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FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I RONDINELLI LADEIRA 18 UNIDADE V – OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS As operações farmacêuticas envolvem todas as preparações que praticamos com objetivo de transformar um fármaco em uma forma farmacêutica. Em alguns casos utilizamos apenas uma única operação, mas, para a obtenção de uma forma farmacêutica, geralmente, temos a realização de várias operações devidamente PROGRAMADAS. Ex. MEDICAMENTO PARA ACNE, PA GRANULOSOS, INSOLÚVEIS E VEICULADOS EM BASES ESPECÍFICAS REALIZA-SE VÁRIAS OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS. PESAGEM TRITURAÇÃO DISSOLUÇÃO NO SOLVENTE APROPRIADO INCORPORAÇÃO NA BASE HOMOGENIZAÇÃO DA MISTURA ACONDICIONAMENTO 1. PESAGEM Ao executar uma prescrição médica é necessário levar em consideração as densidades dos líquidos e a temperatura ambiente. Nunca se deve medir um determinado volume quando o indicado é em peso, ou o inverso. EX. PESAR 10 G DE UMA TINTURA É DIFERENTE DE MEDIR 10 ML DEVIDO À DENSIDADE. É o tipo de operação mais freqüente para preparação de formas farmacêuticas. A BALANÇA DE PRECISÃO é uma ferramenta que destina- se à pesagem rigorosa das substâncias prescritas. DEVEM ESTAR LIVRES FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I RONDINELLI LADEIRA 19 DE TREPIDAÇÃO, CORRENTEZA DE AR E SUSTENTADAS POR PARAFUSOS PARA MANTER-SE EM PERFEITO NÍVEL. PA EM % DEVE-SE PESAR SUBENTENDE-SE % EM P/V 2. MOAGEM (TRITURAÇÃO) É a fragmentação mecânica à redução das dimensões de porções sólidas. AUMENTA A SUPERFÍCIE de contato e necessita de uma fonte de energia. PULVERIZAÇÃO é quando a fragmentação resulta em um pó. A ferramenta mais utilizada para a trituração ou pulverização é o GRAL ou ALMOFARIZ que deve ser suficientemente profundo para que o volume do material não seja projetado para fora do gral durante a operação. DEVE-SE REVESTIR O GRAL COM O EXCIPIENTE QUE FOR UTILIZADO NA FORMUÇÃO A FIM DE EVITAR PERDA DO PRINCÍPIO ATIVO A SER TRITURADO POROSIDADE DO GRAL TRITURAR: URÉIA E PERÓXIDO DE BENZOÍLA NÃO TRITURAR: PELLETS 3. TAMISAÇÃO Operação destinada a separar mecanicamente, através de malhas, partículas sólidas com diferentes dimensões (granulometria). TAMIS (peneira) é um instrumento cilíndrico, de inox, com uma malha cujo diâmetro varia de 4,750 mm (malha 4) até 0,020 mm (malha 635). 35 E 42 OU PENEIRAS DE PLÁSTICO COM MALHAS FINAS E UNIFORMES. FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I RONDINELLI LADEIRA 20 4. HOMOGENIZAÇÃO Consiste em tornar o mais homogêneo possível uma associação de vários produtos sólidos, pastosos, líquidos ou gasosos. PREPARAÇÃO HOMOGÊNEA: cada fração ou dose coletada ao acaso deve conter todos os componentes nas mesmas proporções que a totalidade da preparação. O ideal seria apenas misturar substâncias com propriedades semelhantes. Fatores que favorecem a separação: Diferenças de tamanho (tenuidade); TRITURAR E ATÉ TAMISAR Forma da partícula; PARTÍCULAS PESADAS Densidade aparente. TENDEM À PRECIPITAR 5. FILTRAÇÃO É uma operação que tem por objetivo separar duas fases pela passagem através de uma parede porosa que se deixa atravessar, sob ação de uma diferença de pressão, por uma das fases, retendo com eficácia variável a outra fase. Usa-se papel de filtro qualitativo ou gaze. SEPARAR IMPUREZAS EM SUSPENSÃO OU SUBSTÂNCIA QUE NÃO FOI TOTALMENTE DISSOLVIDA. 6. MEDIDAS DE VOLUME Utilizam-se instrumentos de vidro ou plástico (pipetas, provetas, cálices e copos graduados). Unidade de medida “ml”. Conta-gotas: uniformidade depende de vários fatores, como a densidade do líquido, a temperatura e a capilaridade. Padroniza-se um conta-gota, à temperatura de 25° C, 20 gotas de água destilada correspondem a 1g. FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I RONDINELLI LADEIRA 21 MEDIDA VOLUME Colher de café 2,5 ml de água Colher de chá 5 ml de água Colher de sobremesa 10 ml de água Colher de sopa 15 a 20 ml de água 7. CONVERSÃO DE CÁLCULOS A não correção ou correção indevida do teor de um princípio ativo em uma forma farmacêutica implicará na posologia incorreta, e, conseqüentemente, na não conformidade passível de sanções legais. Devemos fazer a correção quando: a substância é comercializada na forma diluída; a substância é diluída na Farmácia, por razões farmacotécnicas e de segurança; a substância é comercializada sob a forma de sal e a dose é administrada em relação à sua molécula base; a substância é comercializada sob a forma de sal ou base hidratada, e o esquema posológico do produto de referência é em relaão à base ou sal anidro; sais minerais ou minerais aminoácidos quelados em prescrições, nas quais se deseja o teor elementar. Correção do teor, quando o doseamento indicar valores menores que o mínimo especificado na literatura. FARMÁCIA – FARMACOTÉCNICA I RONDINELLI LADEIRA 22 8. DILUIÇÕES E PRÉ-DILUIÇÕES Existem algumas matérias primas que devemos deixar pré-diluídas, devido às suas altas concentrações ou por necessitarmos de quantidades muito reduzidas, como em microgramas. Ex. T3, T4, CAPSAICINA, ÁCIDO RETINÓICO, VITAMINAS D2, D3 E B12. 9. DISSOLUÇÃO Consiste em dividir uma substância até o estado molecular no interior de um líquido. Esta resulta numa fase única homogênea, chamada solução. FATORES QUE INFLUEM NA DISSOLUÇÃO: Constituição química: a solubilidade é função da natureza química do soluto e do solvente. Tem-se a solubilidade por ionização (dissociação de íons) e a solubilidade por polaridade (afinidade entre grupos funcionais). Grupos hidrófilos solventes polares Grupos hidrófobos solventes apolares Temperatura: na maioria dos casos, a solubilidade aumenta com a elevação da temperatura. Exceções: metilcelulose. pH: na solubilidade por ionização, o pH do meio é muito importante. Polimorfismo: de modo geral, a forma cristalina menos estável é mais solúvel (estado amorfo mais solúvel que o cristalizado). Substâncias aditivas: substâncias adicionadas a um solvente podem modificar a solubilidade de determinados produtos. Ex. KI dissolve melhor o I2.
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