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WEB-AULA 1 
UNIDADE 2 
BRINQUEDOTECA: UM ESPAÇO DE 
APRENDIZAGEM 
Compreendendo o Assunto 
É sabido a todos que atualmente existem discussões sobre a presença 
da ludicidade no ambiente escolar. Contudo, apesar de sua prática 
restritiva nos espaços escolares, os educadores de uma forma geral 
reconhecem a importância da brincadeira, do jogo e do brinquedo 
como um elemento favorável a sua práxis educacional. Deste modo, é 
urgente re-significar as concepções lúdicas existente na escola, 
traduzindo-as em ações concretas que demonstrem reconhecer a 
indissociabilidade entre o brincar e o aprender, uma vez que, ambas 
são inerentes a fase da infância, sendo a cultura lúdica uma atividade 
histórica e culturalmente construída pelo ser humano. Neste contexto, 
pode-se inferir que a Brinquedoteca além de oferecer atividades 
lúdicas, também influencia definitivamente na formação social do 
educando, não devendo, portanto, ser caracterizada como um 
“depósito ou cantinho” de brinquedos, mas sim, espaço que promove 
aprendizagem e estimula o desenvolvimento integral da criança. 
Trocando Experiências 
Durante a minha caminhada como professora do Ensino Superior, 
sempre compreendi e defendi a importância da visão lúdica presente 
na formação do Pedagogo. Esta preocupação se materializou na 
coordenação de projetos que envolviam o funcionamento da 
Brinquedoteca. Inicialmente, coordenei durante 4 anos a 
Brinquedoteca do Curso de Pedagogia da UNOPAR Presencial e agora 
coordeno o Projeto de Extensão da Brinquedoteca Virtual do Curso de 
Pedagogia - EAD. 
Considero este projeto um desafio que está sendo cumprido a cada dia 
com a participação de todos que acessam o nosso site. 
BRINQUEDOTECA: UMA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA O 
PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM 
 
 Marlizete Cristina Bonafini Steinle 
Universidade do Norte do Paraná - UNOPAR 
 A construção Histórica da Brinquedoteca 
Decorrente da valorização do brinquedo e do brincar, bem como a sua 
relevância à educação, principalmente na infância, a Brinquedoteca 
surge inicialmente, com o propósito de ser um espaço onde as crianças 
podiam emprestar brinquedos para brincar em suas casas, além de 
serem também espaços destinados à exploração lúdica. 
A história relata que a Brinquedoteca surge com várias denominações 
tais como: Toy-Library(biblioteca de brinquedo), na 
Inglaterra, Ludothéque, na França, Lekoteks na Suécia e no Brasil, 
Brinquedoteca ou Ludoteca, sob influências portuguesas que se 
instalaram em diversos pontos do mundo. 
No entanto, a primeira intenção de Brinquedoteca surge em 1934, 
em Los Angeles, Estados Unidos da América (E.U.A) num momento de 
crise, com objetivo de solucionar um problema causado por frequentes 
roubos a uma determinada loja de brinquedos, na qual o seu 
proprietário veio a reclamar ao diretor da instituição de ensino 
municipal o desvio de comportamento adotado pelos alunos daquela 
instituição. 
Conforme Friedmann (1998, p. 174) “ainda existe, em Los Angeles 
(E.U.A) a brinquedoteca chamada de “Toy Loan” ou “Toy Libraries”, 
com propósito apenas de emprestar brinquedos, caracterizado como 
recurso comunitário utilizado atualmente. 
A expansão deste tipo de serviço ocorreu com mais intensidade na 
década de sessenta, espalhando-se para a Europa, em países como a 
Suécia, Inglaterra, Bélgica e França, mas, com novos propósitos, agora 
ligados à orientação e empréstimo de brinquedos para os pais das 
crianças consideradas excepcionais, que tinham na ludicidade um 
estímulo para a aprendizagem por meio do brincar. Neste novo 
contexto, evidencia-se o surgimento de outras funções da 
Brinquedoteca tais como: a educacional e a terapêutica. 
A expansão e o reconhecimento da importância do brincar e do 
brinquedo para o desenvolvimento na infância é tão profunda, que em 
1976, realizou-se em Londres, o primeiro Congresso para discutir sobre 
os resultados alcançados com o empréstimo de brinquedos. 
No Brasil, em 1971, acontece no Centro de Habilitação da Associação 
de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em São Paulo, uma 
exposição de brinquedos pedagógicos, direcionados aos pais de 
crianças ditas excepcionais, aos profissionais e estudantes. A adesão 
ao projeto tomou proporções tão significativas que a APAE criou um 
Setor de Recursos Pedagógicos para atender o público, ou seja, 
instituiu a ludoteca nesta instituição, que objetivava a circulação de 
brinquedos entre as crianças. Percebe-se então, que a brinquedoteca 
surgiu com objetivos educacionais e terapêuticos. 
Com a implantação, em 1973 na APAE do Sistema de Rodízio de 
Brinquedos e Materiais Pedagógicos, os brinquedos foram centralizados 
com maximização no uso de todos os recursos existentes. Conforme 
Ramalho (2000, p. 76), na Escola Indianápolis, em São Paulo, “foi 
instituída a primeira brinquedoteca brasileira, com propósitos voltados 
ao ato de brincar, com empréstimos de brinquedos e orientação 
direcionada à criança com assistência direta”. 
Em 1984, é fundada a entidade Associação Brasileira de Brinquedoteca 
(ABB) por Nylce Helena da Silva Cunha, sem fins lucrativos, com o 
objetivo de assessorar as pessoas e instituições que visam implantar 
brinquedotecas, estabelecer parcerias, incentivar e promover o 
desenvolvimento de estudos relacionados à área, cursos preparatórios 
para formar os mediadores deste local - Brinquedista. 
CONTEXTUALIZANDO A REALIDADE 
Para Puga e Silva (2008, p. 5) a sociedade contemporânea traz 
prejuízos para a infância, nela, pois, 
“(...) as crianças perderam o espaço e a segurança das ruas e calçadas, 
com isso perderam também parte da liberdade na escolha das suas 
brincadeiras e companheiros”. Isto piora com os inchaços das cidades, 
apartamentos pequenos que impedem as interações, e com a 
modernidade as crianças não querem doar seus tempos com 
brincadeiras, pois, tem muitas responsabilidades mais importantes 
como, “cursos de informática, línguas, danças, esportes, etc.”. 
As autoras ainda acentuam que, “as instituições escolares são 
fotografias destas mudanças de valores, as brincadeiras foram 
deixadas de lado em detrimento das atividades pedagógicas, que 
alegam serem mais produtivas” (2008, p. 5). 
Com isso, o espaço essencial para a ludicidade na infância, 
discretamente vêem sendo perdido ao longo dos anos, devido aos 
interesses econômicos da sociedade capitalista e escrava do consumo 
em massa, que comprometeu o bem estar da sociedade e da família, 
restringindo o espaço para as crianças brincarem livremente, sendo 
estas as mais prejudicadas, com esforços e tempo destinados a 
aprendizagens de ofícios confinados ao ambiente escolar. 
Sugere-se então, a importância de um resgate da real função social da 
escola enquanto espaço que re-significa o lúdico para humanizar a 
criança, permitindo a ela o direito de ter em contato com as 
brincadeiras e brinquedos, de maneira prazerosa, em recompensa a si 
mesma pela prática lúdica. 
Corroborando este raciocínio, Resende e Fonseca (2009, p. 3) e Puga 
e Silva (2008, p. 5) defendem que, “materializa-se na Brinquedoteca 
a idéia desse espaço para brincar, como uma realidade concreta e 
organizada”, que respeita e considera a infância sem favorecer a 
competitividade e cobranças inconvenientes. Assim, neste espaço 
democrático obtêm-se contato com diversos objetos, sendo respeitado 
o direito de escolhas, bem como o que fazer, estimulando o criar e 
recriar as situações. 
Pode-se dizer que a brinquedoteca é um espaço que permite na 
contemporaneidade, o resgate em vivenciar o lúdico esquecido pelas 
pessoas, e negado às crianças. Mas, acima de tudo, como destaca 
Cunha (2001, p. 16),ela tem a função de “fazer as crianças felizes, 
este é o objetivo mais importante”. 
Vale destacar que a Brinquedoteca favorecer o cultivo a brincadeira, 
de forma livre, como destaca Almeida e Casarin (2002), assim, a 
Brinquedoteca na escola, “é um espaço que permite o brincar 
livremente, com todo o estímulo à manifestação de suas 
potencialidades e necessidades lúdicas, com muitos jogos variados e 
diversos materiais que permitem a expressão da criatividade” ( p.1). 
Desse modo, este espaço de aprendizagem permite à construção da 
identidade, autonomia e das diferentes linguagens no educando. 
Concretizando o pensamento, Cunha (2001, p. 17) descreve a 
brinquedoteca como “responsável por mediar à construção do saber, 
em situações de prazer, com gosto de aventura, na busca pelo 
conhecimento espontâneo e prazeroso”, além de fazer extravasar 
sentimentos, conhecimentos e emoções. 
Sua presença no ambiente educacional não deveria ser uma 
alternativa, ou apenas uma opção a ser implantada, mas, sim, espaço 
obrigatório nas escolas, seja em qualquer nível de ensino, e favorecer 
à todos os envolvidos no processo de aprendizagem, pois, é o direito 
do ser humano e cidadão, a ser defendida e implantada pelos 
governantes e líderes deste país. 
Noffs (2001, p. 160) conceitua a brinquedoteca como, 
Um espaço onde a criança, utilizando o lúdico, constrói suas próprias 
aprendizagens, desenvolvendo-se num ambiente acolhedor, natural e 
que funciona como fonte de estímulos, para o desenvolvimento de suas 
capacidades estéticas e criativas, favorecendo ainda sua curiosidade. 
Não sendo diferente, Cunha (1992, p. 38) define a brinquedoteca como 
“esforço de salvaguarda a infância, nutrindo-a com elementos 
indispensáveis ao crescimento saudável da alma e da inteligência da 
criança”. Com respeito ao ser humano, seguindo uma filosofia 
educacional a potencializar sua existência, e manifestar-se neste. 
Por este motivo, este ambiente lúdico propicia momentos de 
exploração, de sentimentos, experimentações, imaginações e 
construção de normas e alternativas objetivando a resolução de 
conflitos que acometem através das brincadeiras. 
Diante da diversidade de propostas e objetivos que não limita-se a si 
mesmos, sendo flexíveis e regidos pelo interesse da realidade que está 
inserida, Bezerra (2006, p. 1), Puga e Silva (2008, p. 1) elenca alguns 
dos objetivos do espaço da brinquedoteca: 
proporcionar um espaço lúdico, valorizando o ato de brincar de forma 
espontânea; resgatar o espaço e o tempo de brincar; possibilitar o 
acesso a brinquedos; orientar sobre a adequação e utilização dos 
brinquedos; desenvolver hábitos de responsabilidade; resgatar 
brincadeiras, incentivando sua valorização como atividade geradora de 
desenvolvimento intelectual, emocional e social; propiciar a construção 
de conhecimentos; estimular o desenvolvimento da concentração e 
atenção; oportunizar a expansão de habilidades e potencialidades; 
desenvolver a criatividade, a sociabilidade e a sensibilidade; incentivar 
a autonomia e o sentimento de auto-estima; repassar aos professores 
e às famílias informações sobre conhecimentos a respeito da 
importância do brincar e sobre o desenvolvimento do aluno na 
Brinquedoteca. 
Além de todos os objetivos delineados, Careiro (2006, s/p) reforça 
dizendo que, a “brinquedoteca prepara o espaço do “faz-de-conta” para 
que seu ambiente seja impregnado de criatividade, de manifestações 
de afeto e de apreciação pela infância, a tal ponto que a criança se 
sinta esperada e bem-vinda”. 
Ao distorcer ou real significado deste espaço, corrompemos a formação 
humana na infância, que reduz o saber à reprodução de saberes 
impostos pelos adultos, sem expressões de vida própria das crianças. 
Não diferente, Kishimoto (1999 apud Souza 2008, p. 1) definiu a 
brinquedoteca em inauguração do Museu do Brinquedo da 
Universidade Federal de Santa Catarina como, “espaço de animação 
sociocultural que é encarregado da transmissão da cultura infantil 
como também pelo desenvolvimento da socialização, integração social 
e construções das representações infantis”. 
Vale lembrar que, por mais que a brinquedoteca seja um local ideal 
para trabalhar o lúdico de forma saudável e prazerosa à criança, onde 
se aprende brincando, esta não cumprirá sua real função se não houver 
a “alma de poeta e educador” e presença de um intermediário, o 
“brinquedista”, que atua mediando às situações e ações lúdicas com a 
criança. 
Corroborando com este pensamento como Noffs (2001, p. 173) diz, 
a brinquedoteca é um espaço onde o conhecimento a ser adquirido tem 
possibilidade de ser trabalhado em suas significações e o conhecimento 
já adquirido tem a possibilidade de ser ressignificado, permitindo dessa 
forma o desenvolvimento integral, harmonioso e a aprendizagem 
infinita da criança, sob a mediação do profissional deste espaço, o 
educador-brinquedista. 
Em suma, Friedmann (1998) denota à Brinquedoteca como espaço 
para estimular o ser humano, sob diversas variedades de brinquedos 
num ambiente rico de ludicidade, de liberdade, de sentidos. Ou seja, o 
"mundo perfeito” para a criança desenvolver e viver de forma 
prazerosa e saudável, pois, ao mesmo tempo em que brinca também 
aprende. 
WEB-AULA 2 
UNIDADE 2 
BRINQUEDOTECA VIRTUAL 
Compreendendo o Assunto 
É sabido a todos que atualmente existem discussões sobre a presença 
da ludicidade no ambiente escolar. Contudo, apesar de sua prática 
restritiva nos espaços escolares, os educadores de uma forma geral 
reconhecem a importância da brincadeira, do jogo e do brinquedo 
como um elemento favorável a sua práxis educacional. 
Deste modo, é urgente re-significar as concepções lúdicas existente na 
escola, traduzindo-as em ações concretas que demonstrem reconhecer 
a indissociabilidade entre o brincar e o aprender, uma vez que, ambas 
são inerentes a fase da infância, sendo a cultura lúdica uma atividade 
histórica e culturalmente construída pelo ser humano. 
Neste contexto, pode-se inferir que a Brinquedoteca além de oferecer 
atividades lúdicas, também influência definitivamente na formação 
social do educando, não devendo, portanto, ser caracterizada como um 
“depósito ou cantinho” de brinquedos, mas sim, espaço que promove 
aprendizagem e estimula o desenvolvimento integral da criança. 
Ampliando Conhecimento 
Brinquedoteca Virtual: Uma análise críticade um recurso 
educativo 
Gisele Aparecida da Gama 
RESUMO 
O artigo apresentará a importância do uso das novas tecnologias na 
educação, através de uma brinquedoteca virtual. Refletirá também 
sobre as mudanças do brincar nos tempos, além de oferecer subsídios 
para uma melhor análise desta ferramenta nos mundos atuais. 
PALAVRAS CHAVES: Brinquedoteca virtual – novas tecnologias – 
educação – brincar 
Atualmente vivemos em um mundo de informações e imagens. Em 
tudo o que nos rodeia encontramos idéias e mensagens variadas que 
nos mostram o mundo. Nesse universo encontramos a era digital que 
de maneira determinante vem contribuindo para o avanço de diversas 
áreas, entre elas a educação. 
Outro ponto determinante a se destacar nessa era digital é a 
importância de nossas crianças brincarem, explorarem e 
desenvolverem a imaginação. O brincar é uma atividade livre e 
espontânea e tem como um de seus recursos o brinquedo. 
A experiência do brincar cruza diferentes tempos e espaços e marca, 
ao mesmo tempo, uma continuidade e significativas mudanças 
históricas. A criança, pelo fato de se situar em um contexto histórico e 
social, incorpora, cria e recria experiências vivenciadas, a partir das 
relações com o outro e com os objetos explorados. 
Segundo Borba (apud Vygotsky, 1987), “o brincar é uma atividade 
humana criadora, na qualimaginação, fantasia e realidade interagem 
na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e 
de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir 
relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos”. 
Neste sentido, a criança de um lado reproduz e representa o mundo 
por meio das situações criadas nas atividades de brincadeiras, por 
outro, essa reprodução não se faz passivamente, mas mediante um 
processo ativo de reinterpretação de mundo, permitindo a invenção e 
a produção de novos significados e saberes. 
Levando em consideração o século XXI, que a cada dia vem marcado 
por violência, desastres e grandes avanços tecnológicos, imaginemos: 
Onde nossas crianças irão brincar? A cada dia as tecnologias da 
informação estão mais e mais avançadas, despertando o interesse 
desta nova geração. Precisamos garantir que estas crianças 
conquistem um espaço representativo, mesmo que virtual, onde ela 
possa ampliar e organizar seus pensamentos e idéias. 
Neste ponto, sentimos o quanto as brinquedotecas virtuais estão 
carentes de criatividade e exploram muito pouco as habilidades e 
potencialidades de nossas crianças. As brincadeiras fazem parte do 
patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de 
pensamento e ensinamentos. 
Durante todo este tempo de evolução do ser humano, algumas 
mudanças ocorreram no brincar de nossas crianças, ora por falta de 
espaço, falta de tempo, ora por falta de oportunidades. E a 
preocupação de resgatar o espaço das brincadeiras na vida das 
crianças nos tem levado a cada vez mais estudar e buscar algumas 
soluções que nos auxiliem e ao mesmo tempo, contribuam com a 
formação delas. 
A brinquedoteca virtual é um espaço privilegiado para o aprendizado e 
aperfeiçoamento das habilidades cognitivas e motoras da criança, além 
de ser um espaço virtual que pode ser uma ferramenta bastante útil 
na educação. 
Neste contexto, nosso objetivo é mostrar o quanto a brinquedoteca 
virtual pode ser utilizada como um recurso educativo pelos professores 
e que desperte nas crianças, o gosto pelas atividades virtuais. 
Analisando e percebendo o grande interesse que nossas crianças têm 
diante das novas tecnologias, consideramos que a brinquedoteca 
virtual pode ser uma grande ferramenta pedagógica como forma de 
dinamizar o processo ensino aprendizagem, explorando a criatividade 
através de cantos educativos: 
A seguir, descreveremos como forma de sugestão alguns cantos que 
poderão compor os espaços de uma Brinquedoteca Virtual, são eles: 
1 - Canto do Faz de Conta: com fantasias e um grande palco os 
personagens entram nesse mundo do faz de conta com o objetivo de 
se vestirem e criarem diversas histórias. 
2 - Canto da Leitura: local onde os personagens entrarão com o 
objetivo de ler, conhecer diversas histórias e se possível, criar de forma 
escrita o final para tais histórias. 
3 - Canto dos jogos: ambiente com jogos que desenvolvam o 
raciocínio lógico matemático. 
4- Canto da música: é o grande momento das crianças serem 
cantores e compositores musicais. 
5 - Canto da criatividade: a criança se sente o criador de sua arte, 
neste ambiente a criança desenha, pinta, monta imagens, etc. 
Propondo uma brinquedoteca virtual com base no desenvolvimento 
cognitivo de nossas crianças, sentiremos o quanto poderão se 
desenvolver. Tais propostas mostram claramente o desenvolvimento 
no processo de alfabetização e letramento, conceitos matemáticos, 
além de aperfeiçoar seu cálculo mental, proporcionam e exploram a 
criatividade. Unir dois pontos: brincar e as tecnologias atuais. Isso 
permitirá refletir sobre nossa conduta e propor novas experiências e 
vivências produtivas as nossas crianças. 
Finalizando, corroboramos com Cunha (1988, p. 09), quando diz, “O 
brincar é uma arte, um dom natural que quando bem cultivado, irá 
contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto”. É com 
esta preocupação que acreditamos contribuir no trabalho dos 
educadores para que tenham um olhar crítico diante dos materiais 
oferecidos no ambiente virtual, neste caso, a brinquedoteca virtual, 
além de um material rico, que os sensibilize sobre a importância do 
brincar através do uso das tecnologias, reconhecendo que temos em 
nossas escolas um recurso fabuloso, de forma que, bem orientado e 
estruturado conseguiremos colher excelentes resultados. 
Texto retirado 
em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?
artigo=1858

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