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Quelicerados: Características e Classificação

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TÉCNICA DE COLETA E PREPARAÇÃO DE MATERIAL ZOOLÓGICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
 UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
EQUIPE:
Áquila Priscila Ferraz
Inaldo Gizeldo Monteiro
Josefa Silva de Araújo
Luciene Morais Cavalcante
Sauma Nunes 
Thalyta Isis Lira Campos
Vinicius Mamede dos Santos
Cheliceratas 
Euchelicerata
Pycnogonida
Merostomatas
Arachnida
Chelicerata
Filogenia dos Cheliceratas 
Principais características
Tem o corpo divido em: 
Prossoma (cefalotórax) e Opistossoma (abdome) 
Possuem 4 pares de pernas locomotoras
Um par de quelíceras 
Um par de pedipaldo 
Não possui antenas e nem mandíbulas 
Quelíceras:
Subclasse Merostomatas
Ordem Eurypterida
Ordem Xiphosura
Ordem Eurypterida
 São uma família extinta de artrópodes.
são considerados os maiores artrópodes que já existiram.
Eram canibais - lutavam entre si e se devoravam em uma disputa por recursos, presas e parceiros de procriação.
Se alimentavam de peixes de grande porte.
Ordem Xiphosura
São artrópodes com uma história evolutiva que remonta ao Período Ordoviciano, fazem parte dos fósseis mais antigos que apresentam o mesmo plano corporal básico dos remanescentes atuais da Ordem Xiphosurida, da qual eles fazem parte.
São animais que vivem em ambientes marinhos próximos a costa ou mesmo em manguezais. 
Atualmente, os límulos são representados por quatro espécies, pertencentes a três gêneros diferentes: Limulus polyphemus, Tachypleus gigas, Tachypleus tridentatus, Carcinoscorpius rotundicauda. 
Possuem um sistema circulatório aberto e um sistema imunológico bastante simples
 O sangue destes excêntricos animais, vem sendo bastante útil para a indústria biomédica.
Locomoção:
 
 Rastejam lentamente e escavam superficialmente utilizando os seus apêndices do prossoma, também são capazes de nadar, batendo os apêndices do opistossoma.
Alimentação:
 Alimentam-se frequentemente de uma grande variedade de invertebrados, mas eles também se alimentam de quase todo tipo de matéria orgânica em decomposição.
Reprodução
 As fêmeas cavam buracos na areia e neles depositam seus ovos que em seguida são fertilizados pelos machos.
Subclasse Arachnida
Ordem Araneae 
Ordem Acari 
Ordem Scorpionida 
Ordem Opilones 
Funcionamento interno
 Trocas gasosas
Pulmões foliáceos
Ocorrem aos pares e ocupam posição ventral no abdome.
Traquéias
*Presente nas aranhas além
da filotraquéias. 
Sistema digestório
– Intestino possui : 
 um estomodeu ( porção anterior);
 um mesênterom (porção mediana);
 um proctodeu ( porção posterior). 
Sistema nervoso
 Como em todos os artrópodes, a forma externa do corpo dos quelicerados está geralmente refletida na estrutura do sistema nervoso central.
 
O gânglio cerebral, ou cérebro, inclui o protocérebro e o tritocérebro. 
Órgãos sensoriais 
Os aracnídeos possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos,dos quais depende grande parte de seu complexo comportamento. 
A maioria dos “pêlos “ do corpo de uma aranha ou de um escorpião são mecanorreceptores, coletivamente denominados de cerdas. 
A quimiorrecepção em aracnídeos envolve a detecção tanto de substâncias líquidas como gasosas que entram em contato com o corpo.
Cerdas
sensoriais
 Orgão sensorial
em fenda
Olhos
Sistema excretor
A excreção nos aracnídeos é feitas por túbulos de Malpighi, semelhantes aos dos insetos, e também por glândulas localizadas na base das pernas, denominadas glândulas coxais.
 
Locomoção 
A locomoção dos quelicerados terrestres necessita que o corpo seja apoiado sobre o substrato e que os 4 pares de pernas se movam em sequência de forma que mantenha o balanço do animal.
Características de cada ordem
Ordem Opiliones 
NÃO SÃO ARANHAS apesar de parecer.
Se caracterizam-se pelas pernas articuladas, excepcionalmente longas em relação ao o resto do corpo. 
Uma diferença importante entre aranhas e opiliões é que estes não tecem teias.
São comuns em zonas tropicais e subtropicais, existindo também em regiões temperadas. 
Têm hábitos majoritariamente noturnos e preferem meios úmidos. 
Utilizam os pedipalpos com função sensorial.
Para defesa, possuem uma glândula odorífera que secreta um intenso mau-cheiro e pode até ser tóxica para alguns animais, embora tóxica para animais de menores dimensões, esta substância é inofensiva para os seres humanos.
Alimentação:
 Se alimentam basicamente de pequenos invertebrados, de seres vivos em decomposição e sucos vegetais. Na falta de outro alimento, comem aranhas e outros opiliões.
Reprodução:
 Para se reproduzir, a maioria dos opiliões precisa passar por um longo processo, que envolve encontrar, selecionar e convencer um parceiro a copular, fertilizar os ovos, encontrar um local apropriado para oviposição e proteger a prole. Em muitas espécies , o sistema de acasalamento se enquadra na definição de poliginia por defesa de recursos, na qual os machos brigam pela posse de territórios que contêm sítios de oviposição preferidos pelas fêmeas.
Ordem Araneae 
É um dos maiores grupos animais no que diz respeito à sua diversidade.
A grande maioria das aranhas possui veneno.
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Locomoção:
 As aranhas desenvolveram diversos métodos de locomoção, na locomoção normal, os 8 apêndices seguem a chamada sequência rítmica diagonal, ou seja, as pernas II e III de um lado do corpo estão se movendo simultaneamente com as pernas I e IV do lado oposto, isso faz com que a aranha fique apoiada em 4 pontos. 
Alimentação:
 As aranhas são predadores: caçar e matar são suas especialidades e como a maior parte dos quelicerados , ingerem o alimento em uma forma líquida ou semilíquida.
Reprodução:
 A sua fecundação é interna, os machos não possuem pênis para introduzir os espermatozoides no corpo das fêmeas, mas desenvolveram outro mecanismo para isso.
As fêmeas põem os ovos fecundados no interior de sacos de seda construídos por elas. E dos ovos eclodem jovens semelhantes aos adultos. 
.
 
 Gênero Latrodectus.
 * Viúvas-negras.
De tamanho pequeno (cerca de um centímetro), são responsáveis pela maioria dos acidentes envolvendo aranhas. 
Sintomas: dores musculares intensas, náuseas, dor de cabeça e alterações respiratórias e cardíacas
Acidentes com aranhas no Brasil 
 Gênero Phoneutria.
* As armadeiras
 Aranhas muito agressivas, facilmente reconhecidas por levantarem suas patas dianteiras quando se sentem ameaçadas e, apoiadas sobre suas pernas traseiras, pularem sobre seu alvo.
 Sintomas: dor local, sudorese, salivação intensa, aumento da frequência cardíaca, vômitos, diarreias e enrijecimento muscular. 
Somente em casos muito raros a pessoa vai a óbito.
Gênero Loxosceles.
As aranhas-marrons. 
Apesar de pequenas, seu veneno é bem potente. A maioria dos acidentes ocorre quando elas se encontram dentro do sapato de alguém que o calça sem antes verificar sua presença. Ao serem imprensadas contra o corpo do indivíduo, acabam reagindo. 
Sintomas: Febra alta, dor de cabeça, coceira em todo o corpo, dor muscular, náuseas, vômitos, visão turva, diarreia, sonolência e irritabilidade, inchaço e presença de bolhas no local, nem sempre a pessoa sente dor no momento da picada. 
Muitas vezes as complicações surgem em razão da ausência de tratamento, ou por ele ter sido feito tardiamente. 
Seda das Aranhas
A seda das aranhas é uma proteína fibrosa complexa é mais forte do que o aço e duas vezes tão elástica quanto o náilon. 
 O aparelho reprodutor de seda das aranhas está localizado no opistossoma e compreende vários grupos de glândulas, existem aproximadamente 6 tipos diferentes de glândulas de seda, cada um produzindo um tipo diferente.
São usados como: 
 * fio de segurança e fios-guia; 
 * para construção de ninhos, casulos e armadilhas;
 * para enrolar a presa
para armazenamento; 
 * como sacos de ovos de plataformas para depósito de espermatozóides; 
 * e para revestimento das tocas. 
Ordem Scorpionida
Apresenta um par de apêndices sensoriais, único dentre os aracnídeos, chamado pente;
Télson em forma em forma de espinho, com glândula de veneno;
Pedipalpos grandes, com presença de quelas.
Locomoção:
 Para frente seus 8 apêndices move-se através dos usuais pulsos de força e recuperação. Nem todas as pernas locomotoras se movem no mesmo padrão. Os ápices das pernas anteriores são levados muito acima do substrato, para sentir a frente enquanto o animal se move, o ápice de cada um dos pares de pernas estende-se a diferentes distâncias do corpo, evitando o contato entre as pernas. 
Os escorpiões também são capazes de mudar de rumo abruptamente, caminhar para trás e escavar em areia frouxa.
Alimentação:
 Alimentam-se principalmente de insetos, embora algumas espécies grandes ocasionalmente comam cobras e lagartos. 
Reprodução:
 Para reprodução, o macho prende a fêmea em seus pedipalpos e realiza um ritual de corte, que consiste em arrastá-la e balançá-la por todos os lados até a liberação (no solo) de um tubo contendo esperma, denominado espermatóforo. Após essas ações, a fêmea se posiciona neste, penetrando em seu opérculo genital. Em algumas espécies, como o escorpião amarelo, há reprodução por paternogênese.
 Os filhotes, após o nascimento, são conduzidos um a um pela mãe até o dorso, onde permanecem até a primeira muda e passam a viver independentes.
Ordem Acari 
Os ácaros, constituem um grupo de pequenos invertebrados que podem ser encontrados praticamente em todo o planeta, colonizando com sucesso os ambientes terrestre e aquático.
Muitos são parasitas
Apresentam cefalotórax e abdome fundidos, cobertos por uma carapaça protetora.
Alimenta- se de material vegetal e animal. 
Desenvolvimento indireto ( no estágio larval com 6 patas e depois da muda, ficam com 8).
As pernas podem ser utilizadas para andar, escalar.
Métodos de coleta
Há maioria destes invertebrados tem vida noturno.
Nas matas são encontrados em folhagens e ramagens da vegetação, em trocos de árvores, buracos no solo, raízes expostas (especialmente se próximos de algum córrego ou local úmido).
Na zona urbana podemos encontra- los nos gramados, arbustos, nas habitações humanas (em todos os desvãos e partes menos cuidadas), nos fundos de quintais, terrenos baldios, em baixo de telhas, tijolos e madeiras velhas, nas fendas de muros.
Quando a coleta visar a criação em laboratórios, os exemplares devem ser postos em frascos individuais, pois muitas formas são canibais.
Informação importantes
É recomendado que qualquer aracnídeo seja tratado como se fosse venenoso e NÃO SE TENTE NUNCA A CAPTURAR MANUAL.
Uma das recomendações mais importantes é a de não mutilar os exemplares na captura, pois todas as partes do animal são importantes para indentificação. 
Um comportamento comum entre alguns aracnídeos é o de “morte fingida” quando perturbados ficam completamente imóveis, com as érnas e palpos encolhidos. Por esse motivo, nunca se deve pegar com a mão um aracnídeo aparentemente morto. 
Equipamentos 
Vidros de diferentes tamanhos ( de preferência de boca larga);
Uma pinça pequena e outra comprida;
Um pincel fino; 
Lança- perfume ou um vidro com éter;
Guarda- chuva entomológico;
Rede de varrição;
Lanterna;
Peneira;
Funil de Berlese 
Funil Berlese
Guarda- chuva entomológico
Rede de varrição
Pipeta
Coleta de Aranhas e Opiliões
Para os que andam pelo chão:
Com uma caixa de fósforo vazia: Abra- se a caixa e emborca- se sobre o espécime, fecha- se a caixa sem levantá- la deixando e exemplar preso.
Com um frasco ou até mesmo com um copo de boca larga, que se emborca sobre o bicho , desliza- se com cuidado uma folha de papel ou um cartão por baixo do recipiente. 
Em buracos no solo ou tronco de árvores:
Podem ser coletadas com o método da “bola de cera”. Uma bola de cera de abelha ou de massa de modelar, na extremidade de um barbante ou cordão, é pendurado no buraco da aranha, mexe- se calmamente a pelota de massa até que a aranha agarre a ela com as quelíceras e seja puxada, com jeito, para fora. 
Estas podem também ser feitar por triagem manual, com auxílio de luvas, pinças e pincéis. 
Coleta de carrapatos
Os carrapatos podem ser coletados em fase parasitária, sobre os animais (fixados à pele de seus hospedeiros) ou em fase de vida livre (no meio ambiente).
Coleta em Animais:
Os carrapatos fixados aos animais são coletados simplesmente retirando-os da pele do hospedeiro, através de torções leves, seguidas de movimentos de tração, com a utilização de pinça (Figuras 15a e 15b), permitindo que os carrapatos sejam retirados inteiros, evitando-se a quebra do hipostômio, imprescindível para a identificação. 
Coleta no Meio Ambiente
Esta técnica consiste na utilização de uma flanela branca, com duas hastes de ferro (vergalhão), de madeira ou canos de ferro, transpassadas em presilhas feitas em cada extremidade da mesma, com o objetivo de manter a flanela aberta e o mais próximo possível da vegetação. Se necessário deve-se fixar pesos na extremidade posterior. 
 A técnica de arrasto é indicada tanto para locais com vegetação do tipo
herbácea (gramíneas, leguminosas, compostas e outras forrageiras), como para áreas de confinamento de animais (pastos) ou peridomicílio (Figura 17). Deve-se percorrer toda a extensão da área, andando lentamente e parando a cada 10 metros, para verificação e coleta de indivíduos capturados sobre a face da flanela que é arrastada em contato com a vegetação.
 Método Pitfall: 
Captura:
Opiliões, aranhas e escorpiões.
Obrigada!

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