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Aplicação da lei penal

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APLICAÇÃO DA LEI PENAL
2.2.10 Leis Temporárias e excepcionais
Art. 3° do CP “ a lei excepcional ou temporárias, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinam, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência”
O art. 3º. Esta prevendo a ultratividade das leis temporárias e excepcionais.
As leis acima citadas são auto- revogáveis, ou seja, são exceções à regra de que uma lei se revoga por outra lei. Subdividem-se em duas espécies:
leis temporárias- tem determinado no próprio texto o seu período de vigência; aquelas que já trazem no seu próprio texto a data de cessação de sua vigência, ou seja, a data do término de vigência já se encontra no texto da lei; Ex. Dengue Criar uma norma falando que quem deixar água acumulada pratica crime. Período de 20/03/2005 até 20/03/2010. 
leis excepcionais – é aquela que tem seu período de vigência condicionado a cessação das circunstâncias anormais que levaram a sua criação; aquelas feitas para um período excepcional de anormalidade. São leis criadas para regular um período de instabilidade. Neste caso, a data do término de vigência depende do término do fato para o qual ela foi elaborada.
Estas duas espécies são ultrativas, ainda que prejudiquem o agente (ex: num surto de febre amarela é criado um crime de omissão de notificação de febre amarela; caso alguém cometa o crime e logo em seguida o surto seja controlado, cessando a vigência da lei, o agente responderá pelo crime). Se não fosse assim, a lei perderia sua força coercitiva, visto que o agente, sabendo qual seria o término da vigência da lei, poderia retardar o processo para que não fosse apenado pelo crime. Este artigo é regido pelo princípio tempus regi actum, ou seja, leis excepcionais e temporárias são regidas pela lei vigente a época do crime. (Ler novamente o art. 3º.) 
O art. 3º. Foi recepcionado pela constituição? Posição minoritária, Zafaroni, o art. 3º. Atenta contra o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica; posição majoritária – não se trata de problema relacionado com o direito intertemporal, mais sim uma questão de tipicidade, ou seja, a lei excepcional ou temprária apresenta como elementares do tipo circunstâncias de caráter temporal
Conclusão (Norma Penal em Branco)
se a norma penal em branco tem caráter excepcional ou temporário, aplica-se o art. 3° do CP, sendo a norma complementar ultrativa;
se, ao contrário, não tem ela caráter temporário ou excepcional, aplica-se o artigo 2°, § único, ocorrendo o abolitio criminis.
2.2.12 Retroatividade e lei processual
Não segue a lei processual penal os princípios referentes à aplicação da lei penal no tempo. Ver art. 2º do CPP. Não há que se cogitar, no caso, de lei mais benigna ou mais severa.
QUESTÕES:
Um fato é praticado sob a vigência da lei “A”, contudo, no momento em que o Juiz vai proferir o julgamento, essa lei não está mais em vigor, tendo sido revogada pela lei “B”, mais benéfica para o agente. Qual lei deve ser aplicada” “A”, que vigia ao tempo da prática delituosa, ou “B”, vigente ao tempo da prolação da sentença? Resposta: deve ser aplicada a lei mais benéfica, no caso a lei “B”, que deverá retroagir para alcançar o fato cometido antes de sua entrada em vigor e, assim, beneficiar o agente.
E se a lei “A” fosse mais benéfica? Resposta: Nesse caso, a lei “B” não poderia retroagir e alcançar o fato cometido antes de sua entrada em vigor, por ser mais gravosa. Mesmo estando em pleno período de vigia ao tempo do fato e sua retroação implicaria prejuízo ao acusado e afrontaria a CF.
2.2.13 TEMPO DO CRIME
“Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”. Ar. 4° do CP.
O que é? Quer saber quando um crime considera-se praticado.
Necessário saber qual é o tempo do crime, ou seja a ocasião, o momento, a data em que se considera praticado o delito para a aplicação da lei penal a seu autor. Essa necessidade decorre dos problemas que podem surgir para a aplicação da lei penal, como nas hipóteses de se saber qual lei deve ser aplicada (se foi cometido durante a vigência da lei anterior ou posterior), e nos casos de imputabilidade (saber se ao tempo do crime o agente era imputável ou não), da prescrição (data em que se começa a contar o prazo), etc.
Três são as teorias a respeito da determinação do tempo do crime:
1)- Teoria da Atividade- considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado; considera-se como tempo do crime o momento da conduta (ação ou omissão). Exemplificando, teríamos o momento em que o agente efetua os disparos contra a vítima no homicídio doloso;
2)- Teoria do resultado – ou do efeito, considera-se tempo do crime o momento de sua consumação, não se levando em conta a ocasião em que o agente praticou a ação. Seria o momento da morte da vítima no homicídio; e
3)- Teoria Mista- ou ubiquidade, considera como tempo do crime, tanto o momento da conduta como o do resultado.
A teoria utilizada pelo CP é o da atividade. Em decorrência da adoção desse princípio, aquele que praticou a conduta na vigência da lei anterior terá direito à aplicação da lei mais benéfica em confronto com a posterior, ainda que o resultado tenha ocorrido na vigência desta; o menor de 18 anos não será considerado imputável mesmo que a consumação dê-se quando tiver completado essa idade.
Exemplo: um menor, com dezessete anos e onze meses esfaqueia uma senhora, que vem a falecer, em conseqüência desses golpes, três meses depois. Não responde pelo delito.
IMPORTÂNCIA PRÁTICA: 
Análise da Imputabilidade (Adolescente com 17 anos desfere um tiro contra uma outra pessoa que vem falecer quando o adolescente tinha 18 anos, praticou ato infracional);
Análise das Circunstâncias da Vítima: Ex. par. 4º. Do art. 121 do CP;
Sucessão de Leis Penais no Tempo: Ex. Sujeito disparou o tiro no decorrer da Lei “A” que foi revogado logo em seguida e no momento da sentença tinha a Lei “B”. Qual terá validade? Depende.
Há casos especiais, como nos crimes permanentes, como o seqüestro, extorsão mediante seqüestro, rapto etc, onde, tanto a ação como a consumação prolongam-se no tempo, uma vez que o agente continua privando a liberdade da vítima. Assim, sobrevindo lei nova mais severa, durante o tempo da privação da liberdade, a lex gravior será aplicada, pois o agente ainda está praticando a ação na vigência da lei posterior. O mesmo ocorre no crime continuado, em que dois ou mais dos delitos componentes foram praticados durante a vigência da lei posterior mais severa.
Quanto ao termo inicial do prazo prescricional, não se aplica a regra geral da atividade adotada expressamente pelo Código. Determina-se que a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr do dia em que o crime se consumou, nos crimes permanentes do dia em que cessou a permanência.
EFICÁCIA DE LEI PENAL NO ESPAÇO
Sabendo que o fato punível pode, eventualmente, atingir os interesses de dois ou mais Estados igualmente soberanos, o estudo da lei penal no espaço visa a descobrir qual é o âmbito territorial da lei penal brasileira, bem como de que forma o Brasil se relaciona com os outros países em matéria penal.
TEMOS QUE VER ALGUNS PRINCÍPIOS:
Princípio da Territorialidade: por esta regra, a lei penal deve ser aplicada aos fatos praticados no território do país do qual emana. Aplica-se a lei do local do crime. Não importa as nacionalidades dos sujeitos ou do bem jurídico. (Adota-se o Princípio Territorialidade Temperada ou relativa (veremos mais abaixo)
O que é território? Natural, abrange solo e subsolo, águas interiores, mar territorial ( até o limite de 12 milhas), plataforma continental e o respectivo espaço aéreo.
		Jurídico: é todo espaço de terra mar ou ar sujeito a soberania do Estado.
		Real ou Efetivo: abrange a superfície terrestre, águas territoriais e o espaço aéreo correspondente.
		Por Extensão(Território por Ficção ou Território Flutuante): art. 5º., par. 1º. Do CP (São território brasileiro, onde quer que se encontre).		
		Ver art. 5º Caput.
TERRITÓRIO POR EXTENSÃO: 
		1) Dispõe porém , o art. 5° § 1°, a respeito do território por extensão ( ou ficção) nos seguintes termos: “ Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontre, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar”.
		2) As embarcações (navios, barcos, iates etc) de natureza pública abrangem os vasos de guerra, e as que estão a serviço do governo brasileiro incluem o transporte de chefes de Estado e de diplomatas. As aeronaves públicas são as que integram as Forças Armadas, inclusive as requisitadas na forma da lei para missões militares (art. 9º do Cód. Brasileiro do Ar), e as aeronaves públicas civis são as utilizadas pelo estado em serviço público que não seja de natureza militar, por exemplo, aeronaves, onde quer que estejam (alto mar, mar territorial, portos e aeroportos estrangeiros), é aplicável a lei brasileira pela regra da territorialidade.
		3) Pelo § 1° do art. 5º , são também consideradas território nacional as embarcações e aeronaves brasileira, mercantes ou de propriedade privada que se acham em alto mar (partes do mar que não são águas interiores ou mar territorial estrangeiro) ou o estejam sobrevoando. Nessa hipótese, prevalece a denominada “lei da bandeira” ou “princípio do pavilhão”, que considera as embarcações e aeronaves como extensão do território do país em que se acham matriculadas. 
		Não serão extensão do território brasileiro as embarcações e aeronaves nacionais quando ingressarem no mar territorial estrangeiro ou o sobrevoarem.
		Aos crimes praticados nos barcos salva-vidas ou destroços são considerados remanescentes da nave (ou aeronave), e assim, extensão do território do pais em que estava ela matriculada.
		Dispõe, porém, o art. 5º, § 2° : É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente a estas em porto ou mar territorial do Brasil”.
- Crime praticado a bordo de aeronave estrangeira que apenas sobrevoou o território brasileiro, sem pousar, é possível a aplicação da lei penal Brasileira? Mesmo não tendo ela pousado, aplica-se a lei penal brasileira.
- Direito de passagem inocente: art. 3º. Da Lei 8617/93. Navios Estrangeiros. Navio vem percorrendo a costa brasileira, aplica-se a Lei da bandeira. Desde que não seja considerado um risco para paz brasileira. Eventual delito praticado abordo de navio com direito de passagem inocente, submete-se a Lei da Bandeira.
- Situação do navio abortador holandês.
Princípio da Territorialidade Temperada: a lei penal brasileira aplica-se, em regra, ao crime cometido no território nacional. Excepcionalmente, porém, a lei estrangeira é aplicável a delitos cometidos total ou parcialmente em território nacional., de modo que, ninguém, nacional, estrangeiro ou apátrida, residente ou em trânsito pelo Brasil, poderá subtrair-se à lei penal brasileira, por fatos aqui praticados, salvo quando normas de Direito Internacional dispuserem em sentido contrário.
Situação Competência: crime cometido a bordo de aeronave, competência da Justiça Federal e se estiver em pouso, também é da justiça federal.
Princípio da Intraterritorialidade: nesse caso, aos crimes cometidos no território nacional, não se aplica a Lei penal Brasileira, mais sim o direito de um país estrangeiro. Ex. do Embaixador.
Princípio da Personalidade ou da Nacionalidade: permite a aplicação do CP no país de origem do agente, pouco importando o local onde o delito foi cometido:
-ativa: a lei penal do país é aplicada se o autor do delito é nacional, desconsiderando-se a nacionalidade da vítima
- passiva: tanto o autor como a vítima tem que ser nacional.
Adotado pelo CP a ativa.
Teoria da Passagem inocente: hoje, vem sendo amplamente aplicada no Direito Brasileiro a Teoria da Passagem Inocente, isto é, quando navio passa pelo território nacional apenas como passagem necessária para chegar ao seu destino (no nosso território não atracará) não se aplica a lei penal brasileira. Serve apenas para navios, não sendo aplicado para aviões, porém a doutrina entende que é possível para aeronaves.
2.3.5. Lugar do Crime (art. 6º do CP)
“Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”
Existem três teorias, a respeito do lugar do crime:
1ª) teoria da atividade: lugar do crime é o da ação ou omissão, sendo irrelevante o lugar da produção do resultado;
2ª) teoria do resultado: lugar do crime é o lugar em que foi produzido o resultado, sendo irrelevante o local da conduta;
3ª) teoria da ubiqüidade ou mista: lugar do crime é tanto o da conduta quanto o do resultado. Será, portanto, o lugar onde se deu qualquer dos momentos do iter criminis.
Crime a distância: crimes percorrendo dois ou mais Estados soberanos. Para os crimes de espaço máximo ou à distância (crimes executados em um país e consumados em outro) foi adotada a teoria da ubiqüidade, ou seja, a competência para o julgamento do fato será de ambos os países. Ex. em Roraima, está em Pacaraima, divisão com a Venezuela, dispara contra X em Pacaraima e este corre para a Venezuela e morre. Aplica-se a lei penal Brasileira. (Competência da Justiça Estadual)
Para os chamados “delitos plurilocais”: crime praticado em duas ou mais comarcas ( ação se dá em um lugar e o resultado em outro dentro de um mesmo país), foi adotada a teoria do resultado (art. 70 do CPP), ou seja, o foro competente é o foro do local do resultado.
Crime em trânsito: é aquele que percorre mais de dois estados soberanos. Ex. tráfico de drogas. Sai do Uruguai, passa pelo Brasil e vai até a Venezuela.
Nas infrações de competência dos Juizados Especiais Criminais, a Lei n° 9.099/95 seguiu a teoria da atividade, ou seja, o foro competente é o da ação.
Atos preparatórios praticados no Brasil, não estão sujeitos a lei Brasileira.
			
EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL BRASILEIRA:
O que é? conciste na possibilidade de aplicação da lei penal nacional a um fato ocorrido fora do nosso país. 
Contravenções: Aplica-se somente aos crimes ou aplica-se às Contravenções? Não se aplica às Contravenções. Art. 2º. LCP (Dec. Lei 3688/41)
Princípio da Extraterritorialidade: certos crimes praticados no estrangeiro sofrem a eficácia da lei nacional. É a chamada extraterritorialidade da lei penal brasileira.
Formas de Extraterritorialidade: (Espécies) 
incondicionada: são as hipóteses previstas no inciso I do art. 7º. Diz-se incondicionada porque não se subordina a qualquer condição para atingir um crime cometido fora do território nacional; a simples prática do delito no exterior já é suficiente para ensejar a aplicação da lei penal brasileira, independentemente de qualquer outro requisito.
b) condicionada: são as hipóteses do inciso II e do § 3º. Nesses casos, a lei nacional só se aplica ao crime cometido no estrangeiro se satisfeita as condições indicadas no § 2º e nas alíneas “A” e “B” do § 3º.
2.3.6. Extraterritorialidade Incondicionada
- não está sujeita ao implemento de qualquer condição. 			
		O Art. 7° do CP prevê a aplicação da lei brasileira a crimes cometidos no estrangeiro, nas condições referidas em seus parágrafos e incisos. São os casos de extraterritorialidade da lei penal, que adota, além do básico, outros princípios, como já se anotou.
		O inciso “I” refere-se aos casos de extraterritorialidade incondicionada, uma vez que é obrigatoria a aplicação da lei brasileira ao crime cometido fora do território brasileiro.Hipóteses do inciso I:
“contra a vida ou a liberdade do Presidente da República”. Tecnicamente falando, além dos crimes citados, como é utilizado termos técnicos na lei, não se pode incluir crimes graves como latrocínio, extorsão mediante seqüestro seguido de morte. Melhor seria referir-se a lei a crimes que atentam contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.;
- Citar exemplo do latrocínio contra o presidente. Não será julgado pela lei brasileira, pois são apenas os contra a vida e liberdade do PR.
- Princípio da Defesa ou Real: Você aplica a lei em virtude do bem lesado.
“contra o patrimônio ou a fé pública da União, Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público”;
Também adota-se o princípio da defesa ou real
“ contra a administração pública, por quem está a seu serviço”. Podem ser incluidos os crimes previstos entre os arts. 312 a 326, bem como os constantes do Título XI, desde que praticados por agente considerado funcionário público para os efeitos penais, conceituado no art. 327 do CP;
Também adota-se o princípio da Defesa ou Real.
“ de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil”. O genocídio pode ser defino como o crime perpetrado com a intenção de destruir grupos étnicos, sociais, religiosos ou nacionais.
3 correntes para o princípio adotado: 1ª. Da Defesa ou Real (majoritária); 2ª. Princípio da Justiça Universal (obrigou-se a reprimir o crime por tratados e convenções)(P/ LFG); 3ª. Princípio da Nacionalidade Ativa
Em todas essas hipóteses, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Isso não significa que serão executadas integralmente penas aplicadas em dois países, pois a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas (2.3.8).
2.3.7. Extraterritorialidade Condicionada art. 7º. Inc II e par. 2º.
O inciso II do art. 7º prevê três hipóteses de aplicação da lei brasileira a autores de crimes cometidos no estrangeiro, desde que preenchidos os requisitos previstos no ° 2° do mesmo artigo. São casos de extraterritorialidade condicionada, pois dependem dessas condições. Tais casos são os seguintes:
crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. Utilizou-se, aqui, o princípio da justiça ou competência universal para a repressão aos delitos que atingem vários países, como os atos de pirataria, o tráfico de mulheres, o tráfico de entorpecentes, a difusão de publicações obscenas, a prática de crime a bordo de aeronaves, a danificação ou destruição de cabos submarinos etc., todos objetos de convenção e tratados a que o Brasil aderiu;
Princípio da Justiça Penal Universal: Aplica-se a lei penal de um país a qualquer crime, independentemente do local onde foi praticado, do bem jurídico ofendido e da nacionalidade dos sujeitos ativo e passivo. Adotado no art. 7º. Inc. II Letra A do CP. obrigou-se a reprimir o crime por tratados e convenções
Crimes praticados por brasileiros. Tendo o país o dever de obrigar seu nacional a cumprir leis, permite-se a aplicação da lei brasileira ao crime por ele cometido no estrangeiro;
Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercadantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
- Princípio da Representação( Princípio da Bandeira ou do Pavilhão): a lei penal de um país é aplicável aos crime cometidos em aeronaves e embarcações privadas, quando estiverem localizadas em territórios estrangeiro e aí não venham a ser julgados. Art. 7º. Inc. II letra “C”
d) crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil (§ 3º art. 7º) (Depende das condições do par. 2º. e do par. 3º. , ou seja, hipercondicionada).
A aplicação da lei brasileira, nessas hipóteses, entretanto, fica subordinado a todas as condições estabelecidas pelo § 2° do art. 7°. Depende, portanto, das condições a seguir relacionadas:
entrada do agente no território nacional;( Condição de Procedibilidade)
ser o fato púnível também no país em que foi praticado. Ex. aborto. Em virtude da diversidade de legislações, é possível que um fato, considerado crime no Brasil, não o seja no país onde for ele praticado, impedindo-se a aplicação da lei brasileira. Na hipótese de o crime ter sido praticado em local onde nenhum país tem jurisdição (alto mar, certas regiões polar), segundo Heleno Cláudio Fragoso, é possível a aplicação da lei brasileira.
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. Como não são todos os delitos que permitem a extradição do agente, exclui-se a possibilidade de aplicação da lei brasileira nessa hipótese;
A extradição no Brasil, vem regulada pela Lei 6.815/80 (Estatudo do Estrangeiro); art. 77 Não se concederá a extradição quando: 
I – se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição dessa nacionalidade verificar-se após o fato que motivar o pedido;
II – o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
III- o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
IV- a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inferior a 1 ano;
V- o extraditando estiver a responder a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundo o pedido;
VI- estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII- o fato constituir crime político; e
VIII- o extraditando houver de responder, no Estado requerente, perante tribunal de juízo de exceção.
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena. Pode-se aplicar a lei brasileira somente quando o agente não foi julgado no estrangeiro ou, se condenado, não se executou a pena imposta;
Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Os itens B, C, D e E, são tidas como Condições objetivas de Punibilidade: são circunstâncias que impedem a punibilidade do agente. São denominadas de objetivas pq independem do dolo ou culpa do agente, situando-se entre o preceito primário e secundário da norma penal incriminadora
O art. 7°, § 3°, prevê uma última hipótese de aplicação da lei brasileira, a do crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. Exige o dipositivo em estudo, porém, além das condições já mencionados, outras duas:
que não tenha sido pedida ou tenha sido negada a extradição (pode ter sido requerida, mas não concedida);
que haja requisição do Ministro da Justiça.
Por exceção prevista em lei, tratando-se do crime de tortura, praticado no estrangeiro contra brasileiro ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira, aplica-se a lei brasileira, independente de qualquer outra condição (art. 2° da Lei 9455/97)
- Princípios para aplicação da extraterritorialidade:
princípio da defesa, real ou proteção: leva-se em conta a nacionalidade do bem jurídico lesado, independentemente do local em que o crime é praticado ou da nacionalidade do sujeito ativo; (inciso I, alínea a,b,c) 
princípio da justiça penal universal: todo Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do delinqüente e da vítima, ou o local de sua prática, desde que o criminoso esteja dentro de seu território. É como se o planeta se constituísse em um só território para efeitos de repressão criminal; (inciso I, alínea D) Inciso II, Alinea A
 princípio da nacionalidade ativa: aplica-se a lei nacional ao cidadão que comete crime no estrangeiro (sujeito ativo), independentemente da nacionalidade do sujeito passivo. (inciso II, alínea B)
princípio da representação: a lei penal brasileira também é aplicável aos delitos cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando realizados no estrangeiro e aí não venham a ser julgados.IncisoII, alínea C.
2.3.8 Pena Cumprida no Estrangeiro
Reza o art. 8°: “ A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas” (penas privativas de liberdade p.ex.), respondendo efetivamente o sentenciado pelo saldo a cumprir se a pena imposta no Brasil for mais severa. Se a pena cumprida no estrangeiro for superior à imposta no País, é evidente que esta não será executada.
EFICÁCIA DA SENTENÇA PENAL ESTRANGEIRA
O direito brasileiro reconhece, porém, a sentença penal estrangeira, em relação aos delitos cometidos fora do território nacional:
obrigar o condenado à reparação do dano, a restituição e outros efeitos civis;
sujeita-lo a medida de segurança.
Requisito básico: homologação da sentença pelo STF, alínea i, inc. I, art. 105 da CF, acrescentada pela EC 45/2004. Antes era o STJ

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