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RIGOR ÉTICO EM PESQUISA Ao elaborá um projeto de pesquisa, o pesquisador considerará os princípios éticos nele envolvidos. No Brasil , a partir de 1996, os estudos que envolvem pesquisas com seres humanos devem atender à resolução nº 196, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa em Seres Humanos (Brasil, 1996). Princípios éticos • Consentimento livre esclarecido Ao contatar cada informante, o pesquisador lhe explicará os objetivos do estudo e garantirá sigilo das informações que fornecer, caso aceite participar da pesquisa. O pesquisador deverá informar ao respondente que o seu nome não constará do estudo. Princípios éticos • A confidencialidade Será garantida pelo pesquisador aos pesquisados, sendo adotado nomes fictícios para cada informante que participou do estudo. Nas pesquisas realizadas em instituições que permitem a divulgação de seu nome o pesquisador obterá documento que explicite essa situação. Princípios éticos A confidencialidade, como princípio ético na pesquisa visa evitar que em algum momento os pesquisados sejam identificados pelo leitor do texto e que possam vir a sofrer prejuízos de qualquer natureza motivados pela pesquisa. Princípios éticos • A concordância Será obtida após exposição da possibilidade do pesquisado exercer plena autonomia para aceitar ou recusar-se a participar. Neste princípio ético está a possibilidade de o informante escolher o local e o horário para realizar a entrevista( principalmente na pesquisa qualitativa). Essa opção de escolha visa atender à privacidade do pesquisado, com respeito a seus hábitos de vida. Princípios éticos A divulgação dos resultados O pesquisador tem o compromisso de divulgar os resultados obtidos para os pesquisados, além de apresentá-los em eventos técnico-científico e em publicações e outros meios. O rigor da pesquisa deve permear todo o processo de pesquisa desde o seu planejamento até a discussão e a apresentação dos resultados A base da ciência é a pesquisa. A metodologia, por sua vez é uma preocupação instrumental que cuida dos procedimentos, das ferramentas e das formas de se construir a ciência (Demo, 1988). Um dos itens do rigor, reside nas características pessoais e de qualificação do pesquisador. As instituições nas quais se realizam pesquisas envolvendo pessoas, deverão constituir seu comitê de ética em pesquisa. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA • O Código de Nüremberg, de 1947, estabeleceu princípios para realizar pesquisa em seres humanos. • Em 1964, a Associação Médica Mundial fixou normas para garantir a eticidade das pesquisas biomédicas realizadas em todo mundo, aprovando diretrizes que ficaram conhecidas como Declaração de Helsinque, a qual foi revisada em 1975, estabelecendo a obrigatoriedade de aprovação do protocolo por Comitê de Ética em pesquisa. • NO Brasil, a Resolução 196, de 1996, do Conselho Nacional de Saúde – CNC, estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos (CNS,1996). A questão chave aborda a necessidade de aprovação prévia do protocolo em pesquisa por um comitê de ética em Pesquisa (CEP). A resolução obriga que cada instituição onde se realiza pesquisa crie seu CEP, defina sua composição e atribuições, lance as bases para a criação e o desenvolvimento de um sistema de acompanhamento de pesquisa. A Resolução 196 fundamenta-se nos principais documentos internacionais: o Código de Nüremberg (1947), a declaração dos Direitos do Homem (1948), a Dlaração de Helsimque (1964) e suas versões posteriores (1975, 1983, 1989), o Acordo Internacional sobre Direitos Civis e políticos (ONU, 1996), aprovado pelo congresso Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS, 1982 e 1993) e as Diretrizes Internacionais para Revisão`´Etica de Estudos Epidemiológicos (CIOMS<1991). COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA – CONEP A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – Conep (1998) é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde –CNS, criada pela Resolução 196/96, com a função de implementar as normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, aprovadas pelo Conselho. Tem função consultiva, deliberativa, normativa e educativa, atuando conjuntamente com uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa - CEP, organizados nas instituições onde as pesquisas se realizam. O CEP de cada instituição deverá revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos, cabendo-lhe a responsabilidade pelas decisões sobre a ética da pesquisa a ser desenvolvida na instituição, de modo a garantir e resguardar a integridade e os direitos dos voluntários participantes nas referidas pesquisas. Terá também papel consultivo e educativo, bem como tem a atribuição de receber denuncias que requerem a sua apuração.
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