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Direito Administrativo I - organização administrativa brasileira-administração indireta

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Direito Administrativo
Organização Administrativa Brasileira 
Administração Indireta
Prof. Marco Viana
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	1.	Organização Administrativa:
		o modo pelo qual as pessoas públicas se estruturam para 	bem e satisfatoriamente desempenhar as várias atividades 	que lhes foram atribuídas pela Constituição e por via das 	quais atuam perseguindo a satisfação do interesse público;
	2.	Modos / Formas:
	a)	concentração e desconcentração
	b)	centralização e descentralização.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	2.	Modos / Formas:
	a)	concentração:
		o próprio Estado atua diretamente, sem redistribuir 	competências no âmbito interno da Administração Pública;
	b)	desconcentração:
		o Estado outorga frações de poder (competências) a órgãos e 	agentes de uma Administração Direta.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	2.	Modos / Formas:
	c)	centralização:
		a Administração Pública oferece seus serviços diretamente, 	prestando-os por meio de seus próprios órgãos e agentes.
	d)	descentralização:
		a Administração Pública oferece seus serviços através 
		a) das entidades da chamada Administração Indireta 	(autarquias, fundações, empresas estatais e agências) e/ou
		b) das empresas concessionárias, permissionárias ou 	autorizatárias de serviços públicos, i. é, aquelas pessoas 	jurídicas que prestam 	serviços públicos em regime de 	concessão, permissão ou autorização.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	2.	Modos / Formas:
	d)	descentralização – tipos / espécies:
		1.ª) descentralização política:
	
		 importa na repartição de poder político entre os entes que 	integram a Federação ou a Confederação, sendo, portanto, 	delineada pela Constituição;
		2.ª) descentralização administrativa:
		 importa na distribuição de competências em favor de 	entidades criadas pelo Poder Público ou de pessoas a quem 	este outorgou a execução de serviços sob regimes de 	concessão, permissão ou autorização.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	2.	Modos / Formas:
	d)	descentralização – tipos / espécies:
		2.ª) descentralização administrativa:
		 importa na distribuição de competências em favor de 	entidades criadas pelo Poder Público ou de pessoas a quem 	este outorgou a execução de serviços sob regimes de 	concessão, permissão ou autorização.
		 espécies:
		- territorial, por colaboração, por serviço (ou funcional).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	3.	O Modelo Brasileiro:
		admite a desconcentração, centralizando o Estado o 	desempenho de alguns serviços públicos através de órgãos e 	agentes no âmbito interno da chamada Administração Direta.
		admite também a descentralização, ofertando o Estado 	serviços públicos através 
		a) das entidades da chamada Administração Indireta 	(autarquias, fundações, empresas estatais e agências) e
		b) das empresas concessionárias, permissionárias ou 	autorizatárias de serviços públicos, i. é, aquelas pessoas 	jurídicas que prestam 	serviços públicos em regime de 	concessão, permissão ou autorização.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	4.	A Organização Administrativa Brasileira:
		a Administração Pública Brasileira atua:
	1.º)	através de órgãos e agentes de sua ADMINISTRAÇÃO DIRETA 	OU CENTRALIZADA (já estudados).
	2.º)	através de entidades criadas pelo Poder Público para integrar 	sua ADMINISTRAÇÃO INDIRETA OU DESCENTRALIZADA.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta
	4.	A Administração Indireta:
		Noção:
	-	conjunto de entidades, de pessoas jurídicas dotadas de 	personalidade jurídica própria, criadas pelo Poder Público 	para exercerem atividades em setores que reclamem atuação 	especializada.
		Estrutura:
		a) as autarquias, b) as fundações públicas (de direito público 	ou de direito privado), c) as empresas públicas (donde se 	incluem as empresas públicas ou sociedades de economia 	mista) e d) as agências (reguladoras e executivas).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	a)	conceito:
		serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, 	patrimônio e receitas próprias, para executar atividades 	típicas da Administração Pública que requeiram, para seu 	melhor desempenho, gestão administrativa e financeira 	descentralizada (Decreto-lei n.º 200/67, art. 5.º);
 
	b)	criação:
		por lei específica (p/ alguns, deve ser de iniciativa do Chefe 	do Poder à qual se vincula – CF/88, art. 37, XIX, e 61, § 1.º, II 	‘e’).
 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	c)	extinção:
		por lei específica (princípio da simetria jurídica ou do paralelismo da forma);
	d)	natureza jurídica:
		pessoa jurídica de direito público
		Obs.: não se confundem com os entes federativos (União, 	Estados DF e Municípios = pessoas políticas);
	e)	patrimônio:
		formado por bens públicos (logo, inalienáveis, impenhoráveis, 	imprescritíveis, não oneráveis).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	f)	auto-administração:
		dotadas que são de personalidade jurídica própria;
		possuem autonomia administrativa, financeira e técnica.
 
	g)	atividades desenvolvidas:
		econômicas (exs.: IAA, BACEN, CVM);
		creditícias (exs.: antigas caixas econômicas);
		industriais (ex.: antiga Imprensa Oficial);
	
		previdenciária e assistencial (ex.: INSS);
		profissional ou corporativa (exs.: AOB, Conselhos);
		cultural, voltada, p. ex., para o ensino (ex.: universidades 	públicas).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	h)	regime de pessoal: 
		em regra, estatutário;
		admissível, todavia, servidores públicos celetistas (em regime de 	emprego público).
	Obs.:
	-	cargos de provimento permanente e empregos públicos:	acesso 	via concurso público;
	-	cargos de provimento temporário: livre nomeação e 	exoneração por parte da autoridade competente;
	-	admissível a contratação por prazo determinado para atender a 	necessidade de excepcional interesse público:
		- Lei n.º 8.745/93 (União);	 - Lei n.º 6.677/94 (Bahia).
 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	i)	acumulação: 
		vedação, em regra;
		admissível, excepcionalmente, nas hipóteses taxativas 	indicadas na Constituição Federal, art. 37, XVI e XVII.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	j) controle: 
	 internamente: controle interno ou administrativo;
		externamente:
		- controle finalístico (supervisão ministerial);
		- controle legislativo: TCE;
		- controle popular / social: amplo;
		- controle judicial, via ações comuns e ações constitucionais;
 
	Obs.: autoridades autárquicas praticam atos sujeitos a mandado de segurança e respondem por ato de improbidade administrativa (Lei n.º 8.429/92).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	k)	juízo competente:
	1.º)	as ações comuns:
		a) contra autarquias federais: Justiça Federal;
		b) contra autarquias estaduais / municipais: Justiça Estadual 	(cf. dispuser a Lei de Organização Judiciária de cada Estado e 	do DF);
 
	2.º)	as ações envolvendo pessoal celetista: Justiça do Trabalho;
	3.º)	as ações envolvendo pessoal estatutário:
		a) contra autarquias federais: Justiça Federal;
		b) contra autarquias estaduais
/ municipais: Justiça Estadual.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	l)	atos: 
		atos de gestão;
		atos administrativos propriamente ditos (dotados de 	imperatividade, executoriedade, presunção de legitimidade, 	tipicidade), com sujeição ao regime jurídico administrativo;
	m)	contratos:
		contratos administrativos (cf. C.F./88, art. 37, XXI e Lei n.º 	8.666/93);
		contratos de direito privado, parcialmente derrogados por 	normas públicas;
		outros (convênios, consórcios).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	n)	responsabilidade civil:
		objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 	causarem a terceiros;
		ação regressiva contra os aludidos agentes, com caso de 	dolo ou culpa. (C.F./88, art. 37, § 6.º);
 
	o)	imunidade tributária:
		 vedação à cobrança de impostos sobre o patrimônio, a renda 	e os serviços vinculados às finalidades essenciais das 	entidades autárquicas (CF/88, art. 150, § 2.º). 
 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	p)	privilégios processuais: 
	1.º)	CPC, art. 188  quádruplo do prazo comum para responder 	às ação contra elas ajuizadas; dobro do prazo comum para 	recorrer das decisões que lhes sejam desfavoráveis;
 
 	2.º)	CPC, art. 27  custas judiciais devidas só ao final do 	processo, se vencida;
 
	3.º)	dispensa da exibição de procuração;
 
 	4.º)	cobrança de seus créditos sem sujeição a concurso de 	credores (falência, concordata e inventário);
 
	5.º)	prescrição qüinqüenal da ações que particulares possam 	contra elas ajuizar – Dec. n.º 20.910/32.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	q)	dirigentes:
		investidura disciplinada por lei;
		nomeação diretamente pelo Chefe do Poder ao qual se 	vincula a autarquia
	Obs.: Em certos casos, a Constituição Federal exige prévia aprovação por parte do Poder Legislativo
	Ex.: CF/88, art. 52, III, “d)” (prévia aprovação do Senado Federal para os atos de nomeação de Presidente e Diretores do Banco Central do Brasil).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Autarquias
	q)	gestão orçamentária e financeira:
		descentralizada;
		orçamento próprio constante da LOA – Lei Orçamentária 	Anual (C.F./88, art. 165, § 5º, I);
		sujeição dos seus gestores à Lei Complementar nº 101/2000 – 	Lei de Responsabilidade Fiscal.
	r)	autarquias de regime especial:
		aquelas que recebem da lei instituidora privilégios específicos 	que aumentam sua autonomia (exs.: BACEN, CNEN).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	a) conceito:
	-	as fundações instituídas pelo Poder Público dizem respeito a um patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou de direito privado, e destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado na área social, com capacidade de auto-administração e mediante controle da Administração Pública nos limites da lei (Sylvia Zanella);
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	b)	características:
		- caracterizam as fundações instituídas pelo Poder Público:
		1.º) dotação patrimonial pública ou semi-pública/semi-	privada;
		2.º) personalidade jurídica pública ou privada, conforme 	definido em lei;
		3.º) desempenho de atividades atribuídas ao Estado no 	âmbito social (saúde, educação, cultura, meio-ambiente, 	assistência social);
		4.º) auto-administração;
		5.º) sujeição a controle/tutela da Administração Direta, nos 	limites da lei.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	c)	natureza jurídica e espécies:
	-	o Poder Público pode instituir as seguintes espécies de 	fundações:
	1.ª)	fundação de direito público, com natureza jurídica de pessoa 	jurídica de direito público e regime jurídico autárquico;
 
	2.ª)	fundação de direito privado, com natureza de pessoa jurídica 	de direito privado (cf. Decreto-lei n.º 200/67, art. 5.º, IV) e 	regime jurídico híbrido, regido por normas de direito comum e 	normas de direito público).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	d)	a fundação pública de direito público:
	-	pessoa jurídica de direito público;
	-	regime jurídico autárquico;
	-	o que já se disse sobre as autarquias aplica-se, como regra, à 	fundação pública de direito público.
	Obs.: ressalva quanto à criação (CF, art. 37, XIX):
	-	decorrente de ato do Chefe de Poder ao qual estará 	vinculada;
	-	necessidade de prévia lei específica autorizativa;
	- 	lei complementar definirá as áreas de atuação das fundações.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	e)	a fundação pública de direito privado:
	-	trata-se de pessoa jurídica de direito privado (cf. Decreto-lei 	n.º 200/67, art. 5º, IV) que atua sob regime jurídico híbrido, 	regido por normas de direito comum e normas de direito 	público;
	-	características:
	1.ª)	criação:
	-	decorrente de ato do Chefe de Poder ao qual estará 	vinculada;
	-	necessidade de prévia lei específica autorizativa;
	- 	lei complementar definirá as áreas de atuação das fundações.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	e)	a fundação pública de direito privado:
	-	características:
	2.ª)	aspectos do regime público a que se sujeita: 
	-	os mesmos das fundações públicas e das autarquias.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	e)	a fundação pública de direito privado:
	-	características:
	3.ª)	aspectos do regime comum a que se sujeita:
	a)	constituição: registro dos atos constitutivos (estatutos) no 	órgão competente para o Registro Civil das Pessoas 	Jurídicas;
	b)	bens: seriam penhoráveis, não se sujeitando a fundação 	privada ao processo de execução contra a Fazenda Pública 	(precatórios);
	c)	juízo privativo nas ação em que for parte: inexistência;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Fundações Públicas
	e)	a fundação pública de direito privado:
	-	características:
	3.ª)	aspectos do regime comum a que se sujeita:
	d)	responsabilidade civil: objetiva somente se forem prestadoras 	de serviços públicos – CF/88, art. 37, § 6.º;
	e)	regime de pessoal: o que decorre da CLT, ressalvadas as 	regras para admissão, acumulação, responsabilização 	criminal e por ato de improbidade (Lei n.º 8.429/92), que 	decorrem do regime público.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	a)	noção: 
		instrumentos de intervenção do Estado no domínio 	econômico, seja explorando atividades tipicamente 	econômicas, seja prestado serviços públicos de natureza 	comercial ou industrial.
	b)	divisão ou classificação:
		empresas estatais exploradoras de atividade econômica, de 	regime jurídico constituído por normas predominantemente 	privadas – exs.: BB, BNB, CEF, PETROBRAS;
		empresas estatais prestadoras de serviços públicos, de 	regime jurídico predominantemente público – exs.: EMBASA, 	EBCT, SERPRO, PRODASEN;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	c)	espécies: 
		empresas públicas e sociedades de economia mista;
		conceito de empresa pública: 
		- pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 	Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, 	mediante autorização de lei específica, sob qualquer forma 	jurídica (LTDA., S/A, etc.), com capital exclusivamente
público, para a exploração de atividades de natureza 	econômica ou para a execução de serviços públicos (exs.: 	EBCT, SERPRO, CEF);
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	c)	espécies: 
		empresas públicas e sociedades de economia mista;
		conceito de sociedade de economia mista:
		- pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 	Administração Indireta, instituídas pelo poder Público, 	mediante autorização legal, sob a forma de sociedade 	anônima (S/A), com capital público e privado, para a 	exploração de atividades de natureza econômica ou para a 	execução de serviços públicos (ex.: BB, BNB, BASA, 	PETROBRÁS).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	
	d)	características comuns:
	
	1ª)	personalidade jurídica de direito privado;
	
	2ª)	criação por ato do Chefe do Poder Executivo autorizado por 	lei específica; extinção pela mesma via (princípio da simetria 	jurídica ou do paralelismo da forma (C.F./88, art. 37, XIX);
	3ª)	dependem de autorização legislativa a) a criação ou extinção 	de subsidiárias, bem como b) a participação de empresas estatais 	em empresas privadas (CF/88, art. 37, XX);
	4ª)	sujeição a controle estatal (controle finalístico);
	5ª)	atuação de acordo com regime jurídico híbrido ou misto:
	6ª)	sujeição parcial ao regime público;
	7ª)	vinculação aos fins definidos na lei instituidora;
	8ª)	têm por objeto a exploração de atividade econômica (intervenção no 	domínio econômico) ou a prestação de serviços públicos.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	
	e)	aspectos do regime público a que se sujeitam:
	1.º)	criação por ato do Chefe do Poder Executivo autorizado por 	lei específica e extinção pela mesma via, em razão do 	princípio do paralelismo da forma ou da simetria jurídica;
	2.º)	sujeição a controle finalístico;
	3.º)	sujeição a normas de finanças públicas;
	4.º)	concurso público para acesso aos empregos públicos e 	proibição de acumulação destes, salvo nas condições e 	hipóteses previstas no C.F./88, art. 37, XVI e XVII;
	5.º)	equiparação do ocupante de cargo em empresas estatais a 	funcionário público para fins criminais – Código Penal, art. 	327, § 1.º; 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	
	e)	aspectos do regime público a que se sujeitam:
	6.º)	sujeição de dirigente e de ocupante de emprego público em 	empresa estatal à Lei de Combate à Improbidade 	Administrativa – Lei nº 8.429/98;
	7.º)	cabimento de mandado de segurança contra ato de agente de 	empresa estatal que exerça função delegada do Poder 	Público;
	8.º)	cabimento de ação popular contra ato de dirigente de 	empresa estatal lesivo ao patrimônio público – C.F./88, art. 5º, 	LXXIII;
 
	9.º)	legitimidade ativa das empresas estatais para propor ação 	civil pública na defesa de interesses difusos (C.F./88, art. 129, 	II, § 1º + Lei nº 7.347/85, art. 5º);
	10.º) sujeição das empresas estatais prestadoras de serviços 	públicos a intervenção em caso de estado de sítio (C.F./88, 	art. 139, VI).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	f)	divisão ou classificação:
	1ª)	empresas estatais prestadoras de serviços públicos: 
	
		 sujeitam-se, em regra, a regime jurídico de direito público, 	às vezes afastado por normas de direito privado – C.F./88, art. 	175.
	2.ª)	empresas estatais exploradoras de atividade econômica: 
		 sujeitam-se, em regra, a regime jurídico de direito privado, 	às vezes afastado por normas de direito público – C.F./88, art. 	173;
 	
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	f)	divisão ou classificação:
	1.ª)	empresas estatais prestadoras de serviços públicos: 
		Observações:
		1ª) lei disporá sobre o estatuto jurídico das empresas estatais 	(C.F./88, art. 173, § 1º);
	
		2ª) é vedada a concessão às empresas estatais de privilégios 	fiscais não extensivos às empresas do setor privado, para 	garantir a livre concorrência – CF/88, art. 170 + CF/88, art. 173, 	§ 	2º);
		3ª) sujeitam-se as empresas estatais exploradoras de atividade 	econômica à Lei de Licitações – Lei nº 8.666/93 – na contratação de 	obras, serviços ou compras de qualquer natureza. 
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	f)	divisão ou classificação:
	2.ª)	empresas estatais exploradoras de atividade econômica: 
		Observações:
		1ª) lei disporá sobre o estatuto jurídico das empresas estatais 	(C.F./88, art. 173, § 1º);
	
		2ª) é vedada a concessão às empresas estatais de privilégios 	fiscais não extensivos às empresas do setor privado, para 	garantir a livre concorrência – CF/88, art. 170 + CF/88, art. 173, 	§ 	2º);
		3ª) sujeitam-se as empresas estatais exploradoras de atividade 	econômica à Lei de Licitações – Lei nº 8.666/93 – enquanto 	não editado o estatuto específico de que cuida C.F./88, art. 173, § 1º).
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	g)	o estatuto jurídico das empresas estatais 	(C.F./88, art. 173, § 1º) 	disporá sobre:
	
	a)	sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 	sociedade;
	b)	a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 	inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 	trabalhistas e tributários;
 	c) licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 	observados os princípios da Administração Pública;
	d) constituição e funcionamento dos conselhos de administração e 	fiscal, com a participação dos acionistas minoritários;
	e)	os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 	administradores.		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	h)	o estatuto jurídico das empresas estatais 	(C.F./88, art. 173, § 1º) 	disporá sobre:
	
	a)	sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 	sociedade;
	b)	a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 	inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 	trabalhistas e tributários;
 	c) licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 	observados os princípios da Administração Pública;
	d) constituição e funcionamento dos conselhos de administração e 	fiscal, com a participação dos acionistas minoritários;
	e)	os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 	administradores.		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	i)	atos e contratos:
	
		as empresas estatais praticam atos regidos por normas de direito privado e, pelo fato de estarem sujeitas a regime jurídico híbrido ou misto, praticam também atos regidos por normas de direito público;
	 exs.:
	-	a realização de uma assembléia de cotistas ou de acionistas 	(atos regidos pelo direito privado);
	-	a realização de concurso público para admissão de 	candidatos a empregos públicos (ato regido pelo direito 	público). 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	j)	pessoal: 
	1.º)	o acesso aos empregos públicos existentes nas empresas 	estatais deve dar-se pela via do concurso público (C.F./88, art. 	37, II);
	2.º)	é vedada a acumulação de empregos desempenhados das 	empresas estatais com outros cargos ou empregos exercidos 	junto a outros órgãos ou entidades da Administração Direta 	ou Indireta de qualquer esfera, ressalvadas as hipóteses em 	que a acumulação é expressamente permitida pela 	Constituição Federal (C.F/88, art. 37, XVI e XVII);
 	3.º)	equipara-se o ocupante de emprego em empresa estatal a 	funcionário
público para fins penais – Código Penal, art. 327, 	§ 1º;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	j)	pessoal: 
	4.º)	equipara-se o empregado de empresa estatal a agente 	público, para os efeitos da Lei de Combate à Improbidade 	Administrativa – Lei nº 8.429/92;
	5.º)	é celetista o regime do pessoal das empresas estatais, disso 	decorrendo a) a ausência de estabilidade constitucional, b) a 	possibilidade de rescisão do vínculo funcional com base nas 	hipóteses indicadas na CLT, e c) a competência da Justiça do 	Trabalho para julgar os conflitos trabalhistas;
	6.º) os empregados das empresas estatais sujeitam-se ao mesmo 	teto remuneratório do serviço público em geral se as 	entidades onde atuam receberem do Poder Público recursos 	para pagamento de suas despesas gerias e com pessoal – 	CF/88, art. 37, § 9º.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	l)	dirigentes: 
		investidura obedece ao disposto nos estatutos da entidade e 	a nomeação se dá por ato do Chefe do Poder Executivo;
		quando o dirigente de estatal exerce funções delegadas do 	Poder Público, seus atos, quando violadores de direito líquido 	e certo, sujeitam-se a mandado de segurança (C.F./88, art. 5º, 	LXIX);
		os atos de dirigentes de empresas estatais sujeitam-se 	também a) a ação popular (C.F./88, art. 5º, LXXIII), b) a ação 	por ato de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), bem 	como c) a ação penal por crime contra a Administração 	Pública (Código Penal, art. 327).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m)	traços distintivos entre as empresas estatais:
	1.º)	forma jurídica:
	a)	empresa pública  pode assumir quaisquer das formas em 	direito admitidas (sociedade civil ou mercantil, por quotas 	de responsabilidade limitada, sociedade anônima, etc.);
	b)	sociedade de economia mista  somente podem assumir 	forma de sociedade anônima (regência pela 	Lei das S/A’s – 	Lei nº 6.404/76, com alterações da Lei nº 10.303/01).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m)	traços distintivos entre as empresas estatais:
	2.º)	composição do capital:
	a)	empresa pública  capital público exclusivamente;
	b)	sociedade de economia mista  capital público e privado, 	observando-se que 
		- a maioria das ações com direito a voto deve pertencer ao 	ente federativo criador da sociedade de economia mista e
		- o ente federativo criador da sociedade de economia mista 	deverá participar da gestão da entidade com a intenção de 	fazer dela um instrumento de ação do Estado (Sylvia Zanella). 
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	3.º) foro processual:
	a)	empresa pública federal:
		* causas comuns: Justiça Federal – CF/88, art. 109, I;
		* causas trabalhistas : Justiça do Trabalho;
		
	b) empresa pública estadual ou municipal:
		* causas comuns: Justiça Estadual;
		* causas trabalhistas: Justiça do Trabalho;
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	3.º) foro processual:
	c) sociedade de economia mista:
		* causas comuns: Justiça Estadual;
		(SÚMULA 556 – STF: “É competente a justiça comum para 	ulgar as causas em que é parte sociedade de economia 	mista”);
		* causas trabalhistas: Justiça do Trabalho.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	4.º) responsabilidade: 
		empresas estatais prestadoras de serviço público:
		- responsabilidade civil objetiva (C.F./88, art. 37, § 6º);
		empresas estatais exploradoras de atividade econômica:
		- responsabilidade civil comum (subjetiva), fundada em ato 	doloso ou culposo, do qual tenha decorrido prejuízo material 	ou moral ao patrimônio de terceiro prejudicado.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	4.º) responsabilidade: 
	-	responsabilidade subsidiária do ente federativo criador ou 	instituidor: 
		SIM, p/ as estatais prestadoras de serviço público;
		NÃO, p/ estatais exploradoras de atividade econômica.
	Obs.: - observações de lege ferenda – necessidade de se 	aguardar a edição do estatutojurídico das empresas estatais – 	CF, art. 173, § 1º.
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	5.º) penhorabilidade dos bens: 
		empresas estatais prestadoras de serviço público:
		- bens afetados à prestação dos serviços públicos: 	impenhoráveis (princípio da continuidade do serviço público);
		empresas públicas exploradoras de atividade econômica: 
		- bens penhoráveis: respondem pelas dívidas da entidade.
	Obs.: - observações de lege ferenda – necessidade de se 	aguardar a edição do estatutojurídico das empresas estatais – 	CF, art. 173, § 1º.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	5.º) penhorabilidade dos bens: 
		empresas estatais prestadoras de serviço público:
		- bens afetados à prestação dos serviços públicos: 	impenhoráveis (princípio da continuidade do serviço público);
		empresas públicas exploradoras de atividade econômica: 
		- bens penhoráveis: respondem pelas dívidas da entidade.
	Obs.: - observações de lege ferenda – necessidade de se 	aguardar a edição do estatutojurídico das empresas estatais – 	CF, art. 173, § 1º.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	6.º) falência:
		empresas estatais prestadoras de serviço público:
	-	não se sujeitariam, em tese, à lei de falências (princípio da 	continuidade do serviço público);
		empresas estatais exploradoras de atividade econômica: 
	-	sujeitar-se-iam, em tese, à falência.
	
	Obs.: - observações de lege ferenda – necessidade de se 	aguardar a edição do estatutojurídico das empresas estatais – 	CF, art. 173, § 1º.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Empresas Estatais 
	m) traços distintivos entre as empresas estatais:
	7.º) prescrição: 
		ações visando haver dívidas ou direitos junto às empresas estatais: prescrição qüinqüenal (Decreto nº 20.910/32, c/ a redação do Decreto-lei nº 4.597/42)
		ação destinada a haver direitos decorrentes da relação laboral: prescrição regida por normas específicas, de natureza trabalhista.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências 
	a)	origens: 
		organismos originários do direito americano, que por ter 	massificado a utilização dessas entidades, chegou mesmo a 	ser chamado de “direito das agências” (Eloísa Carbonell);
		nos EUA, podem ser qualquer autoridade governamental 	americana, excetuados o Congresso, a Presidência e os 	Tribunais.
	b)	divisão:
		agências executivas;
		agências reguladoras.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	c)	definição: 
		a qualificação dada à autarquia ou à fundação pública que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução dos custos;
	Obs.: 
		em verdade, agência executiva não é uma entidade, mas um título, uma credencial, uma qualificação atribuída a determinada
pessoa jurídica que se habilitou para o recebimento dessa designação após um processo de credenciamento.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	1ª FASE: 
		autarquias ou fundações pública já existentes fazem uma avaliação de seu modelo de gestão com base nos critérios do Prêmio Nacional de Qualidade;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	2ª FASE: 
		avaliado o modelo, a entidade interessada no credenciamento elabora e apresenta um Plano de Desenvolvimento Institucional, voltado para a redução dos custos e para a melhoria da qualidade da gestão;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	3ª FASE: 
		o plano de desenvolvimento institucional apresentado é, então, examinado pelo órgão competente junto à Administração Direta;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	4ª FASE: 
		aprovado o plano de desenvolvimento institucional, dá-se a celebração de CONTRATO DE GESTÃO com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada a autarquia ou fundação proponente do credenciamento;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	4ª FASE – o contrato de gestão – características:
		formaliza-se por escrito; suas cláusulas, devem indicar, 	dentre outras coisas: 
	a)	as metas a serem atingidas;
	b) a compatibilidade dos planos anuais com o orçamento da 	entidade;
	c) os meios necessário à consecução das metas;
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	4ª FASE – o contrato de gestão – características:
		formaliza-se por escrito; suas cláusulas, devem indicar, 	dentre outras coisas: 
	d) as medidas legais e administrativas destinadas a assegurar 	maior autonomia na gestão orçamentária, financeira e 	administrativa;
 	e) as penalidades por descumprimento das metas;
	f) a vigência;
	g) as condições para revisão, renovação e rescisão.
	
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	d)	O Processo de Credenciamento ou de Qualificação: 
	5ª FASE: 
		qualificação ou credenciamento por decreto.
	-	Obs.:	a entidade credenciada poderá perder a qualificação 	em caso de descumprimento do plano de desenvolvimento 	institucional.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	e)	o direito aplicável: 
		C.F./88, art. 37, § 8º;
		Leis nºs 9.648 e 9.649, de 27/05/98, bem como os Decretos nºs 	2.487 e 2.488 de 02.02.98 (esfera federal).
	f)	objetivo: 
		o credenciamento de entidades da Administração Indireta como agências executivas tem por objetivo o aumento da eficiência via ampliação da autonomia dos entes da Administração Pública, de acordo com as diretrizes da chamada “Administração Gerencial”.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Executivas 
	g)	natureza jurídica: 
		designação agência executiva: credencial;
		natureza jurídica autárquica ou fundacional pública (portanto, 	pessoas jurídicas de direito público).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	a)	definição: 
		qualquer órgão da Administração Direta ou entidade da 	Administração Indireta com a função de regular a matéria 	específica que lhe está afeta;
	b)	o conteúdo da função reguladora: 
		regulação de determinado segmento econômico, 	compreendendo sua 
		- organização;			- orientação;
		- normatização;		- ouvidoria;
		- fiscalização;			- imposição de sanções.
		
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	c)	breve histórico da função reguladora: 
		autarquias que exerceram função reguladora sem a 	designação específica de agências reguladoras:
	1ª) 1918 – Comissariado de Alimentação Pública;
	2ª) 1923 – Instituto de Defesa Permanente do Café;
	3ª) 1933 – Instituto do Açúcar e do Álcool;
	4ª) 1938 – Instituto Nacional do Mate;
	5ª) 1940 – Instituto Nacional do Sal;
	6ª) 1941 – Instituto Nacional do Pinho, dentre outras.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	c)	breve histórico da função reguladora: 
		órgãos e entidades que atualmente exercem função reguladora sem a designação de agência reguladora
	1ª) BACEN – Banco Central do Brasil;
	2ª) CMN – Conselho Monetário Nacional; 
	3ª) SUSEP – Superintendência de Seguros Privados;
	4ª) SRF – Secretaria da Receita Federal;
	5ª) CADE – Conselho de Direito Econômico.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	d)	espécies:
		exercentes de poder de polícia (exs. ANVISA, ANS, ANA);
		reguladoras de atividades objeto de concessão, permissão ou 	autorização de serviço público (exs. ANATEL, ANP, AGERBA).
	e)	natureza jurídica:
		pessoa jurídica de direito público, do tipo autarquias de 	regime especial.
	f)	objetivo: 
		aumentar a eficiência do Poder Público na regulação de 	setores estratégicos através de entidades dotadas de 	independência administrativa, normativa e jurisdicional.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	g)	aspectos da independência administrativa ( I ):
		regulação da própria atividade interna;
	
		estabilidade dos dirigentes (mandato fixo e não são 	exoneráveis ad nutum – Lei nº 9.986, de 18.07.00);
		regulação dos serviços que fiscalizam;
		realização de licitação para escolha do concessionário, 	permissionário dos serviços públicos objeto de regulação;
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	g)	aspectos da independência administrativa ( II ):
		celebração de contratos de concessão ou de permissão;
		definição de valores de tarifas e disciplina da respectiva 	revisão/reajuste;
		controle da execução dos serviços concedidos ou permitidos;
		aplicação de sanções, encampação e ouvidoria de denúncias 	e de reclamações dos usuários.
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	h) aspectos da independência normativa:
		vedação a que editem normas com a 	mesma força de lei;
		prerrogativa de explicitar conceitos jurídicos indeterminados 	contidos em lei sobre matéria de sua competência, sem 	inovar a ordem jurídica.
 	Ex.: definição do que sejam contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde (Lei nº 9.782/99 – ANVISA).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	i)	aspectos da independência julgadora:
		prerrogativa das agências reguladoras de proferirem decisões sobre matéria de sua competência reguladora, observando-se que tais atos decisórios:
	-	têm caráter final na esfera administrativa;
	-	não são passíveis de revisão por outros órgãos da 	Administração Pública;
	-	sujeitam-se a controle judicial quanto à sua legalidade 	(C.F./88, art. 5º, XXXV).
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Organização Administrativa Brasileira
Administração Indireta – As Agências Reguladoras 
	j)	o direito aplicável: 
		não há lei geral (exceto
a que dispõe sobre o pessoal dessas 	entidades (Lei nº 9.986, de 18.07.00 – esfera federal);
		no Brasil, cada agência reguladora é criada e regulada por 	sua própria lei específica (exs.: Lei nº 9.427, de 26/12/96, 	sobre a ANEEL, a Lei nº 9.472, de 16/07/97, sobre a ANATEL, a 	Lei nº 9.478, de 06/08/97, sobre a ANP – esfera federal);
		ANATEL e ANP: as únicas agências expressamente 	mencionadas na Constituição Federal (C.F./88, arts. 21, XI, e 	177, § 2º, III).

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