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TEORIA DO CONHECIMENTO: INVESTIGANDO O SABER. Dentre as principais questões tematizadas na teoria do conhecimento podemos citar: As fontes primeiras de todo conhecimento ou o ponto de partida; o processo que faz com que os dados se transformem em juízos ou afirmações acerca de algo; a maneira como é considerada a atividade do sujeito frente ao objeto a ser conhecido; o âmbito do que pode ser conhecido segundo as regras da verdade etc. SUJEITO E OBJETO: ELEMENTOS DO PROCESSO DE CONHECER. Conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior a mente. Segundo a noção representacionista do conhecimento, quando conhecemos um pássaro, formamos uma representação, uma “imagem adequada” desse pássaro em nossa mente. Temos dois elementos básicos, aos quais pode-se dar maior importância, o sujeito conhecedor (idealismo) e o objeto conhecido (realismo). REALISMO As percepções que temos dos objetos são reais, ou seja, correspondem de fato às características presentes nestes objetos, na realidade. No realismo mais ingênuo o conhecimento ocorre por uma apreensão imediata das características do objeto. Outras formas mais criticas do realismo problematizam a relação sujeito-objeto, mas mantém a realidade básica de que o objeto é determinante no processo de conhecimento. IDEALISMO O sujeito é que predomina em relação ao objeto. A percepção da realidade é construída pelas nossas idéias, pela nossa consciência. Os objetos seriam construídos de acordo com a capacidade de percepção do individuo. As formas que o sujeito percebe no pássaro são apenas idéias ou representações desses atributos. CETICISMO ABSOLUTO: TUDO É ILUSÓRIO O ceticismo diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade. Para o ceticismo absoluto, o homem nada pode afirmar, pois nada pode conhecer com total certeza. Pirro afirmava ser impossível ao homem conhecer a verdade devido a duas fontes primárias de erro. Os sentidos: não são dignos de confiança. A razão: as diferentes e contraditórias opiniões manifestadas pelas pessoas sobre os mesmos assuntos revelam os limites de nossa inteligência. Os críticos consideraram-na uma doutrina radical, estéril e contraditória. Radical porque nega totalmente a possibilidade de conhecer. Estéril porque não leva a nada. Contraditória porque, ao dizer que nada é verdadeiro, acaba afirmando que pelo menos existe algo verdadeiro, isto é, o conhecimento de que nada é verdadeiro. CETICISMO RELATIVO: O DOMÍNIO DO PROVÁVEL. Nega parcialmente nossa capacidade de conhecer a verdade. Subjetivismo: considera o conhecimento uma relação puramente subjetiva e pessoal entre o sujeito e a realidade percebida. Relativismo: entende que não existem verdades absolutas, mas apenas verdades relativas, que têm uma validade limitada a um certo tempo. Probabilismo: propõe que nosso conhecimento é incapaz de atingir a certeza plena. Pragmatismo: propõe uma concepção de homens como seres práticos, ativos e não apenas como seres pensantes. O conceito de verdade deve ser outro: verdadeiro é aquilo que é útil, que dá certo, que serve aos interesses da pessoa na sua vida prática. DOGMATISMO: A CERTEZA DA VERDADE. Uma doutrina é dogmática quando defende, de forma categórica, a possibilidade de atingirmos a verdade. Dogmatismo ingênuo: predominante no senso comum, confia plenamente nas possibilidades do nosso conhecimento. Dogmatismo crítico: Defende nossa capacidade de conhecer a verdade mediante um esforço conjugado de nossos sentidos e de nossa inteligência. CRITICISMO: BUSCA DE SUPERAÇÃO DE IMPASSE. Representa uma tentativa de superação do impasse criado pelo ceticismo e pelo dogmatismo. Tal como o dogmatismo, acredita na possibilidade do conhecimento, mas se pergunta pelas reais condições nas quais seria possível esse conhecimento. Trata-se de uma posição crítica diante da possibilidade de conhecer. Segundo Kant, o criticismo admite a possibilidade de conhecer, mas esse conhecimento é limitado e ocorre sob condições específicas. EMPIRISMO E VALORIZAÇÃO DOS SENTIDOS. O empirismo defende que todas as nossas idéias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato). Para Locke, nada vem a mente sem ter passado pelos sentidos. A mente é como um papel em branco desprovido de idéias. A experiência supre nosso conhecimento por meio de duas operações: sensação e a reflexão. RACIONALISMO: A CONFIANÇA NA RAZÃO. O racionalismo atribui exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Porém, nunca devemos nos deixar persuadir pela evidência de nossa razão. A experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, isto é, eles já estão na mente do homem desde o seu nascimento. APRIORISMO KANTIANO: ENTRE A EXPERIÊNCIA E A RAZÃO. Um meio termo entre visões opostas. Kant afirma que todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiência sozinha não nos dá o conhecimento. É preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência. A experiência forneceria a matéria do conhecimento (os seres do mundo), enquanto a razão organizaria essa matéria de acordo com suas formas próprias, estruturas existentes a priori do pensamento.
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