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Música Antiga - apresentação

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Música Antiga
A guisa de resumo
Algumas referências para entender a música na pré-história
O som musical é uma variação periódica de pressão, cuja frequência e cuja amplitude são variáveis em limites definidos; fenômenos que são provocados pelo homem;
Os sons complexos e irregulares (ruídos) eram, fatalmente, muito mais prováveis do que os “sons musicais” periódicos formados de elementos harmônicos;
Sendo improvável, o som musical exigia uma atividade projetiva, uma contribuição de informação; desde a origem, ele era um artefato;
O homem criou-o para agradar não só a seu ouvido, adaptado a todos os fenômenos sonoros indistintamente, mas também a seu cérebro, o que nos leva a um período relativamente recente da evolução da espécie. Esse raciocínio também vale para toda combinação sistemática de ruídos.
Período Paleolítico
A música nasceu quando “combinações criadoras, associações novas, realizadas num indivíduo, puderam, quando transmitidas a outros não parecer mais com ele;
tradições musicais do primeiro talvez não tenham sido transmitidas do homem de Neandertal ao Homo sapiens;
Homo sapiens 50.000 anos;
É provável que a emergência de um Homo musicus se tenha produzido um pouco antes, coincidindo com importantes remanejamentos da parte anterior do cérebro.
Concepção de Música
Não se pode falar em música enquanto as manifestações sonoras são esporádicas e individuais;
A música supõe o mínimo de organização e um esforço de adaptação dos corpos sonoros a uma finalidade prática, quando não artística: 
São exemplos:
 - expressão vocal do querer, mais ou menos adaptada a uma comunicação entre indivíduos;
 - bater as mãos uma na outra ou no corpo;
 - percussão de objetos entre si, com o objetivo de acentuar a força expressiva do gesto “sonorizando-o” (colares, cintos, pulseiras rudimentares);
 - prática coletiva dessa expressão audiovisual.
Conclui-se que... 
Essas diferentes atividades pré-musicais podem ter aparecido simultaneamente ou sucessivamente, em várias regiões do globo. Numerosas migrações parecem ter provocado mistura de raças, de sorte que, no paleolítico médio, podem ter coexistido ancestrais bastante evoluídos do Homo sapiens com tipos muito mais rudimentares.
Nenhum dado científico permite estabelecer, nem mesmo aproximadamente, a ordem de aparecimento dos fenômenos musicais. Pode-se apenas imaginar uma sucessão hipotética de etapas evolutivas.
Exemplos:
Organização rítmica rudimentar, por batidas com bastões, percussão no corpo, objetos sacudidos ou entrechocalhos, em função de movimentos vitais.
Imitação dos ritmos ou dos ruídos da natureza, pela boca e pela laringe. O grito também é uma válvula de escape das sensações e emoções primárias, um meio de expressão das necessidades elementares.
Civilizações: INDIA
1.300 a.C PASSADO REMOTO
O deus SHIVA teria ensinado a música 6.000 anos antes de nossa era (lenda?)
Historiadores de Alexandre referem-se a essa lenda 300 a.C;
Brilhante civilização entre 2.500 e 1500 a.C – Metalurgia, escrita, urbanismo, “saneamento”
Civilizações: MESOPOTÂMIA
Surgimento da pedra polida, cultura de cereais, criação de carneiro, escrita, metalurgia...
Impérios: Sumer, Akkad, Assur e Babilônia
Música desempenha papel nos ritos solenes ou familiares de Sumer, provável não havia notação Séculos XVIII a XV a.C
Escavações no cemitério real de Ur e representações de cenas musicais revelam: usu de flautas de prata e de cana, da harpa, lira, alaúde de braço cumprido, entre outros.
Civilizações: CHINA
3.200 a.C começa o desbravamento das terras a música desempenha desempenha papel social:
Instrumentos S´in de 7 cordas e Sê de 50 cordas;
Sistema Iyu tubos – diapasões que fixam a escala e a altura.
Civilizações: EGITO
Antigo império: relevo nos murais revelam: cantores, harpistas, tocador de flauta longa;
Música doce e refinada.
Principais instrumentos musicais: harpa ou bainit, cítara ou lira, alaúde ou pandora, flauta, trompete, sistro, crótalos, tambores, órgão hidráulico
Civilizações: HEBREUS
Principal fonte de documentação: a bíblia
A música desempenhava uma parte importante na vida dos israelitas e os acompanhava em muitas ocasiões. Já no princípio, em Gênesis 4:21, 
pai dos instrumentos musicais era Jubal, filho de Lameque , sete gerações depois de Adão. Ele inventou a lira (kinnor), e a flauta (ugav). Já o nome Jubal (yuval = chifre de carneiro) traz em si uma referência ao mais destacado dos instrumentos em Israel, a saber, o shofar (chifre de carneiro). 
Jubal tinha um irmão, Tubal-Cain, o qual é conhecido por nós como aquele que fabricava ferramentas de bronze e de ferro. Tem sido assumido, de forma geral, que ele provavelmente deve ter tentado construir os primeiros instrumentos de metal, tais como a trombeta. 
Gênesis, capítulo 31:27 relata a história da fuga de Jacó de Labão, e nos apresenta um instrumento adicional, o tamborim. Ao mesmo tempo, o primeiro conjunto para execução de música na sociedade nos é apresentado: era costume enviar pessoas no caminho, celebrando com a execução de música e com júbilos.
Grécia
Contextualização da música no mundo grego
Musa (deusas das artes) > Música (forma adjetivada de Musa) – em sentido amplo, para os gregos a música não era necessariamente uma linguagem de expressão artística, mas algo presente e todas as atividades que buscassem a beleza e a verdade das coisas.
Legado do conhecimento grego para a cultura ocidental
A noção de democracia para a política (Atenas);
A matemática com base científica (Pitágoras);
A filosofia (os amigos da sabedoria), sobretudo ateniense, como método estruturado de conhecimento;
Grécia 
As linguagens de expressões artísticas, sobretudo a poesia, o teatro (comédia/cotidiano e tragédia/mitos) e a música. Obs.: a função dos co
Pitágoras
O número como essência das coisas. A partir dos quatro elementos: terra, água, ar e fogo e do número, poderiam ser explicadas as relações sobre todas as coisas.
Pitágoras também descobriu relações dos números com a música e as explicou através do monocórdio. Com o manuseio das cordas demonstrou os primeiros intervalos da série harmônica, e sobrepondo-os, classificou as resultantes em sons agradáveis e sons desagradáveis.
Escola pitagórica é regida por um conceito mais amplo e metafísico, a harmonia.
Grécia
Platão (428 a.c. – 348 a.c)
Platão, além de socrático, é muito simpático a alguns aspectos da teoria pitagórica, e isso explica em parte suas preferências pela arte que privilegiava a proporcionalidade, e sua resistência às inovações no campo artístico.
Considerando que o conhecimento deveria proporcionar o encontro do bem e da verdade, as artes para Platão teriam uma função educativa. 
A natureza matemática sugerida por Pitágoras, servia para Platão como exemplo de equilíbrio e harmonia (num sentido amplo, não musical). E dessa relação também que surge a ideia de “música das esferas”.
Música adequada + Ginástica = Boa educação para a alma e para o corpo.
Modos admitidos: Dórico (coragem) e Frígio (temperança).
Apolo > Lira > Temperança.
Dioniso > Aulo > Excitação e entusiasmo.
Grécia 
Aristóteles (384 a.c. – 322 a.c.)
Já para Aristóteles, o mundo real existia independente do mundo ideal, e poderia ser conhecido através da lógica.
Aristóteles era mais permissivo que Platão quanto ao uso da música em sociedade, admitindo seu uso como divertimento e prazer intelectual, e não apenas no contexto educativo/pedagógico.
Grécia
Aspectos da música antiga grega e seu legado para a música ocidental 
Música no cotidiano grego
Dificuldades no estudo da música antiga grega está no fato de que, ao contrário das outras artes (literatura, arquitetura, escultura), quase nada ficou registrado da música. Em parte, isso se explica pelo fato de as práticas que estavam associadas à musica no mundo antigo eram vistas pela igreja medieval como indesejadas.
Grécia 
Na mitologia grega, a música tinha origem divina, tendo sido inventada e tendo intérpretes entre os deuses
e semideuses (Apolo e Orfeu). Também tinha poderes mágicos (cura, purificação, operar milagres).
Em alguns cultos religiosos eram usados os instrumentos presentes na mitologia. Por exemplo, para Apolo eram usadas as Liras (5 e 7 cordas - Cítara), e nos cultos para Dioniso, o Aulo (palheta simples ou dupla e muitas vezes com dois tubos). Eram usados de maneira solo ou para acompanhamento.
Em geral, a música antiga grega era improvisada, monofônica (quando heterofônica – variações de uma só voz – não chegava a caracterizar-se como polifonia). Seus melhores exemplos são aqueles em que aparece associada à palavra ou à dança, tanto pelas funções que ocupava nos eventos sociais grego, quanto pelo esmero na composição em relacionar-se com os ritmos da poesia e dos movimentos.
O sistema musical grego
Aspectos abordados pela teoria musical grega (também nomeada de harmonia): notas, intervalos, gêneros, sistemas de escalas, tons, modulação e composição melódica.
Aristóxeno > Elementos de harmonia (330 a.c.)
Cleónides > Compêndio da teoria aristoxeniana (séc. II d.c.)
O conceito de intervalo era dado pelo movimento diastemático da voz, ao sustentar duas alturas distintas, que caracterizavam o intervalo. A sobreposição de intervalos caracterizava uma escala ou sistema.
Alguns intervalos: tom, meio tom, dítono (terça). Havia intervalos menores que meio tom.
Uma escala era construída sobre um bloco fundamental de notas (tetracorde) com o intervalo máximo de uma quarta (diatessarão).
Sistema perfeito
Os modos

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