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UNID 4 - INSUMOS FARMACÊUTICOS NOVO

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FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I 
RONDINELLI LADEIRA 
 
1 
UNIDADE IV – INSUMOS FARMACÊUTICOS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Segundo FERREIRA (2006), as funções e a funcionalidade dos excipientes devem 
ser interpretadas de acordo com as novas tendências do mercado farmacêutico. O 
tradicional conceito de excipiente, como sendo simples adjuvantes e veículo, química e 
farmacologicamente inerte, vem sofrendo grande evolução. 
 Excipientes, anteriormente vistos como meras substâncias capazes de facilitar a 
administração e proteger o fármaco, são considerados, nos dias atuais, como constituintes 
essenciais, que garantem o desempenho do medicamento e otimizam a obtenção do efeito 
terapêutico. 
 Uma definição mais recente regulamentada pelo International Pharmaceutical 
Excipients Councils (IPEC) diz que: 
“EXCIPIENTE É QUALQUER SUBSTÂNCIA, DIFERENTE DO FÁRMACO 
OU DO PRÓ-FARMACO, QUE TEM SUA SEGURANÇA AVALIADA E, A PARTIR 
DE ENTÃO, PODE SER INCLUÍDA NA FORMA FARMACÊUTICA”. 
 As principais funções dos excipientes são: 
 Possibilitar a preparação do medicamento; 
 Proteger, fornecer ou melhorar a estabilidade e a disponibilidade biológica do 
fármaco, além da aceitabilidade do paciente; 
 Propiciar a identificação do produto; 
 Melhorar ou promover qualquer outro atributo relacionado, não somente à 
segurança mas, também, com a efetividade do produto durante a estocagem e/ou o 
uso. 
De acordo com o IPEC, a característica de inércia deve ser desconsiderada, uma vez 
que, de algum modo, qualquer substância pode modificar a liberação, estabilidade e a 
biodisponibilidade do fármaco. 
Excipientes são constituintes essenciais à preparação da forma farmacêutica, 
devendo ser objeto de importantes considerações durante a fase de pré-formulação. 
FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I 
RONDINELLI LADEIRA 
 
2 
Atualmente, mais de 1000 produtos são usados como excipientes. O profissional 
responsável por desenvolver as formulações deverá levar em consideração, na escolha dos 
excipientes adequados, aquele que garantirá melhor desempenho da formulação 
(estabilidade e eficácia), melhores características de manufatura e, ao mesmo tempo, que 
apresente custo adequado. 
Nas formas farmacêuticas, os excipientes representam a maior parte em relação ao 
volume da forma, quando comparados com a concentração do ativo. As principais 
características de um excipiente ideal são: 
 Toxicologicamente inativo; 
 Química e fisicamente inertes frente ao fármaco; 
 Compatível com outros ingredientes da formulação; 
 Incolor ou insípido; 
 Elevada fluidez e boa capacidade de escoamento (sólidos); 
 Alta capacidade de sofrer compressão (sólidos); 
 Disponível a partir de diversas fontes, com custos adequados; 
 Fácil de ser armazenado; 
 Características reprodutíveis lote-a-lote 
 Desempenho consistente com a forma farmacêutica ao que se destina. 
De acordo com sua influência na estabilidade da formulação, liberação e absorção 
do ativo e características do processo de preparação, os excipientes podem ser agrupados 
em 3 categorias: 
Estabilidade Absorção do fármaco Influência na preparação 
Anti-oxidantes 
Quelantes 
Conservantes 
Estabilizantes 
Tamponantes 
Modificadores de pH 
Desintegrantes 
Plastificantes 
Modificadores da liberação 
Promotores da penetração 
Molhantes 
Formadores de filme/ 
polímeros 
Agentes bioadesivos/ 
agentes encapsulantes 
Agentes emulsificantes 
Agentes suspensores 
Agentes gelificantes 
Diluentes 
Lubrificantes 
FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I 
RONDINELLI LADEIRA 
 
3 
 
2. PRINCIPAIS EXCIPIENTES FARMACOTÉCNICOS 
 
Avaliadas as propriedades físico-químicas do fármaco e estabelecida a melhor via 
de administração, a escolha dos adjuvantes mais adequado para determinada formulação 
deverá basear-se nas características das substâncias contidas na fórmula, bem como na 
possibilidade de interações entre os excipientes e o(s) fármaco(s). 
 
2.1 DILUENTES 
São produtos inertes adicionados aos pós para permitir a obtenção de comprimidos 
ou o enchimento de cápsulas, com volumes adequados. Ainda, para propiciar propriedades 
de fluxo e compressão necessárias à produção. 
Exemplos: lactose, fosfato de cálcio tribásico, amido, manitol, sulfato de cálcio, celulose 
microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, óxido de magnésio, carbonato de magnésio, 
talco, caolim. 
 
2.2 VEÍCULOS 
 São preparações inertes destinadas à incorporação do(s) ativo(s). Dentre eles 
podemos destacar: 
 
I. ÁGUA 
 ÁGUA DESTILADA: é a água que passou por um processo de destilação, 
envolvendo mudanças do estado físico da água; dos estado líquido para vapor e após deste, 
a condensação para o estado líquido novamente. O equipamento utilizado é o destilador. O 
método é eficiente na remoção de contaminantes biológicos, porém não há remoção de íons 
sólidos dissolvidos. 
 AGUA DEIONIZADA: é obtida através de resinas iônicas, são retirados os íons, 
mas não é eliminada a matéria orgânica. Quando comparada à qualidade microbiológica 
entre a água deionizada e a destilada. Sabe-se que a água deionizada se contamina 
facilmente após seu preparo, não devendo ser armazenada. É obtida pelo deionizador, 
composto por resinas catiônicas e aniônicas. 
FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I 
RONDINELLI LADEIRA 
 
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Deionizadores que empregam as resinas catiônicas e aniônicas em cartuchos separados 
podem ser regenerados: resinas catiônicas com HCl ou H2SO4 de 2 a 4% e as aniônicas são 
regeneradas com solução de NaOH de 2 a 10%. 
 ÁGUA PURIFICADA POR OSMOSE REVERSA: água de alta pureza química e 
microbiológica. A água é pressionada para passar por uma membrana semi-permeável. O 
processo remove com eficiência, material particulado, microorganismos, materiais 
orgânicos, material inorgânico dissolvido e material insolúvel. 
 ÁGUA PURIFICADA ESTÉRIL: conforme sua aplicação deve atender a 
determinadas especificações farmacopéicas: água purificada estéril, água estéril para 
injeção, água estéril para inalação e água estéril para irrigação. 
 
A EFICIÊNCIA DO PROCESSO É AVALIADA PELA CAPACIDADE DE RETIRAR 
ÍONS DA ÁGUA, EVIDENCIADA ATRAVÉS DA MEDIDA DA CONDUTIVIDADE. 
 
II. EMULSÃO: é uma mistura de dois líquidos imiscíveis mantidos por meio de um agente 
intermediário. FASE OLEOSA E FASE AQUOSA. 
 
III. SUSPENSAO: é definida como uma dispersão contendo material insolúvel finamente 
suspendido em um meio líquido. A presença de um AGENTE DE SUSPENSÃO em um 
meio líquido é requerida para suprir a aglomeração de partículas dispersadas e para 
aumentar a viscosidade do meio, depositando as partículas vagarosamente. 
 
IV. BASES PARA POMADAS: pomadas são preparações semi-sólidas para aplicação 
externa, de consistência firme, que quando aplicada sobre a pele não escorre. Sua 
formulação deverá ser compatível com a pele, estável permanente, inerte, não irritante, 
capaz de absorver água ou outras preparações. 
PARAFINAS: AUMENTAM A CONSISTÊNCIA DE ALGUMAS POMADAS. 
ESPERMACETE: DÁ CONSISTÊNCIA E TESTURA (COLD CREAM). 
LANOLINA: VEÍCULO PARA POMADAS, ABSORVE LÍQUIDOS AQUOSOS. 
 
 
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2.3 SOLVENTES FARMACÊUTICOS: usados para dissolver outra substância na 
preparação de uma solução. Alguns são amplamente empregados na síntese de substâncias 
químicas orgânicas e pouco usados em farmácia devido à toxidez, volatilidade, 
instabilidade, inflamáveis. 
Ex. óleo de milho, óleo de algodão, glicerina, álcool isopropílico, óleo mineral, ácido 
oléico, óleo de amendoim, água, acetona, éter, álcool (uso tópico), propilenoglicol 
(umectante, preservativo e solvente), trietanolamina(emulsificador). 
 
2.4 ABSORVENTES: substâncias adicionadas par absorverem água presente nos 
extratos ou para fixar certos compostos voláteis, como as essências. 
Exemplos: fosfato de cálcio, caolim, carbonato de magnésio, bentonita, talco. 
 
2.5 AGLUTINANTES: agentes usados para promover adesão das partículas durante a 
granulação e compressão de formas farmacêuticas sólidas. Podem ser usados na forma de 
solução, dispersão ou pós. 
Exemplos: goma arábica, ácido algínico, açúcar compressível, CMC-Na, etilcelulose, 
gelatina, metilcelulose, povidona (PVP), amido, glicose líquida. 
 
2.6 DESAGREGANTES: empregados para acelerar a desintegração e/ou a dissolução 
da forma nos fluidos biológicos. 
Exemplos: ácido algínico, amido, alginato de sódio, CMC-Na; celulose microcristalina, 
croscarmelose sódica, glicolato sódico de amido, crospovidona. 
 
2.7 LUBRIFICANTES: agentes capazes de prevenir a aderência dos pós e granulados 
nas punções e matrizes, facilitar o escoamento dos mesmos no alimentador e facilitar o 
enchimento de cápsulas. Otimiza o processo produtivo. 
Exemplos: estearato de magnésio, estearato de cálcio, ácido esteárico, talco, óleo vegetal 
hidrogenado. 
 
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2.8 DESLIZANTES: agentes usados nas formulações de comprimidos e cápsulas para 
melhorar as propriedades de fluxo das misturas em pó. Exemplos: sílica coloidal 
(Aerosil®) e talco. 
 
2.9 AGENTES MOLHANTES: substâncias adicionadas com a finalidade de diminuir 
a tensão superficial na interface sólido/líquido. Age diminuindo o ângulo de contato entre a 
água e as partículas sólidas, aumentando a molhabilidade das partículas. 
Exemplos: lauril sulfato de sódio (LSS), docusato sódico, polissorbatos (Tweens®) 
 
2.10 AGENTES TAMPONANTES: usados para fornecer às formulações, resistência 
contra variações de pH, em casos de adição de substâncias ácidas ou básicas. 
Exemplos: tampões citrato, fosfato, borato... 
 
2.11 CORANTES 
O uso correto de corantes e flavorizantes não oferece vantagens terapêuticas 
particulares, mas é de considerável importância psicológica. Os corantes a serem 
adicionados em produtos farmacêuticos de uso interno devem ser atóxicos e 
farmacologicamente inativos. Eles não devem ser empregados para mascarar produtos de 
baixa qualidade. Só devem ser utilizados corantes certificados para administração em 
alimentos, fármacos e cosméticos aprovados pelo FD&C (Foods, Drugs and Cosmetics 
Administration). 
Os agentes de cor podem ser classificados em orgânicos e inorgânicos, naturais e 
sintéticos (mais usados em soluções aquosas). São empregados para a coloração de 
preparações farmacêuticas, cosméticos, alimentos, identificações bacteriológicas, agentes 
de diagnósticos e como atrativo de cor para melhora a aparência de embalagens. 
 Corantes naturais: obtidos de minerais, vegetais e animais. Usados para fins 
artísticos, corantes para alimentos, cosméticos e outros efeitos psicológicos. 
Exemplos: óxido férrico (vermelho e amarelo), curcuma (amarelo), vitamina B2 (amarelo), 
carmim (vermelho), colchonilha (vermelho), clorofila (verde), betacaroteno (alaranjado) 
Pigmentos: também empregados pra corantes vegetais (fitoquímicos). Ex. clorofila. 
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 Corantes sintéticos: aprovados pelo FDA para o emprego em alimentos, 
medicamentos e cosméticos. 
Exemplos hidrossolúveis: azul brilhante (FD&C azul #1); índigo carmim (FD&C azul #3); 
FD&C verde #3; eritrosina (FD&C vermelho #3); Ponceau SX (FD&C vermelho #4); 
tartrazina (FD&C amarelo #5); FD&C amarelo #6; FD&C vermelho #40; violeta ácido 6B, 
etc. 
A concentração do corante deverá ser o suficiente para produzir a cor desejada, porém sem produzir reações 
tóxicas. Empregam-se os corantes em preparações líquidas na faixa de 0,0005% (1 : 200.000) e 0,001% (1 : 
100.000). Corantes são comumente usados na forma de solução estoque. 
 
2.12 AROMATIZANTES E FLAVORIZANTES 
 Fatores psicológicos e físicos que podem afetar o sabor: ausência de revestimento 
de determinadas formas farmacêuticas sólidas bem como ausência de granulação ou 
cristalização, para pequenas partículas. Ex. manitol dá uma sensação refrescante e é 
empregado como base para pastilhas. 
 As pessoas apresentam maior sensibilidade para o odor do que para o sabor. 
Existem cerca de 10000 a 30000 identificações para aromas; destes cerca de 4000 podem 
ser identificados pelas pessoas. 
 Mulheres são mais sensíveis aos aromas do que os homens. 
 Sensações táteis: além do sentido gustativo a língua possui, também propriedades de 
aprender a classificar certo número de sensações pertencentes ao domínio da 
sensibilidade tátil: acre adstringente, o fresco e o quente devendo ser considerados 
quando se tratar de correção de sabor. 
 Paladar: é o conjunto complexo de sensações olfativas e gustativas apercebidas durante 
a ingestão de um alimento ou de uma bebida, resultantes das propriedades das 
substâncias que constituem estímulos sensoriais dos receptores químicos da região 
buco-nasofaríngea com exclusão de outras sensações percebidas no decurso da ingestão 
do mesmo produto, como a textura, sensações térmicas, visuais, etc. 
Exemplos: Flavorizantes utilizados para mascarar sabores primários: 
 Doce: baunilha, tutti-frutti, uva, morango, framboesa, amora, hortelã-pimenta. 
 Ácido (azedo): cítricos como limão, laranja, cereja, framboesa. 
 Salgado: amêndoas, xaropes de canela, de ácido cítrico, de laranja, de alcaçuz, cravo. 
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 Amargo: anis, café, chocolate, chocolato-menta, menta, limão, laranja, xaropes de 
cacau, de alcaçuz, cravo. 
 Oleoso: menta, anis, hortelã. 
 Metálico: morango, framboesa, cereja, uva. 
 Insípido: associar edulcorante com flavorizante (xarope de limão). 
 
2.13 EDULCORANTES: usados para adoçar a preparação. Podem ser naturais ou 
sintéticos. 
Exemplos: 
Naturais: açúcar, glicose, dextrose, manitol, sorbitol, glicerina, estévia (estevinosídeo), 
frutose, mel, xaropes. 
Sintéticos: aspartame, sacarina, cilcamato de sódio, acessulfame de potássio, sucralose, 
xilitol, maltitol solução. 
Edulcorante Concentração 
usual (%) 
Solubilidade Poder 
adoçante* 
pH 
estabilidade 
Sacarose Até 85 Água e álcool 1,0X .... 
Sorbitol 20 a 70 Água 0,5 a 0,7X .... 
Manitol 7 Água (1:5,5) 
Álcool (1:83) 
Glicerina (1:18) 
0,5 a 0,7X 
Promove 
sensação 
refrescante 
.... 
Sacarina sódica 0,04 a 0,6 Água (1:1,2) 300X >2,0 
Estevinosídeo 0,1 a 0,5 Muito solúvel 
em água 
300X .... 
Aspartame 0,1 a 0,5 Água (1:100) 180X 2,0 a 5,0 
Ciclamato 
sódico 
0,17 Água (1:5) 30X Ampla faixa 
Dextrose .... Água (1:1), 
glicerina e álcool 
(1:60) 
0,65X .... 
Acesulfame de 
potássio 
0,3 a 0,5 Água (1:3,7) 180 a 200X pH ácido 
Sucralose 0,03 a 0,24 Facilmente solúvel 
em etanol (95%), 
metanol e água 
300 a 1000X 5,0 a 6,0 
Frutose 45 a 99,5 Água (1:0,3) 1,17X ... 
* Poder adoçante comparado com a sacarose. 
 
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2.14 AGENTES ANTIOXIDANTES E PRESERVATIVOS 
O agente anti-oxidante é um agente que inibe oxidações e é usado para prevenir a 
rancificação de óleos ou gorduras ou a deteriorização de outros materiais através de 
processos oxidativos. Algumas substâncias são auto-oxidáveis e a LUZ funciona como 
catalisador das reações de oxidação, outros agentes favorecem a auto-oxidação, como: 
temperatura, concentração de oxigênio e o pH do meio. 
Exemplos: 
 Butil hidróxi-anisol (BHA), butil hidróxi-tolueno (BHT), propilgalato, -tocoferol 
(vit E): interrompem a formaçãode radicais livres. 
 Ácido ascórbico (vit C), palmitato de ascorbila, metabissulfito de sódio, bissulfito 
de sódio, ditionito de sódio: reduzem espécies oxidadas. 
 EDTA-Na2, ácido cítrico, cisteína, glutationa, metionina: previnem a oxidação. 
 
O agente preservativo ou conservante é uma substância adicionada em algumas 
preparações para prevenir o crescimento microbiano. Estes agentes possuem ampla 
aplicação em preparações farmacêuticas tais como: produtos biológicos, emulsões, 
mucilagens, pomadas e bases, e soluções estéreis. 
 CONSERVANTES PARA ADMINISTRAÇÃO ORAL: álcool etílico (>10%), 
benzoato de sódio (0,1 a 0,2%), glicerina (20-40%), ácido sórbico (0,05 a 0,2%), 
sorbato de potássio (0,1 a 0,2%) 
 Metilparabeno (NIPAGIN®): solúvel em água quente (80°C) 0,01-0,2%. 
 Propilparabeno (NIPASOL®): idem metilparabeno 
NIPASET® mistura de metil + propilparabeno 
 CONSERVANTES PARA USO EXTERNO: 
Ácido benzóico (0,1 a 0,5%) 
Ácido sórbico (0,1 a 0,3%) 
Álcool benzílico (1 a 3%) 
Clorexidina (0,01 a 0,1%) 
Cloreto de benzalcônio (0,05 a 0,1%) 
Diazolidinil uréia (0,1 a 0,5%) 
Imidazolidinil uréia (0,1 a 0,5%) 
Dimetilodimetil hidantoína (0,15 a 0,6%) 
Etanol (>10%) 
Fenoxietanol (0,5 a 2%) 
Glutaraldeído (0,01 a 0,1) 
Parabenos (0,01 a 0,3%) 
Triclosan (0,1 a 0,3%) 
Formaldeído (0,02 a 0,2%) 
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Os agentes quelantes (sequestrantes) são substâncias que formam complexos 
estáveis (quelatos) com metais. São usados em preparações líquidas como estabilizantes 
para complexar os metais pesados que podem promover instabilidade. Ex. EDTA-Na2, 
ácido edético. 
 
2.15 AGENTES SURFACTANTES (TENSOATIVOS): são substâncias que reduzem 
a tensão superficial. Podem ser usados como agentes molhantes, detergentes ou 
emulsificantes. 
Exemplos: cloreto de benzalcônio, polissorbatos 80, LSS. 
 
2.16 AGENTES EMULSIFICANTES: usados para estabilizar formulações que 
possuem um líquido disperso no seio de outro líquido nele imiscível, mantendo a 
estabilidade da dispersão. Podem ser aniônicos, catiônicos e não-iônicos, naturais ou 
sintéticos. 
Exemplos: monoestearato de glicerila, álcool cetílico, gelatina, derivados do sorbitano 
(Tweens e Spans). Emulsivos auxiliares: CMC, metilcelulose, alginatos e pectina. 
 
2.17 AGENTES SUSPENSORES: são agentes usados para aumentar a viscosidade da 
fase externa de uma suspensão. Reduzem a velocidade de sedimentação das partículas do 
fármaco. 
Exemplos: gomas adraganta, arábica e xantana, celulose microcristalina/CMC, CMC, 
HPMC, metilcelulose, hidroxietilcelulose, bentonita, alginato de sódio, carbômeros, 
povidona, pectina, silicato de alumínio e magnésio, dióxido de silício coloidal. 
 
2.18 AGENTES DOADORES DE CONSISTÊNCIA: usados para aumentar a 
consistência de uma preparação, geralmente para uso tópico. 
Exemplos: álcool cetílico, ceras, álcool cetoestearílico, parafina, ceras de ésteres cetílicos. 
 
2.19 AGENTES DE TONICIDADE (ISOTONIZANTES): usados para obtenção de 
soluções com características osmóticas semelhantes às dos fluidos biológicos, a serem 
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administradas pelas vias ocular, nasal e parenteral. Ex. NaCl (0,9%), manitol (5,07%) e 
dextrose (5,51%). 
 
2.20 UMECTANTES: substâncias empregadas para prevenir o ressecamento de 
preparações, principalmente, pomadas e cremes, por apresentarem a capacidade de retenção 
de água. Ex. glicerina, propilenoglicol, sorbitol. 
 
2.21 AGENTES LEVIGANTES: líquidos usados como agentes facilitadores no 
processo de redução de partículas do fármaco, durante o preparo de emulsões, bases 
oleosas, dentre outras. Triturado juntamente com o fármaco. Ex. óleo mineral, glicerina, 
propilenoglicol, PEG 400, óleo de algodão, óleo de rícino, polissorbato 80. 
 
2.22 AGENTES ALCALINIZANTES OU ACIDULANTES: usados para alcalinizar 
ou acidificar o meio para fornecer estabilidade ao ativo ou promover sua dissolução. 
Exemplos: 
 Acidulantes: ácidos cítrico, acético, fumárico, clorídrico, tartárico, bórico. 
 Alcalinizantes: solução de amônia, carbonato de amônio, dietanolamina, 
monoetanolamina, KOH, NaOH, bicarbonato de sódio, borato de sódio, 
trietanolamina, aminometilpropanol (AMP 95). 
 
3. EMBALAGENS 
 A função primária é proteger o produto das condições ambientais com o propósito 
de aumentar sua conservação. 
 Ser limpa; 
 Não interagir fisicamente e ou quimicamente com a preparação; 
 Preservar a concentração, qualidade e pureza da preparação. 
 
3.1 VIDRO 
É quimicamente inerte, impermeável, forte e rígido. É aprovado pelo FDA. Está 
sendo rapidamente substituído pelo plástico. 
 
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3.2 METAL 
São geralmente fortes, opacos, impermeáveis a líquidos, umidade, vapores, gases, 
odores e bactérias, resistentes a altas e baixas temperaturas. 
DESVANTAGENS: requerem algum tipo de revestimento para minimizar a 
reatividade com os fármacos. 
Ideal para formulações contendo PA vulneráveis à oxidação. Ex. cremes ou géis 
com hidroquinona, ácido retinóico, cetoconazol. 
 
3.3 PLÁSTICOS 
É a embalagem mais popular. Material forte, leve, razoavelmente, inerte, 
quimicamente resistente e pode ser feito de vários polímeros. Polietileno (baixa e alta 
densidades), poliestireno, polipropileno, cloreto de polivinila (PVC) e polietileno tereftalato 
(PET). 
Problemas com embalagens plásticas: 
 Permeabilidade: pode favorecer a hidrólise e oxidação do produto envasado. 
 Lixiviação: quando um ingrediente da embalagem migra para o produto envasado 
(por arraste). 
 Sorção: perda de uma droga por adsorção ou absorção pelo plástico da embalagem. 
 
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9 
REFERÊNCIAS 
 
ANSEL, H.C. Farmacotécnica, Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 
6ª Edição, 2000. 
ANTUNES JR., Daniel. Farmácia de Manipulação. Noções Básicas. Tecnopress. São Paulo, 
2002. 
BIORIO, Apostila de embalagens. Rio de Janeiro, 2003 
FARMACOPÉIA brasileira, 4ª edição, parte 1. Atheneu, São Paulo, 1988. 
FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2ª edição. 2002. 
FERREIRA, A. O., 
LE HIR, A. Noções de Farmácia Galênica, 6ª edição, 1997. 
MARTINDALE, W. H. The extra pharmacopeia. 29. ed., Pharmaceutical Press. London, 
1989. 
MARYADELE J. O'NEIL, The Merck Index. 13ª edição. Editora Merck & Co., Inc. 2001. 
PRISTA, L. N. Tecnologia Farmacêutica. Vol. 1, 2 e 3. 6ª edição. Ed. Ernesto Reichmann 
Dist. Livros, 2003. 
Revista Anfarmag 
Revista Cubana de Farmácia 
The Pharmaceutical Technology Journal 
UNITED STATES PHARMACOPEIA,XVIII Edition

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