Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• \3S. y Paulo Paixão César S a n t o s Silua J o r g e Luiz Brand H e nipnose sem Mania Remodelada e ampliada EMENDE E ACRESCENTE QUEM SOUBER, APRENDA QUEM NÃO SOUBER, MAS TODOS DÊEM GLÓRIA AO SENHOR 1.7,'. , "77RIipelNunes.iArte da Pintura - apud História das BitlllOteCa Páftld ^$01 Literaturas de Manuel Bandeira). «cmb. fvíacedc Soares» Gráfica e Editora Padre Berthier Passo Fundo - RS - Brasil 1995 "BPM EM" M. Soares CATANDUVA-SP Copyright by Paulo Paixão César Santos Silva e Jorge Luiz Brand, 1995 • • Direitos de propriedade reservada para os autores. Interdita qualquer transcrição, no todo ou em parte, sem citação da fonte de origem e permissão dos autores. Endereço para correspondência: Dr. Paulo Paixão R. Vise. Cabo Frio, 30 20510-160. Rio de Janeiro-RJ Tel.: (021) 268-4753 Pedidos para: Dr. Jorge Luiz Brand R. Rocha Pombo, 311 Toledo-PR CEP: 85904-030 Tel.: (045) 277-1473 Impresso nas oficinas da Grafica e Editora Padre Berthier Caixa postal 202 Tel.: 054-313-3255 Passo Fundo - RS - Brasil CEP: 99070-220 ÍNDICE: Explicação necessária ........... 9 Cap. I - Letargia 11 Çap. II - Respiração Culturista 17 Çap. III - Exercícios Letárgicos , 23 Cap. IV - Bases da Letargia 33 Cap. V - Resumo da Técnica Letárgica 45 Cap. VI - Acupuntura e Letargia 53 Cap. VII - Estados Letárgicos 63 Cap. VIII - Regressão de Memória 71 Cap. IX - O caso Bridey Murphy , 75 Cap. X - A Igreja Católica e a Hipnose 81 Çap. XI - Prática da Hipnose , • • 83 Cap. XII - Auto-hipnose 93 Cap. XIII - Sugestões Noturnas para corrigir maus hábitos infantis r . . . . 99 Cap. XIV - Que é o Tratamento Autógen? 105 Cap. XV - Liberte sua Personalidade. ............. 109 Cap. XVI - Letargia nos Esportes , . , , 115 Cap. XVII - IBRAP 123 Apêndice • • 125 O Livro de San Michele 127 Glossário • • • 135 Agradecimentos , 142 Bibliografia 143 Referências . • • • 147 MAX DESSOIR, grande cientista a lemão, cr iador do neologismo - PARAPSICOLOGIA - em junho de 1SS9. Es teve no Bras i l , fazendo conferências, em 1927, e ofereceu esta fotografia com dedicatória ao eminente médico brasileiro, prof. A. da Silva Mello. Max Dessoir nasceu em 1867 e faleceu em 12 junho de 1947 em Konigstein, Alemanha. ROBERT AMADOU é autor da obra c o n s a g r a d a m u n d i a l m e n t e - A PARAPSICOLOGIA - traduzida para 6 idiomas. E apontado como o maior parapsicólogo vivo. Foi Secretário Gera l do I Co lóqu io de Es tudos Parapsicológicos realizado em Utrecht (Holanda), em agosto de 1953. O prof. Amadou é Doutor em Teologia e Etnologia. " O que havia em todos esses homens era unia confiança ímpar no que faziam. Uma convicção poderosa de que teriam êxito. Uma segurança absoluta no seu modo de ope ra r . Sem isso, não há modelo conceituai , reflexológico, cibernético, X ou Y, que funcione". Dr. George Alakija em Hipnose Pitoresca, página 76. LIVROS DE PAULO PAIXÃO IRMÃO VITRÍCIO E A LETARGIA Coletânea - 4 a Edição - Rio, 1960 (Esgotado) Ed. Gráfica Uruguai NOÇÕES DE LETARGIA Rio de Janeiro, 1961 (Esgotado) Ed. Gráfica Uruguai MISTÉRIOS E MISTIFICADORES DA LETARGIA Porto Alegre, 1962 (Esgotado) PROBLEMA DA PROSTITUIÇÃO (tese) Rio de Janeiro, 1946 (Esgotado) LETARGIA E HIPNOSE MODERNA Com a colaboração de César Santos Silva Ed. Andrei, São Paulo, 1990 PAÍSES BAIXOS OÜ PAÍS DAS FLORES? Crônicas de viagens pela Holanda - Curitiba, 1957 (Esgotado) CARCEL SIN REJAS (Prisão sem Grades) Buenos AirèSj 1952 (Esgotado) LETARGIA PASSADA A LIMPO Ed. Andrei, 8 a Edição, São Paulo, 1964 (Esgotado) PARAPSICOLOGIA, CIÊNCIA OU MAGIA? Com a colaboração do Dr. César dos Santos da Silva Ed. IBRAP, 15a Ed., Rio de Janeiro, 1978 (Esgotado) EL HIPNOTISMO DE HOY da Dra. Galina Solovey, 4 a ed. Ed. Hachette, Buenos Aires, 1988 Prefácio, atualização e ampliação de César Santos Silva e Paulo Paixão. A HIPNOSE DE H O J E de Galina Solovey, 5 a ed. Ed. 1995 Prefácio, atualização ampliação de Paulo Paixão, César Santos Silva e Jorge Luiz Bratid LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA de Paulo Paixão, César Santos Silva e Jorge Luiz Brand. 8 a Êd. Editora Padre Berthier Passo Fundo - RS - Brasil, 1995 Fig. 2 - IRMÃO VITRÍCIO - Introdutor da Letargia no Brasil. Atualmente, Padre Luiz Benjamim Henrique Rech. Vide resumo biográfico na página 12. Fig. 3 — Vestido com a camisa JESUS, o excelente cirurgião brasileiro radi- cado nos Estados Unidos Dr. JOSE NERI é exemplo de verdadeiro cristão. Antes de cada cirurgia ele invoca a ajuda de DEUS. Em 1994, fez 82 transplan- tes de fígado com ABSOLUTO SUCESSO. Ele segue as palavras de Wundt Wilhelm, fundador da Moderna Psicologia Experimental: "Todo Médico deveria ser Pastor e todo Pastor deveria ser Médico ". O Médico consciencioso, que emprega todas as suas energias na luta contra a doença, não pode ignorar a mensagem Daquele que se chamou Senhor da Vida e da morte e que provou essa afirmação com numerosos prodígios, especialmente o da Ressurreição. Não pode ignorar, sobretudo, que Cristo promete a todos os homens, dóceis à sua palavra, fazê-los participar um dia de seu triunfo definitivo. O Dr. Neri pratica a hipnologia educacional. Ainda na foto, à esquerda doDr. NERI: César Santos Silva, operado por ele; atrás, sua esposa Débora, Maria Helena, Paulo Paixão e Henriquez Michele. Foto tirada em Miami (USA) em 9 de junho de 1994. EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA Não se sabe ainda quantas superstições há na Ciência nem quanta Ciência há nas superstições. Padre Maximiliano Hell A Hipnose sempre teve o condão de atrair o grande público. Contudo, até mesmo pessoas instruídas desconhecem o assunto. As bibliotecas con- tinuam cheias de livros que não fazem mais do que repetir conceitos fantasiosos e absurdos. Muitas pessoas nunca viram ninguém hipnotizado, salvo em cinema, teatro ou novela. Este livro, de modo especial, visa a fornecer ao leitor interessado nos fenômenos hipnóticos - uma síntese atualizada - do desenvolvimento científico dos modernos estudos sobre a matéria. Pretendemos, apenas, fazer um esquema dos diversos matizes da hipnose, e não um tratado exaustivo de qualquer de seus aspectos. Além da prática, da observação e produção experimental dos fenôme- nos hipnóticos, estudamos e compilamos os diversos mestres no assunto, empregando todo esforço para resumir-lhes as lições com possível simpli- cidade e clareza. Nem sempre citamos, no correr dos textos, os autores de que nos aproveitamos. Os números que aparecem entre parênteses - no final de alguns parágrafos, correspondem à obra - encontrada na bibliografia - e de cujo texto foi extraída a citação. Nossa intenção ao publicar este volume, foi colocar, ao alcance da inteligência e do bolso dos estudantes, um conjunto de noções que só esparsas se encontram em numerosos livros grossos e caros. Este resumo não se destina aos doutos ou cientistas, mas, sim, ao grande público - mesmo porque - de outro modo não exerceria o seu papel de divulgar. Pretendemos resumir fontes, não expandi-las. Buscar a verdade, não ferir adversários. Comparar idéias, não julgar pessoas. Ter leitores amantes da verdade, não fanáticos de suas próprias opiniões, erros e preconceitos. Distinguir religião e ciência, não confundi-las e nem divor- ciá-las, porque a verdadeira Ciência conduz a Deus. Este é um trabalho despretensioso e essencialmente prático, visa apenas a traçar um roteiro para os que se iniciam no estudo da Letargia e da Hipnose. Pretende, ainda, estimular o interesse de cada um, na medida das suas possibilidades, a fim de que todos possam praticar os exercícios letárgicos, reconhecidamente benéficos e salutares, incentivar a pesquisapessoal e alargar os horizontes de seus conhecimentos sobre fenômenos tidos como misteriosos. Já disse acertadamente, há mais de duzentos anos, M. Soares C A I A N D U V A - S P o Padre Maximiliano Hell: "não se sabe ainda quantas superstições há na Ciência e quanta Ciência há nas superstições". Para os críticos apressados e, por isso mesmo, expostos à superficiali- dade no julgamento, esclarecemos que os vários senões existentes, resulta- ram da rapidez com que foram elaboradas estas páginas. Os erros serão facilmente corrigidos pelo leitor honesto e inteligente. Convém frisar uma palavra que nos apraz repetir, convencido que estamos da sua profunda verdade psicológica: o melhor método, o melhor compêndio e os melhores processos muito pouco, em rigor quase nada valem, sem a contribuição pessoal, decisiva e sempre meritória do próprio "iniciado". Cada uma das questões indicadas poderia dar margem a intermináveis debates. A conceituação dos estudos letárgicos, magnéticos e hipnóticos não se mostram, de fato, definida de modo pacífico. Entregamos à publicidade e à crítica dos doutos este modesto trabalho de equipe, não olvidando, porém, a sentença de Chateaubriand: "quand la critique est juste, j e me corrije: quand le mot est plaisant, j e ris; quand il est grossier, j e Foublie." Pedimos aos interessados que nos escrevam apontando as falhas e deficiências, enviando suas sugestões para que sejam aproveitadas numa provável e futura edição. Até lá, repetimos as palavras que se encontram na primeira página deste livro: "Emende e acrescente quem souber, aprenda quem não souber, mas todos dêem glória ao Senhor". Paulo Paixão César Santos Silva Jorge Luiz Brand CAPITllO I LETARGIA 1 - R E S E N H A H I S T Ó R I C A É fato incontestável que a introdução da Letargia, ou Técnica Letárgi- ca, no Brasil, pelo internacionalmente famoso - Irmão Vitrício (Padre Luiz Benjamim Henrique Rech) - superou a toda e qualquer expectativa. Resu- midamente, relataremos os fatos. Em 1956, em visita à Casa Provincial dos Irmãos Maristas em Bruxe- las, pelo marista Frère Médard, ouvimos falar das proezas realizadas pelo Frère Vitrício. Em 1957, tivemos conhecimento que o Prof. lecionava no Colégio Marista de Santa Maria (RS). Fomos até lá e assistimos à primeira demonstração de Letargia. Lá mesmo, fizemos um curso intensivo com o Irmão Vitrício. Posteriormente, assistimos a diversos cursos por ele minis- trados. Em dezembro de 1957, o convidamos a fazer uma demonstração no Colégio São José, no Rio de Janeiro. O Jornal O Globo (Rio, 21/12/57) divulgou o sucesso da demonstração inserindo o seguinte comentário - "Todas as demonstrações foram muito aplaudidas, porém, as que mais entusiasmo causaram foram as de transe moderado e agitado". Naquela época o Irmão Vitrício já era bastante conhecido no Rio Grande do Sul, mas, ainda desconhecido no resto do Brasil. Ele ministrou o primeiro curso de sua técnica em São José do Rio Preto (SP), a convite da Sociedade Rio-pretense de Hipnologia. O jornal - A Notícia - (São José do Rio Preto, 19/07/58) noticiou: "Acompanhando o ilustre visitante chegou a esta cidade, proveniente do Rio de Janeiro, numerosa comitiva." Em dezembro de 1958, ele ministrou novo curso de Letargia no Colégio São José (Rio de Janeiro). O período de 1958 a 1962 marcou o auge de suas atividades, tendo sua fama atravessado as fronteiras do Brasil. Portanto, é lícito dizer-se que o aparecimento da Letargia no Brasil ocorreu em 1958. Depois de 40 anos de estudos e prática divulgamos a Letargia em diversos países da América do Sul e da Europa - sempre com agrado geral. O método sempre atraiu a preferência dos praticantes do hipnotismo clás- sico. Todos, sem exceção alguma, foram unânimes em afirmar: "A Letargia, como método de indução hipnótica, é dos melhores que conhecemos." Todos ficam impressionados com a rapidez da Técnica Letárgica na obten- ção de alguns fenômenos. 2 - I R M Ã O V I T R Í C I O - Padre Luiz Benjamim Henrique Rech Resumo Biográfico - O Padre Luiz Benjamim Henrique Rech (Irmão Vitrício) nasceu em 16/08/1917, em Santa Cruz do Sul (RS - Brasil). Descendente de pais alemães: Nicolau Rech e Ana Rech. Iniciou seus estudos no Colégio Marista de Santa Cruz do Sul (RS), completando-os em Porto Alegre. Aos 2 de janeiro de 1933, entrou para a Congregação dos Irmãos Maristas (Frères Maristes des Écoles) recebendo o nome religioso de Irmão Vitrício. Foi um dos fundadores da Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas Santa Maria (RS) e também da Facul- dade de Direito, daquela cidade. Em ambas, foi Professor e Secretário durante vários anos. Em 1953, fez o segundo noviciado em Saint Paul Trois Châteux (França). Em 1956, publicou um fascículo, "Não Leiam Letargia", desde há muito completamente esgotado, o qual foi refundido e ampliado em nosso livro Noções de Letargia. No período de 1958 a 1962, nas principais cidades brasileiras, fez demonstrações e ministrou cursos de Letargia em diversas Faculdades e Associações Científicas, sendo focaliza- do em mais de 300 reportagens (cujos recortes estão no arquivo do IBRAP) pelos grandes jornais e revistas do Brasil e exterior. Em 1962, visitou Portugal, onde pronunciou diversas conferências, sempre com grande su- cesso, e ministrou cursos de Técnica Letárgica, em Lisboa. Em 1966, deixou a Congregação Marista, registrou-se como Psicólogo Clínico, casou-se com Aparecida Carneiro Rech, passou a residir em Itanhandu (MG) e a exercer a sua profissão. Tendo deixado os Maristas, perdeu o nome religioso de Irmão Vitrício, mas adotou-o como pseudôni- mo, pois com ele ficara conhecido no Brasil e no exterior. Foi Patrono da Associação Brasileira de Estudos Letárgicos (hoje desaparecida) e um dos fundadores do IBRAP (Instituto Brasileiro de Parapsicologia), 1958. Para todos - o Irmão Vitrício é o Introdutor da Letargia no Brasil, mas para alguns - ele é o próprio Criador da Letargia. Em 1988, ficou viúvo e logo depois ordenou-se Padre. Atualmente (1995), o Padre Luiz Rech é o pároco da cidade de Serranos (MG) que dista 60 km da cidade hidro-mineral de Caxambu (MG). 3 - O P I N I Õ E S I - Dr. Vinitius da Costa Rodrigues, um dos mais arguntos pesquisadores do Hipnotismo e da Letargia, escreve: "Reina certa controvérsia entre aqueles que acreditam ser a Letargia apenas uma modalidade do Hipnotismo e outros que só admitem as duas técnicas completamente diferenciadas. Não obstante, impõem-se, desde já, as seguintes observações: I a ) A denominação de "Letargia" não pode ser confundida aqui com o primeiro grau hipnótico ("sono- lência ou letargia"). 2 a) As técnicas de indução hipnótica e letárgica, embora aparentadas, são diversas entre si. 3 a) É dispensável ao hipno- tismo a aplicação do estímulo físico no paciente, mas não o psicológi- co; ao passo que o estímulo físico é indispensável à indução letárgica. 4 a ) Diferentes, também, são as discriminações de seus sistemas expe- rimentais: - o hipnotismo é aceito e posto em prática sob três graus ("sonolência", "hipotaxia" e "sonambulismo"), ao passo que a letargia se desdobra em 18 estados, indicados, a seguir. 5 a) A indução letárgica efetua-se em tempo mais curto do que a hipnótica. 6 a ) A indução letárgica depende mais amplamente da aquiescência do paciente do que a hipnótica. O estímulo físico no paciente é chamado de "toque". São locais adequados aos toques, várias regiões periféricas do corpo humano, eleitas. N.A. / LA LÉTHARGIE (Résumé) - Le Frère Vitrício (brésilien), pseudonyme du psychologue - Louis Benjamin Henri Rech, est le créateur de la Léthargie ou Technique Léthargique et aussi le chef mondial de l'Ecole Léthargique. Lui-même a commencé sa diffusion au Brésil, par la publication d'un petit livre - Ne lisez pas - Léthargie- en 1956. Ce petit livre a été refondu et amplifié dans le livre de Paul Paixão - Notions de Léthargie - Rio de Janeiro, 1961. Le Frère Vitrício, pendant les années 1958-1962, a fait une grande diffusion de sa Léthargie^ en donnant des classes et en procédant à des démonstrations dans les plus grandes Écoles et Universités du Brésil. En 1963, il a donné des classes au Portugal. Il est devenu célèbre, car, avant tout, il est un sujet doué et um métagnome de bonnes qualités. H est aussi un des fondateurs de l'Institut Brésilien de Parapsychologie (IBRAP). 1959. On ne peut pas faire confusion entre la Léthargie du Frère Vitrício et la léthargie de Charcot. Il faut observer ce qui suit: 1) Les techniques d 'hypnotisme et de léthargie sont tout à fait différentes; 2) Dans l 'hypnotisme, on emploie la stimulation psychique: dans la léthar- gie, on emploie l 'estimulation physique, qu 'on apelle attouchements; 3) L 'hypnot isme classique est divisé en trois ou quatre degrés; la léthargie en 18 degrés; 4) L' induction léthargique est plus rapide que celle de l 'hypnotisme clas- sique; 5) La Léthargie a son fondement dans la technique chinoise de l 'Acupunc- ture (introduction lente d 'une aiguile fine d'acier, d 'or, d 'argent ou de platine, de 10 à 15 cent., dans la partie malade ou dans son voisinage, dans les cas de névralgies). LES OPINIONS La léthargie a été crée pour ordonner et simplifier l 'hypnotisme (Frère Vitrício). C'est une méthode d 'hypnotisme qui produit des résultats immédiats et surprenants. Au Brésil, la Léthargie est très employée dans les expériences ESP (Paulo Paixão). Dans ma spécialité d 'odontopédiatre, j ' a i obtenu de bons résultas par la méthode de Léthargie du Frère Vitrício (Dr. Alberto Lerro Barretto). En tant que procédé initial d'induction hypnotique, la léthargie est un des meilleurs que nous connaissions, à tel point qu'i l est pratiqué de routine dans notre clinique. Il présente par rapport aux autres procédés initiaux qui se pratiquent (battement synchronique des paupières, soulèvement du bras, fixation du regard, etc.) certains avantages qu'i l ne faut pas oublier. Le principal avantage que le procédé léthargique offre par rapport à tous les autres est de ne pas exiger du sujet la fatigue musculaire initiale des paupières et du regard. (Osmard Andrade Faria). II - Osmard Andrade Faria diz o seguinte: "A Letargia, como procedimento inicial de indução hipnótica, é dos melhores que conhecemos, tanto que o vimos praticando de rotina na clínica. Leva sobre os demais procedimentos iniciais em prática (pes- tanejamento sincrónico, levantamento do braço, fixação do olhar, etc.) algumas vantagens que é preciso não olvidar. Tal fato faz com que o procedimento letárgico se esteja tornando o preferido de quantos praticam a hipnose científica. A principal vantagem do procedimento letárgico sobre todos os outros - exceto talvez o da representação cênica - é que não exige do paciente o inicial cansaço muscular palpebral e visual. Em qualquer dos outros procedimentos iniciais em uso na prática, exploramos, de saída, uma fadiga incondicionada pelo uso dos músculos oculares, braquiais, etc. Aqui, na Letargia, o paciente posta-se diante de nós de olhos fechados, em posição de repouso, corpo acomodado na posição que melhor lhe convier, recostado ou deitado. Também para o operador não exige uma postura determinada. Outra vantagem da Letargia é que, decorrente da obnubilação inicial que provocamos no paciente, surge de imediato uma razoável insensibili- zação geral de todo seu corpo, permitindo-nos, um minuto após ou pouco mais, j á uma prova de anestesia sensivelmente profunda, como VII - George Alakija, em seu livro - Feche os Olhos Relaxe e D u r m a ! - diz o seguinte: "Chegou a Letargia. Foi também em 1957 que ela apareceu no Brasil. De início surgiu uma confusão decorrente do nome. Até então conhecia-se o vocábulo como um dos estados hipnóticos clássicos. São eles: letargia, catalepsia e sonambulismo. Surgiram os esclarecimentos: Letargia é uma técnica de influência pessoal sem provocar sono. Embora se considere, atualmente, uma técnica de indução hipnótica, logo quando surgiu foi apresentada por muitos extremistas que asseguravam nada ter a mesma a ver com hipnose. Esta seria apenas um estado daquela. Ficou conhecida no Brasil pelo trabalho de introdução e divulgação do prof. LUIZ RECH, irmão VITRÍCIO, e do Dr. P A U L O PAIXÃO. Trata-se, em resumo, de uma técnica de indução hipnótica que utiliza basicamente toques, sons, posturas, às vezes em conjunto, às vezes isola- damente, obtendo uma série de estados peculiares que podem ser usados com diferentes finalidades, especialmente terapêuticas." Pág. 48 . (1) Dr 3 . G A L I N A S O L O V E Y , autoridade internacional em hipnose médica, é autora do best-seller A H I P N O S E DE H O J E - Ed. Berthier, Passo Fundo, RS, Brasil, 1995. No Brasil, já ministrou cursos em: Brasília, Rio de Janeiro, Recife e João Pessoa. A N A T O L M I L E C H N I N , conhecido internacionalmente, é autor de inúmeros trabalhos sobre o tema versado e de HYPNOSIS, Ed. John Wright, 2 ed, Londres, 1967. Vide biografia de Anatol no livro a Hipnose de Hoje de Galina Solovey. Ele criou a frase: las gatitas de Charcot. Vide biografia de Anatol, no livro - A HIPNOSE DE HOJE- de Galina Solovey . Ed. Berthier, Passo Fundo - RS - Brasil, 1995. 1, Milechnin, Anatol - Hypnosis - Ed. John Wright & Sons Ltd. 2". ed. Londres, 1967, página 158. 16 LETARGIA E HIPNOSE SEM M A G I A CAPITULO II RESPIRAÇÃO CULTURISTA Nunca é demais insistir sobre a importância da respiração, cujo valor simbólico é bastante conhecido: não épor meio de uma inspiração violenta que entramos em contato com o mundo? E não é dando o "último suspiro" que terminamos nossa jornada? O exercício respiratório deve preceder a todo e qualquer tipo de relaxamento. Também na técnica letárgica exigimos que o paciente pratique exercícios respiratórios. A respiração culturista foi idealizada pelo Prof. Mareei Rouet, cujos ensinamentos resumiremos nas linhas abaixo. Podemos, voluntariamente, apressar ou retardar o ritmo respiratório, prender ou suspender a respiração. A técnica da respiração nasceu dessa faculdade de controlar tão importante função vital, atingindo seu apogeu na índia, na seita dos iogues. Em uma respiração normal, inspiramos e expira- mos cerca de meio litro de ar, enquanto numa respiração profunda inspira- mos è expelimos de quatro a cinco litros. São evidentes as imensas vantagens que essa supersaturação da superfície pulmonar pode trazer ao organismo: o sangue, amplamente oxigenado, fixará esse oxigênio no âmago das células, principalmente nos tecidos musculares e nas células nervosas, proporcionando-lhes uma total depuração e uma regeneração permanente. Após a respiração completa experimenta-se uma sensação de bem-es- tar e de euforia que seria inútil negar. Após uma sessão de educação física, qualquer fadiga física será dissipada por alguns instantes de respiração completa como por encanto. Aqui estão as características da respiração completa: existem três tipos de respiração: o tipo costal superior, o costal inferior e o abdominal. O primeiro é típico da mulher, que respira elevando a parte superior do peito; o segundo levanta as últimas costelas e o terceiro dilata a base dos pulmões. Este último é, geralmente, característica do homem. A respiração completa utiliza-se desses três processos para atingir ao máximo^a superfície dos pulmões. A respiração completa pode ser executada de pé, sentado ou andando; deve ser praticada; sempre que possível, ao ar livre ou diante de uma janela bem aberta. O corpo deve ser esticado sobre uma superfície dura, assoalho ou chão,os músculos descontraídos, os braços descansando relaxados, as mãos meio fechadas, a cabeça sobre o chão. A inspiração e a expiração devem ser feitas muito lentamente, pelo nariz. Deve-se contar mentalmente, durante o .exercício, na razão de um número por segundo. Para começar, você pode contar até 5 para inspirar e outro tanto para expirar, continuando, você pode elevar esse número até 15 ou mesmo 20. Eis como deve proceder: sem mover as costelas, você inspira lentamente, elevando o ventre o máximo possível. E a respiração diafragmática ou abdominal (primeira fase). Sem- pre inspirando, você deve levantar a parte superior do peito sem abaixar a parede abdominal e sem retrair a parte superior do tórax; é a respiração costal superior. Assim, em uma única respiração você reuniu os benefícios das três maneiras de respirar e encheu os pulmões ao máximo. Para expirar, deTxe o ar escapar lentamente pelo nariz e force, no fim da respiração, em uma contração enérgica dos músculos expiradores, expulsando assim com- pletamente o ar viciado (quarta fase). A inspiração e a expiração efetuam-se sem interrupções, pois a três fases citadas não são distintas mas contínuas e o tempo de passagem de uma para outra é imperceptível. E necessário chegar, pelo treino, a efetuar respiração completa sem esforços excessivos, sem tensão inútil. Quando você conseguir inspirar contando até 15, poderá introduzir variações na respiração para obter resultados diferentes. Tendo inspirado até 10, retenha o ar nos pulmões contando sempre mentalmente até 5 e pensando intensamente: "Eu armazeno nos meus plexos toda a força vital contida no ar", depois expire lentamente pelo nariz, contando até 10, pensando. "Eu expulso de meu organismo todas as forças más, todas as coisas doentias que lá podem estar". Esse processo pode parecer pueril, mas se você estiver doente (se for doença pulmonar é aconselhável procurar a orientação de um médico) você conseguirá benefí- cios inacreditáveis e obterá talvez o restabelecimento da saúde. Depois de expirar a fundo, fique sem inspirar, com a boca fechada, cinco segundos, e então inspire. Você pode levar o tempo de inspiração a 12 ou 16 e ficar sem inspirar 6 a 8 segundos. Depois de algum tempo desse exercício, você sentirá que se estabele- ceu no seu organismo um ritmo regular. É esse ritmo que você deve cultivar, contando mentalmente de acordo com seu ritmo cardíaco, isto é, cada número deve corresponder a uma pulsação do seu coração. Você consegui- rá, assim, a respiração rítmica, chave de todos os poderes. Você sabe que o ritmo que rege a natureza toda é uma força considerável. Essa força será sua quando sua respiração tornar-se perfeitamente ritmada. Você sentirá então seu organismo vibrar no ritmo de uma gigantesca pulsação. E essa espantosa força do ritmo vai ser utilizada por você para o desenvolvimento muscular como poderá ser empregada para o desenvolvimento de suas faculdades mentais ou para influir à distância sobre seus semelhantes ou curar uma doença. Pense com força, com o ritmo firme: "A força que existe em mim vai agir sobre um tal grupo de músculos e contribuir para o seu desenvolvimento"; faça um esforço mental para projetar toda a força acumulada em seus plexos em direção à região do corpo que pretende desenvolver ou ao órgão que pretende fortificar. Você obterá assim resul- tados espantosos. Para vencer a emoção, para fortificar seu plexo solar, eis uma variante da respiração completa: inspire da forma habitual mas sem levantar a parte superior do tórax; retenha o ar; depois, sem expirar, projete bruscamente e o máximo possível o ventre para a frente, em seguida, retraia o ventre bruscamente, fazendo o ar subir às regiões mais altas dos pulmões, projete novamente o ventre para a frente. Assim cinco ou seis vezes, sem expirar, depois expire profundamente. Figura 6. Exercício n" 1 — Braços estendidos diante do corpo, na altura dos ombros. Inspiração: afastar os braços. Expiração: juntar os braços. Figura 7-Exercício n° 2 - Braços ao longo do corpo. Inspiração: levantar os braços verticalmente. Expiração: abaixar os braços. Figura 8. Exercício n° 3 - Busto ligeiramente inclinado para a frente, braços prolongando o corpo. Inspiração: levar os braços para trás. Expiração: levar os braços para a frente. , I ,,',,,'..• .•. _- Figura 9. Exercício nO4 - Braços estendidos diante do corpo, à altura dos ombros. Inspiração: levar os cotovelos para trás. Expiração: levar os braços para a frente. RESPIRAÇ A O COMPLETA: Ia fase: Inspirar forçando a parede abdominal para a frente; 2° fase: Continuar inspi- rando, dilatando o tórax; 3a fase: Con- tinuar a inspirar, fazendo o ar atingir o ponto mais alto dos pulmões e levantan- do ligeiramente os ombros; 4a fase: Expirar, encolhendo os ombros e, no fim da respiração, contrair vigoro- samente os mús- culos abdomi- nais. Figura 10 - I a fase. Figura 11 - 2 a fase. Figura 12 - 3a fase. CAPÍTULO III EXERCÍCIOS LETÁRGICOS Quando rezamos, unimo-nos à força motriz inexaurível que liga o universo. Faça orações em toda a parte: nos transportes, no escritório, nas lojas, na escola, assim como na solitude de seu próprio quarto ou na igreja. A verdadeira prece é a luz da vida. Hoje como nunca a oração representa uma grande necessidade na vida do homem e das nações. Aléxis Carrel 1 - PRELIMINARES Os conhecimentos atuais sobre a matéria e a energia, as últimas descobertas psicofisiológicas têm aproximado de maneira singular as deli- mitações da matéria e do espírito, mantendo, entretanto, a irredutibilidade essencial desses dois elementos. As referidas descobertas nos facilitam a compreensão de uma união misteriosa no homem, microcosmo, síntese perfeita da Criação. "É a alma que, começando pela microscópica célula que lhe serve de suporte, constrói seu corpo de conformidade às leis da evolução biológica e, este corpo, ela o constrói à sua imagem e semelhança. Não haverá, portanto, propriamente, luta alguma entre ambos os elementos, visto que nada há neles contraditório, pelo contrário, da parte da alma - elemento superior - há formação, educação, direção, e, da parte do corpo - elemento inferior - docilidade e colaboração." (D (1) O R. P. Gratry, numa obra de perpétua atualidade: Do conhecimento da alma; o R. P. Poucel em Plaidoyer pour le corps; os Doutores Biot e Carton bem como o Dr. Carrel têm manifestado admiravelmente essas harmonias entre a alma e o corpo. ' LETARGIA E HIPNOS M. Soares C A T A N D U V A - S P As leis psicofisiológicas nos ensinam que um corpo é mais forte, mais sadio e mais calmo estando sob a influência do espírito do que abandonado aos seus caprichos e instintos. A lei do corpo está no espírito. Os exercícios letárgicos têm por finalidade precípua preparar o pacien- te para entrar nos diversos estados. Devem ser praticados diariamente, durante quinze minutos pelo menos. A repetição dos exercícios confere ao praticante: autodomínio e sensibilidade. Devem ser praticados tanto pelo operador quanto pelo paciente; mas sobretudo pelo paciente. Alguns dos exercícios abaixo mencionados são também executados pelos yoguins, rozacruzes e umbandistas, o que vem demonstrar que realmente produzem efeitos misteriosos. 2 - PRÁTICA DOS EXERCÍCIOS I o EXERCÍCIO O primeiro exercício é chamado "exercício dos oradores". Mãos postas como para a oração, mas em que somente se tocam as pontas dos dedos com exceção dos polegares que são mantidos mais afastados possível; fazer em seguida um leve esforço de compressão nas pontas dos dedos, apertando e afrouxando lentamente, umas dez vezes, ao mesmo tempo a respiração se faz lenta e profunda pelo nariz, mantendo-se a boca fechada e os olhos vagos,como que per- didos no hor izonte . Dent re pouco tempo o sangue já co- meça a irrigar todo o couro cabeludo; sensação de calma, de bem-estar. Nesta posição, se impri- mirmos às mãos um forte mo- vimento de rotação, de dentro para fora, de baixo para cima, conseguimos maior segurança nas mãos quando delas preci- sarmos para alguma interven- ção delicada (Figura 14). 24 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA Figura 14 - Exercícios de sensibilização e autodomínio: este é o primeiro exercício letárgico - São 15 ao todo. O Io também chamado: exercício dos oradores. O segundo exercício corresponde ao "emblema da Letargia": mãos abertas postadas na frente do corpo: a direita com a palma para frente e a esquerda com a palma para trás, ou vice-versa, paralelamente ao corpo, na linha vertical; há uma inicial dificuldade quanto à colocação dos dedos: basta unir em extensão os dedos médio e anular, mantendo os demais bem afastados num mesmo plano; em seguida aplicá-los uns contra os outros, de modo que o indicador da direita toque na ponta do mínimo da esquerda e vice-versa, formando dois triângulos opostos pela base; os polegares são mantidos o mais afastados possível. (Figura 15). Nesta posição, os braços no mesmo plano dos ombros, procurar movimentá-los, mantendo-os bem firmes para a frente, flexionando somen- te os cotovelos e os pulsos, estes para a frente, ora para trás, formando ângulos agudos, ora ângulos obtusos, respirando naturalmente pelo nariz. Figura 15 - 2o exercício letárgico. A posição das mãos forma o emblema da letargia. O terceiro exercício é feito com os dedos entrelaçados, mãos esticadas à altura da região mamilar, sem apoiá-las; procurar contrair bruscamente os músculos peitorais ao se fazer pressão contra as raízes dos dedos; a contra- ção brusca do músculo peitoral poderá ser percebida pelo ouvido em uma percussão surda. Executamos este exercício com um movimento de aproximação e afastamento das mãos (só das falanges), sem que os dedos se despreguem (Figura 16). Respirar naturalmente pelo nariz. 4 o E X E R C Í C I O É destinado à oxigenação do cérebro, pela normalização da respiração; idêntica posição dos dedos e das mãos que são levadas à altura do queixo ou da boca, palmas abaixo; a respiração é feita pela boca e não pelo nariz; portanto, respirar fortemente pela boca, olhando vagamente o horizonte. (Figura 17). Figura 16 — 3a exercício letárgico. Observar bem a posição das mãos. Figura 17 - 4o exercício letárgico. Dedos entrelaçados, mãos esticadas, polegares separados, palmas para baixo, na altura do queixo ou da boca. Respirar fortemente pela boca (aberta). Figura 18 - 5o exercício letárgico. Dedos entrelaçados, mãos sobre a cabeça, cotovelos baixos. Posição de descanso. 5 o EXERCÍCIO É feito em idêntica posição dos precedentes: levamos as mãos a descansar no alto da cabeça procurando acomodá-las na redondeza do crânio, abaixando os cotovelos, sem esforço, bem descansados, olhar vago; respiramos lenta e profundamente pelo espaço de contar mentalmente até dez. (Figura 18). 6" EXERCÍCIO É feito na posição do precedente, só que viramos as palmas das mãos para cima, polegares para frente, procurando apoio máximo sobre a cabeça, um pouco mais para frente, deixando descansar os cotovelos, mantendo-se a pressão contra a cabeça. Se movimentarmos a cabeça para frente, para trás, para a direita, para a esquerda ou em círculo, os músculos do pescoço é que devem impelir ou arrastar os braços. O tempo deste movimento corresponde ao de contarmos mentalmente até dez; haverá uma certa dificuldade em soltar as mãos nas pessoas sensíveis. (Figura 19). 7 o EXERCÍCIO Corresponde ao primeiro movimento assimétrico: os exercícios desta natureza são um pouco mais difíceis do que os anteriores, porque são para Figura 19 — Exercício 6. Mãos em posição contrária ao do exercíco 5. Figura 20 — Exercício 7. O primeiro movimento assimétrico efeito com as mãos. Uma delas bate, a outra esfrega. Repetir o movimento dez vezes e trocara posição das mãos. educar, para testar o controle mental da pessoa. Os outros foram para sensibili- zar. O primeiro movimento assimétrico é feito com as mãos: enquanto uma delas bate, a outra esfrega sobre um plano; repetir este exercício umas dez vezes e Figura 21 - Oitavo exercício letárgico. Uma das mãos esfrega a testa enquanto a outra bate sobre o estômago. Seguir as instruções do exercício anterior. Fig, 22 trocar a posição e operação das mãos. Este exercício é chamado "exercício do açou- gueiro": corta e separa. (Figura 20). 8° EXERCÍCIO Corresponde ao segundo movimento assimétrico: é também feito com as mãos - uma bate na cabeça enquanto a outra esfrega o peito. O movimento é depois repetido trocando-se as mãos. Deve-se procurar rea- lizar os movimentos com desembaraço e perfeição. (Figura 21). 9 o EXERCÍCIO Corpo erecto, sem esforço, bra- ços como se fossem abraçar um bar- ril. Mãos estendidas, dedos unidos, polegares afastados. Os braços em arcos ficam à altura dos ombros. Agora eleva-se o corpo sobre a pon- ta dos pés umas dez vezes. Não es- quecer a respiração pelo nariz, nem tão pouco o olhar vago. (Figura 22). 10° EXERCÍCIO Chamado a "posição do Papa Pio XII"; posição inicial idêntica à anterior: de pé, braços estendidos, mãos esticadas, palmas levemente voltadas para cima. Eleva-se o corpo sobre a ponta dos pés umas dez vezes. Respirar fortemente pelo nariz. Fig. 23. N. AA "Não tendo havido na dinastia gloriosa dos Vigários de Cristo um Papa, que tanto e tantas vezes tenha falado aos médicos como Pio XII, poderíamos com toda justiça intitulá-lo: "o Papa dos Médicos". A Universidade de Brasil, a 5 de dezembro de ¡957, homenageou a Pio XII, em atenção a seus numerosos e exímios trabalhos sobre a medicina e suas relações com a religião. A medicina era uma das ciências que mais o atraíam. Sua Santidade sempre traçou diretrizes claras e seguras, preocupado com seu Movimento por um Mundo Melhor, um mundo mais santo e mais digno dos filhos de Deus." O Prof. Galeazzi-Lisi, médico particular de Pio XII, informou que ele praticava exercícios letárgicos diariamente. Por ocasião da morte de Pio XII, o Prof. Galeazzi-Lisi provocou um escândalo - vendendo a diversas revistas - as fotos particulares do Papa praticando exercícios. 11° EXERCÍCIO Posição de joelhos, braços arqueados para frente, como querendo envolver algo e fazer movimentar os pés, flexionando os joelhos para frente e para trás, o mais possível. E uma posição meio incômoda; procuramos calcar sobre as rótulas e sobre a ponta dos dedos dos pés. Verificaremos um certo tremor nos braços, conseqüência de estarem sendo mantidos rígidos. Fig. 24 12° EXERCÍCIO O quarto exercício do equilíbrio é um movimento de oscilação; colo- camo-nos de pé, um pé na frente do outro; abrimos as mãos e procuramos equilibrar-nos fazendo força com os pés de encontro ao solo e flexionando os joelhos. Devemos andar na posição in- dicada durante um minuto. Depois tro- camos os pés e repetimos os mesmos movimentos. A posição dos braços não muda. As vezes, parece que vamos cair, mas o próprio joelho traz ajuda à reali- zação dos movimentos com segurança. Tudo é feito com a boca fechada respi- rando-se pelo nariz. Fig. 25. Figura 25a. - Deitado de costas - a mais repousante e neuroléptica. ~ CAPITULO IV BASES DA LETARGIA A Letargia pode ser produzida desde que fa~amos uso dos meios adequados, todos eles extern os, oferecidos pel a nossa tecnica. Esta tecnica coloca a nossa disposi~ao os seguintes procedimentos: 1) toques baseados no princfpio da acupuntura; 2) acupuntura; 3) sons; 4) posturas; 5) combi- nar;;aodos itens anteriores. Emdeterminadas regi6es, especial mente sensfveis, da cabe~a, do peito e das costas. A crian~a que adormece nos bra~os da mae, enquanto esta lhe da palmadinhas nas costas ... e vftima de toques letargicos. 0 co~ar-se na face, nas fontes ... adormece; e, ao acordar, passar da semiconsciencia para o estado de vigflia, co~ando-se, e tecnica letargica. 0 bocejar, 0 esfregar dos olhos e urn exercfcio para se libertar da Letargia. Em determinados pacientes nao e 0 toque apenas, que conduz a Letargia, mas uma serie de fatores conjugados (sobretudo 0 fator emocio- nal) que conduzem ao que se deseja, muito embora, com toques apenas, sem nenhuma sugestao, se possa provocar diversas analgesias. Lembra acertadamente 0 Dr. Horace Chanel que ninguem negara a importancia dos toques em zonas er6genas. Entretanto, em determinadas circunstancias, eles nao produzirao efeito algum. Quando se toca a pele diretamente intervem sensa~6es semelhantes as produzidas por carfcias, as quais sao sensfveis ate os animais. Segundo Jean Dauven: "a epiderme e urn tecido abundantemente nervoso cuja trama nao esta identificada e cujas fun~6es sao ainda, em muitos casos, misteriosas. Ja no primeiro curso de Letargia, ministrado em 1958, dizia 0 Irmao Vitrfcio: "urn born letargista deve conhecer urn minimo de acupuntura". Naquela epoca a tecnica chinesa era praticamente desconhecida, nao so- mente do grande publico, mas tambem dos medicos. Hoje, ha entre nos inumeros livros versando sobre a materia. Em 1959, em nosso livro, Irmiio Vitrfcio e a Letargia, abordamos 0 assunto. Com 0 titulo de Hipnose e Acupuntura, 0 Dr. Erwin Wolffenbutel, de Sao Paulo, escreveu interessantes artigos, inseridos na Revista Brasileira de Medicina, no ana de 1967. I - Zonas Hipnogenas - Pitres (1848-1928) acrescentava aos procedi- mentos usuais a explorayao metodica das zonas hipnogenas descober- tas empiricamente por Mesmer e depois por diversos fisiologos como Purkinje (1787-1869) e Laborde (1831-1903) que inventou as traf;f5es rftmicas da lingua em caso de asfixia. A existencia de zonas hipnoge- nas continua sendo discutida ate hoje. Richet, Binet, Fere, Charcot e outros autores tambem admitiam a existencia de zonas hipnogenas, segundo informa Jean Dauven. "Aassim chamada letargia, uma tecnica de indur;iiohipn6tica, reviveu o interesse pelas zonas hipn6genas". Erwin Wolffenbuttel, in separata da Revista Brasileira de Medicina, n° 9, setembro de 1967. II - 0 toque, que poderfamos chamar de cirupressura (do grego: ciru = mao, e, pressura = pressao) ou datilopressura (do grego: dactilo = dedo e pressura = pressao) e baseado no princfpio da acupuntura. Para frisar bem a importancia dos pontos sensiveis do corpo humano, damos aqui ligeiras informayoes sobre a Acupuntura (acus = agulha, punctura = picada). :E processo medico de origem extremo oriental baseado na teoria filosofica antiga da alternancia do equilIbrio cosmico aplicado ao organismo animal, uma forya negativa, (vago-tonica) chamada "Inn" e uma forya positiva (simpatico-tonica) "Yang". Utili- za-se de pontos cutaneos sensiveis para diagnosticos e terapeutica; esses pontos sao ligados entre si por linhas mais ou menos verticais chamadas "Kings" ou meridiano de orgaos, e "Mos" ou feixes extraor- dinarios onde circula a Energia Vital. - agulhas de DurOintroduzidas na profundidade devida no ponto terminal do meridiana do corayao, que esta situado proximo da unha do dedo mfnimo, tonifica a funyao cardiaca; agulhas de prata postas na proximidade do cotovelo, nas terminayoes nervosas que tern seu raio de ayao na face, acalmam dores nevralgicas ou dores devidas a infecyoes na regiao da face. 34 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA uma agulha de prata posta no ponto sedativo do King dos rins, situado na sola do pe, q.escongestiona 0 rim do lado respectivo. o padre Harvieu, missionario no Celeste Imperio, foi 0 primeiro a publicar, em 1671, na Fran<;a,alguns segredos da medicina chinesa. Daf por diante, numerosos tratados de acupuntura apareceram par toda a Europa. Entre nos era praticamente desconhecida ate 0 ana de 1955, quando foi introduzidano Brasil pelo Dr. Frederico J. Spaeth. 0 Dr. Spaeth e hoje figura-de proje<;ao internacional, sendo seus trabalhos acatados pel as maio- res autoridades no assunto na: China, Japao, Coreia e em varios pafses da Europa. Naturalizado brasileiro, ja representou 0 Brasil em varios congres- sos internacionais de acupuntura. Em 1979, foi eleito Presidente Honorario da Academia Sueca de Medicina TradicionaI. No Brasil, 0 Dr. Frederico J. Spaeth e 0 mestre dos mestres em acupuntura. Sao de autoria do Dr. Spaeth as seguintes observa<;6es: "ELUCIDA<;OES SOBRE A ACUPUNTURA E A SUA UTILIDA- DE". a) A Acupuntura e uma terapeutica que nos vem do Oriente, onde esta sendo praticada ha mais de 5.000 anos, sobretudo na China. Ela e baseada no equilibrio psicossom<itico, criadora da perfeita harmoniza- <;aoentre 0 vago e 0 simpatico, de acordo com 0 tipo do paciente. Figura 26 - Regioes do abdome. 1) Diafragma; 2) Hipoc6ndrio direito; 3) Regiiio umbilical; 4) Regiiio lombar dire ita; 5) Espinha ilfaca anterior e superior; 6) Regiiio fliaca dire ita; 7) Bordo lateral do reto anterior do abdome, na espinha pubica lateral; 8) Epigastrio; 9) Hipoc6ndrio esquerdo; 10) loa costela; 11) Bordo lateral do musculo reto (linha semilunar); 12) Regiiio lombar esquerda; 13) Regiiio iliaca esquerda; 14) Hipogastrio. b) a China e no Japao, a acupuntura e ensinada nas escolas tecnicas e especializadas e, apos a conclusao de urn curso de 5 anos, e uma vez aprovados nos rigorosos exames de aptidao, recebem os diplomas que lhes dao 0 direito de exercer a fun<;ao de acupunturista nos territorios respectivos. c) Introduzida na Europa, a acupuntura se desenvolveu sucessivamente, ate que, nas ultimas decadas, chegou a ser ensinada em larga escala pel a "Societe Internacionale D' Acupuncture" atraves do seu "Institut du Centre D' Acupuncture de France", em cursos com a dura<;ao de dois anos, e vem sendo aceita e praticada por cerca de 6.000 medicos acupunturistas, organizados em sociedades e sindicato (Syndicat Natio- nal des Medecin§ D' Acupuncture de France). Na Alemanha, Austria, Italia, Suecia, Dinamarca e Portugal tambem foram organizadas sociedades de Acupuntura, as quais estao filiadas a "Societe Internacionale D' Acupuncture" de Fran<;a. Nas Americas, a acupuntura esta progredindo rapidamente. Na Argen- tina, 0 Dr. Rebuelto foi 0 introdutor da acupuntura. No Uruguai, Para- guai, Equador e Peru ja existe grande divulga<;ao da tecnica chinesa. d) A terapeutica na acupuntura e praticada pela introdu<;ao subcutanea de agulhas finfssimas, numa profundidade mInima, nos pontos predetermi- nados, as quais provocam reflexos procurados, estimulando a fun<;aodo organismo. e) 0 campo da sua utilidade e restrito a: I) A<;aoprofilatica (pel a manuten<;ao do equilibrio energetico do or- ganismo); II) A<;ao antialgica em geral (reumatismo, cefaleia, neuralgias, ecze- mas); III) A<;aoregularizadora dos disturbios funcionais: digestivos, respira- torios e urogenitais. N. A. - Em 12/04/81, estavamos em Caiena (Cuiana Francesa) quando assistimos, pela TV, a uma oper(l(;ao de amputGJ(xlode perna realizada no Brasil (Teres6polis-RJ) pelo cirurgiao Dr. CERALDO ARA VJO FILHO. A anestesiafoifeita unicamente com acupun- rura pelo Dr. SPAETH. 0 paciente falou durante a opera~ao, dizendo que nao sentia dol', e, apenas ouvia 0 barrulho da serra. 0 referido programa tambem foi transmitido pelo "Fantastico" da TV Clobo. No seculo passado, James Esdaille realizou varias opera~oes de amputa~ao de perna, usando, apenas, passes e toques para provocar anestesia. As opera~8es foram realizadas no Hospital Medico de Calcuta, Indicl. o Dr. William Fitzgerald, de Hartford, Estados Unidos, depois de afirmar ser possIvel determinar insensibilidade, distante ouproxima em determinadas partes do corpo humano, exclusivamente pela pressao fez uma demonstra~ao pnitica do seu metodo denominado anestesia local inibitiva. o metodo foi assim descrito: A anestesia de uma ou mais partes do corpo (inclusive anestesia geral) pode ser obtida por uma pressao aplicada em determinado ponto do corpo humano. A pressao, feita pel os dedos ou por urn corpo rombico, e exercida sobre as proeminencias osseas, as mucosas ou os nervos, durante dois ou tres minutos. Comumente, a anestesia e precedida de uma sensa~ao de dlimbra, semelhante a do bra~o adormecido, logo seguida da anestesia completa ou parcial da regiao. Em certos casos, 0 paciente acusa uma certa sensa~ao em todo 0 trajeto nervoso ate a por~ao terminal. As areas estao assim estabelecidas: Pressao no dedo indicador da mao esquerda: anestesia dos premo lares esquerdos superiores e inferiores; dedo indicador da mao direita; anestesia dos mesmos dentes do lado direito. Pressao do dedo medio: anestesia do primeiro molar inferior. Pressao do anular: anestesia do terceiro molar. Figura 27 - Toque geral na cabe(,:a. Pressiio continua com 0 dedo indicador. Figura 28 - Toque para analgesia da arcada dental inferior. Figura 29 - Toque na regtao indicada na figura para suprimir dor de caber;a. Pressiio contlnua com a ponta do dedo indicador. Figura 30 - Toque para suprimir dor de caber;a e para condur;iio ao r estado letargico. Use 0 polegar para massagearcomforr;a. 0 ponto eo VB 20, indicado nafig. 46. Pressao do dedo grande do pe: anestesia dos centrais, laterais e caninos superiores e inferiores, sendo lado direito para os dentes do mesmo lado e, lado esquerdo, para os do lado esquerdo. Pressao do angulo da mandfbula, pr6ximo ao nervo dentario inferior: anestesia da hemiface direita ou esquerda. Pressao no labio superior: anestesia da ab6bada palatina. Pressao na ap6fise mast6ide: alivia dores do ouvido. o Dr. De Ford, comentando 0 fitzgeraldismo, assinalou as mesmas areas e estabelece as seguintes regras: para anestesia dos premolares com- prime-se lateral mente, com os dedos polegar e indicador, a segunda articu- lac;ao do dedo indicador do paciente pOI'urn minuto e, a seguir, urn ou dois minutos as partes superior e inferior, desta feita, porem, com maior pressao ainda que cause uma pequena dor. Os dois primeiros molares sao anestesiados pela pressao exercida na segunda falange do dedo medio, enquanto que 0 terceiro molar e os tecidos adjacentes podem ser insensibilizados pela pressao exercida na segunda articulac;ao do dedo anular ou do quarto dedo do pe, sendo este ultimo 0 mais conveniente. A pressao na segunda articulac;ao do dedo mfnimo produz anestesia do ouvido, tendo chegado mesmo a permitir operac;oes mastoidianas sem 0 uso de qualquer anestesico. Colocadas as pontas dos dedos umas contra as outras e exercida uma pressao durante tres minutos, ha 0 relaxamento de todos os musculos e tecidos do corpo. o Dr. Fitzgerald afirmou que, entrela~ando os dedos das maos, que deverao ficat na frente do corpo e sempre sob forte pressao de uma sobre outra, e comprimindo lateral mente os dedos em todas as articula~6es ao mesmo tempo, uma completa anestesia de todos os dentes se verifica muito rapidamente. Figura 31 - 0 Prof Paulo Paixiia letargiza Susana Farina para extrar;iia dentaria. A paciente, completamente anestesiada, sarri sem meda e sem dor. Observe os toques no peito e na caber;a. Muitos pacientes, ao entrarem em estado hipn6tico, tem um riso incontrolavel; e 0 chamado risa louco (risa loca). Poucos tem crise de choro. As crianr;as recem-nascidas riem muito novas, sem ter a menor ideia do que e engrar;ado. 0 riso incontrolavel e a riso fisico, niio 0 riso cerebral. A jovem dentista e a excelente odont610ga Dr. Susana Monz6n. Paraguai, 1995. Figura 32 - Dr. FRANZ ANTON MESMER (1734-1815), precursor da psicoterapia moderna (Apud Franz Volgyesi). Criador da teoria dos flu{dos magnificos, foi adulado, invejado, admirado e caluniado. Teve as maio res gl6rias e terminou no ostracismo. Segundo Stefan Zweig - "foi a pedra angular da moderna psiquiatria". Notemos que 0 sucesso de Mesmer foi imenso, mesmo fora do campo da Terapeutica, pois a sua doutrina teve influencia ate no movimento cultural da epoca. Ela penetrou nafilosofia atraves das obras de Schelling, Hegel, Fichet, Schopenhauer, assim como na literatura, pelas de Balzac, Poe, Brentano, T.A Hoffmann e diversos OLttroS.Mesmer possu{a e tocava diversos instrumentos musicais, tendo se tornado a sua casa um refugio de arte e ciencia, onde apareciam Haydn, Mozart, Beethoven, sem contar inumeros sabios e artistas ranceses, assim como as figuras mais representativas da epoca. Em 23 de maio de 1780, os admiradores de Mesmer, reunidos para celebrar seu aniversario, cantaram a seguinte quadra: "Sao os nervos, sao os nervos. Que dominam 0 Universo! Pelos nervos, pelos nervos Vamos ter 0 Universo". "Mesmer, com porte majestoso, vestido com longa tUnica de seda Was, circulava no salao entre os enfermos, como um Prfncipe em sua corte. Na mao, empunhava um bastao que dizia magnetico. Segundo Wagner- 0 Was e a cor dos desejos espirituais" (Jean Dauven). Sons que impressionam profundamente 0 paciente, variando a altura e a intensidade de acordo com os indivfduos. A mae, que cantarola 0 "tutu maramba ..." e outras cantigas de ninar e adormece a crianc;a, e "tecnica" em hipnagogia. 0 orador que nao varia a voz, que nao foge do tom hipnagogico, acaba por adormecer todos aqueles, e so aqueles, que tiverem 0 ouvido hipnestesico "afinado" com a voz dele. Esse tom hipnag6gico e 0 tom que a tecnica letargica empregaria para obter 0 sono artificial. Basta que 0 orador mude de tonalidade para que os "cabec;a-baixa" se "recordem" que nao devem apoiar com 0 queixo, mas com a razao. Se 0 que fala se fixa agora num outro tom, 0 resultado sera que urn outro grupo adormecera. Daf a necessidade de 0 que fala em publico ter ouvido musical que 0 possibilite a captar 0 "tom" da plateia e baseado neste tom, construir "acorde perfeito". Se nao houver consonancia entre a voz do orador e a "voz" da plateia, esta se irritara (os hipersensfveis, os hipnoticos) ou adormecera (os hipossensfveis, os hipnestesicos). o operario que atende uma maquina, por maior barulho que esta fac;a, pode adormecer, entrar em "sono letargico". Despertara, porem, ao menor rufdo estranho. Acontece que 0 barulho e hipnagogico para ele em particu- lar. Outro operario, nao "acostumado" (que nao "educou" 0 ouvido) nunca adormecera ao lado da maquina, mas, acordado, nao percebera rufdos estranhos a maquina. o dirigente de orquestra, alheio a tudo 0 que acontece ao redor dele, (verdadeira hipnolepsia) "acorda" e se irrita (hipnofobia) a mfnima desafi- naC;ao. Pierre Well* observa muito bem a importancia da vibraC;aosonora. - A importancia da musica em Psicoterapia e na produC;ao de certos estados de espfrito. - 0 uso de sons vibratorios na hipnose. - 0 uso de trombetas em Jerico para derrubar muralhas. - A existencia de tratamentos por "ultra-sons" . . - 0 uso do ritmo do tambor nos rituais iniciaticos em todas as culturas, ritmo semelhante ao do coraC;ao. - 0 uso de certos gritos nas lutas orientais (KIAI, por exemplo) para concentrar a energia no centro ffsico do abdomen. - A repetic;ao de certas rezas com uso do rosario no cristianismo e islamismo e do lapa-Mala no hindufsmo e budismo. Em diversos pafses da America do SuI, usamos com grande sucesso a musica do folclore paulista, Lampitio de Gas, para induzir ao relaxamento e estado letargico. Entre os lutadores de judo, e bem conhecido 0 KIA!. o "Kiai" e urn grito muito especial, utilizado primeiramente pelos samurais e hoje pelos praticantes de judo, muito alto e que, bem lanc;ado, provoca uma especie de inibic;ao do adversario, podendo ir, teoricamente,ate a sfncope. Imp5e-se uma referencia: qualquer rufdo estridente pode provocar uma especie de inibic;ao, mas este mesmo rufdo pode fazer cessar uma lipotfmia; o "Kiai" pode ser tanto urn inibidor como urn meio de reanimac;ao (e entao o "Kwatsu"). Y. Tarle, de Bourges (Rev. Oto-Neurol. 1959,31, n° 288) procurou as modificac;5es eletroencefalognificas provocadas por este grito. o "Kiai" provoca modificac;5es nftidas de E.E.G.: trac;adomais rapido, ponta-ondas, amplas disfasicas. Isto poderia provar que 0 "Kiai" age nao somente por intermedio de labirinto mas provavelmente ainda mais por propagac;ao intracerebral das ondas de choque, com impacto ao nfvel do diencefalo e do cortex. Os rufdos que ouvimos - agradiiveis e desagradaveis - produzem completas reac;5es fisiologicas, inclusive alterac;5es nos hormonios. Isto foi o que revelou 0 Dr. Robert Henkin, da Escola de Medicina da Universidade da California, em Los Angeles, que e diplomado em Musica e Medicina. Numa pesquisa anterior, 0 Dr. Henkin conseguiu demonstrar uma reac;ao fisiologica mensunivel de urn indivfduo a uma determinada pec;a de musica e que podia determinar 0 que 0 mesmo achava da obra, isto e, ate que ponto 0 agradava ou desagradava. A medic;ao fisiologica foi a reac;ao galvanica da pele, urn importante elemento do detentor de mentiras. Os sons desagradaveis podem produzir urn quadro de hormonios caracterfsticos do "stress". Os sons agradaveis, como a musica, podem produzir ou manter uma situac;ao organizada de hormonios. A musica que nao entendemos parece nao ter urn efeito fisiologico diferente do silencio, segundo afirmou 0 pesquisador da Universidade da California. Em outras palavras, se nao entendemos, talvez nao a percebamos como musica. N.A. - Alguns iogues tambem conseguelll 0 "Estado de transe" por meio da musica. Caio Miranda diz 0 seguinte: depois de obtido 0 "relax" tota!. passa 0 praticante a ser subllletido a a~iio de Mantrans especiais. como tambem a de perfumes queilllados durante a sessiio rejuvenescedora. Entra entiio numa especie de delicioso torpor, conservando, niio obstante isso, a plena consci€ncia de si mesmo. Nesse estado de letargia e abandono, passa algum tempo, que varia confonne as necessidades do caso. men os possIvel, pois em nossa tecnica se emprega a linguagem universal dos toques. A Letargia e uma tecnica que deve ser aprendida com urn professor competente e s6 se.adquire pelo exercfcio diario. Nem todos conseguidio os mesmos resultados, pois uma grande parte e reservada a capacidade intuitiva dos operadores e a sensibilidade tMil das suas maos: esses dois requisitos SaGuma especie de dadiva divina como 0 dom de urn musico ou de urn escultor. Mas, tambem seria de pouco valor essa dadiva se 0 seu possuidor nao a desenvolvesse pela pratica constante. ..L Figura 33 - Cilena e 0 encantamento de cobras venenosas Embora alguns animais possam sentir-se surpreendidos ou ate aterrorizados ao enfrentarem uma cobra, nenhum zoologo aceita a ideia de que os repteis possuam poderes hipnoticos. Contudo, diversos aspectos ainda nao foram abordados cientificamente. Por sua vez, 0 encantamento de serpentes e uma forma de hipnotismo a que a cobra e sujeita. As cobras, que tem um sentido auditivo muito limitado, apenas detectam sons de baixa freqiiencia. Elas ficam presas pelo ritmo batido pelo pe. pela osci/arao do corpo e da flauta - e nao pela musica que 0 encantador toea. A reputarao hipnotica da serpente procede de que suas palpebras, soldadas entre si, sao transparentes e recobrem 0 olho com uma especie de redoma de cristal. Como 0 globo ocular tem pouca mobilidade, resulta um olhar jixo que se chama de fascinador. Franz Volgyesi, eximio hipnotista hungaro, realizou centenas de experiencias com anima is no zoologico de Budapest, relatadas em seu livro - "Hypnosis of Man J:1 Animals", Ed. Bailiere, Tindal J:1 Cassel, Londres, /962. ~ CAPITULO V I' RESUMO DA TECNICA I' LETARGICA Como ja dissemos, a Letargia tern seus fundamentos em tres pontos principais: 1) toques; 2) sons; 3) posturas, 4) combina<;ao dos itens anterio- res. o procedimento de indu<;aoaos estados Ietargicos varia de acordo com a natureza do "sujet". Como e sobejamente conhecido "nao encontraremos dois pacientes iguais". Em medicina se afirma: ha doentes e nao doen<;as. Por conseguinte e necessario que haja concordancia entre a natureza do paciente e os procedimentos a serem empregados. Dns reagirao mais facilmente pelos toques, outros pela musica, estes em pe, aqueles sentados, etc., etc. Todos os estados letargicos podem ser obtidos com 0 paciente acorda- do ou dormindo, consciente ou inconsciente. Excetuam-se 0 16° e 0 18° estados em que 0 paciente sempre perde a consciencia. Nem todas as pessoas entram indistintamente em qualquer estado letargico. RESUMO DA PRATICA 1) 0 paciente podera estar de pe, sentado ou deitado. Com 0 paciente de. pe, pedimo-Ihe que junte os pes, que se relaxe ao maximo,junte as maos, entrelace os dedos e feche os olhos. N.A. - Este capitulo foi extraido na integra de uma grava~ao feita durante 0 curso de Letargia ministrado pelo Irmao Vitricio em Sao Paulo, em 1961. N.A. - Metodos ~ Nao devemos confundir metodos com processos e com normas. Metodo e 0 conjunto de processos para atingir um determinado fim. E cada processo e que segue determinadas normas. 2) Ao mesmo tempo em que se fez ligeira compressao com as maos que deverao estar na posi<;ao indicada pelas figuras 37 e 38 procedemos a uma oscila<;ao, figura 36. Por essa oscila<;ao verificaremos 0 maior ou menor grau de barreira emocional do paciente. Em seguida, observare- mos a posi<;aodo globo ocular, cuja reversao nos dani a c1assifica<;aodo paciente.. Quanto maior for a reversao mais sensfvel sera 0 paciente. /~~ ~ \ -I' II" ~ (I II \ \ ,. ,. . I FIG. B FIG. C Figura 34 - Toques letargicos. Os pontos circulares e retangulares das figuras A e C devem ser correspondentes com os das maos, assinalados nas figuras BeD. 46 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA Figura 35 - Principais pontos letargicos no homem. Percorrendo-se a coluna vertebral com a ponta dos dedos de cima para baixo, conforme indica a figura, tambem poderemos colocar 0 paciente em transe, depois de ter procedido aos toques basicos. 3) Quando balan<;armos 0 "sujet" faremos uma contagem de 1 a 5 em diapasao decrescente. Nao e a contagem que leva 0 paciente ao estado, mas 0 lapso de tempo decorrido entre 0 toque e a contagem. Esta poderia ser substitufda par musica, mfdos, etc. 4) 0 tempo que 0 operador leva para produzir 0 primeiro estado de letargia pode variar entre 15 a 60 segundos, confarme a natureza do paciente. Se ele exigir mais do que isso, teremos urn hipn6fobo. 5) Para as senhoras colocamos apenas 0 dedo sobre 0 esterno. Como nao poderemos balan<;a-Ias, em pe, Ua que estamos tocando com os dedos), e preferfvel que estejam sentadas, balan<;amos apenas a cadeira. De qualquer modo deve haver 0 balan<;o. 6) Os toques amplos podem ser: toques basicos, limites e auxiliares (figs. 37,38,39 e 40, etc). 7) Com toques amplos e auxiliares 0 paciente esta apto a produzir de per si pelo menos os seis primeiros estados. 8) As principais regi5es a serem tocadas sao as seguintes: a) abdome - regi5es epigastric a, mesogastrica e hipogastrica; b) cabe<;a- VG 19, VB 20 e INN TRANG, todos assinala- dos nas figuras 45, 49 e explicados no capitulo seguinte; c) membro su- perior - regiao deltoidiana - abaixo do acromion sobre 0 tendao da lon- ga pon;ao do bfceps; neste ponto calcar com a ponta dos dedos; d) cotovelo - comprimi-Io entre 0 po- legar e 0medio; e) membro inferior: 1) acima do grande trocanter, entre este e a crista ilfaca; 2) no meio da coxa; 3) na articula9ao do joelho; 4) no meio da perna; f) na mulher: sobre a crista do ilfaco (na regiao costoilfaca). Todos os pontos estaoindicados na fig. 35). 9) Os toques devem ser executados com perfei9ao e quando percuss6- rios, de modo seco. 10) 0 toque que induz a urn estado, ao ser repetido, retira ou anula este estado. Assim por exemplo: a indu9ao conseguida pelo alisamento dos cabelos ou pelo movimento circular sobre a fonte, e anulada quando se faz movimento em sentido contnirio. 11) Os unicos comandos que damos aos pacientes saGos seguintes: quero que se sinta bern, quero que se sinta descansado, quero que se sinta calmo, que normalize sua respira9ao, seu sistema nervoso, etc. Deve-se falar mais baixo posslvel, junto do ouvido do paciente. 0 toque na coluna vertebral de cima para baixo leva ao transe: de baixo para cima a prostra9ao. 12) Para se fixar 0 paciente em determinado estado, pois caso contnirio ele ira passando automaticamente ate 0 100, colocam-se as maos espalma- das sobre os ombros, polegares sobre a coluna vertebrallado a lado, ate se perceber que houve urn completo relaxamento. 13) Para se retirar 0 paciente de determinado estado, desconta-se a partir do estado em que se acha, ate zero. Em seguida, mandamos que bata as maos. 14) Pode-se tambem tirar 0 paciente de alguns estados com urn leve sopro no ouvido. 15) CONSELHOS - 10) na pratica da Letargia use 0 maximo de dignidade para com 0 paciente; 2) nao empregue a Letargia com finalidade de diversao publica ou privada; 3) antes de praticar a Letargia, consulte 0 paciente sobre seus habitos, sua vida e sua saude; 4) elogie e agrade9a 48 . LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA Figura 36 - Execuf;fio do balanf;o caracterfstico da tecnica letargica para induf;iio aos diversos estados. sempre a colabora<;ao do paciente no final do exerdcio; 5) nunca leve o l?aci~nte alem do sexto estado, ao submete-lo a tecnica letargica pel a pnmeua vez. Figura 37 - Toque basico com 0 paciente de frente. Figura 39 - Toque basico nas costas com a mao em sentido vertical. Figura 38 - Toque basico com 0 paciente de costas. Figura 40 - Toque auxiliar entre a 3a e 4a vertebras. Aqui fica 0 cora9ao Aqui fica 0 ceco Aqui fica 0 estomago Aqui fica 0 ffgado Aqui fica 0 ba90 Aqui ficam os rins RESUMEN DE LA TECNICA LETARGICA La tecnica de induccion en los estados letargicos, cambia con la natureza del sujeto. Como ya es por demas conocido no iremos a encontrar dos sujetos iguales, unos entranln mas facilmente en estado letargico por los toques, otros por medio de la musica, otras sentados, otras acostados, etc. Practica 1) El sujeto podra estar parado, sentado 0 acostado. Con el sujeto parado, solicitamos que junte los pies y se relaje al maximo, junte las manos y cierre los ojos. . 2) Al mismo tiempo que se hace una compresion indicada de la figura (36) haremos un balanceo, con este balanceo, verificamos el mayor 0 menor grado emocional del sujeto, enseguida observaremos la posicion que tiene el ojo, cuya reversion nos dara el estado y grado en que esta el sujeto. Cuando mayor fuera la reversion, mas sensible sera el sujeito. 3) Cuando hacemos el balanceo vamos al mismo tiempo contando de cinco a cera para que se marque un tiempo necesario en el cual el sujeto ser relajara. 4) Pedimos luego al sujeto que se siente comodamente en un siIlon, decimos, yo voy a con tar de uno a cinco y luego Ud, cierre los ojos y respire profundamente por la nariz y expire por la boca. Cuando Ilega- mos a cinco decimos cierre los ojos y respire. Al mismo tiempo tocamos el pecho del paciente como esta indicado en la fig. 37 e 38. 5) Para las senoras haremos el mismo ejercicio pera tocaremos con el fndice y el pulgar de la mana derecha en el esternon en la parte alta. 6) Los mandos dados al sujeto son los seguientes: quiera se sienta bien, calma, tranquila y muy feliz. Debemos hablar bajo y al ofdo del sujeto. 7) Para que se prafundice los estados, se procede con las tecnicas clasicas de la sugestion. 8) Para regresar al sujeto del estado letargico al estado normal comenzamos a contar de cinco a cera diciendo antes. Mientras cuente de cinco a cera y all Ilegar a cera yu, ud, volvera al estado normal con toda calma, tranquilidad y muy feliz. Para los sujetos que presenten algun mareo ou obnubilacion ordenamos que aplauda con fuerza. 9) Depues de cada experimentacion debemo agradecer al sujeto la colabo- racion. ~~" Figura 42 - Toque basico com a paciente de frente. Observe 0 ponto em que se toea e a posir;iio dos dedos. , CAPITULO VI ACUPUNTURA E LETARGIA as pontos de acupuntura conservaram a denominac;ao chinesa. Entre- tanto, por ter sido aFran~a 0 primeiro pais ocidental a divulgar a acupuntura, tornaram-se correntes as denomina~6es francesas para os diversos pontos. Aos letargistas interessam apenas alguns pontos. Por isso, daremos a denomina~ao chinesa com as iniciais francesas e respectiva traduc;ao. Sao 12 os Meridianos Laterais Simetricos e 2 os Circuitos Medianos (ou levemente Paramedianos). As siglas que correspondem aos meridianos lateralS simetricos sao: Para 0 "Meridien du Coeur": a sigla C. (meridiano do corac;ao). Para 0 "Meridien de l'Intestin Grele": a sigla I.G. (meridiano do intestino delgado). Para 0 "Meridien de la Vessie": a sigla V. (meridiano da bexiga). Para 0 "Meridien des Rins": a sigla R. (meridiano dos rins). Para 0 "Meridien Maitre du Coeur et de la Sexualite: a sigla M.C.S. (meridiano do corac;ao e da sexualidade). Para 0 "Meridien des Trois Rechauffeurs": a sigla T.R. (meridiano dos tres reaquecedores). Para 0 "Meridien de la Vesicule Biliaire": a sigla V.B. (meridiano da vesicula biliar). Para 0 "Meridien du Foie": a sigla F. (meridiano do ffgado). Para 0 "Meridien des Poumons": a sigla P. (meridiano dos pulm6es). Para 0 "Meridien du Gros Intestin": a sigla G.I. (meridiano do grosso intestino). Para 0 "Meridien de l'Estomac": a sigla E. (meridiano do estomago).o~~~~"t M. ~oares CATAN lIll~- S.:i Para 0 "Meridien du Rate-Pancreas": a sigla RP. (meridiano do ba~o-pancreas). Sao dois os Circuitos Medianos (ou ligeiramente para-medianos): "Vaisseau MerveiIIeux de la Conception": cuja sigla e V.c. (vaso maravi- lhoso da concep~ao. . "Vaisseau MerveiIIeux Gouverneur": cuja sigla e V.G. (vaso maravi- lhoso timoneiro). o numero de pontos em cada meridiano: Em C: ha 9 pontos. Em !.G.: 19 Em V: 67 Em R: 27 EmM.C.S.: 9 Em T.R: 23 Em V.B.: 44 Em F.: 14 Em P.: 11 Em G.!.: 20 Em E.: 45 Em RP.: 21 Em V.c.: 24 Em V.G.: 27. Figura 45 - Observe 0 ponto INNTRANG indicado nafigura. Para designar urn "ponto" qualquer situado em "meridiano" usa-se a sigla do meridiano mais 0 numero de "pontos": por exemplo: C. 2; !.G. 16; V. 67; R 22; M.C.S. 7; T.R II; V.B. 43; F. 13; P. 7; G.!. 4; E. 24; RP. 21. V.c. 19; V.G. 12. Aos letargistas, de modo especial, interessam os seguintes pontos: Fong Chen (VB 20); VesfculaBiliar; Tien Tchou (V 10); Vesicula; Pae Roe (VG 20); Vaso Governador, e, 0 Inn-Trang, fora dos meridianos, e situado entre os dois cflios (Fig. 45). Outrossim, ensina 0 Dr. Frederico Spaeth: "para os excessos de nervosismo que incluem tambel11.uma agitar;aoj{sica - 0 triangulo da calma - Chen Tchou - VG 11, Vaso Governador e Sinn Iu (V 15). Parafacilitar a indur;ao hipn6tica, como mencionei acima, usa 0 Inn Trang - Fong Chenn (VB 20). Tien Tchou (V 10) e 0 Pae Roe (VG 19) como sedativo" (Apud, revista - Acupuntura - Sao Paulo, ana II, n° 2, pag. 19). N.A. - Separata da Revista Brasileira de Medicina, volume 25, junho de 1968, n° 6, Rio de Janeiro. 0 Dr. Ervin Wolffenblittel reside em Sao Paulo (SP). o Dr. Ervin Wolffenbtittel publicou na Revista Brasileira de Medicina uma serie de substanciosos artigos intitulados - Hipnose e Acupuntura, nos quais aborda 0 assunto com discernimento e imparcialidade. Data venia, transcrevemos suas palavras no que se refere a zonas hipn6genas. "Curioso e que parte dos "pontos"indicados pela Acupuntura para dispor 0 indivfduo a aceitar a indueraohipn6tica mais facilmente encontra~se dentro das assim chamadas "zonas hipn6genas". Alguns dos "pontos" de Acupuntura recomendados para dispor 0 organismo a aceitar mais facilmente a hipnose situam-se dentro das chama- das "zonas hipn6genas" neste trabalho referidas. Lista de "Zonas hipn6genas" que contem "pontos" de acupuntura "favorecedores" da induerao hipn6tica. NB. - Cada "zona hipnogena" marcada com (+) contem um ou mais "pontos" de acupuntura que favoreceriam 0 preparo do terre no para melhor aceitar a indurao hipnotica. (+) No alto do cranio. Nas protuberancias occipitais. Abaixo das boss as occipitais: V. 10 e VB. 20. - Justamente onde a face posterior do pesco~o se junta com as pro!. occipitais. Na extremidade do apendice xif6ide e onde falta 0 aparelho xif6ide em lugar corres- pondente: Vc. 15. Na face iintero-lateral da espadua ao nfvel da articula~ao acr6mio clavicular G I. 15. Nos cotovelos. Nos c6ncavos dos cotovelos. (+) Nos punhos. No meio da prega do punho: MeS. 7. Na extremidade inferior da goteira radial: P.9. (+) Nas maos. Nos polegares. Nus extremidades dos dedos. Na face t:xterna, na parte mais saliente do grande trocenter: VB. 30. Na face 5.ntero-externa (entre a tibia e 0 peroneo), um grosso dedo transversa para fora da crista tibial, um pouco acima da horizontal que passa pelo cola do peroneo: E. 36 (SANN-Ll). Na fact: t:xterna da perna, diante do bordo anterior do peroneo, 5 dedos trans versos acima do ponto mais saliente do maleolo externo: VB. 38 . .Nos cocavos politeos. (+) Nos tornozelos. Abaixo do maleolo interno: R. 6. Abaixo do maleolo externo: V. 62. Entre a maleolo externo e a tend5.o de Aquiles, sobre a bordo superior do calcanea: V. 60. (+) Nos pes. Nas plantas dos pes. Na face superior do pe. Entre 0 10 e 20 artelho: F. 2. Entre 0 10 e 20 metartasiano: F. 3. Na linha mediana, justamente abaixo da ap6fise espinhosa da 3' vertt:bra dorsal: VG J I. Nas linhas para-medianas, a direita e esquerda da linha mediana, a dois dedos trans versos da linha mediana, entre as ap6fises transversas das 5' e 6' vertebras dorsais: V. 15. 2 - APLICA <;OES PM TICAS aS gregos chamavam a Hercules tambem de "Daktylos", que significa dedo; eo nome latino "medicus" (medico) nao e outra coisa senao 0 dedo medio. A tradi<;ao chinesa ensina: 1) os dois primeiros dedos de cada mao (0 polegar e 0 indicador) san tonificantes; 2) os tres ultimos dedos de cada mao (0 medio, 0 anular e 0 mlnimo) san calmantes. Como utilizar os pontos? Na tecnica letargica ou dactilopressura, convem pressionar fortemente 0 ponto, tao logo ele seja bem localizado, com 0 dedo indicador ou outro. as pontos que nos interessam estao indicados nas figuras 46, 47 e 48. E necessario praticar urn movimento circulat6rio no sentido dos ponteiros do rel6gio. Este movimento deve prolongar-se até que se obtenham os resultados desejados que podem exigir um tempo mais ou menos longo, mas, geralmente, bastam alguns minutos. Os pontos podem ser pressionados ou massageados. A seguir mostraremos alguns procedimentos para abolir dor de cabeça, dor de dentes e combater os vícios de drogas. Dor de cabeça - O ponto é o VB 20 indicado na figura 49. Outro ponto essencial, quando a dor está localizada na nuca, está indicado na figura 49. Dobra-se a mão até o meio e vê-se desenhar a grande ruga, conhecida como "linha de cabeça". É aí que é necessário massagear. Ao tocar-se o ponto, sente-se, quase sempre, uma pe- quena sensação dolorosa. Fig. 46 Dor de dente - O ponto é IG. I. Pressão contínua com o dedo polegar, conforme está indicado na fi- gura 47. Poderá pressionar também os pontos indicados nas figuras. Convém frisar que os pontos aci- ma indicados não irão curar ninguém de uma cárie ou abscesso dentário; mas permitirão que se espere a hora de che- gar ao dentista. Fig. 47 Para combater drogas - Para combater drogas, principalmente o tabagismo, o ponto fica no crânio, em sua face lateral, exatamente na vertical do ponto mais alto do pavi- lhão da orelha, a cinco dedos de distância para cima (fig. 48). Con- tudo, há outros 2 pontos situados na orelha e também indicados na figo 48. O 10ponto fica situado nessa pequena ponta que de certa forma constitui a raiz da orelha. O segundo no meio deste buraco que se forma ao pavilhão; é seme;- lhante de tal forma ao interior de uma ostra - que se chama concha. E necessário pressionar e esfregar várias vezes por dia esses pontos para livrar-se do tabagismo. 3 - INDUÇÃO À LETARGIA Primeiro balançamos o paciente conforme está indicado na figura 36. Depois mandamos que respire profundamente pelo nariz e expire pela boca, enquanto contamos até cinco. Logo após, pedimos que feche os olhos e que imagine uma sensação de calma, de bem-estar ou que viva em pensamento uma situação que lhe foi agradável. Logo depois do balanço inicial o paciente deverá deitar-se ou sentar-se (o melhor é sempre deitar-se). Em Figura 49 - Os pontos que interessam aos letargistas são: Fong Chen (VB 20); Tien Tchou (V 10); Paé-Roé (Ve 20); Chao-Ting (Ve 19), todos assinalados na figura acima, e também o 1nn-Trang, fora dos meridianos e assinalado na figura 45. 58 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA Figura 50 - Observe a posição dos dedos da mão direita no toque básico. Os pontos VG 11 e V 15 (duplos) devem ser abrangidos pela mão como indicam as figuras 39 e 40, e, pressionados quando se procede ao balanço inicial indicado nafigura 36. Para suprimir a tensão, comprimir e soltar alternadamente o ponto VB 21 e toda área do ombro. seguida tocamos o ponto INN-TRANG, o VB 20, V 10 e o VG 19. Com o paciente sentado ou deitado de lado, poderemos ainda dedilhar a coluna vertebral, várias vezes, de cima para baixo. Com o procedimento acima indicado o paciente entrará rapidamente no primeiro estado letárgico, ou seja, obnubilação. Para combater a insônia - deite-se de costas, deixe cair o braço e a perna esquerda fora da cama (fig 51). Respire profundamente umas 6 vezes. Dentro de alguns minutos, sentirá uma dormência ou formigamento no braço e perna. Neste momento, troque de posição e faça a mesma coisa com o lado direito. Depois, repita a operação deitando-se de bruços. (Sempre respirando). A seguir, faça um "coquetel mental" que consiste em evocar uma escala completa de recordações sensoriais tranqüilizantes: lembrança de uma música suave, um quadro harmonioso, uma fruta saborosa, um perfume suave, uma sensação cutânea agradável, a que se tem com um banho quente, por exemplo. 60 - LETARGIA E HIPNOSE SEIVIIVIAGIA Acrescente-se que o sono é grandemente facilitado pela absorção, antes de deitar, de um copo de coalhada ou iogurte misturado com uma colher de sopa de leite em pó e de uma colher de sopa de melaço preto. Leite e melaço levam ao organismo o íon Cálcio Ca++ e a Vitamina B6, reconhecidamente sedativos e tranqüilizantes devido ao equilíbrio humoral que contribuem para estabelecer. Há cerca de trinta anos, alguns médicos e psiquiatras, reunidos nos Estados Unidos, começaram a se interessar pela influência que as cores podem exercer sobre a mente humana. Foi assim que nasceu a cromoterapia. Os pacientes passaram a ser tratados em quartos com paredes de cor considerada benéfica ao seu estado de saúde, podendo a mesma técnica ser utilizada sob a forma de vidros ou de lâmpadas de cor. Para ajudá-Ios a pôr em prática uma cromoterapia caseira, preparamos o esquema que se segue: - o vermelho excita, aumenta a circulação sangüínea e a atividade respira- tória. Ele provou ser um aliado eficaz contra a neurastenia, a melancolia, a apatia e a depressão nervosa; o rosa facilita o sono; o amarelo é a cor do sol, por isso esquenta, exalta, estimula o organismo ... reanima os linfáticos, mas excita os nervosos.
Compartilhar