pela massa inercial para modificar o seu movimento. O movimento retilíneo uniforme ocorre quando sua velocidade é constante diferente de zero e sua aceleração é nula. Para estudar o M.R.U. (movimento retilíneo uniforme), utilizamos o equipamento Plano Inclinado Kersting, (conforme mostrado no esquema de montagem). O intuito deste estudo é a verificação do tempo que cada partícula leva para percorrer a mesma trajetória, estudar o ponto de encontro entre as partículas e comparar: tempo medido com tempo esperado; encontro entre os corpos medido e esperado. Para tal, como base, utilizamos a equação da função horária em M.R.U: S = S0 + VT (eq 1) Onde: S = posição final S0 = posição inicial V = velocidade e T = tempo. A mesma equação foi aplicada a bolha de ar e a esfera metálica. Como o equipamento estava inclinado a um ângulo de 15°, a esfera metálica percorria a trajetória do ponto 0 ao ponto 400mm, e a bolha de ar a trajetória contrária. Figura 1: à esquerda trajetória da esfera e à direita trajetória da bolha de ar. Após as aferições, foram calculadas as porcentagens de diferença entre as medidas encontradas no experimento e as esperadas. Para calcular o tempo de encontro real com o calculado: ∆1 = Tc – Tm / Tc x 100 (eq 2) Onde: ∆1 – Variação do Tempo Tc – tempo calculado Tm – tempo medido E para o calculo de comparação entre o ponto de encontro medido e o calculado: ∆2 = Sc – Sm / Sc x 100 (eq 3) Onde: ∆2 – Variação do Espaço Sc – Espaço calculado Sm – Espaço medido Objetivo: 1° - Encontrar a equação para o tempo de encontro; 2° - Encontrar o valor esperado para o tempo de encontro utilizando a média das velocidades; 3° - Encontrar o ponto de encontro; 4° - Calcular o tempo calculado (Tc) com o tempo de encontro medido (Tm); 5° - Comparar o ponto de encontro (Sc) com o ponto de encontro medido (Sm). Esquema de montagem: Figura 2 imagem do Plano Inclinado, esfera metálica e imã similares ao utilizado no experimento. Para o estudo dessa forma particular de movimento, foi utilizado o Plano inclinado, uma pequena esfera de metal com dimensões desconhecidas e um imã. O equipamento foi ajustado a um ângulo de 15°, assim, foi possível a realização de 3 etapas do experimento. Para a primeira etapa, a esfera foi posicionada na régua do equipamento a 0mm, na segunda etapa, a bolha foi nivelada com a régua a 400mm, e a terceira etapa foi a junção das etapas anteriores. Procedimento experimental. Etapa 1; A esfera metálica foi posicionada em 0mm e presa através do imã. Nesta etapa, soltávamos um imã e foi cronometrado o tempo que a esfera levou do ponto inicial de 0mm ao ponto final da régua do equipamento de 400mm. Etapa 2: Aqui, o mesmo foi feito com a bolha de ar, partindo do ponto inicial de 400mm para o ponto final de 0mm. O equipamento era levantado até que a bolha de ar fosse nivelada, então soltávamos o equipamento e cronometrávamos o tempo que a bolha levou para o percurso. Etapa 3: A terceira e ultima etapa visava achar o ponto de encontro da esfera com a bolha. A esfera era posicionada em 0mm e a bolha nivelada em 400mm. O cronometro era acionada quando, ao mesmo tempo, o equipamento era posto a mesa e o imã solto, liberando a esfera. Cada etapa foi realiza quatro (4) vezes. Das etapas 1 e 2, obtivemos os seguintes resultados: Tabela1: ESFERA BOLHA i Te (s) Ve (mm/s) Tb (s) Vb (mm/s) 1 7,68 52,08 5,38 74,34 2 7,71 51,88 5,43 73,66 3 7,6 52,63 5,44 73,52 4 7,53 53,12 5,56 71,94 MÉDIA 7,63 52,43 5,45 73,36 Na terceira etapa encontramos: Tabela 2: PONTO DE ENCONTRO Tempo (s) Espaço (mm) 3,11 170 3,4 175 3,03 165 2,99 190 MÉDIA 3,13 175 Discursão de resultados O primeiro objetivo deste estudo era encontrar a equação para o tempo de encontro. Em M.R.U., como não há variação de movimento e de velocidade, basta igualar as equações horárias de cada partícula, assim, “arruando” a equação 1, encontramos a seguinte expressão: (S = S0 + VT)e = (S = S0 + VT)b Aplicando a expressão, 0+52,43t = 400-74,34t 52,43t + 74,34t = 400 126,7t = 400 t = 400/126,7 t = 3,15s Assim, temos o tempo esperado para o encontro das partículas, obedecendo ao segundo objetivo do trabalho. Substituindo o tempo na equação 1 referente a qualquer uma das partículas estudadas, temos o encontro acontecendo em 165mm. Na Tabela 2, o tempo para o encontro de 3,13s, muito aproximado do tempo calculado, a porcentagem da diferença entre o tempo encontrado e o medido é feito com a aplicação da equação 2, que mostra uma discrepância de resultados de 0,6%. Da mesma tabela, temos a posição de encontro dos móveis, cuja média mostra o encontro em 175mm. Aplicando a equação 3, o resultado calculado é de 165mm, mostrando uma disparidade de resultados de 6%. A porcentagem de erro é baixa, e para o ponto de encontro, é um ótimo resulto, visto que com o movimento, fica difícil a olho nu, sem a ajuda de sensores, definir o encontro dos móveis. Conclusão: No estudo do M.R.U., é analisada a trajetória de uma partícula em uma dimensão, com velocidade constante e aceleração diferente de zero. Neste trabalho, a partir de experimento, foi possível achar a equação para o tempo de encontro apenas “arrumando” a expressão para a função horária do movimento (eq 1). Assim, pode-se calcular o tempo para o encontro e a posição onde o mesmo teoricamente ocorre. Satisfatoriamente, o tempo de encontro medido e calculado, assim como o ponto para o mesmo teve resultados bastante próximos, mostrando a preocupação na hora do experimento para alcançar os resultados e estes, foram dentro da margem de erro, o que traduz a boa execução do experimento. Bibliografia: https://150.162.1.115/index.php/fisica/article/viewFile/6875/6335 Fundamentos da Física, Vol. 1, Halliday e Resnick
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