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Unidade 03 - Consciência crítica e filosófica. - filosofia

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CONSCIENCIA CRÍTICA E FILOSÓFICA.
Consciência: desenvolvimento de uma atividade mental que nos permite estar no mundo com algum saber, “com ciência”. A biologia classifica o homem atual como sapiens sapiens, o ser que sabe que sabe. 
Há duas dimensões complementares no processo de conscientização:
Consciência de si: Que exige reflexão. Através dela alcança-se a dimensão de interioridade que se manifesta através do processo de falar, criar, propor , afirmar, inovar.
Consciência do outro: exige atenção. Através dela alcança-se a dimensão da alteridade, que se manifesta através dos processo de escutar, absorver, reformular, rever, renovar.
Consciência critica: depende do crescimento dessas duas dimensões da consciência. Se apenas um deles se desenvolve, há uma abalo no desenvolvimento da consciência critica.
Consciência mítica: refere-se às narrativas e ritos tradicionais, integrantes da cultura de um povo, principalmente entre as populações primitivas e antigas, que utilizam elementos simbólicos para explicar a realidade e dar sentido a vida humana. O mito narra como, graças às façanhas dos entes sobrenaturais, uma realidade passou a existir.
Consciência religiosa: Historicamente conviveu e debateu com a razão filosófica e cientifica. Sua diferença em relação a esses saberes está na crença em verdades reveladas pela fé religiosa enquanto a filosofia e a ciência se apóiam, sobretudo, na razão para alcançar o conhecimento.
Consciência Intuitiva: Aristóteles se referia à intuição intelectual como conhecimento imediato de algo universalmente válido e evidente, que, posteriormente, poderia ser demonstrado através de argumentos. Já a intuição sensível seria um conhecimento imediato restrito ao contexto das experiências individuais. São aquelas leituras de mundo guiadas pelo conjunto de experiências de cada indivíduo.
Consciência Racional: Hegel considera que há três grandes formas de compreensão do mundo, que seriam a religião, a arte e a filosofia. A religião apreende o mundo pela fé, a arte o faz predominantemente pela intuição, e a filosofia, pelo conhecimento racional. A consciência racional busca a compreensão da realidade por meio de certos princípios estabelecidos pela razão, como por exemplo, a causa e efeito. Enquanto a ciência procura compreender o que são as coisas, a filosofia, através da razão crítica, é capaz de estranhar essa realidade cotidiana e, assim, proceder à reflexão em busca de seus fundamentos.
Senso comum: Um vasto conjunto de opiniões aceitas como verdadeiras, mas sem um fundamentação de sua validade. Frases feitas e ditos populares.
Algumas dessas idéias podem esconder idéias falsas, parciais ou preconceituosas.
O que caracteriza o senso comum é a falta de fundamentação crítica.
Em virtude da ausência da razão crítica, o senso comum se torna terreno favorável ao desenvolvimento da ideologia.
Ideologia:Seria não apenas um conjunto de idéias que elaboram uma compreensão da realidade, mas também um conjunto de idéias que dissimulam essa realidade, porque mostram as coisas de forma apenas parcial ou distorcida em relação ao que realmente são. Teria como função, por exemplo, preservar a dominação de classes apresentando um a explicação apaziguadora para as diferenças sociais. 
A ideologia seria uma forma de consciência da realidade, mas uma consciência parcial e ilusória, que se baseia na criação de conceitos e preconceitos como instrumentos de dominação.
A ideologia pré-determina a ação, desprezando a história e a prática na qual cada pessoa se insere, vive e produz.
Tem como finalidade produzir um consenso coletivo. A generalização visa ocultar a origem dos interesses sociais específicos que nascem da divisão da sociedade em classes.
A eficiência de uma ideologia depende de sua capacidade para ocultar sua origem, sua lacuna e s sua finalidade.
O fato de que a ideologia burguesa oculte ou mostre parcialmente a realidade se originaria de sua própria incapacidade de ver a realidade em sua totalidade, e ainda, da necessidade de tornar universais os seus valores particulares, a fim de garantir a estabilidade da ordem social que lhe interessa.
A critica a ideologia pode ser feita por um exercício de estranhamento da realidade em questão. Os elementos que compõem determinada realidade devem deixar de ser vistos como dados naturais, para serem compreendidos como construções histórico-sociais.
FILOSOFIA: DO SENSO COMUM AO SENSO CRÍTICO.
Primeiro foi o espanto, depois o despertar crítico e a decepção. O ser humano queria uma explicação para o mundo. Uma ordem para o caos.
Quando pergunta e se espanta, o homem tem uma sensação de ignorância. Para escapar dessa ignorância ele começa a filosofar.
EXTENSÃO DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO.
A realidade a ser conhecida passou a ser dividida, recortada, despertando estudos especializados. Era a separação entre a ciência e a filosofia.
Os dias atuais caracterizam-se como a “era dos especialistas”. Para os críticos dessa especialização do mundo cientifico, ela conduz a uma pulverização do saber, á perda de uma visão mais ampla do conhecimento, a uma restrição mental sistemática.

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