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5.1 Diagnóstico de gestação em bovino

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OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA
Diagnóstico de Gestação em Vacas
O objetivo do diagnóstico é monitorar todo o processo reprodutivo, adequar as necessidades nutricionais de cada período, descartar ventres improdutivos, revelar estados de infertilidade ou subfertilidade no rebanho.
Obs.: o diagnóstico positivo só deve ser dado quando houver certeza, pois são elevados os custos de apartação de animal de produção leiteira.
MÉTODO DIAGNÓSTICO
Deve-se escolher aquele que melhor atenda aos seguintes requisitos: 
Ser inócuo e seguro para mãe e feto, 
Ter segurança diagnóstica próximo a 100%, 
Ser eficaz e rápido, principalmente quando se faz diagnóstico em rebanho,
Permitir o diagnóstico precoce,
Permitir diferenciar gestação simples ou múltipla,
Ser simples e de baixo custo (ter boa relação custo/benefício)
Dentre os métodos de diagnóstico, tem-se:
Palpação retal, desde que após 40dias de gestação;
US transretal, após 28-35 dias de gestação, com a vantagem de poder avaliar a viabilidade fetal;
Dosagem hormonal (P4), porém pode dar falso positivo em animais com CL persistente, além de ser um método de custo elevado.
Na palpação retal (PR) é possível detectar o aumento uterino. O período gestacional pode ser dividido em três fases:
1/3 inicial (de 0 a 100 dias) → útero em posição pélvica, porém em raças de grande porte (ex: holandesa), o feto desce para posição abdominal antes do 100º dia;
1/3 médio (de 4 a 6 meses) → útero em posição abdominal, dificultando a palpação do feto;
1/3 final (de 7 a 9 meses) → verifica-se a subida do feto e seu posicionamento no canal de parto a partir do 8º mês.
	Alterações observadas através de palpação retal no útero de vacas gestantes
	Dias
	Feto
	Placenta
	Frêmito (a.uterina)
	80-100
	+
	+
	-
	100-120
	Flutuação (ver figura anterior)
	+
	+
	120-150
	Flutuação (ver figura anterior)
	+
	+
	150-180
	Piso abdominal (fase de descida) 
(ver figura anterior)
	+
	+
	180-240
	Ascensão
	+
	+
	240-285
	Cavidade pélvica
	+
	+
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DE GESTAÇÃO
	28 dias
	É caracterizado por apresentar um espessamento da vesícula embrionária no corno uterino gestante; geralmente só é viável em novilhas.
	32 dias
	Realiza-se o beliscamento (deslizamento do corio-alantóide sobre a parede do útero) demonstrando a presença de paredes duplas. Esse procedimento deve ser realizado no corno oposto ao do corpo lúteo, onde se encontra o embrião, para que este não seja lesionado. Nesse período a placenta já se expandiu pelos dois cornos.
	45 dias
	O feto é do tamanho de bola de pingue-pongue. A assimetria é evidente e denomina-se pequena bolsa.
	60 dias
	Feto do tamanho de bola de golfe.
	90 dias
	Feto do tamanho de um gato recém-nascido. O o útero pode ser contornado, em toda sua extensão, com a mão, e chama-se grande bolsa.
	120 dias
	O útero toma forma de balão e não se consegue passar a mão por debaixo dele; encontra-se distendido e tenso. Há a presença do frêmito da artéria uterina.
	5 meses
	A cérvix está pesada e afunilada para baixo e essa fase é denominada fase de descida. 
	6 meses
	O feto está na base do abdome.
	7 meses
	O feto começa a voltar para a cavidade pélvica, palpa-se a cabeça do feto, denomina-se fase de subida ou ascensão.
	8 meses
	Geralmente, o feto está posicionado para o parto.
ULTRASSONOGRAFIA
Utiliza-se sonda transretal (cabeçote linear).
Para fazer a sexagem, observa-se o tubérculo genital: mais próximo à cauda indica que é fêmea, mais próximo ao umbigo indica que é macho.

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