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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: TÓPICOS GERAIS II PROFESSOR: RICARDO SEIXAS LIMA DOS SANTOS CRISTIANO DA SILVA RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME “O CLUBE DO IMPERADOR” Atividade discente apresentada à disciplina de Tópicos Gerais II do curso de bacharelado em Engenharia de Produção da faculdade UNINOVAFAPI. Teresina – PI 13 – 10 – 2014 RESENHA CRÍTICA Hoffman, Michael. O Clube do Imperador: Produtora EUROPA, EUA, duração: 109 minutos, em cores, lançado em 2002. 1. CREDENCIAIS DO AUTOR Michael Hoffman (nasceu em 30 de novembro de 1956, Havaí, EUA) – é cineasta, diretor e roteirista americano. Dentre os filmes que dirigiu temos: Restauração, A última Estação, O Clube do Imperador, Um Bom Dia, dentre outros. Andrew, Ethan Canin (nasceu em 19 de julho de 1960, Michigan, EUA) – é escritor, educador e médico. Escreveu o conto “O Ladrão Palace” que deu vida ao filme O Clube do Imperador. 2. BREVE RESUMO DA OBRA O filme é ambientado em um colégio interno para rapazes das mais ricas e influentes famílias dos EUA, chamada St. Benedict´s, uma instituição que preparava os alunos para se dedicarem a uma vida correta, vida esta onde o respeito à moral, a ética e o caráter eram pilares imprescindíveis. Todos esses conhecimentos eram baseados na conduta ética e moral dos grandes filósofos e imperadores greco- romanos, sendo lecionado pelo professor William Hundert (interpretado por Kevin Kline), um professor que vê a paz das suas aulas serem interrompida pela chegada de um rebelde, arrogante e trapaceiro aluno, Sedgewick Bell, filho de um bem sucedido empresário e senador americano. Mesmo com todos esses problemas, Hundert deposita grandes esperanças em Sedgewick, acreditando que pode mudar o caráter deste, passa então a lhe dar grande apoio aos estudos, mas esta caminhada o levou a ir contra aquilo que ele prega e ensino, os seus próprios princípios de ética, moral e de caráter, ao tomar a vaga de Martin Blythe (interpretado por Paul Dano) um aluno esforçado e dá-la à Sedgewick. Por fim, durante o concurso do Senhor Júlio César, Sedgewick trai a confiança do mestre ao colar, essa atitude além de frustrar profundamente Hundert o levou a um longo período de amargura, de fracasso profissional, mas acima de tudo de ter sido imoral e antiético pelo que fez com Martin Blythe. Passados 25 anos, Hundert já aposentado volta a realizar o concurso do Senhor Júlio César a convite de Sedgewick que gostaria de reaver sua honra intelectual perdida no último concurso. Mais uma vez Hundert se decepciona, pois percebe que mesmo com o passar do tempo a conduta moral de Sedgewick não mudou ao flagrá-lo colando novamente. Contudo, ao ver que grande parte de seus ex-alunos se tornaram homens de honra, com moral e ética sem par, e tendo ainda o seu erro perdoado por Martin Blythe ele percebeu que uma derrota ou um sucesso solitário não servem para medir o verdadeiro valor de uma vida e que por mais que se venha a tropeçar o dever de um professor é esperar que o ensino mude o caráter de um menino e assim o destino de um homem. Por fim, Hundert retoma suas funções em St. Benedict´s. 3. CONCLUSÃO DO RESENHISTA O filme O Clube do Imperador, que foi baseado na obra de Ethan Canin Andrew “O Ladrão Palace”, é um exemplo ímpar de como às vezes temos de deixar de lado nossas convicções, nossos ideais de ética e moral, para ajudar alguém em detrimento de outros, contudo, não podemos esquecer que a verdadeira mudança deve partir de dentro desta pessoa, não vai ser você e nem ninguém que irá moldá-la, isso vai partir essencialmente dela. O que o professor Hundert fez é óbvio que não foi certo, ele foi contra justamente aquilo que ensina aos seus alunos, contudo, também não está totalmente errada, pois ele viu em Sedgewick algo que poderia perturbar a sociedade hora moldada, ou seja, uma sociedade onde as pessoas se guiem pela ética e pela moral, onde o caráter é importantíssimo para se alcançar o equilíbrio, mas que ele estava fazendo tudo àquilo por pressão do meio ao qual ele vivia (o pai também era inescrupuloso e arrogante e queria fazer do filho um espelho dele). Podemos ainda tirar uma importante lição deste filme, o caráter e a personalidade das pessoas são forjadas na trajetória de vida dos sujeitos e que, no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém nem sempre podemos garantir que se possa atingir aquilo a que almejamos com nossas convicções, e foi exatamente isso que houve, o professor acreditou que Sedgewick foi forjado em um ambiente onde havia arrogância, prepotência, trapaças, imoralidades e que isto corrompeu o seu caráter. E detalhe, os demais alunos seguiam rigorosamente os ditames da escola, ou seja, suas famílias moldaram os seus filhos corretamente a seguirem o caminho correto, apenas Sedgewick tinha esse comportamento inadequado, talvez isso possa ter pesado na decisão de quebrar os seus próprios princípios. 4. CRÍTICA DO RESENHISTA O filme nos mostra que o ser humano é imperfeito, o professor Hundert era um exemplo de educador íntegro, de excelência na docência, mas, a falta de caráter e a desonestidade existem em todos os lugares e podem vir até mesmo de pessoas que sempre seguem esses princípios, e foi isso que houve com o professor, ele cometeu esse deslize, apostou firmemente na mudança de Sedgewick ao ponto de passar por cima dos seus próprios princípios para poder classificar o aluno. Princípios morais como a ética, o respeito, a justiça, a transparência, o caráter, aqui vamos dar um tom maior no caráter não se molda e não se transmite, mas que vamos construindo desde a infância ao longo do que vamos vivenciando, Sedgewick vivia em um mundo onde coisas erradas eram tidas como corretas. Contudo, esse conjunto de regras de conduta, pode às vezes ser deixado de lado pelo ser humano tal como houve com o professor Hundert e que lhe causou marcas profundas em sua vida. Esse ponto de vista pode ser observado facilmente nas cenas onde Hundert se impressiona com o esforço do aluno e começa a lhe dar cada vez mais apoio, lhe deu um livro que tinha grande parte do conteúdo a ser visto em sala, se responsabilizou pelo livro que ele pegou emprestado na biblioteca, com tudo isso ele ficou classificado em quarto lugar e o professor, penso eu, acreditou que se o desclassificasse poderia por no lixo todo o sacrifício de reeducar Sedgewick, então, fraudou o resultado colocando-o em terceiro. Só que no fim ele percebeu que Sedgewick não mudou em nada, pois estava colando, e querendo dar um de certo, citou uma pergunta que não estava dentro do conteúdo que os alunos estudaram, fazendo com que ele perdesse e arruinado o sonho de tornar Sedgewick um cidadão correto. Não existe perfeição humana, nem mesmo os mais sábios conseguem ver os erros e propor soluções corretas, às vezes somos levadas pela vontade de fazer o bem mesmo que isso possa nos custar anos de sofrimento, de preocupações, de medos. 5. INDICAÇÕES DO RESENHISTA O filme O Clube do Imperador por ter como temática principal a conduta humana, o caráter e o senso de ética e responsabilidade, é uma ferramenta importante para a nossa própria avaliação, ele nos faz entender como agiríamos se estivesse no lugar do senhor Hundert, seriamos intolerantes ou iríamos fazer vista grossa e contrariar nossos ideais. Ele também pode ser uma boa ferramenta para avaliarmos a percepção que as outras pessoas tem sobre a conduta moral, será que elas concordam com isso, será que elas fariam pior, será que reportariam em público a falta do aluno ao pescar, ou será que tomariam a mesma decisão do diretor. Tudo issose pode tirar do filme, conceitos tão importantes em nossas vidas e que as vezes são facilmente deixados de lado. “Segundo Heráclito, é impossível entrar duas vezes no mesmo rio, no fluir do tempo uma oportunidade perdida esta perdida para sempre.” Heráclito
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