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Síntese Histórica do Direito Penal

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DIREITO PENAL
Síntese Histórica do Direito Penal
Tempo Primitivo: embora a história do Direito Penal tenha surgido com o próprio homem, não se pode falar em um sistema orgânico de princípios penais nos tempos primitivos. Nos grupos sociais dessa era, envoltos em ambiente mágico e religioso, a peste, a seca e todos os fenômenos naturais maléficos eram tidos como resultantes das forças divinas, encolerizadas pela prática de fatos que exigiam reparação. Para aplacar a ira dos deuses, criaram-se séries de proibições (religiosas, sociais e políticas), conhecidas por “tabu”, que não obedecidas, acarretavam castigo. A infração ou a desobediência levou a coletividade à punição do infrator para desagravar a entidade, gerando-se assim o que, modernamente, denomina-se “crime” e “pena”. O castigo infringido era o sacrifício da própria vida do transgressor ou a oferenda por este de objetos valiosos (animais, peles e frutas à divindade) no altar montado em sua honra. A pena, em sua origem remota, nada mais significa senão a vingança, revide à agressão sofrida, desproporcionada com a ofensa e aplicada sem preocupação de justiça.
Fases da Vingança Penal:
Vingança Privada: cometido um crime, ocorria a reação da vítima, dos parentes e até do grupo social, que agiam sem proporção à ofensa, atingindo não só o ofensor, como também o seu grupo;
B) vingança divina: deve-se à influência decisiva da religião na vida dos povos antigos. O castigo, ou oferenda, por delegação divina era aplicado pelos sacerdotes que infligiam penas severas, cruéis e desumada, visando especialmente a intimidação;
C) vingança pública: no sentido de se dar maior establidade ao Estado, visou-se à segurança do príncipe ou soberano pela aplicação da pena, ainda severa e cruel.
DIREITO ROMANO: em Roma, evoluindo-se das fases da vingança, por meio do talião e da composição, bem como da vingança divina na época da realeza, Direito e Religião separam-se. Dividem-se os delitos em crimina pública (segurança da cidade), ou crimes majestatis, e delicta privata (infrações consideradas menos graves, reprimidas por particulares). Contribui o Direito Romano decisivamente sobre o erro, culpa, dolo, imputabilidade, coação irresistível, agravantes, atenuantes, legítima defesa etc. (753 aC Fundação de Roma).
DIREITO GERMÂNICO: O Direito Penal Germânico primitivo não era composto de leis escritas, mas constituídas apenas pelos costumes. Ditado por características acentuadamente de vingança privada. Outra característica do direito bárbaro foi a ausência de distinção entre dolo e culpa e caso fortuito, determinando-se a punição do autor do fato sempre em relação ao dano por ele causado e não de acordo com o aspecto subjetivo do ato.
DIREITO CANÔNICO: entre a época dos direitos romano e germânico e a do direito moderno, estendeu-se o Direito Canônico ou o Direito Penal da Igreja, com a influência decisiva do cristianismo na legislação penal. Assimilando o Direito Romano e adaptando este às novas condições sociais, a Igreja contribui de maneira relevante para a humanização do Direito Penal, embora politicamente sua luta metódica visasse obter o predomínio do Papado sobre o poder temporal para proteger os interesses religiosos de dominação. Proclamou-se a igualdade entre os homens, acentuou-se p aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal e tentou-se banir as ordálias e os duelos judiciários.
ESCOLAS PENAIS:
Escola Clássica: para esta escola, a responsabilidade penal do criminoso funda-se no livre arbítrio, que é inerente à alma humana. Os homens são todos iguais; ninguém nasce vocacionado para o crime. Entende-se por livre arbítrio o poder de escolha entre um ato e outro, isto é, o poder de decidir-se, nas mesmas circunstâncias, no sentido oposto ao deliberado. O crime decorre exclusivamente da vontade livre do delinqüente, e não da combinação de fatores biológicos, físicos e sociais. O crime não tem outra causa a não ser a vontade do delinqüente.
De acordo com Carrara, crime é a “infração da lei do Estado promulgada para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e politicamente danoso” .
Idéias da Escola Clássica:
infração da lei promulgada pelo Estado;
para proteger a segurança dos cidadãos;
resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo; como se vê, os atos internos não são punidos. A simples intenção que não se materializa em atos é desprezada pelo direito penal.
Moralmente imputável: Carrara põe em destaque a responsabilidade penal fundade no livre arbítrio inerente aos moralmente imputáveis. Admite a existência de graus no livre-arbírio. Este, quanto mais perfeito, mais aumenta a responsabilidade do agente, justificando a imposição de uma pena mais severa.
Politicamente danoso: assim, para que haja delito, urge a ocorrência de um dano imediato ou mediato. Imediato é o causado à vítima, enquanto o mediato diz respeito ao alarme ou à repercussão social do delito.
Do exposto, conclui-se que os principais postulados da Escola Clássica são os seguintes:
a responsabilidade penal é fundada no livre arbítrio. Onde não existir livre-arbítrio não haverá pena;
a razão de ser da pena é a retribuição jurídica e a defesa social;
o crime é um ente jurídico, cujo conceito depende da lei.
ESCOLA POSITIVA
Surgiu com César Lombroso, psiquiatra italiano, que, inspirado em teorias evolucionistas de Darwin, Lamarck, impugnava a idéia do livre arbítrio, preconizada pelos clássicos, sustentando a existência do criminoso nato, elencando-lhe os caracteres antropológicos. (l´uomo delinqüente).
Assim, para a Escola Positiva, a responsabilidade penal do criminoso não se funda no livre-arbítrio, e sim em fatores biológicos do delinqüente, bem como nos resultantes de seu meio físico e social. De acordo com Enrico Ferri, o delito emana de três fatores: biológico, o físico e o social.
Biológico: diz respeito à existência do criminoso nato. Assim, a causa do delito emana de fatores biológicos. Certos homens, dizem os positivistas, já nascem criminosos, enquanto outros nascem sábios ou enfermos. De acordo com Lombroso, o criminoso é um ser atávico, porque representa uma regressão ao homem primitivo ou selvagem.
Físicos: ambiente físico em que o homem vive, tais como as estações a temperatura, o clima, a topografia do solo, a produção agrícola, etc, também justificam a causa do crime.
Sociais: decorrentes da vida em sociedade, tais como a família, a religião, a educação, a densidade da população, o alcoolismo, a organização política e econômica, o sistema legislativo, igualmente são causas do crime.
Postulado da Escola Positiva:
a responsabilidade penal é fundamentada em fatores biológicos do delinqüente, bem como nos resultantes de seu meio físico e social;
a razão de ser da pena é a defesa social, objetivando a recuperação do delinqüente ou a sua neutralização nos casos irrecuperáveis;
o crime é fenômeno natural e social, isto é, um fato humano influenciado por fatores individuais, físicos e morais.
ESCOLA TÉCNICO JURÍDICA: é o movimento italiano que restringe o estudo da ciência penal às leis vigentes, dele abstraindo o conteúdo causal-explicativo inerente à antropologia, sociologia e filosofia.
O mérito desse movimento, que hoje se tornou dominante, foi excluir do direito penal toda investigação filosófica, porque o direito penal é o que está na lei.
O Jurista deve concentrar-se no estudo do direito positivo. O direito penal tem conteúdo dogmático e por isso o jurista deve afastar-se do metido experimental, valendo-se apenas do método técnico-jurídico, cujo objeto é o estudo da norma em vigor.
O método técnico-jurídico, apregoado pelos tecnicistas, sistematiza o estudo do direito penal, concentrando-se na lei promulgada pelo Estado.
Reagindo a essa confusão metodológica, surgiu então o movimento do tecnicismo jurídico. Em aula histórica proferida em 1905, na Universidade de Sassari, Arturo Rocco delimitou o método de estudodo direito penal como sendo o direito positivo. Afinal, o direito penal é uma ciência normativa, que deve direcionar-se exclusivamente pelo método técnico-jurídico ou lógico abstrato, eliminando as discussões filosóficas.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL NO BRASIL
Colonização do Brasil : embora as tribos aqui existentes apresentassem diferentes estágios de evolução, as idéias de Direito Penal que podem ser atribuídas aos indígenas estavam ligadas ao direito costumeiro, encontrando-se nele a vingança privada, a vingança coletiva e o talião.
Período Colonial: o crime era confundido com o pecado, punindo-se severamente os hereges, apóstatas, feiticeiros e benzedores. Eram crimes a blasfêmia, a benção de cães, a relação sexual de cristão com infiel. As penas, severas e cruéis (açoites, degredo, mutilação, queimaduras etc), visavam infundir o temor pelo castigo. Além de larga cominação da pena de morte, executada pela força, pela tortura, pelo fogo etc, eram comuns as penas infamantes, o confisco e as galés.
Proclamada a Independência: previa a Constituição de 1824, que se elaborasse nova legislação penal, em 16-12-1830, era sancionado o Código Criminal do Império. De índole liberal, o Código Criminal, fixava um esboço de individualização da pena, previa a existência de atenuantes e agravantes e estabelecia um julgamento especial para os menores de 14 anos. A pena de morte, a ser executada pela forca, só foi aceita após acalorados debates no Congresso e visava coibir a prática de crimes pelos escravos;
Proclamação da República: foi editado em 11-10-1890 o novo estatuto básico, agora com denominações de Código Penal. Logo, foi ele alvo de duras críticas pelas falhas que apresentava e que decorriam, evidentemente, da pressa com que fora elaborado. Aboliu-se a pena de morte e instalou-se o regime penitenciário de caráter correcional, o que constituía um avanço na legislação penal. Entretanto, o Código era mal sistematizado e, por isso, foi modificado por inúmeras leis até que, dada a confusão estabelecida pelos novos diplomas legais, foram todas reunidas na Consolidação das Lei Penais, pelo Decreto n° 22.213/32.
Em 1° de janeiro de 1942, entrou em vigor o Código Penal (Decreto Lei n° 2848/1940) que ainda é nossa legislação penal fundamental. É uma legislação eclética, em que aceitam os postulado das escolas Clássicas e Positivo.
			CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO
DENOMINAÇÃO
Direito Penal ou Criminal?
Direito Penal: Alemanha, França, Espanha, Itália, etc
Direito Criminal: também é utilizado com freqüência. È mais abrangente, pois está relacionado não só com a pena, mas também com o crime.
 Conceito de Direito Penal
Para Mirabete, é a proteção da sociedade e, mais precisamente, a defesa dos bens jurídicos fundamentais. Esta é a função primordial do D. Penal.
Conceito: conjunto de princípios e normas jurídicas estipuladas para combater o crime, através das penas e das medidas de segurança. “ FAMB”
BASILEU GARCIA- é o conjunto de normas jurídicas que o estado estabelece para combater o crime, através das penas e medidas de segurança.
MAGALHÃES NORONHA- é o conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem pratica
- Dentro do Direito Penal, existe o Conceito sobre o Enfoque Social, ou seja, a função do Direito Penal, diante disto, surgiram os funcionalistas, que são as pessoas que buscam a real função do Direito Penal.
Os Funcionalistas dividem-se em:
Teleológicos: para estes, o fim do direito penal é assegurar bem jurídicos, valendo-se das políticas de direito criminal (Roxin).
Sistemicos: a função do direito penal é resguardar a norma, o sistema, o direito posto, atrelado aos fins da pena (Jacobis).
			Direito Penal Objetivo e Direito Penal Subjetivo.
			Direito Penal objetivo o conjunto de normas que regulam a ação estatal, definindo os crimes e cominando as respectivas sanções.
 Somente o Estado, na sua função de promover o bem comum e combater a criminalidade, tem o direito de estabelecer e aplicar essas sanções.
Direito Penal Subjetivo: É, pois, o único e exclusivo titular do “direito de punir” (jus puniendi) que constitui o que se denomina Direito Penal subjetivo.
			Relação do Direito Penal com outros ramos de ciências jurídicas
Com o Dir. Constitucional: na Constituição (art. 5°) são estabelecidos princípios relacionados com a anterioridade da lei penal (XXXIX), sua irretroatividade como regra e a retroativida da mais benigna ( XL), dispositivos a respeito dos crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo (XLII, XLIII);
Direito Administrativo: a lei é aplicado através dos agentes da Administração, Juiz, Promotor de Justiça, Delegado de Polícia, etc); punem-se fatos que atentam contra a regularidade da Administração Pública;
Direito Processual Penal, já denominado Direito Penal Adjetivo (denominação arcaica), tendo uma relação íntima, porque é através deste que se decide sobre a procedência de aplicação do jus puniendi;
Direito Processual Civil, esta fornece as normas comuns ao Direito Processual Penal;
Direito Privado, a contribuição do Direito Penal é decisiva para reforçar a tutela jurídica do Direito Civil, exemplificando, o atropelamento culposo, que constitui uma infração civil quanto aos danos pessoais sofridos pela vítima, importando em indenização de caráter econômico, enquanto, ao mesmo tempo, é um ilícito penal que acarreta sanção mais grave, no caso da pena privativa de liberdade ou interdição de direito;
Direito Empresarial tutela a lei penal institutos como o cheque, a duplicata, o conhecimento de depósito ou warrant, etc;
Direito do Trabalho, principalmente no que tange aos crimes contra a organização do trabalho;
Direito Tributário, quando contém a repressão aos crimes de sonegação fiscal.
Direito Penal no Estado Democrático
Estado Democrático de Direito é muito mais que simplesmente Estado de Direito. Este último assegura a igualdade meramente formal entre os homens e tem como características: a) a submissão de todos ao império da lei; b) a divisão formal do exercício das funções derivadas do poder, entre os órgãos executivos, legislativos e judiciários, como forma de evitar a concentração da força e combater o arbítrio; c) o estabelecimento formal das garantias individuais; d) o povo como origem formal de todo e qualquer poder; e) a igualdade de todos perante a lei, na medida que todos estão submetidos às mesmas regras gerais; 
Ocorre que as normas, embora genéricas e impessoais, podem ser socialmente injusta quanto ao seu conteúdo. É perfeitamente possível um Estado de Direito, com leis iguais para todos, sem que, no entanto, realiza-se justiça social. É que não existe discussão sobre os critérios de seleção de condutas delituosas feitos pelo legislador;
Diante disso, pode-se afirmar que a expressão “Estado de Direito”, por si só, caracteriza a garantia inócua de que todos estão submetidos ao império da lei, cujo conteúdo fica em aberto, limitando apenas a impessoalidade e à não violação de garantias individuais mínimas.
Por essa razão, o nosso constituinte foi além, afirmando que o Brasil não é apenas um Estado de Direito, mas um Estado Democrático de Direito.
Significa, portanto, não apenas aquele que impõe a submissão de todos ao império da mesma lei, mas onde as leis possuam conteúdo e adequação social, descrevendo como infrações penais somente os fatos que realmente colocam em perigo bens jurídicos fundamentais para a sociedade.
Sem esse conteúdo, a norma se configurará como atentatório aos princípio básicos da dignidade humana. A norma penal, portanto, em um Estado Democrático de Direito não é somente aquela que formalmente descreve um fato como infração penal, pouco importando se ele ofende ou não o sentimento social de justiça; ao contrário, sob pena de colidir com a Constituição, o tipo incriminador deverá obrigatoriamente selecionar, dentre todos oscomportamentos humanos, somente aqueles que realmente possuem real lesividade social.
Podemos afirmar que do Estado Democrático de Direito parte o princípio da dignidade humana, orientando toda a formação do Direito Penal. Qualquer construção típica, cujo, conteúdo contrariar e afrontar a dignidade humana, será materialmente inconstitucional, posto que atentatória ao próprio fundamento da existência de nosso Estado.
Cabe ao operador de direito exercer controle técnico de verificação da constitucionalidade de todo tipo penal e de toda adequação típica, de acordo com o seu conteúdo. Afrontando à dignidade humana, deverá ser expurgado do ordenamento jurídico.
Conclusão: com isso, pode-se afirmar que a norma penal em um Estado Democrático de Direito não é somente aquela que formalmente descreve um fato como infração penal, pouco importando se ele ofende ou não o sentimento social de justiça; ao contrário, sob pena de colidir com a Constituição, o tipo incriminador obrigatoriamente selecionar, dentre todos os comportamentos humanos, somente aqueles que realmente possuam lesividade social.
Imaginemos um tipo com a seguinte descrição: “manifestar ponto de vista contrário ao regime político dominante ou opinião contrária à orientação política dominante: Pena de 1 a 2 anos de detenção. Evidentemente, a par de estarem sendo obedecidas as garantias de exigência de subsunção formal e de veiculação em lei, materialmente este tipo não teria qualquer subsistência por ferir o princípio da dignidade humana e conseqüentemente, não resistir ao controle de compatibilidade vertical com os princípio insertos na ordem constitucional.
PRINCÍPIOS FUNDAMANTAIS DO DIREITO PENAL (seguindo o Plano de Ensino da Unieuro)
Conceito: São comandos normativos de caráter genérico que orientam a compreensão do sistema jurídico em sua aplicação de integração, estejam ou não incluídos expressamentes no Direito Positivo.
Na aula desenhar um prédio e falar que os princípios são os alicerces do prédio.
Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal: 
CONCEITO: nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena pode ser aplicada sem que antes da ocorrência deste fato exista uma lei definindo como crime e cominando-lhe a sanção correspondente.
ORIGEM: Surge no iluminismo, Marques de Beccaria.
Nullun crimen, nulla pena sine lege (Século 19 Feuerbach)
Previsão Legal:
 - consta na C.F. art. 5°, XXXIX e no CP art. 1ª “não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal”;
		 - art. 11 da Declaração Universal dos Direitos do Homem;
		 - Convenção Interamericana de Direitos Humanos (art. 9º. Do Decreto 678/92);
Legalidade ou Reserva Legal: três posições: 1ª. Legalidade é sinônimo de reserva legal; 2ª. Legalidade não se confunde com reserva legal (Legalidade a expressão Lei é tomada em sentido amplo, abrangendo todas as espécies normativas do art. 59 da CF; Reserva Legal a expressão Lei é tomada em sentido estrito, abrangendo tão somente Lei Complementar e lei Ordinária); 3ª. Legalidade é sinônimo de reserva legal combinado com anterioridade (posição não aceita)
Dimensões do Princípio da Legalidade: 
Princípio da Legalidade Criminal: não há crime sem lei anterior que o defina.
Principio da Legalidade Penal: não há pena sem prévia cominação legal.
Princípio da Legalidade Jurisdicional: não há processo sem lei, ou seja, ninguém pode ser privado de sua liberdade, sem o devido processo legal.
Princípio da Legalidade Execucional: a jurisdição penal também será exercida no processo de execução. Art. 2º. Da LEP (7210/84)
Fundamentos: 
1º. Político (impede que o poder punitivo estatal esteja baseado no livre arbítrio);
2º. Jurídico (Lei prévia e clara tem efeito intimidativo)
3º. Democrático (somente o poder legislativo, representante do povo pode regular crimes e penas) 
Pelo princípio da Legalidade alguém só pode ser punido se, anteriormente ao fato por ele praticado, existir uma lei que o considere como crime. Ainda que o fato seja imoral, anti-social ou danoso, não haverá possibilidade de se punir o autor, sendo irrelevante a circunstância de entrar em vigor, posteriormente, uma lei que o preveja como crime. Mesmo que o fato seja imoral, mas não ilegal.
Ex, prostituição, dano culposo.
Também é considerado um princípio fundamental para o Direito Penal;
- Em razão do princípio da legalidade é vedado o uso da analogia para punir alguém por um fato não previsto em lei, por ser este semelhante a outro por ela definido. 
- Tendo em vista as expressões crime (também abrange a contravenção penal) e a pena (também abrange Medida de Segurança)
Dimensões do Princípio da Legalidade Criminal: 
Lex Scripta: proíbe a criação de crimes e penas pelo costume, ou seja, somente a lei pode criar crimes.
Lex Populi: somente o poder legislativo pode criar crimes e penas.
Obs. Apesar de determinada lei que tratava da extinção de punibilidade de crimes previdenciários) ter permanecido em vigor por um dia, como o art. 11 par. único (Lei no. 9.639/98) não foi aprovado pelo Congresso Nacional, tal dispositivo é dotado de inconstitucionalidade formal, não sendo válida sua aplicação.
Lex Certa: principio da taxatividade, ou mandado de certeza: o tipo penal deve ser rigorosamente delimitado pelo legislador. Lei de fácil entendimento, para evitar a ambigüidade.
O que é um elemento normativo? São elementos constantes no tipo penal cuja compreensão demanda um juízo de valor. Ex. o que é ato obsceno? Temos que valorar. 
Ex. 2 Art. 233b da 8069/90. Apesar da expressão dúbia, tortura, o Supremo entendeu que o conceito de tortura pode ser extraído de tratados e convenções internacionais, os quais o Brasil seja signatário. (Citar o exemplo da Banda Calypso, com a Joelma e Chimbinho tocando a música cavalo manco por 24 hs no ouvido da criança)
Tratado Internacional pode criar crime? 
Existe conceito de Organização criminosa? 1ª. Posição. P/ Capez o conceito pode ser extraído da convenção de Palermo; 2ª. LFG, Posição Tratados Internacionais não podem criar crimes e penas, logo não existe conceito legal de Organizações Criminosas no Brasil. 
Lex Clara: lei penais devem ser escritas de forma simples, intelegíveis.
Lex Determinata: as normas criminais devem descrever fatos passiveis de determinação em juízo. Ex. vamos dizer que criem uma norma que puna de 2 a 4 anos alguém que contamine o solo do Planeta Marte. É impossível provar tal contaminação, portanto, não pode ocorrer uma legislação dessas.
Lex Rationabilis: a Lei penal deve atender o princípio da proporcionalidade, orientando o Juiz na busca da solução justa em cada caso concreto.
Lex Stricta: proíbe o emprego da analogia para criar crimes fundamentar ou agravar penas. Ex. 128 inc. II, aborto em decorrência de estupro e atentado violento ao pudor. Art. 155 par. 1º. Furto praticado durante o repouso noturno.
-Pergunta= Qual a diferença entre analogia e interpretação analógica? A analogia é uma forma de integração do direito, ou seja, serve para suprir lacunas. A analogia é conhecida como a argamassa do Direito Penal. Para uma hipótese não prevista em lei, aplica-se dispositivo legal previsto para caso semelhante. “Onde impera a mesma razão, impera o mesmo direito”. Interpretação analógica: é uma forma de interpretação, exemplos seguidos de uma forma genérica. Art. 121 par. 2º. Inc I., homicídio mercenário (Ex. de interpretação analógica: Motivo torpe é o imoral, abjeto. Ex. marido que mata mulher porque ela não quis se prostituir, filho mata pai para receber herança, o homicídio da esposa pelo fato de negar-se a reconciliação; matar namorada ao saber que ela não é virgem.)
 É admitida no Direito Penal
 Cola eletrônica é crime? O STF julgar o IP 1145 entendeu que a conduta de cola eletrônica não é crime.
Lex previa: Lei penal só vale para fatos ocorridos a partir de sua vigência, ou seja, princípio da anterioridade da lei penal. Ex. art 319 A
Princípio da Anterioridade da Lei: Art. 1° - para que haja crime e seja imposta pena,é preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor
As regras a respeito da medida de segurança são leis penais e sua aplicação deve obedecer sempre o princípio da anterioridade por força do agora claro dispositivo constitucional citado.
Princípio do Estado de Inocência: (presunção de inocência) constituição: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Dele decorre a exigência de que a pena não seja executada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.
Princípio da Lei Penal mais Favorável- será comentado na aula da retroatividade da Lei Penal.
Legalidade Material X Legalidade Formal:
Legalidade Formal: obediência ao devido processo legislativo.
Legalidade Material: exige respeito aos direitos e garantias fundamentais do cidadão
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
Princípio da Exclusividade da Proteção do Bem Jurídico: impede que o Estado utilize o Direito Penal, para a proteção de bens jurídicos ilegítimos; o Direito Penal deve se limitar a proteção dos bens jurídicos mais relevantes do homem. Zafaroni fala que o legislador olha para a sociedade, vê o Bem Jurídico mais importante e cria uma lei para proteger esse bem jurídico.
Princípio da Intervenção Mínima( ultima ratio): O Direito Penal só deve preocupar-se com a proteção do bens mais importantes e necessários à vida em sociedade; o Direito Penal só deve ser utilizado quando estritamente necessário, devendo ser: (características): 1-subsidiário e 2-fragmentário. procurando restringir ou impedir o arbítrio do legislador, no sentido de evitar a definição desnecessária de crimes e a imposição de penas injustas, desumanas ou cruéis, a criação de tipos delituosos deve obedecer à imprescindibilidade, só devendo intervir o Estado, por intermédio do Direito Penal, quando os outros ramos do Direito não conseguirem prevenir a conduta ilícita. Ex. dano culposo.Ex 2 Discute-se atualmente se o emitente do cheque sem fundos, precisa realmente ser processado criminalmente, se apenas uma sanção administrativa de proibir por determinado período da pessoa obter um novo talão de cheques não seria suficiente. Ex 3. Recentemente, por intermédio da Lei 11.106/05, foi abolido do nosso ordenamento jurídico o crime de adultério, cujo bem, pode ser protegido pelos demais Ramos do Direito. Nesse caso, o cônjuge traído, se for de seu interesse, poderá ingressar no juízo cível com uma ação de indenização, para reparar o dano moral sofrido, não sendo necessária a intervenção do Direito Penal.
SUBPRINCÍPIOS DO PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (alguns doutrinadores falam que são princípios autônomos)
A) Principio da SUBSIDIARIEDADE: o direito penal só intervém em abstrato quando os demais ramos do ordenamento jurídico mostrarem-se ineficazes na tutela do bem jurídico, portanto, você só usa o Direito Penal. Ex. da mãe. Quando o menino apronta a mãe tem diversos objetos para punir, primeiro o grito, depois, o chinelo havaiana, depois o cinto e por último o porrete também chamado chicão. A mão não vai bater com um porrete na primeira aprontada do menino. Assim é o direito penal. O direito Penal é o porrete. EX2. Da multa pelo excesso de velocidade, entre o Direito Administrativo e não precisa do direito Penal.
B) Princípio da Fragmentabilidade: (intervém no concreto) somente os bens jurídicos mais relevantes merecem a tutela penal, pois, somente os ataques mais intoleráveis é que merecem a tutela penal. É conseqüência dos princípios da reserva legal e da intervenção mínima. O Direito Penal não protege todos os bens jurídicos de violações, só os mais importantes. E, dentre estes, não os tutela de todas as lesões: intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo um fragmento dos interesses jurídicos. Por isso é fragmentário. Deixar de punir ações meramente imorais, como a homossexualidade ou a mentira. É da Fragmentabilidade que será extraído o princípio da insignificância.
Obs.: Vamos contar uma história. Foi convocado uma reunião com todos os ramos do direito, com exceção do Direito Penal, o todo poderoso, que não misturar-se com os demais ramos. No decorrer da reunião o Direito Civil fala que está ocorrendo muita subtração de coisa alheia móvel, o Direito Comercial concorda com o Direito Civil. Deve ser salientado, que o Direito Civil fala que ele não consegue resolver o problema de tal subtração. Pergunta para os demais ramos do Direito e todos concordam que não estão conseguindo resolver o problema da subtração. Chegam a conclusão que vão ter que pedir ajuda ao todo poderoso Direito Penal. Direito Civil pega na mão do Direito Comercial e foram para a sala do todo poderoso Direito Penal, entram na sala, observam que a sala é magnífica, com tela de LED, tendo em vista que ele é o todo poderoso e relatam o problema. O Direito Penal fala que vai resolver o problema. No caminho de retorno para a minúscula sala de reuniões observam um furto de caneta. Chegam entusiasmado, legam sua TV CCE de 14 polegadas para ver a solução que o Direito Penal daria e não vêem nada. Por que? Diante do Princípio da Fragmentabilidade, levando-se em conta o Princípio da Insignificância.
3) Princípio da Insignificância ou da Bagatela:Prof. Claus Roxin em 1964 cunhou este Princípio. (ATENÇÃO PARA PROVA SUBJETIVA).
Conceito Genérico: não estão alcançadas pelo tipo penal as ações insignificantes e socialmente toleradas de modo geral. 
Pressupostos:(STF)
Mínima ofensividade da conduta do agente;
Ausência de Periculosidade da Ação;
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
Inexpressividade da lesão jurídica causada.
OBS. Levo em consideração a pessoa do acusado? Critério objetivo, valor da coisa, critério subjetivo do autor do crime? Perguntinha ótima do CESPE.
Resposta. Há divergência entre STJ e STF.
Posição do STF, análise do princípio da insignificância, dispensa considerações de ordem subjetiva, ou seja, só serão analisados aspectos objetivos. (STF HC 77003/ AIQO 559.904).
Para o STJ a análise subjetiva é importante.
Consequência: o que afasta: 
Fato Típico= Conduta + Resultado + Nexo Causal + Tipicidade
Tipicidade: 1) Formal.( Pelo simples ato de subtrair uma caneta bic, sob aspecto formal o fato é típico).
	 2) Material ( é se perguntar se ocorreu uma efetiva lesão ao bem jurídico)
Portanto a consequência: o princípio da insignificância afasta a tipicidade material
Questão: Princípio da Insignificância e Crimes Contra a Administração Pública, é possível? (Fazer enquete, quanto custa caixa de clips, elástico)
Resposta: 2 correntes 1ª. Não é possível, pois independentemente do valor, haverá uma lesão aos princípios da administração pública ( ex. princípio da moralidade) STJ; 2ª. Corrente: é possível a aplicação deste princípio nos crimes contra a administração (STF HC 87.478) Sargento do exército apropriou-se de um fogão de R$478. Dez reais, vinte reais, princípio da insignificância.
Questão: Crimes contra a Fé Pública: não se aplica o princípio da insignificância, tanto para o STF como para o STJ.
Questão: Princípio da Insignificância no crime contra Ordem Tributária: Ex. de Foz do Iguaçu, Ciudad Del Leste. Qual é o quantun para dizer se é ou não insignificante? Para o STJ o Princípio da Insignificância para crimes tributários, não deve ser analisado em face do valor mínimo estabelecido para o ajuizamento de execuções fiscais (hoje, dez mil reais de acordo com o art.20 da 10.522/02), mas sim, a luz do valor estabelecido como critério para a extinção do crédito tributário (hoje, cem reais, de acordo com o art. 18 par. 1º. Da Lei 10.522/02). (STJ Resp. 1022431)
Rejeição ao Princípio da Insignificância: Existe uma corrente mais radical na doutrina que entende que todo e qualquer em merece a proteção do Direito Penal, desde que haja previsão legal para tanto, não se cogitando, em qualquer caso, do seu valor real. Ex. do furto de bala de caramelo na loja de doces, furto qualificado, pelo concurso de duas pessoas. Pena mínima de 2 anos.	
 Reconhecea atipicidade do fato nas hipóteses de perturbações jurídicas mais leves (pequeníssima relevância material). Esse princípio tem sido adotado pela nossa jurisprudência nos casos de furto de objeto material insignificante, lesão insignificante ao fisco, maus tratos de importância mínima, lesão corporal de extrema singeleza. Segundo tal princípio, o Direito Penal não deve preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas incapazes de lesar o bem jurídico.
A tipicidade penal exige um mínimo de lesividade ao bem jurídico protegido, pois é inconcebível, que o legislador tenha imaginado inserir em um tipo penal condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o interesse protegido.
Princípio da Materialização ou da Exteriorização do Fato: o Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias, ou seja, ninguém pode ser punido pelo que é e sim pelo que fez. Enquanto o fato está na cabeça do agente ele não pode ser punido.
Direito Penal do Fato X Direito Penal do Autor (apenas a Vadiagem)
 Princípio da Ofensividade: para que ocorra o delito é imprescindível relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
Funções:
1)proibir a incriminação de uma atitude interna, princípio da alteridade. O direito Penal somente interessa por uma atitude interna quando esta excede o âmbito do próprio autor;
2) proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais;
3) proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
- Crime de Dano: efetivamente causa Dano ao bem jurídico;
- Crime de Perigo: existe a probabilidade de causar o dano ao bem jurídico. 
a) Crime de Perigo Abstrato: a situação de perigo é resultado de uma mera presunção do legislador. Não está inserida no tipo penal de maneira expressa, logo, não precisa ser comprovada no caso concreto
Crime de perigo concreto: a situação de perigo faz parte do tipo penal. Logo, deve ser comprovada no caso concreto, sob pena de atipicidade da conduta.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: apesar de uma conduta se adequar ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada. Hans Wesel
Função: orienta e limita a atuação do legislador.
Ex. Caio foi para Salvador em um carnaval fora de época( Carnaval Temporão). 1º. Dia nada, 2º. Dia nada, 3º. Dia nada, 4º. Dia desesperado, Caio da um abraço de urso e iniciar dar beijos lascivos. Contravenção de Importunação Ofensiva ao Pudor ( art. 61)
Critica- Trata-se de princípio extremamente não preciso, indeterminado, razão que não é utilizado pela doutrina como corretivo típico.
Princípio de Culpabilidade: nullum crimem sine culpa. A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um crime. É um fenômeno individual: o juízo de reprovabilidade (culpabilidade), elaborado pelo juiz, recai sobre o sujeito imputável que, podendo agir de maneira diversa, tinha condições de alcançar o conhecimento da ilicitude do fato.
Sentidos:
A culpabilidade funciona como elemento integrante do conceito analítico de crime;
A culpabilidade funciona como princípio regulador da aplicação da pena.
Culpabilidade funciona como princípio que impede a responsabilidade penal objetiva. No Direito Penal, ninguém responde por um resultado se não houver agido dolosa ou culposamente.
Princípio da Proporcionalidade da Pena: determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato. Significa que a pena deve ser medida pela culpabilidade do autor.
 Citar situação do furto qualificado e do roubo com causa de aumento de pena, sendo desproporcional, pois apena de furto periga ficar superior ao do roubo. 
Questão- Eu Juiz, atendo a esse contra-senso, o Juiz pode aplicar o quantun de aumento do Roubo a furto qualificado? No RS, existem diversos acórdãos nesse sentido. O STF entendeu que não é possível. Ao Julgador não é permitido, a luz do princípio da proporcionalidade aplicar ao crime de furto qualificado o concurso de duas ou mais pessoas, o quantun de majoração previsto para o crime de Roubo.
- FALAR PARA ESTUDAR A LEI DE LAVAGEM DE CAPITAIS, CAI EM TODOS OS CONCURSOS
1.3.5. Princípio da Humanidade: o réu deve ser tratado como pessoa humana. Deve ser observado antes do processo, durante e na execução da pena (proibindo penas degradantes, cruéis, de trabalhos forçados, de banimento e da sanção capital. Este princípio é o maior entrave da pena perpétua e pena capital.
–Princípio da igualdade: todos são iguais perante a lei penal, não podendo o delinqüente ser discriminado em razão de cor, sexo, religião, raça, procedência, etnia, etc.
 Princípio do “ne bis in idem”: ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.

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