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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES 
 HUMANAS 
 Jequié – Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié - Ba
www.ideph.org.br (73) 3525-3383 / 9997-3314
jaironbatista@gmail.com 
TÉCNICAS DE 
HIPNOSE CLÍNICA 
E PRÁTICA
 
 
 
CURSO RECONHECIDO PELA:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TERAPEUTAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA ALTERNATIVA
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
“Explorar o ser interior é a chave para o indivíduo 
se conhecer. 
Vai destrancar a porta para as causas dos 
problemas de comportamento e personalidade, dos 
distúrbios e doenças emocionais e de muitas outras 
dificuldades pessoais que todos nós costumamos ter. 
Quando conhecemos as razões e motivações 
existentes por trás destas coisas, é mais fácil 
solucionar ou superar os problemas e fazer as 
mudanças que proporcionarão saúde, felicidade e 
sucesso”. LeCRON
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Jairon Souza Batista
 
FORMAÇÃO:
• Bacharel em Filosofia Pela UCSal ( Universidade Católica de Salvador) 
• Bacharel em Teologia Pela UCSal ( Universidade Católica de Salvador) 
• Psicanalista Clínico pela SPOB – (Sociedade Psicanalista Ortodoxa do Brasil)
• Practitioner em PNL ( Sociedade Brasileira de PNL) 
• Curso de Hipnose Pratica e Clinica – habilitado como Técnico em Hipnose 
(Associação Exercício Clínico e Experimental da Hipnose Com 
Reconhecimento da Academia Internacional de Hipnologia Clínica y 
Experimental Navarra - ESPAÑA Prof. Fábio Puentes )
• CURSO DE FORMAÇÃO em HIPNOSE ERICKSONIANA COM 
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL - por Stephen Paul Adler, 
Ph.D. 
- Recognized by the American Society for Clinical Hypnosis and
- Certified by the American Board of Hypnotherapy
• Curso Básico de Hipnoterapia Ericksoniana – Centro de Estudos de 
Hipnoterapia (Drª Sofia Bauer - Belo Horizonte - MG)
• Técnicas de Hipnose Avançada – Sociedade Brasileira de Hipnose Clássica ( Dr. 
Luiz Carlos Mota - Ribeirão Preto - SP) 
• Técnica de Regressão e Linha do Tempo (PNL) Sociedade Brasileira de Hipnose 
Clássica ( Ribeirão Preto - SP)
• Psicoterapia Breve – Dr. Francisco Batista - Santa casa da Misericórdia do Rio 
de Janeiro / julho de 2002
• Conferência de Parapsicologia Cientifica ( Centro Latino- América de 
Parapsicologia) – Novembro de 1997
• Curso de Parapsicologia e Religião ( CLAP – Centro Latino-Americano de 
Parapsicologia) – Pe. Quevedo - Julho 2005 
• Workshop - Hipnose na Dor (Prof. Gelson Crespo da Silva – Soc. Hipnose 
Médica do Rio de Janeiro) / Janeiro de 2003
• Participou da XI Jornada de Hipnologia Científica – SOHIPAR (Sociedade de 
Hipnologia do Paraná) dezembro de 2004
• Curso Base de ADI ( Abordagem Direta do Inconsciente) em Montes Claros – 
MG, com Renate Jost de Moraes 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
• Curso de Didata Pela SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação 
Contemporânea Brasileira)
• Curso de Técnicas de Memorização graduado como LIDER Em Memória 
Treinada pela DYNAMIC SYSTEMS ( Drª. Agda Correia Silva) Março de 
1992
• Curso de Leitura Dinâmica, graduado como LIDER MOTIVADOR pela 
DYNAMIC SYSTEMS ( Drª. Agda Correia Silva) Novembro de 1992
• Curso de EXPRESSÃO VERBAL NA COMUNICAÇÃO MODERNA Pela 
UCSal ( Universidade Católica de Salvador) agosto de 1994
ATIVIDADES:
• Diretor Presidente do IDEPH ( Instituto de Desenvolvimento das 
Potencialidades Humanas)
• Membro fundador da SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação 
Contemporânea Brasileira ) CNP - Nº 2504039/Ba
• Vice Diretor do Departamento de Relações éticas Profissionais da 
SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação Contemporânea
• Delegado da ANT/Ba - Associação Nacional dos Terapeutas / 
Sociedade Brasileira de Medicina Alternativa – habilitado em: 
Hipnose Clinica e Hipnose Ericksoniana CNT- Nº 7404/Ba
• Membro da Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria Clássica, 
Hipnose Dinâmica com Comunicação não Verbal, Hipnose Rápida, 
Letargia e Auto-Hipnose. Nº 0104
• Coordenador da SPOCB com turma de formação em Jequié 
• Professor Titular da cadeira de Hipnose da SPOCB
• É Presidente do Conselho de Comunidade para Assuntos Penais da 
Comarca de Jequié
• É Sacerdote Católico e atua como Pároco da Paróquia de Cristo Rei 
em Jequié – Bahia 
• Atua como Psicanalista Clinico / Didata e Hipnotarapeuta
CONSULTÓRIO
Endereço Praça Coronel João Borges S/N Edf. Multicenter Salas 
1008/1009 – Centro
Cidade: Jequié – Bahia 
Telefone: ( 73) 9997-3314 / 3252-3383
E-mail: jaironbatista@gmail.com
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
AGRADECIMENTOS:
Ao Deus da vida que um dia encontrei e por Ele fui hipnotizado me 
deixando em um estado de transe permanente.
Aos meus Genitores im memória: Floriano e Tereza
A alguém que diante de uma síndrome de abstinência me levou a 
debruçar-me na hipnose. 
A todos que em algum momento participaram das sessões de 
hipnose, pois sem eles não teria desenvolvido a prática da hipnose.
 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...................................................................................01
HISTÓRIA DA HIPNOSE.....................................................................02
MITOS.............................................................................................22
CONCEITUAÇÃO................................................................................25
A TERAPÊUTICA HIPNÓTICA...............................................................26
HIPNOTERAPIA.................................................................................26
HIPNOÁNALISE.................................................................................27
HIPNIATRIA......................................................................................27
HIPNODONTIA..................................................................................27
HIPÓTESE E TEORIA A CERCA DO FUNCIONAMENTO DA HIPNOSE..........28
O CEREBRO HIPNOTIZADO.................................................................28
HIPNOSE NA VIDA DIARIA.................................................................31
CONTRA INDICAÇÃO DA HIPNOSE......................................................33
COSTELAÇÃO HIPNÓTICA..................................................................33
FENOMENOLOGIA DOS ESTADOS HIPNÓTICOS.....................................34
• RELACIONADOS A MEMÓRIA....................................................34
• IDEOSENSORIEDADE..............................................................35
• RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO..............................................36• CONGNIÇÃO...........................................................................36
• NOÇÃO DE TEMPO..................................................................36
COMO SE DESENVOLVE OS PROCESSOS MENTAIS................................37
ESTÁGIOS DA HIPNOSE.....................................................................42
ALGUMAS REGRAS PARA AÇÃO HIPNÓTICA..........................................43
• REPETIÇÃO............................................................................43
• MONOTÔNIA..........................................................................43
TESTE DE SUGESTIONABILIDADE.......................................................44
EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIONABILIDADE.................................44
• TESTE DAS MÃOS...................................................................45
• TESTE DA OSCILAÇÃO.............................................................45
• PENDULO DE CHEVEREUL........................................................46
• TESTE SENSORIAIS.................................................................46
• TESTE OLFATIVO....................................................................46
• TESTE TÉRMICO.....................................................................46
MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÃO HIPNÓTICA.................................47
MÉTODO DE BERNHEIM.....................................................................47
MÉTODO DE MOSS............................................................................48
MÉTODO DA ESTRELA.......................................................................49
ENTRANDO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO P/ HINOTERAPIA......50
MÉTODO DE BRAID...........................................................................51
MÉTODO DE INDUÇÃO (VARIANTE DE BRAID)......................................51
MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO................................................51
MÉTODO DO PESTANEJAMENTO SINCRÔNICO......................................52
MÉTODO DE AUTO-VISUALIZAÇÃO......................................................52
MÉTODO DE ERICKSON E WOLBERG...................................................52
M. DA INTERRUPÇÃO PADRÕES ESTABELECIDOS E AUTOMATIZADOS.....53
MÉTODO DO BALÃO..........................................................................53
MÉTODO DA AUTOSCOPIA.................................................................54
MÉTODO DE HIPNOSE RAPIDA............................................................54
MÉTODO DE MILTO ERICKSON...........................................................54
MÉTODO DA LETARGIA......................................................................55
M. RESULTANTE DA ASSOCIAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS.......................55
HIPNOTERAPIA ERICKSONIANA..........................................................56
A TERAPIA ESTRATÉGICA DE ERICKSON..............................................57
INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO........................................60
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO.................................................................62
INDUÇÃO DE UM LUGAR AGRADÁVEL..................................................63
INDUÇÃO DA LEVITAÇÃO DAS MÃOS...................................................64
INDUÇÃO DA CONFUSÃO MENTAL.......................................................67
TÉCNICA DOS ESTADOS DE EGO........................................................69
UMA NOTA SOBRE SUGESTÃO PÓS-HIPNÓTICA....................................71
TEC. DE BORBADEAMENTO DE CRASILNECK........................................72
• 1ª FASE: RELAXAMENTO PROGRESSIVO....................................73
• 2ª FASE: DESLOCAMENTO.......................................................74
• 3ª FASE: SUBMODALIDADE DA DOR.........................................74
• 4ª FASE: ANESTESIA DE LUVA.................................................75
• 5ª FASE: REGRESSÃO DE IDADE..............................................75
• 6ª FASE: AUTO-ANÁLISE.........................................................76
IMAGENS.........................................................................................77
O QUE É TERAPIA MENTE E CORPO?....................................................78
• PORQUE O CORPO SOFRE........................................................78
• QUAL A AÇÃO NEUROFISIOLÓGICA EM UM ESTRESSADO?...........78
O QUE É TREINAMENTO AUTÓGENO?..................................................79
O CURSO NORMAL DO TREINAMENTO AUTÓGENO................................79
A RESPIRAÇÃO.................................................................................80
EXERCICIO PRATICO- TÉC. DE RELAXAMENTO PROGRESIVO DE SHULTZ.80
VIÉIS E FRAGMENTOS DA HIPNOSE NAS OBRAS DE FREUD...................85
A HIPNOSE E A IGREJA CATÓLICA.......................................................89
FICHA CLÍNICA DE ANAMNESE...........................................................90
BIBLIOGRAFIA..................................................................................92
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
INTRODUÇÃO
Com certeza vocês ficaram 
hipnotizados espontaneamente 
centenas ou milhares de vezes
 L.M Lê Cron, L
´auto-hipnose
Considerando a redescoberta e importância da Hipnose como recurso auxiliar nas 
terapias e objetivando o aprimoramento profissional o IDEPH ( Instituto de 
Desenvolvimento das Potencialidades Humanas), promove este curso de 
Hipnose.
O Curso tem como objetivo mostrar o que é a hipnose a partir de sua evolução 
histórica e suas diversas teorias que analisam este fenômeno, desde sua origem 
até a contemporaneidade, bem como capacitar os participantes para o emprego 
de técnicas rápidas e modernas de hipnose, visando melhorar o seu desempenho 
profissional, e possibilitando ao paciente uma melhora, rápida da sua patologia. 
 
O presente material é parte do curso de hipnose Prática e Clinica promovido pelo 
IDEPH.
Algumas das induções aqui apresentadas são chamadas induções clássicas, 
portanto me servirei muito de Karl Weissmann, grande hipnostista de palco e de 
gabinete da década de 50, que em seu Livro O Hipnotismo, recapitula os textos e 
métodos clássicos das induções hipnóticas. 
Ao participante deste, não é suficiente apenas ter assistido o curso e ter feito uma 
leitura desta apostila para se tornar um grande hipnólogo, pois se assim o fosse, 
o cristão assistiria a missa ( ou culto), lia a Bíblia e já estava no céu, mas é 
preciso complementar seu cabedal com outras leituras, e mais do que nunca, é 
absolutamente essencial que aproveite cada oportunidade que se lhe depare, a fim 
de realizar cotidianamente uma ou mais experiências deste gênero. Aviso 
também que deve tornar-se perito em cada experiência antes de passar as outras.
O Hipnotismo é uma arte. É a arte de convencer. Hipnotizar é convencer e 
convencer é sugestionar. Só sugestiona quem convence e só quem convence 
hipnotiza. Quanto a mim sou apenas um hipnotizador, o que apresento aqui é 
apenas uma sugestão, caso queira, poderá desfrutar desta indução. Acredito eu, 
que após este curso sua visão em relação ao ser humano não será a mesma. 
Lembro, ainda de um ditado popular que diz: “cada cabeça é um mundo”, ou 
seja, se permitir-nos poderemos ao menos contribuir para um mundo melhor.
Jairon Batista
 
 Pç. Cel. JoãoBorges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
HISTÓRIA DA HIPNOSE
A história da hipnose, na realidade, iniciou-se antes da existência de qualquer 
relato escrito da história humana. Nas cerimônias religiosas e de cura de todos os 
povos primitivos que já habitaram este planeta existem elementos essenciais para 
induzir seus participantes em transe hipnótico. Assume-se, portanto, pelo estudo 
das cerimônias de povos primitivos ainda existentes na África, na Austrália e em 
outros lugares, que, mesmo antes da história começar a ser gravada, as induções 
eram realizadas através de cantos rítmicos, batidas monótonas de tambores, 
juntamente com o olhar fixo dos olhos acompanhado de catalepsia do resto do 
corpo.
Também nos achados da Antigüidade, existem textos, com mais de 4.500 a.C., 
nos relatando como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o Transe - "um 
estado diferenciado da consciência usual" - para realizar diagnóstico objetivando 
curas. Os Antigos egípcios a 2000 a.C., já utilizavam empiricamente 
encantamentos, amuletos, imposição de mãos, sem se darem conta da imaginação 
e sugestão envolvidas nesses procedimentos.
Historicamente, os primeiros registros de práticas hipnóticas, remontam a 2400 
a.C., na Índia e na Caldéia. Podemos identificá-las, também, na Pérsia, Babilônia, 
Assíria, Suméria, Egito, Grécia, Roma, nos antigos Hebreus, nos Deltas.
Nas cerimônias primitivas tinham como ponto essencial o foco central da 
atenção, com áreas neurológicas vizinhas de inibição, sendo estes dois fatores 
responsáveis por 95% da indução do transe hipnótico. Na realidade é sem 
importância que estas cerimônias sejam chamadas de religiosas, curandeirismo 
ou uma combinação de ambas. O fato é que o estado de transe existia e seu 
caráter era hipnótico, apesar de que a palavra "hipnose" jamais fora aplicada a ele 
antes de Braid cunhar o termo em 1842.
Todos aqueles que viajam através do mundo estão familiarizados com hindus, 
faquires, iogues, encantadores de serpentes, e adeptos da Magia no ocidente que 
induzem em si e em outros, estados catalépticos através da fixação dos olhos e de 
outras técnicas de mesmerismo, capazes de realizar proezas físicas e de eliminar 
a dor.
Séc. XXX aC. – Egito 
Os sacerdotes induziam um certo tipo de estado hipnótico.
Séc. XVIII aC. – China 
Induzia-se um certo tipo de transe hipnótico para se buscar a aproximação 
entre os pacientes e seus antepassados.
Mitologia Grega 
Asclépios aprendeu com Centauro Quíron um tipo de sono especial que 
curava as pessoas.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
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Séc. XI - Avicena (980-1037) 
Sábio filósofo e médico iraniano acreditava que a imaginação era capaz de 
enfermar e de curar pessoas.
"A imaginação pode fascinar e modificar o corpo de um homem, tornando-o 
doente ou restaurando-lhe a saúde".
Séc. XVI (1493-1541)
Philippe Bombast Von Hohenheim (Paracelsus) era médico e filosofo suíço, 
viveu de 1493 a 1541, e considerava que todos os seres humanos estavam sobre a 
ação do influxo sideromagnético dos astros. Para ele, considerado o pai da 
medicina hermética, o corpo humano se comportava como um verdadeiro íma, 
que podia atrair o fluxo dos astros e absorvêlo, bem como assimilar ou eliminar 
os elementos terrestres. 
O pólo norte do corpo humano corresponderia aos pés e o pólo sul aos genitais. 
Ele empregava minerais magnéticos para o tratamento das doenças e relatava 
várias curas. Em virtude das suas idéias Paracelso foi perseguido, tendo que ir de 
uma cidade para outra.(Marlus, p. 9)
 
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Séc. XVIII 
Padre Gassner
É irônico o fato de que a história moderna da hipnose inicie-se não com um 
médico, mas com um membro do clero, um padre católico que viveu em 
Klosters. O Padre Gassner defendia a tese de que, de acordo com as crenças da 
época, os pacientes doentes estavam possuídos por demônios, que deviam ser 
banidos, antes que o paciente pudesse novamente gozar de boa saúde. Gassner 
obteve o consentimento da Igreja para suas ações através da afirmação de que 
Deus estava agindo através dele para expulsar os demônios que estavam 
possuindo seus infelizes pacientes.
Diferentemente de outros homens de sua época, o Padre Gassner não fazia 
segredos de seus métodos, e freqüentemente permitia que médicos observassem-
no administrando seu tratamento. Os médicos que se apresentavam para observá-
lo em ação eram conduzidos a uma sala parecida com um pequeno teatro onde se 
acomodavam, e então o paciente era posicionado numa espécie de palco no 
centro desta sala para esperar pelo Padre Gassner. Com o objetivo de melhorar 
ainda mais o espetáculo, no ‘timing’ de sua entrada, Gassner caminhava até a 
plataforma através de um longo promontório negro, segurando um grande 
crucifixo de "ouro" com a mão estendida ao alto. O paciente era de antemão 
avisado que quando o Padre Gassner o tocasse com o crucifixo, ele prontamente 
cairia ao chão e permaneceria ali esperando novas instruções. Os pacientes de 
Gassner eram instruídos a "morrer" enquanto jaziam prostrados ao chão, e que 
durante este período de "morte" Gassner expulsaria os demônios de seus corpos, 
devolvendo-lhes a vida normal novamente. (Esta idéia de renascimento permeia 
tanto a hipnose quanto a religião, inclusive suas formas mais primitivas.
Depois que algum médico examinava o paciente, não sentindo seu pulso, não 
ouvindo as batidas do coração e dando-o como morto, o Padre Gassner ordenava 
que o demônio partisse e, logo após, o paciente ‘ressuscitava’ e se levantava 
completamente curado. É dito que Mesmer assistiu várias performances do Padre 
Gassner por volta de 1770, sendo depois responsável pela introdução do 
fenômeno na prática médica.
 
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Séc. XVIII – Franz Anton Mesmer (1734-1815)
Inaugurou a fase científica da hipnose. O início da história formal da 
hipnose se deu em 1765 com os trabalhos de Mesmer com seu magnetismo 
animal...
Franz Anton Mesmer, filho de um guarda florestal, nasceu em 23 de maio de 
1734, em Iznang, no Lago Constance, Alemanha. Ele estudou nas Universidades 
de Dillingen e Ingolstadt, na Áustria, onde recebeu seu Ph.D., estudando Direito 
posteriormente. Recebeu seu grau de Doutor em Medicina no ano de 1766, 
depois de apresentar um artigo com o título de 'De Planetarum Influx' (Sobre a 
Influência dos Planetas). Dois anos depois de sua graduação, Mesmer casou-se 
com a rica viúva de um Tenente-Coronel do exército, de nome Marie Anna Von 
Posch, em 10 de janeiro de 1768. Incapaz de aceitar a hipótese do Padre Gassner 
de que os pacientes eram possuídos por demônios, Mesmer acreditava que de 
alguma maneira o crucifixo de metal empunhado por Gassner fosse talvez o 
responsável pela magnetização do paciente; então desenvolveu suas idéias e 
explicou os resultados na teoria do magnetismo animal, testada pela primeira vez 
em 1773, em uma jovem de 28 anos, Franziska Osterlin, que por acaso se casou 
com Fredrich Von Posch, enteado de Mesmer. Mesmer publicou seu primeiro 
relato da cura magnética em 1775, sob o título de Schreiben Uber die 
Magnetiker. Apesar desua fama continuar a se espalhar, ele foi forçado a deixar 
Viena após o famoso caso Paradis, no qual o Dr. Von Stoerck e o Dr. Barth 
foram seus oponentes. Em 1777, Maria Theresa Paradis, uma jovem pianista 
cega, e favorita da Imperatriz da Áustria, que recuperou sua visão depois de ser 
tratada por Mesmer, apesar do fato de ter estado por dez anos sob os cuidados do 
maior especialista em olhos da Europa, o Dr. Von Stoerck, sem qualquer 
melhora. Influenciada por médicos ciumentos, a mãe da criança afastou-a dos 
cuidados de Mesmer antes da cura estar completa. Numa cena de emocionalismo, 
a mãe deu um tapa no rosto da criança por ela não querer deixar a clínica do Dr. 
Mesmer, fazendo com que a cegueira histérica se reafirmasse.
No entanto, a influência de Mesmer ainda era grande o bastante para garantir 
uma recomendação do Ministro do Exterior austríaco à Embaixada Imperial em 
Paris, para onde se mudou em fevereiro de 1778. Ele fundou uma clínica com 
D'Eslon, na Place Vendôme, e publicou seu famoso livro em 1779, Mémoire Sur 
La Découverte Du Magnetisme Animal.
Em 1784, o governo francês investigou Mesmer, declarando-o um farsante. 
 
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Entretanto, Benjamin Franklin, que era membro do comitê de investigação, 
escreveu o relatório da minoria, que afirmava que o fenômeno era digno de 
maiores considerações. Outros membros da comissão eram Jussieu, famoso por 
sua ligação com os Twilleries; Guillotin, o inventor da guilhotina, que leva seu 
nome; e Lavoisier, o famoso químico francês cujo nome ainda é familiar aos 
americanos como o nome de uma marca de antisséptico bucal! 
A descrição fascinante de Esdaile a respeito da investigação afirma que ele 
acreditava que o veredito era justo o bastante, considerando a natureza das provas 
apresentadas aos membros da comissão. Ele continua afirmando: “...mas 
entretanto, (tal é a falibilidade humana), neste caso, summum jus também era 
summa injuria; a verdade foi sacrificada à falsidade, como penso que se tornará 
claro de uma rápida análise dos procedimentos. Este provavelmente não será 
tempo perdido, pois tenho ouvido cavalheiros inteligentes dizerem que o relato 
dos filósofos franceses ainda decidiam suas opiniões. 
Eles tinham uma série de axiomas sobre o Mesmerismo que lhes foram 
apresentados, cuja verdade eles examinariam e a eficácia de certos processos 
deveria ser provada para sua satisfação através de experimento.
O objetivo dos Mesmeristas parece ter sido tentar convencer a comissão de que 
Mesmer possuía um segredo digno de ser aprendido, e ao mesmo tempo 
continuar a guardá-lo para si ocultando sua extrema simplicidade sob o manto de 
um complicado mecanismo e vários tipos de teatralismos. D'Eslon, aluno de 
Mesmer, propôs suas leis do Magnetismo Animal desta forma:
I. O magnetismo Animal é um fluído universal, constituindo um polônio absoluto 
na natureza, e o meio de toda influência mútua entre os corpos celestes, e entre a 
terra e os corpos animais. Esta é uma afirmação muito exagerada.
II. É o fluído mais sutil na natureza, capaz de fluxo e de refluxo, e de receber, 
propagar, e dar continuidade a todas as formas de movimento.
III. O corpo animal está sujeito às influências deste fluído através dos nervos, que 
são imediatamente afetados por ele. Não vemos outra maneira no presente.
IV. O corpo humano possui pólos e outras propriedades, análogas ao ímã. A 
primeira proposição jamais foi provada, e admite tudo como sendo correto; e na 
segunda existe apenas probabilidade.
V. A ação e a virtude do magnetismo animal pode ser transmitida de um corpo a 
outro, quer animado ou inanimado. Isto está correto, no que diz respeito às 
relações entre corpos animados; e estes podem também impregnar substâncias 
inanimadas.
VI. Opera a uma grande distância, sem a intervenção de qualquer pessoa. 
Verdadeiro. 
VII. É aumentado e refletido por espelhos, transmitido, propagado e aumentado 
pelo som, e pode ser acumulado, concentrado, e transportado. 
VIII. Não obstante a universalidade deste fluído, todos os corpos animais não são 
afetados por ele; por outro lado existem alguns, apesar de que pequeno em 
número, cuja presença, destrói todos os efeitos do magnetismo animal. A 
primeira parte está correta, a última não é improvável.
IX. Por meio deste fluído, doenças nervosas são curadas imediatamente, e outras 
medialmente; e suas virtudes, de fato, estendem-se à cura universal e a 
preservação da Verdade da humanidade, a um grau tão elevado, que ainda não 
sabemos o quão longe poderá ir.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Surpreende o fato de que a comissão desdenhosamente recusou tamanha 
quantidade de asserções absolutas e de teorias insustentáveis, com certeza 
temperadas com verdade, porém tão diluídas e obscurecidas a ponto de se 
tornarem irreconhecíveis? Como uma testemunha de Bengala, D'Eslon não se 
contentou em simplesmente dizer a verdade, mas acrescentou por conta própria 
tantas invenções corroboradoras a ponto de ninguém saber em que acreditar, e o 
caso foi encerrado como indigno de posterior investigação. Ele arruinou a si e a 
sua causa também, (talvez por ignorância) ao carregar a verdade com um pacote 
de maquinarias espalhafatosas, através das quais esperava que o poder da 
natureza penetrasse. Mas a Natureza, como um camelo sobrecarregado, virou-se 
contra seu condutor, jogando a si e sua parafernália de plataformas magnéticas, 
bastões e cordas condutoras, pianos, árvores e baldes magnetizados, na lama; e a 
verdade retirou-se em desgosto para o fundo de seu poço, para lá permanecer até 
que homens mais honestos pudessem novamente extraí-la para surpreender e 
beneficiar o mundo.
Até onde concerne minha observação, tudo o que é necessário para o sucesso, se 
as partes estiverem na relação do agente e do sujeito, é a obediência passiva do 
paciente e uma atenção e paciência sustentada por parte do operador. O processo 
sendo natural, quanto mais as partes estiverem num estado natural, melhor: os 
corpos de meus pacientes estando despidos, e suas cabeças geralmente raspadas, 
provavelmente não é de pouca conseqüência nos procedimentos…"
Existem algumas asserções muito importantes neste excerto do livro de Esdaile. 
Em primeiro lugar, ele certamente salienta claramente a razão por que a comissão 
rejeitou o fenômeno como sendo indigno de posteriores investigações. 
Segundo: ele também ilustra a questão de forma dupla através do acréscimo de 
um número de suas próprias concepções erradas, concepções estas que no 
entanto eram aceitas como verdadeiras em sua época, no que diz respeito à 
prática médica. Terceiro: ele sumariza uma teoria realmente astuta e brilhante em 
apenas uma sentença: ‘Até onde concerne minha observação, tudo o que é 
necessário para o sucesso, se as partes estiverem na relação do agente e do 
sujeito, é a obediência passiva do paciente e uma atenção e paciência sustentada 
por parte do operador.’ Quarto: ele faz uma observação que poderia servir para 
outros experimentos: O processo sendo natural, quanto mais as partes estejam 
num estado natural, melhor. Isto poderia ser conseguido de uma forma melhor 
por outros meios que não a mera nudez, apesar de que, talvez, possivelmente o 
fato de estar nu, o indivíduo psicologicamente está "sem defesa", ou mais 
"submisso". Meu método favorito de indução é levar o paciente com todos os 
seus sentidos para uma viagem a uma área de floresta primitiva, cheia de paz e 
quieta, tranqüila e calma, onde a concentraçãoe o relaxamento são maiores. Os 
espíritos da obediência passiva, bem como da viagem à vastidão da natureza para 
buscar comunhão com Deus, fazem parte de toda grande religião do mundo.
O acima já é o suficiente no que tange ao relatório da comissão que teve como 
seu principal efeito a denúncia de Mesmer, seus métodos e suas teorias, apesar de 
que suas teorias estavam, na realidade, sendo mais julgadas do que seus métodos.
Depois de ser denunciado em Paris, a popularidade de Mesmer rapidamente 
diminuiu, e então ele viajou para a Inglaterra, Itália e Alemanha, retornando para 
uma rápida visita a Paris antes do início da revolução. Ele então estabeleceu-se 
em Frauenfeld, na Suíça, até o verão de 1814, quando mudou-se para Morsburg, 
onde faleceu no dia 5 de março de 1815.
 
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Não é de conhecimento geral, mas no entanto verdadeiro, que Mesmer e seu filho 
publicaram trabalhos sobre o magnetismo animal, e até mesmo hoje cópias destas 
obras completas podem ser obtidas.
Quando os pacientes de Mesmer eram colocados em banheiras cheias de água e 
de limalhas de ferro das quais sobressaíam-se varas maiores de ferro, Mesmer 
sugeria a eles que, quando os tocasse com seu bastão magnético, eles se 
tornariam magnetizados e eventualmente entrariam num estado de "crise" do qual 
sairiam curados. Seus pacientes invariavelmente se curavam e Mesmer 
considerava a crise uma necessidade absoluta para a cura. Mesmer era uma figura 
muito imponente com seus longos robes, segurando seu bastão magnético e 
passando de quarto em quarto em sua clínica. Seus métodos de magnetismo, 
portanto, permaneceram inqüestionados e seu discípulo e aluno de boa fé, o 
Marquês de Puysegur, colocava pacientes em um transe que chamava de 
sonambulismo artificial, no qual os pacientes não entravam num estado de crise, 
mas num estado de calmo relaxamento. (O Marquês havia se esquecido de 
sugerir de antemão aos seus pacientes que eles experimentariam um ‘ataque’!)
Marquês de Puysegur
Discípulo de Mesmer (Armand Marie Jacques de Chastenet) conhecido como 
Marquês de Puysegur, tratando separadamente um paciente de 23 anos de idade 
de nome Victor Race, em 1784, observou que ao invés de o mesmo apresentar 
convulsões como ocorria com os pacientes de Mesmer, ele dormia 
tranqüilamente e durante esse sono podia falara, responder ordens, e após ser 
acordado não lembrava de nada. Então denominou esse estado de sonabulismo 
artificial por analogia ao sonambulismo do sono fisiológico. Foi responsável 
pela descrição das três características fundamentais da Hipnose: 1) concentração 
dos sentidos no operador, 2) aceitação das sugestões sem questionamento, e 3) 
amnésia em relação a acontecimentos em transe. 
Séc. XVIII (1756-1819) José Custódio de Faria.
Sacerdote português, nascido em Condolim de Bardez (Goa), Ídia Portuguesa, 
chegou em Paris por volta de 1813, e considerava que não podia haver influência 
de um “fluido” nas experiência do marquês de Puységur. Para o abade Faria era a 
vontade do paciente que conduzia ao que chamava de “sono lúcido”. Faria foi o 
primeiro a afirmar que a vontade receptiva do paciente e o rapport entre o 
paciente e o magnetizador determinava a formação do processo de cura. No 
 
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entanto, a popularidade de Mesmer estava tão bem estabelecida que a hipótese de 
Faria foi logo esquecida. 
O Dr. Wolfart, a pedido do governo da Prússia, viajou de Berlim para Frauenfeld 
em 1812, para investigar Mesmer e para aprender tudo o que o que fosse capaz a 
respeito do magnetismo animal, trazendo posteriormente este conhecimento para 
a Universidade de Berlin. No mesmo período, Koreff já estava em Paris numa 
missão semelhante. O Mesmerismo espalhou-se rapidamente através da Europa, 
incluindo a Suíça, a Itália e até mesmo os países Escandinavos. Isto produziu 
muitos especialistas, incluindo Eschenmayer, Kerner, Lallemant, Schelling, 
Passavant, Kluge, Pace, Ostermeyer, Pfaff, Pezold, Selle, Bartels e muitos outros.
Séc. XVIII (1795-1843) James Braid
Nascido em Fifeshire na Escócia, adepto do ocultismo, médico oftomologista e 
cirurgião de Manchester, Inglaterra, apareceram os primeiros conceitos 
científicos sobre o hipnotismo. No dia 13 de novembro de 1841, um 
magnetizador francês chamado La Fontaine, que demonstrou o Mesmerismo, 
introduziu James Braid pela primeira vez ao Mesmerismo (teoria baseada no 
magnetismo animal) e aos experimentos mesméricos numa reunião acontecida 
naquele dia. Uma descrição completa desta reunião pode ser encontrada por 
escrito juntamente com uma história detalhada da atividade de Braid, no livro de 
Bramwell, Hypnotism, Its History, Practice and Theory. Seis dias depois assistiu 
novamente e, o fato do indivíduo não poder abrir as pálpebras lhe chamou 
atenção. Braind achou que ali estava as causas dos fenômenos, e ao voltar para 
casa fez experiências com a sua esposa, um amigo e um criado. Pediu para que 
olhasse fixamente um determinado ponto brilhante até que seus olhos 
entregassem extenuados ao reposo. A partir desse momento teve em suas mãos 
essas pessoas “magnetizadas”. As primeiras conclusões de James Braind foram:
a)O fenômeno do mesmerismo era puramente subjetivo e não dependia de 
qualquer poder mágico, de nenhuma influência astral, de qualquer fluido mineral 
ou animal, nem sequer de qualquer influencia da pessoa do operador; 
b) esses fenômenos deviam-se exclusivamente à natureza física, mecânica e 
funcional, produzindo alterações nos órgãos dos sentidos, especialmente na 
 
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visão, levando a um esgotamento do centro visual pela estimulação continuada e 
monótona;
c) introduziu o método de indução da fixação do olhar, que ainda hoje pode sesr 
utilizado, com ou sem modificações.
James Braid é mais conhecido pelo fato de ter renomeado o Mesmerismo para 
"Hipnotismo", em 1842, com base na palavra grega "Hypnos", que significa 
"sono", e por ter se oferecido a apresentar um documento a seu respeito numa 
reunião da British Medical Association, em Manchester, que recusou. Apesar 
disso, ao contrário de Mesmer, ele manteve uma boa reputação profissional em 
sua comunidade durante toda sua vida, e não apenas ficou conhecido como um 
excelente hipnotista, mas também como foi amplamente aclamado por suas 
cirurgias de pé plano (chato) e outras deformidades. No final de sua vida, Braid 
concluiu que o hipnotismo não era um verdadeiro sono, mas uma concentração 
da mente, e tentou mudar o nome para monoideísmo. Mas, na época, "Hipnose" e 
"Hipnotismo" já eram palavras bem enraizadas em todas as línguas da Europa, 
abandonando por fim este esforço de mudar o nome. 
Ele cultivou a prática e o interesse no hipnotismo durante toda sua vida, 
escrevendo vários documentos e monografias sobre o assunto. Apesar de Braid 
ser mais conhecido por ter renomeado a arte de Mesmer para hipnotismo, ele 
também foi responsável por várias idéias que ainda persistem até o presente.
 Estas são como descritas a seguir:
1: Que a hipnose é uma ferramenta poderosa que deveria ser limitada somente 
aos profissionaisda medicina e da odontologia. 
2: Que apesar de ter o hipnotismo sido capaz de curar muitas doenças para as 
quais antes não havia remédio, não era, no entanto, uma panacéia, mas era apenas 
uma ferramenta médica que deveria ser usada em combinação com outras 
informações médicas, drogas, remédios, etc., para apropriadamente tratar os 
pacientes. 
3: Que em mãos qualificadas não há grande perigo associado ao tratamento com 
a hipnose, nem sequer dor ou desconforto. 
4: Que muitos estudos e pesquisas seriam necessários para compreendermos por 
completo vários conceitos teóricos a respeito da hipnose.
Estes enunciados filosóficos eram extremamente sólidos, especialmente para um 
médico que viveu no século XIX e que possuía conhecimentos limitados, 
disponíveis naquela época. O fato de que estes conceitos permaneceram 
virtualmente imutáveis até hoje demonstra, claramente, o brilhantismo deste 
grande médico e hipnotista de Manchester.
 
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John Elliotson
Tal como Braid, Elliotson graduou-se em medicina em Edinburgo, mas 
continuou seus estudos no continente e em Cambridge e no Sir Guy's Hospita. 
Ele nasceu em 1791 e morreu no dia 29 de julho de 1868, após uma longa 
doença, na casa de seu amigo, o Dr. Symes, um aluno formal. Assim como Braid, 
Elliotson foi um brilhante médico, palestrante e Professor de Medicina. A fama 
de Elliotson, entretanto, até mesmo excedeu a de seu predecessor, o Dr. Braid, 
pois Elliotson chegou ao topo da vida acadêmica de Professorado em Medicina 
na Universidade de Londres. Ele também foi nomeado Presidente da Royal 
Medical and Surgical Society, e foi um dos fundadores do University College 
Hospital, em Londres.
Ele introduziu o estetoscópio na Inglaterra, juntamente com os métodos de se 
examinar o coração e os pulmões da forma que são utilizados até hoje. Uma 
história completa de sua vida aparece também no livro de Bramwell.
Elliotson é mais conhecido pelo fato de ter estabelecido o primeiro periódico a 
tratar do hipnotismo, em 1846. Esta revista tinha o título de ‘The Zoist’, e cópias 
completas de seus números ainda podem ser obtidas através de algumas fontes. 
Ele foi expulso do University College Hospital por ter escolhido a hipnose como 
o assunto do discurso Harveiano de 1846. Neste discurso, Elliotson citou esta 
passagem memorável das obras de Harvey: "Os verdadeiros filósofos, 
compelidos pelo amor à verdade e à sabedoria, nunca se imaginam tão sábios e 
cheios de si a ponto de não se renderem à verdade, de qualquer fonte e a qualquer 
tempo; nem possuem eles mentes tão estreitas a ponto de acreditar que qualquer 
arte ou ciência nos foi transmitida por nossos predecessores em tal estado de 
perfeição a ponto de nada restar para futura dedicação".
Elliotson aplicou então as palavras de Harvey à ciência do Hipnotismo e afirmou 
em termos nada duvidosos que era o dever dos médicos daquela época analisar 
cuidadosamente e com isenção sua pesquisa sobre o assunto. Muitos artigos 
interessantes foram publicados em seu periódico The Zoist, que foi publicado 
trimestralmente de abril de 1843 até 31 de dezembro de 1855. Durante treze 
anos, artigo após artigo foi publicado por Elliotson, Esdaile e muitos outros 
médicos brilhantes da época, testemunhando os excelentes resultados do 
tratamento com hipnose para insanidade, epilepsia, histeria, gagueira, nevralgia, 
asma, torcicolo, dores de cabeça, dificuldades funcionais do coração, 
reumatismo, tic doloroso, cólicas espasmódicas, ciática, lumbago, paralisia, 
convulsões, inflamações agudas dos olhos e dos testículos, e relatos de centenas 
 
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de operações sem dor, desde a remoção de uma catarata até a amputação do 
pênis, a qual James Esdalie relatou dois casos. Parker (que originou a expressão 
"Parker Sem Dor") relatou cerca de 200 operações sem dor na Exeter, uma 
instituição que Elliotson ajudou-o a fundar. Elliotson era excelente no campo da 
hipnose infantil, e trabalhou com muitas crianças e com muitas doenças infantís, 
tais como Dança de São Vito, coréia, tiques e outras enfermidades. Ao contrário 
de Braid, no entanto, Elliotson continuou a acreditar na clarividência e outros 
fenômenos místicos até sua morte.
James Esdaile
O Dr. James Esdaile provavelmente realizou mais operações cirúrgicas sob 
hipnoanestesia do que qualquer outro médico, pelo menos até a presente época. 
Ele era um homem de extrema perspicácia e inteligência que trabalhou a maior 
parte de sua vida na Índia, e provavelmente é mais conhecido por seu trabalho 
com a hipnose do que qualquer outro homem, com a possível exceção do próprio 
Mesmer. Ele nasceu no dia 6 de fevereiro de 1808, filho de um ministro, e como 
Elliotson e Braid, estudou em Edinburgo, onde graduou-se em 1830, obtendo um 
cargo na East India Company.
Esdaile realizou sua primeira operação sob hipnose no dia 4 de abril de 1845, em 
um hindu condenado à prisão que tinha dupla hidrocele, no hospital de Hooghly. 
Após realizar 75 operações sob hipnoanestesia, ele escreveu à junta médica, 
porém sua carta não foi nem sequer reconhecida. Mais tarde, no final daquele 
mesmo ano, tendo mais de cem operações em seu crédito, ele contatou Sir 
Herbert Maddock, o então vice-governador de Bengala, que nomeou um comitê 
de investigação composto primariamente de médicos.
Ao receber o relatório favorável deste comitê, o Governador então colocou 
Esdaile como responsável de um pequeno hospital experimental próximo a 
Calcutá, para que ele pudesse dar continuidade em sua pesquisa sobre a hipnose, 
sejam quais fossem os valores que esta pudesse ter. Esdaile iniciou sua pesquisa 
em novembro de 1846, com os seguintes médicos nomeados para auxiliá-lo: R. 
Thompson, D. Stuart, J. Jackson, F Mouatt, R. O'Shaughnessy. E, ao final do 
primeiro ano do trabalho experimental de Esdaile, ele já tinha mais 133 
operações em seu crédito, bem como um grande número de casos médicos. Os 
relatos daqueles que visitaram a instituição continuaram a ser favoráveis, e, 
portanto, com o continuado apoio do vice-governador, Esdaile foi então indicado 
para trabalhar no Lane Hospital and Dispensary de Sarkea, para dar continuidade 
ao seu trabalho e expandi-lo para outros campos da medicina.
A fama de Esdaile espalhou-se para todos os cantos, e certa vez ele afirmou com 
sinceridade que havia feito mais operações em tumores escrotais em um mês do 
que todas as que aconteceram em todos os hospitais de Calcutá em um ano 
inteiro. Alguns médicos locais que achavam seus pacientes serem histéricos, 
criticaram-no nas revistas médicas. 
O comentário de Esdaile quanto a isto foi que o seu próprio relato dos casos 
ainda era digno de nota, nem que se fosse como um exemplo de uma epidemia da 
insanidade. Seu senso de humor o acompanhou até quando deixou a Índia, em 
 
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1851. Ao deixar aquele país, ele tinha milhares de operações sem dor em seu 
crédito, e cerca de 300 grandes operações, todas executadas com a hipnose.
Enquanto estava na Índia, o clorofórmio foi introduzido como um anestésico e 
depois de ter deixado a Índia, um prêmio de dez mil dólares foi oferecido em 
1853 ao descobridor das propriedades anestésicas do éter, que foi descrito como 
o primeiro dos anestésicos.Esdaile enviou uma carta revoltada de protesto contra 
isso, chamando a atenção ao fato de que ele havia realizado cirurgias sem dor 
com o Mesmerismo anos antes que qualquer pessoa tivesse ouvido falar do éter. 
(A propósito, o clorofórmio surgiu antes do éter.)
Desgostoso com a Índia, e "não dando a mínima" a respeito de uma grandiosa 
prática em Calcutá, Esdaile retornou a Perth, o lar de seu pai, onde estabeleceu-se 
e permaneceu até desenvolver uma doença nos pulmões (tuberculose?), 
mudando-se então da Escócia para a cidade de Sydenham, na Inglaterra, onde 
morreu com a idade de 50 anos, no dia 10 de janeiro de 1859. Suas obras foram 
numerosas, mas talvez a mais famosa seja um livro originalmente entitulado 
Mesmerism in India, e posteriormente publicado sob o título Hypnosis in 
Medicine and Surgery. Neste livro, ele não apenas relatou 73 operações sem dor, 
mas também descreveu 18 casos médicos de paralisia, lumbago, ciática, 
convulsões e tic doloroso, além de informar o público sobre a hipnose. Ele 
atacava a estupidez de certos médicos que eram cegos para quaisquer novas 
idéias, citando a frase em latim "Stare super vias Antiquas", para descrever tais 
médicos. Ele chegou ao ponto de dizer que, como um amante da verdade por si 
só, ele ficava pouco satisfeito quando seus amigos lhe diziam: "Eu acredito 
porque você está dizendo". Ele achava que esta era uma crença estéril e 
constantemente procurava médicos para demonstrar-lhes sua recém descoberta 
ferramenta médica. O médico Jacob Conn, da Universidade de Medicina 
Hopkins, afirmou que ninguém trabalhou mais diligentemente do que James 
Esdaile para trazer o valor da analgesia e da anestesia hipnótica à atenção dos 
profissionais da medicina. A obra de Esdaile evidentemente se pagou, pois a 
Associação Médica Britânica relatou favoravelmente em 1891 que "Como um 
agente terapêutico, o hipnotismo é com freqüência eficaz no alívio da dor, 
proporcionando sono e suavizando muitas indisposições funcionais".
 
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Dr. Ambroise-Auguste Liebeault
Liébeault é descrito pelos seus biógrafos como um homem sereno, bondoso e 
estimado pelos pobres, que o chamavam Lebon père Liébeault. Dizia Liébeault 
aos seus clintes, em quase sua totalidade humildes camponeses: “ Se desejais que 
vos trate com drogas, o farei, mas tereis de me pagar antes. Se, entretanto, me 
permitis que vos hipnotize, farei o tratamento de graça”. Ao método de fixação 
ocular de Braid, liébaul acrescentou o da sugestão verbal.
Liebeault é amplamente conhecido como o "Pai da Hipnose Moderna". A razão 
para isto é, antes de tudo, ter sido Liebeault o homem que concluiu e publicou a 
observação de que todos os fenômenos do hipnotismo são subjetivos em origem. 
Liebeault foi um humilde médico francês que, apesar de ser desinteressado pela 
pesquisa de uma maneira geral, foi, no entanto, um gênio na terapêutica. Ele 
manteve a prática médica de forma constante no campo, que o manteve ocupado 
dia e noite até receber seu diploma em medicina em 1850. Sua prática no 
hipnotismo era quase totalmente gratuita, e por causa disto obteve o sereno 
respeito de todos que o conheciam. Ele nasceu em 1823, começou seus estudos 
em medicina em 1844, e iniciou seus experimentos com o hipnotismo em 1848, 
mesmo antes de ter concluído a universidade. Após ter completado várias sessões 
terapêuticas de hipnose, ele escreveu um livro que demorou dois anos para ser 
concluído. O ceticismo no entanto, era tão grande que ele vendeu apenas uma 
cópia, e foi para Bernheim. Em 1882, Liebeault curou um caso obstinado de 
ciática, que Bernheim havia tratado sem resultados por cerca de seis meses. Em 
parte por causa de sua curiosidade, e em parte porque queria expor Liebeault 
como um charlatão, Bernheim comprou o livro e viajou para se encontrar com 
ele, convencido de que de fato Liebeault era um charlatão. Entretanto, Bernheim 
ficou tão impressionado pelo seu trabalho a ponto de decidir ficar com ele e dele 
tornou-se um devotado aluno e amigo por toda a vida. Bernheim e Liebeault, 
então, publicaram juntos outro livro, que foi amplamente aclamado. Isto assim o 
foi especialmente por causa do grande número de fascinantes históricos dos casos 
de Liebeault.
Enquanto Parker e seus contemporâneos estavam primariamente interessados na 
cirurgia sem dor, Liebeault invadiu todos os campos da medicina, sendo de fato o 
médico mais importante na ampliação do escopo da terapêutica através do uso da 
hipnose. Uma descrição excelente da clínica de Liebeault aparece no livro de 
Bramwell.
Liebeault tornou-se um adepto da hipnose rápida e, de fato, foi um dos primeiros 
a perceber que para a maior parte dos casos de hipnoterapia, um transe profundo 
era desnecessário, fato assinalado com freqüência pelo Dr. S. J. Van Pelt. Ao 
 
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contrário, Liebeault induzia seus pacientes com não mais do que um aceno de sua 
mão e uma frase rápida, tal como "Durma, meu gatinho"; sugeria que os sintomas 
mórbidos se fossem e permitia que os pacientes acordassem quando desejassem. 
Ele atendia centenas de pacientes, raramente demorando-se mais do que quinze 
minutos com eles. Bramwell afirma que todos os pacientes de Liebeault 
melhoravam ou se curavam, após seus tratamentos de sugestão rápida.
 Liebeault, com a assistência de Bernheim, estabeleceu o que ficou conhecida 
como a "Escola de Nancy". Este foi um período de desenvolvimento da hipnose 
durante o qual uma grande quantidade de trabalhos experimentais foram feitos 
com muitos tipos de indução.
Ao mesmo tempo que Liebeault estava meramente usando a palavra "durma", 
com um gesto de sua mão, Charcot, por outro lado, estava violentamente tocando 
gongos e piscando ‘luzes de drummond’.
Os alemães Weinhold e Heidenhain preferiam o tique-taque de um relógio, e 
Berger usava chapas quentes de metal. As idéias do magnetismo e dos processos 
magnéticos ainda não haviam desaparecido por completo. Apesar de Liebeault 
explicar os fenômenos como sendo subjetivos, Piteres sustentava que certas 
partes do corpo eram particularmente sensíveis ao estímulo da pele, e estas assim 
chamadas zonas hipnóticas que foram descritas por ele, existiam, algumas vezes, 
em apenas um lado do corpo e, em outras, em ambas.
Moll afirmou ter ele mesmo visto muitas pessoas serem hipnotizadas apenas 
quando suas testas eram tocadas. Purkinje e Spitt afirmaram que toques na testa 
induziam um estado sonolento em muitas pessoas. A técnica de balançar o berço 
para induzir crianças era bem conhecida, e Eisenhart mencionou que o toque na 
testa era uma excelente técnica de indução em crianças. Hirt usava com 
freqüência a eletricidade para induzir a hipnose, e Sperling, um contemporâneo 
de Bramwell e de Moll, descreveu os transes hipnóticos dos Dervixes que havia 
visto em Constantinopla (atual Istambul). Drzewiecki sentiu que havia uma 
diferença na suscetibilidade à hipnose por causa da nacionalidade, e chegou a 
afirmar que os russos eram mais facilmente hipnotizáveis do que qualquer outro 
povo. Entretanto, percebeu-se mais tarde que nem nacionalidade e nem sexo 
contavam na habilidade de uma pessoa ser hipnotizada. Foi somente depois de 
Liebeault atingir uma idade avançada e ter-se aposentado da medicina, que ele 
desfrutou um pouco da aprovação que certamente lhe era devida. Ele não buscou 
e nem fez fortuna. Até sua morte, permaneceu feliz e tranqüilo, cônscio de uma 
vida bem vivida no tratamento dos pobres.
ODr. Bernheim, da Escola Nancy, é talvez mais conhecido pela propaganda do 
uso da hipnose. Apesar de ter Liebeault sido responsável pela ampliação da 
terapêutica, seu livro nunca foi amplamente lido. No entanto, quando Bernheim 
publicou seu livro sobre hipnose (com os históricos dos casos de Liebeault), este 
foi imediatamente aceito em todos os lugares. De fato, não obstante a tremenda 
reputação de Charcot e de seu pioneirismo com a Escola de Salpêtrière, mais e 
mais pessoas adotaram o modo de pensar da Escola Nancy. A disputa médica 
continuou através de todo o século XIX e até o início do século XX, com cada 
lado reivindicando vitórias na explicação da hipnose. Bernheim simplesmente 
pedia ao paciente para olhar para ele, não pensar em nada além de sono, e então 
dizia-lhe: "Suas pálpebras começarão a ficar pesadas, seus olhos estão cansados e 
começam a piscar, eles estão ficando úmidos, seus olhos não podem ver 
 
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distintamente, e eles estão fechados." Se o paciente não fechasse seus olhos e 
caísse no sono quase imediatamente, como acontecia com muitos, ele então 
repetiria o processo até ser bem sucedido. Caso os pacientes não mostrassem 
quaisquer sinais de sono ou entorpecimento, ele então lhes asseguraria que o 
sono não era essencial e que a influência hipnótica poderia ser exercida sem ele. 
Bernheim inspirou centenas de médicos-hipnotistas famosos, tais como Von 
Schrenk, Noltzing, Babinski e muitos outros. Charles Richet foi reconhecido 
como o introdutor do método de indução com o pressionar dos polegares e das 
mãos juntas.
(1825—1893) Jean Martin Charcot
Jean Martin Charcot, o famoso neurologista francês, tratava de pacientes 
histéricos no hospital dela Salpêtrière em Paris, deduzia que a hipnose era uma 
manifestação histérica. E, ainda, que a hipnose era obtida essencialmente por 
meios físicos, dando mínimo ou nenhum valor à sugestão. É óbvio que foram 
dois grandes erros desse famoso neurologista, que segunda a história, nunca teria 
hipnotizado ninguém porque seus pacientes histéricos eram preparados pelos 
seus assistentes. 
Nasceu em 1825 e morreu em 1893. Era muito bem conhecido pelos 
profissionais de medicina por tantas e variadas realizações, e sua biografia é tão 
fácil de ser obtida que nenhum estudo detalhado a seu respeito será dado aqui. 
Ele provavelmente foi o médico mais famoso a adotar o hipnotismo naquela 
época e, além de seu trabalho com o hipnotismo, era conhecido pelo banho de 
Charcot, pela doença de Charcot, pela junta de Charcot, pela síndrome de 
Charcot, etc., bem como pelo tipo de dente Charcot-Marie, e seu trabalho com a 
atrofia muscular neuropática progressiva, de conhecimento de todos os 
estudantes de medicina.
A Síndrome de Charcot-Weiss-Barber (síndrome do seio da carótida) e o sinal 
Charcot-Vigouroux também são bastante conhecidos. Vários cristais foram 
nomeados em homenagem a Charcot, incluindo os cristais Charcot-Leyden, os 
cristais Charcot-Neuman e os cristais Charcot-Robin. Apesar de sua grande fama 
no campo da medicina, ele mergulhou no hipnotismo sem a costumeira pesquisa 
cuidadosa que cercava seus outros trabalhos. Conseqüentemente, sua reputação 
enfraqueceu quando suas teorias de que a hipnose era um estado patológico que 
enfraquecia a mente foram mais tarde desaprovadas pela Escola Nancy de 
Medicina. De fato, quando Charcot morreu, Babinski denunciou muitas das curas 
 
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de Charcot, afirmando que algumas foram na realidade falsificadas, e outras 
invenções da imaginação de Charcot. O amargo ataque de Babinski contra 
Charcot, mais do que qualquer outra coisa, foi responsável pelo declínio do uso 
da hipnose na França. Este declínio continuou até tempos modernos, com apenas 
algumas exceções, tal como Pierre Janet e o Dr. Joseph Morlaas, que usaram a 
hipnose até que esta fosse oficialmente introduzida nas escolas francesas de 
medicina, em 1958.
. 
Josef Breuer
Até a época de Breuer, a hipnose havia primariamente sido usada para o alívio da 
dor em cirurgias, e esta de acordo com o método de Liebeault, que simplesmente 
sugeria que os sintomas se fossem. Entretanto, por volta de 1880, Breuer fez uma 
descoberta acidental que mudou os métodos da hipnoterapia. Na verdade esta 
descoberta não apenas mudou os métodos da hipnoterapia, mas na realidade 
introduziu uma arte completamente nova em si, pois foi a obra de Breuer que 
atraiu Freud e o direcionou aos métodos da psicanálise que são tão comuns hoje 
em dia aos psiquiatras.
Breuer estava tratando uma paciente a qual chamou de Anna O.. O caso é longo e 
complexo, sendo bem conhecido de todos os estudantes de psiquiatria. Durante 
uma parte da terapia, eles descobriram, para grande agonia da paciente, (e Anna 
O. era uma paciente histérica com muitos problemas e muito diferenciados) que 
ela não conseguia beber água. Na verdade, não importava a intensidade da sede 
que ela sentia, ela sentia que era uma impossibilidade física engolir água. Devido 
a isso, ela sobreviveu por alguns meses comendo frutas aquosas e melões, até 
que, durante uma sessão de hipnose, ela revelou num ataque de raiva, como, para 
sua grande aversão, uma ex-governanta havia deixado um cão beber água que 
estava num copo, em sua presença. Tão logo acordou do transe, ela 
imediatamente pediu água a Breuer, esvaziando o copo com facilidade. Isto fez 
com que Breuer concluísse que a simples recordação das experiências 
traumáticas do passado (do cão bebendo água num copo) foi responsável pela 
remoção dos sintomas. Depois de chegar a esta conclusão, Breuer tentou então 
associar todos os sintomas dos pacientes com experiências traumáticas no 
passado. Depois de trabalhar com Anna O. por quase um ano, Breuer foi capaz 
de remover seus sintomas de cegueira, paralisia, surdez, a contratura de seu braço 
direito, sua falta de sensibilidade, tosse, tremores e outros sintomas, apenas 
 
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através da repetição dos transes que revelaram mais e mais suas experiências do 
passado, que continham incidentes traumáticos danosos.
Tal como Wolberg afirma em seu livro Medical Hypnosis, “A importância da 
obra de Breuer jaz na mudança de ênfase na terapia com hipnose, da remoção 
direta dos sintomas para o enfoque na causa aparente desses sintomas".
Apesar de Janet ter chegado a esta mesma conclusão simultaneamente, o crédito 
por esta descoberta foi dado a Breuer.
Dr. Eugene Azam
Azam, um professor da Faculdade de Medicina em Bordeaux, e correspondente 
na Academia de Medicina em Paris, escreveu em 1887 um livro sobre um caso 
de consciência dividida. Ele descreveu em detalhes o caso de uma jovem, 
chamada Felita X., que o procurou pela primeira vez durante o mês de junho de 
1858. Ele percebeu muitos fenômenos hipnóticos nesta paciente, fazendo 
algumas deduções psicológicas que confirmaram muitas das conclusões de Braid. 
O Professor Jean Martin Charcot (supra) escreveu o prefácio do livro, elogiando 
muito a obra do Dr. Azam. Traduzido do francês, dizia o texto:
“Na época de hoje, em que o Hipnotismo chegou e é agora a aplicação regular 
deste método de descrição de doenças,que finalmente tomou seu lugar entre os 
fatos da ciência positiva, seria injusto esquecer os nomes daqueles que tiveram a 
coragem de estudar esta questão numa época em que estava sob a desaprovação 
universal. O Dr. Azam foi um dos pioneiros, sendo o primeiro na França. Ele 
buscou controlar, através de sua experiência pessoal, os resultados anunciados 
por Braid. A boa sorte de uma descoberta inesperada, é verdade, foi-lhe favorável 
ao dispor-lhe a experiência de uma paciente, que espontaneamente apresentou 
vários fenômenos que haviam sido descritos por Braid. Mas, quantos médicos 
que estivessem no lugar do Dr. Azam teriam passado por estes fatos interessantes 
sem se deterem, quer por medo de serem confundidos por uma histeria jugular, 
ou por medo de comprometerem suas reputações ao realizar estudos que haviam 
 
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sido desacreditados, ou simplesmente por seguir a preguiça científica que nos 
desprovê do benefício de novas coisas no desenvolvimento moderno? Os 
resultados do Dr. Azam não são apenas de interesse históricos: esta análise 
redescobriu a parte mais importante dos fenômenos somáticos e da anestesia 
psíquica, hiper-anestesia, contratura e catalepsia, que aprendemos, desde que 
neste ano foram apresentados, de acordo com uma determinação rigorosa, uma 
categoria especial de indivíduos (pacientes). Seria interessante observar, a bem 
da verdade, que pela escolha dos indivíduos e pela natureza dos fenômenos 
produzidos, os casos clínicos do Dr. Azam pertencem à hipnose histérica. É dito 
que esta forma de hipnose primeiro tomou seu lugar na ciência e somente agora 
chegou até nós. Ela manifesta sintomas tão característicos a ponto da pessoa mais 
cética não poder duvidar de sua existência. Portanto, devemos convidar nossos 
eminentes colegas a tomar parte no sucesso da obra ao qual ele contribuiu, após 
termos registrado a pesquisa do Dr. Azam com aqueles da escola de Salpêtrière.”
Azam enfrentou grandes dificuldades para remover a aura de mistério da 
hipnose, e foi elogiado por Charcot por isso. O Dr. Heinz Hammerschlag afirma 
em seu livro Hypnose und Verbrechen que os estudos de Azam em Bordeaux, 
apesar de importantes, foram importantes primariamente porque estes estudos 
atraíram a atenção de Liebeault, que foi o primeiro a ser bem sucedido em dar a 
estes pesquisadores uma novo ponto de vista.
Ele esforçou-se para atribuir os fenômenos da hipnose à influência psiquiátrica 
da sugestão, em vez da influência do magnetismo, que havia antes sido tão 
popular na época de Mesmer. 
Como Charcot pôde continuar a manter a afirmação ridícula de que todos os 
assuntos hipnóticos eram "histéricos", face a face com a pesquisa de Braid, e do 
lado oposto de sua boca elogiar o Dr. Azam por esclarecer e reiterar as 
conclusões de Braid, é algo completamente incompreensível.
Sigmund Freud
Até mesmo começar a tentar resumir a vida e a obra de um gênio é naturalmente 
impossível. Da mesma maneira, escolher incidentes específicos em sua vida e, ao 
descrevê-los, esperar que se compreenda o raciocínio intricado da mente de 
Freud, seria tão ridículo quanto descrever George Washington como "o garoto 
que cortou uma cerejeira". Várias centenas de livros foram escritos sobre 
Sigmund Freud, possivelmente o mais completo deles sendo The Life and Work 
of Sigmund Freud, de Ernest Jones (1879 - 1958), em três volumes. Para uma 
 
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compreensão completa de Freud, esta obra em três volumes supera todas as 
outras, mas estando tal tarefa além do escopo deste texto, devemos nos satisfazer 
com um pequeno resumo da ligação de Freud com o desenvolvimento da 
hipnose.
Foi a obra de Breuer que atraiu Freud e que o fez publicar seu famoso livro co-
autorado por Breuer, Studien uber Hysterie, que foi publicado em 1895. Breuer e 
Freud concluíram corretamente que os sintomas histéricos são desenvolvidos 
como resultado de experiências repressivas danosas, e que se estas experiências 
danosas fossem novamente liberadas da mente subconsciente por uma catarse 
mental, os sintomas histéricos seriam eliminados. Breuer conseguiu isso através 
do uso da hipnose, mas Freud, um hipnotista pobre, achou que a livre associação 
conjugada com a psicanálise eram veículos através dos quais poderia realizar seu 
trabalho de forma melhor. Parlour observou que, apesar de que Freud 
menosprezou a "hipnose" formal, ele no entanto usou constantemente muitas 
técnicas de hipnose, tais como "tocar a testa do paciente", "a concentração da 
mente do paciente", "o relaxamento do corpo sobre um sofá" e "o farto uso da 
imaginação". Este fato foi muito negligenciado durante o tempo em que Freud 
viveu, atenção sendo dada às palavras de Freud que nem sempre explicavam as 
ações do mesmo.
Foi durante este período que uma das idéias mais errôneas a respeito da hipnose 
ganhou terreno, e que ainda hoje, infelizmente, é difícil desalojar das mentes de 
muitos médicos e de milhares de leigos. Devido à condenação da hipnose feita 
por Freud em favor da psicanálise, as pessoas começaram a associar a hipnose 
com "sugestões diretas" (este sendo apenas um dos aspectos do hipnotismo). Por 
conseguinte, o público em geral e os leigos também começaram a pensar em 
termos de psicanálise versus sugestão direta. O que não foi suficientemente 
explicado foi que a ciência e arte do hipnotismo contém tanto análise quanto 
sugestão, e quando corretamente aplicada não apenas fraciona o problema em 
seus componentes para análise, mas recompõe o indivíduo novamente com uma 
Síntese. 
A psicanálise convencional, entretanto, com sua falta de orientação diretiva, 
elimina inteiramente a última parte mencionada acima e torna a primeira delas 
lenta, incômoda e muitas vezes ineficaz. 
Todavia, devido ao grande brilho e popularidade de Freud, as palavras 
“associações livres” e “psicanálise” tornaram-se as senhas da época, e a hipnose 
novamente mergulhou na obscuridade.
Alguns especialistas, tal como Pierre Janet da França, Bramwell e Moll da Grã-
Bretanha, Morton Prince e McDougall dos Estados Unidos, e Pavlov na Rússia, 
continuaram a fazer uso do hipnotismo. A maioria dos neurologistas (naquela 
época, a maior parte das doenças mentais era investigada do ponto de vista da 
“neurologia”) foi imediatamente influenciada pela teoria e métodos de Freud.
Freud era um homem fascinante. Ele nasceu no dia 6 de maio de 1856, na cidade 
morávia de Freiberg, uma pequena e antiga cidade industrial que então pertencia 
ao Império Austro-Húngaro. Sua mãe, Amália, por quem teve um forte apego 
edipiano, era vinte anos mais nova que seu pai Jacob. A família mudou-se para 
Viena, onde viveu sua vida. Seu pai morreu em outubro de 1896, quando Freud 
tinha quatro anos, afetando-o profundamente, o que expressou numa carta que 
escreveu ao seu amigo, o Dr. Fliess.
A família de Freud era judia, mas Freud ignorava as comemorações dos judeus, e 
 
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em vez disso celebrava o Natal e o Ano Novo porque "era mais fácil". Este tipo 
de comportamento parece muito incomum para um não conformista, mas como 
afirmamos acima, Freud era na realidade um paradoxo, dizendo algumas coisas e 
praticando outras. Ele constantemente afirmava, por exemplo, que era um 
cientistade primeira linha, que buscava sempre a verdade e somente a verdade. 
Até sua morte, ele continuou a acreditar na teoria de Lamarch de que 
características pessoais adquiridas poderiam ser herdadas, algo que nenhum 
verdadeiro cientista da época acreditava mais, da mesma forma que não 
acreditava que o mundo era plano. Freud também interessou-se pelo ocultismo e 
pela telepatia, e abertamente afirmava sua crença neles, apesar de nunca ter 
publicado obras deste teor. Freud acreditava sobremaneira na magia dos 
números, e seu amigo íntimo William Fliess, mencionado acima, afirmou que 
Freud acreditava que coisas importantes aconteciam aos seres humanos em ciclos 
de 23 a 28 dias. Ele previu sua própria morte na idade de 61 ou 62 anos, e ficou 
um tanto quanto desapontado depois de ter passado por essa idade, elevando 
assim sua predição para 85 anos e meio, a idade em que seu pai e seu meio irmão 
morreram. O filho mais velho de Freud, Jean Martin Freud, cujo nome lhe foi 
dado em homenagem a Charcot, o qual Sigmund admirava tanto, publicou um 
livro relativamente novo sobre a vida doméstica de Freud como pai e como 
homem. Freud conheceu sua esposa em abril de 1882, e apaixonou-se à primeira 
vista, apesar de não ter se casado antes de ter prestado um mês de serviço em 
manobras do Exército Austríaco em 1886, quando foi promovido de Primeiro 
Tenente a Capitão.
Freud trabalhava como especialista em doenças nervosas, e era um professor 
iniciante na Universidade de Viena quando Jean Martin nasceu. Ele vivia em 
Suenhaus, frente a Ringstrasze, mas escreveu muitos de seus melhores livros em 
cenários naturalistas. A Interpretação dos Sonhos, provavelmente um dos livros 
mais famosos de Freud, foi escrito numa vila em Berchtesgaden, uma linda 
estância situada no alto das montanhas da Bavária, que mais tarde se tornaria 
famosa como o bem guardado refúgio de Adolph Hitler.
Freud estava sempre imaculada e cuidadosamente vestido, mesmo durante os 
últimos dezessete anos de sua vida, nos quais dolorosamente submeteu-se a uma 
operação após a outra por causa dos cânceres incuráveis que tanto o 
incomodaram. Ele manteve seu senso de humor mesmo após a maior parte da 
estrutura de sua boca, pálato e maxilar ter sido removida, e de ter sido forçado a 
usar uma prótese monstruosa para poder fechar a abertura entre a cavidade nasal 
e a garganta para poder falar. Fraco e incapaz de falar, exceto em seu alemão 
nativo (apesar de que antes falasse bem o francês e o inglês), disse certa vez à 
cantora francesa Yvette Guilbert: "Meine Prosthese Spricht Keine Franzosisch" 
(Minha prótese não fala francês).
Freud submeteu-se a um total de 33 operações, incluindo uma operação de 
esterilização, a qual esperava que de alguma maneira mudaria a configuração 
hormonal de seu corpo, evitando que o câncer se espalhasse. Ele fugiu para a 
Inglaterra em 1938 para escapar de Hitler, e aos 82 anos de idade, em Londres, 
recuperou-se o suficiente para fazer quatro tratamentos de análise por dia. Freud 
odiava as drogas e tomava apenas aspirina ocasionalmente. Em fevereiro de 1939 
seu câncer finalmente o encurralou, sendo considerado inoperável e 
completamente incurável na época, e, no dia 21 de setembro daquele ano, pediu 
ao seu médico, o Dr. Max Schur, que lhe desse um sedativo. "É somente tortura 
 
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agora, e não faz mais qualquer sentido", disse Freud, e dias depois, com 83 anos 
de idade, ele morreu. Sua filha Anna permaneceu ao seu lado durante sua longa 
enfermidade, mantendo-o confortado. "O mais importante," disse o biógrafo 
Jones (que talvez foi o psicanalista de língua inglesa número um em sua época), 
"é a crescente consciência que as pessoas têm de serem movidas por forças 
obscuras dentro de si mesmas, as quais não conseguem definir. 
Poucos pensadores hoje em dia poderiam afirmar possuir um conhecimento 
completo de si mesmos, ou de que o que estão conscientemente cientes engloba o 
total de sua mentalidade, e este reconhecimento, com todas suas conseqüências 
formidáveis para o futuro das organizações sociais, nós devemos acima de tudo a 
Freud. O principal inimigo e perigo do homem é sua própria natureza 
incontrolável e as forças negras enclausuradas em seu interior. Se nossa raça tiver 
sorte de sobreviver por outros mil anos, o nome de Sigmund Freud será lembrado 
como aquele do homem que foi o primeiro a averiguar a origem e a natureza 
destas forças e que apontou a maneira de obter algum controle sobre elas".
 
 
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EMILE COUÉ - (1857-1926)
Farmacêutico francês, seu nome está associado às pesquisas sobre o "Efeito 
Placebo", é considerado o pai da Auto-Hipnose. Coué se baseou num fato que 
ocorreu "por acaso": Ao administrar um medicamento a um paciente, disse-lhe 
que era um remédio poderoso recém-chegado de Paris e que, sem dúvida, 
promoveria a cura - mas o medicamento não tinha essa especificação. Interessado 
pela hipnose, ele conclui dessa experiência que "na verdade, não é a sugestão que 
o hipnotizador faz que realiza qualquer coisa, é a sugestão que é aceita pela 
mente do paciente. Todas as sugestões efetivas devem ser ou são transformar em 
auto-sugestões" . Descobriu, assim, que não era necessário "hipnotizar" um 
paciente para induzi-lo a reagir desta ou daquela forma. Bastava "relaxar" o 
paciente e "fazer a sugestão", com voz firme, decidida, para obter o mesmo 
resultado. Foi ele quem formulou vários princípios e leis que fundamentam a 
aplicação e sistematização do processo sugestivo. 
Foi no início do séc. XX que Emile Coué começou a popularizar a auto-sugestão 
consciente. Autor de alguns livros sobre o tema, dois deles, publicados em 
português, propunha uma auto-hipnose genérica, extremamente simples e, por 
isso mesmo, muito popular. A frase que se tornou a sua marca registrada foi: "De 
dia para dia, em tudo e por tudo, vou cada vez melhor". Esta frase destinada a ser 
repetida 20 vezes todas às noites, antes de dormir e logo ao acordar, faz parte do 
célebre método que ele chamou de "Domínio de si mesmo pela auto-sugestão 
consciente" e começou a popularizar a auto-sugestão consciente. Essa frase se 
tornou muito popular no Brasil, graças a Omar Cardoso, radialista e astrólogo 
que a utilizava na abertura de seu programa nos anos 70. 
 
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Milton Hyland Erickson, (1901-1980)
A partir do 1980 a hipnose tornou-se muito popular devido a uma nova 
orientação conhecida como Psicoterapia Ericksoniana ou Hipnose Naturalista 
Fruto do trabalho do médico e psiquiatra americano Milton Hyland Erickson, 
(1901-1980). Dentre as inúmeras contribuições para o campo da Psicologia 
deixadas por ele, pode-se citar o conceito de utilização da realidade individual do 
paciente, levando sempre em consideração o indivíduo que está passando pelo 
processo terapêutico e sua realidade pessoal. Erickson trabalhava em cima do 
sintoma do paciente, entrando, através de uma hipnose naturalista, na forma em 
que a pessoa causava o problema a si mesmo. 
Outros Grandes autores do século XX que cunharam a Hipnose
- Ivan Pavlov (1849-1936) - Transe ⇒ “sonoincompleto”, causado 
por sugestões hipnóticas. As sugestões provocariam uma excitação em algumas 
partes do córtex cerebral e inibição em outras partes. Criador da indução 
reflexológica.
- Pierre Janet (1849-1947) - descreveu o transe como dissociação. 
Introduziu o termo subconsciente para diferenciá-lo do inconsciente.
- 1918 - No Congresso de Psicanálise de Budapeste - frisou a 
importância de aliar a psicanálise à hipnose.
1938 - Falou da legitimidade de alguns fenômenos hipnóticos - no 
Esboço de Psicanálise.
- Ernest Simmel - psicanalista alemão (1918) - desenvolveu a 
hipnoanálise.
- Clark L.Hull (1984-1952) - professor de Psicologia em Yale, 
interessou-se pelos aspectos experimentais da hipnose. Autor do livro, “Hypnosis 
and Sugestibility” - considerava os fenômenos hipnóticos como uma resposta 
adquirida, igual aos hábitos. Teoria da aprendizagem: repetição associativa, 
condicionamento e formação de hábito.
- Kris (1952) - regressão dirigida a serviço do ego.
- André M. Waitzenhoffer (1921-1953) - reforça o conceito da 
aprendizagem, mas caracteriza o transe como experiência naturalista.
 
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MITOS
No geral muitas pessoas têm idéias deturpadas sobre a hipnose, algumas das 
quais são compartilhadas por médicos, até mesmo por psicólogos. No entanto, 
um numero imenso de mulheres tiveram filhos sob hipnose. Além disso, milhares 
de outras pessoas submeteram a tratamentos terapêuticos onde foram aplicadas 
técnicas hipnóticas. Infelizmente estas opiniões erradas ainda prevalecem e 
muitos dos que poderiam beneficiar-se com a hipnose não contam com seu 
auxilio. 
A maioria das pessoas julgam que um indivíduo hipnotizado fica inconsciente, 
que fará tudo o que for sugerido, que podem não acordar etc. 
ALGUNS MITOS SOBRE HIPNOSE.
A hipnose é terapia ou psicanálise ?
Falso
A hipnose é mais uma ferramenta que pode ser utilizada em uma terapia. A 
psicanálise utiliza o método da livre associação.
Existe hipnose sem permissão?
Falso
É preciso a concordância do sujeito que vai ser hipnotizado para que o efeito 
hipnótico aconteça. Não há hipnose sem a anuência do sujeito. Não há perda do 
livre arbítrio em estado hipnótico. Não há perda de consciência na hipnose. 
Existe um estado de atenção concentrada. Existe um aprofundamento dos 
conceitos e valores.
Durante a hipnose se perde a lucidez?
Falso
Caracterizada por um estado de profundo relaxamento onde o paciente mantém a 
lucidez e se mostra altamente responsivo às sugestões, se pode observar que 
existe um aumento da capacidade de concentração. Esta concentração pode ser 
direcionada a execução de determinadas atividades orgânicas internas a nível até 
mesmo celular.
Aumentando e melhorando o trabalho destas células, glândulas, órgãos ou 
sistemas a favor de uma recuperação mais rápida e mais eficiente. E diminuindo 
os fatores que intensificariam esta doença.
Este mesmo recurso é conseguido a noite ao dormir ou quando a pessoa esta em 
repouso (convalescente). A atividade orgânica esta diminuída e mais energia fica 
disponível para a recuperação e reposição de substâncias e estruturas ao corpo, 
maior concentração no trabalho e na atividade celular. A diferença é que na 
hipnose este recurso pode ser conduzido.
Como definir o estado hipnótico?
Dá-se este nome, escreve Jolivet, a uma espécie de sono anormal cuja profundeza 
é variável, e durante o qual o sujeito se levanta, escreve ou fala, isto é, realiza o 
seu sonho. Distinguem-se os sonambulismos naturais ou espontâneos, estados 
patológico que em geral se desenvolve no curso do sono, e os sonambulismos 
 
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artificiais ou provocados, que é uma forma do estado hipnótico, caracterizado 
pelo fato de se poder conversar com o sujeito, que, de seu lado, pode apresentar, 
para um observador inadvertido, a aparência de uma pessoa normal e 
perfeitamente acordada.
Os estados da consciência são:
a)Vigília: são ondas cerebrais do tipo beta.
b)Estado alterado da consciência: estágio intermediário entre a vigília e o sono. 
São ondas do tipo alfa.
c)Sono: são ondas cerebrais do tipo delta e teta.
Fase REM do sono (fase de movimentos oculares rápidos), é o momento onde 
geralmente ocorrem os sonhos.
Fase NREM do sono. 
Todas as pessoas são hipnotizáveis?
Falso.
Somente 10% da população não é hipnotizável, ao contrário do que se acreditava. 
Pessoas alcoolizadas ou com deficiência mental estão nesse grupo. Crianças de 
pouca idade são hipnotizadas, mas com maior dificuldade.
Existem três estágios de profundidade hipnótica: leve, médio e profundo. O 
estágio mais profundo só é percebido numa pequena parte da população. Daí a 
conclusão errada que somente 10% da população era hipnotizável
A hipnose é causada pelo poder do hipnotizador? 
Falso
Esta idéia vem desde os tempos de Mesmer, que vinculou o transe ao poder do 
magnetismo animal. Porém a hipnose não acontece apenas pelo poder do 
hipnotizador, mas pela aceitação e interação da pessoa que entra em transe e 
deseja experimentar aquilo que se pede. A hipnose só acontece quando existe a 
empatia (interação e confiança) entre o hipnotizado e o hipnotizador.
O hipnotizador controla o desejo do paciente? 
Falso
O sujeito é protegido pelo inconsciente de fazer aquilo que não deseja. Caso ele 
faça é porque julgou inofensivo, ou por acreditar que aquilo possa ajudar.
A pessoa pode não voltar do transe, ficar presa nele?
Falso
O máximo que acontece é a pessoa adormecer, que seria o passo seguinte ao 
transe profundo. Sabe-se que o transe é um estado entre a vigília e o sono. Se 
você aprofunda, dorme e pode ser acordado.
A hipnose é sono?
Falso
A hipnose é um estágio anterior. Às vezes, confunde-se o estado da pessoa em 
transe profundo, pensando que adormeceu. Mas mentalmente a pessoa é capaz de 
estar concentrada e com certo grau de consciência e responder aos seus 
 
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comandos, ou seja, a pessoa está relaxada de forma alerta.
Toda hipnose tem regressão?
Falso
Para haver regressão é necessário um transe médio ou profundo na hipermnésia e 
nem toda pessoa regride. A regressão não é hipnose.
Na regressão as memórias podem ser construídas. O que vale é a realidade 
psíquica para o trabalho na psicanálise.
Há perigos na hipnose?
Verdadeiro.
Os riscos existem quando o paciente se presta a participar de shows e 
demonstrações sem finalidades terapêuticas que normalmente são conduzidas por 
pessoas que se intitulam hipnotizadores, sem formação profissional adequada, 
podendo este leigo prejudicar o paciente.
É uma técnica que trabalha com o desconhecido, a mente inconsciente do ser 
humano. Ela pode ser uma ferramenta de trabalho para o psicoterapeuta, 
entretanto se torna uma arma perigosa se aplicada indevidamente por pessoas não 
qualificadas ou mal intencionadas.
Uma pessoa hipnotizada revela seus segredos involuntariamente? 
Falso
A pessoa só falará, se assim o desejar, porque pode ocorrer a hipermnésia, a 
lembrança vívida de um fato esquecido.
 
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CONCEITUAÇÃO
HIPNOSE
Conceitos mais antigos de hipnose:
1) Hipnose é guiar um sonho.
2) Hipnose é um natural, alterado estado de consciência.
3) Hipnose é um estado de relaxamento e hipersugestionabilidade ⇒ maior 
responsividade.
4) Hipnose é um estado de transição entre estar acordado e adormecer
Tradicionalmente, hipnose tem sido considerada como estado subjetivo de 
experienciação no qual o indivíduo tem capacidades ou experiências geralmente 
diferentes daquelas que experimenta quando acordado.
Numa visão mais “moderna” hipnose é um processo de comunicação 
efetiva que influencia e produz mudanças. Hipnose é vista como um fenômeno 
relacional.
⇒ Hipnose é um processo sistêmico.
⇒ Hipnose é uma ponte entre o hemisfério cerebral direito e o 
esquerdo (Zeig).
⇒ Hipnose é a zona neutra, o ponto morto para que aconteça a troca 
de marcha (Zeig).
⇒ Hipnose é um ato de amor (Sofia).
⇒ Toda hipnose é transe, nem todo transe é hipnose.
⇒ “Um estado de transe é um estado alternativo de consciência, isto é, 
uma forma diferente de estar acordado, onde a atenção está orientada mais 
intensamente para o interior do que para o exterior, com flutuações particulares 
em cada caso. Durante o transe a pessoa tem uma grande atividade interna, sem 
perder o estado de alerta, isto é, estando acordada.” (Tereza Robles).
“O transe é um período no qual as limitações que uma pessoa tem, no que 
dizem respeito a sua estrutura comum de referências e crenças, ficam 
temporariamente alterados, de modo que o paciente se torna receptivo aos 
padrões, às associações e aos moldes de funcionamento que conduzem a solução 
de problemas.” (M. Erickson).
“É um estado alterado de consciência, ou é um estado de consciência no 
qual o conhecimento que você adquiriu durante toda sua vida e que você usa 
automaticamente torna-se, de repente, disponível, Milton Erickson”.
“É um estado temporário de atenção modificada que se caracteriza por 
uma sugestionabilidade aumentada, Abrahan Mason”.
“Abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de 
sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na 
percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamentos 
e na memória Sociedade Brasileira de hipnose”.
 
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“Resulta da ação direta de uma vontade mais forte, ou seja, a vontade do 
hipnotista, sobre uma vontade mais fraca, ou seja, a vontade do “sujet”, Karl 
Wessmann”.
"A Hipnose é a habilidade de entrarmos em contato com a nossa capacidade de 
otimização e criatividade, vencendo nossos limites. A hipnose é a ciência voltada 
para a expansão do potencial humano", (Brian Weiss).
“É um estado artificialmente induzido, às vezes semelhante ao sono, porém 
sempre fisiologicamente distinto do mesmo, tendente a aguçar a sugestibilidade, 
acarretando modificações sensoriais e motoras, além de alterações de memória, 
Karl Wessmann”.
É um estado de estreitamento de consciência, geralmente provocado 
artificialmente, que se parece com o sono, porém dele se distingue 
fisiologicamente, Antonio Carlos morais Passos”. 
Sendo toda hipnose uma forma de auto-hipnose, é o próprio paciente que 
permite que a mesma aconteça, detendo ele o controle durante todo o tempo que 
passa em transe. Não se pode obrigar o hipnotizado a fazer o que não quer ou o 
que fira seus princípios morais e mesmo revele segredos do seu passado.
Mesmo que a hipnose tenha sido desenvolvida, inicialmente, como um método 
de cura (Mesmer), ela por si não cura nada. A hipnose é uma emoção límbica, 
como qualquer emoção do nosso dia-a-dia, sua utilidade na educação 
e reprogramação do comportamento supera qualquer outro procedimento, porque 
polariza a atenção de forma seletiva, e concentrada, facilitando a programação do 
subconsciente. Por meio da hipnose podemos desenvolver nossas habilidades 
naturais e desbloquear nossas energias represadas, liberando o potencial do nosso 
inconsciente elevando nossa capacidade de otimização. 
A TERAPÊUTICA HIPNÓTICA
Atendidas as peculiaridades intrínsecas de cada caso, na prática as técnicas 
terapêuticas aliadas à hipnose, comparadas a outras modalidades, apresentam 
inestimável ganho pela maior eficácia que adquirem e pela abreviação no tempo 
de tratamento. Não é isto, porém, sinônimo de resultado quase mágico, 
instantâneo e infalível. Uma sugestão bem aplicada é freqüentemente mais eficaz 
e, simultaneamente, menos danosa que a ingestão de qualquer medicamento. Para 
agir num ponto do organismo, o medicamento dissolve-se em todo ele, perturba e 
envenena mais ou menos todas as células. Voltaire definiu a medicina como a 
arte de introduzir drogas pouco conhecidas em um organismo mais desconhecido 
ainda. Isso obviamente não se aplica à sugestão hipnótica! 
 
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HIPNOTERAPIA
Quando se usa a hipnose para tratar um problema psicológico, chamamos o 
processo de Hipnose Clínica ou de Hipnoterapia, denominação que deriva da 
junção das palavras hipnose e terapia em grego, sendo que a primeira vem de 
Hypnos, o "Deus do Sono" da mitologia e a segunda vem de Therapéutikos que 
significa "cura" ou "cuidado". Em outras palavras, Hipnoterapia é o cuidado ou 
cura através da Hipnose. 
Hoje oficialmente considera-se a Hipnoterapia não como uma terapia alternativa, 
mas uma alternativa terapêutica, uma das primeiras a ser escolhida devido a ser 
completamente natural e segura, aos seus resultados rápidos e persistentes, custo-
efetividade e "efeitos colaterais" benéficos. 
HIPNOANÁLISE
Termo usado por Hadfield em 1920, para denominar uma combinação de catarse 
hipnótica e de sugestões re-educativas, que utiliza hipnose para ajudar a vencer 
as resistências do paciente, e aceitar a assimilar as experiências relembradas. A 
Hipnose facilita a "livre-associação", ajudando enormemente o trabalho analítico 
em relação às fantasias inconscientes. 
Não faz sentido supor que a psicoterapia no estado de vigília, que se dirige à 
cerebração consciente, seja mais eficaz que a Hipnoanálise, que se dirige 
diretamente ao sub-consciente, onde reside a causa do mal. Pode-se dizer que a 
dependência do analisado em relação ao analista (psicanalista) é ainda mais forte, 
muitas vezes chega a ponto de fazer o paciente aceitar passar anos no divã. 
HIPINATRIA
A Sociedade de Hipnose Médica de São Paulo, na expectativa de homogeneizar a 
terminologia adotada pelas diversas correntes, definiu-a da seguinte maneira: 
Procedimento ou ato médico que utiliza a hipnose como parte predominante do 
conjunto terapêutico. A referida Sociedade observa que este é o termo mais 
adequado para o tratamento médico feito através da hipnose pura ou combinada 
com fármacos. Esta nomenclatura deveu-se à demanda do Departamento de 
Hipnologia, numa analogia com algumas especialidades médicas (Pediatria, 
Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria, etc.). Este termo, criado em 1968 pelos 
professores Miguel Calille Junior e Antônio Carlos de Moraes Passos, foi 
adotado pelo Conselho Federal de Medicina, no ano 2000, como adequado a ser 
utilizado quando um médico fizer abordagem através do uso da Hipnose para 
diagnóstico ou tratamento (iatria, do grego, "arte de curar"), sendo unanimementeconsiderado por todas as escolas médicas de hipnose no Brasil. [PROCESSO-
CONSULTA CFM Nº 2.172/97 PC/CFM/Nº42/1999]. 
 
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HIPNODONTIA
Aplicação da hipnose e sugestões controladas na prática odontológica. 
HIPÓTESES E TEORIAS ACERCA DO FUNCIONAMENTO DA 
HIPNOSE
Afinal de contas, o que é a Hipnose? Diversas teorias surgiram para tentar 
explicar esse estranho estado. 
A hipnose é um construto complexo e na atualidade não existe uma teoria 
predominante sobre a mesma ou que seja consensualmente aceita, mas sim um 
contínuo de pontos de vista teóricos; e se entende a razão... Estamos tentando 
definir um fenômeno do cérebro, este órgão sobre o qual conhecemos tão pouco 
e do qual utilizamos somente uma parte mínima. As provas apresentadas a favor 
de cada uma dessas filiações, desde os experimentos laboratoriais ao conteúdo de 
verbalizações, fantasias, sonhos e manifestações do comportamento, são em 
número deveras impressionante. 
O CÉREBRO DO HIPNOTIZADO
Com o avanço tecnológico, a hipnose vem sendo estudada por meio de exames 
como eletroencefalografia digital (EEG-D), mapeamento cerebral, potenciais 
evocados, ressonância funcional e tomografia por emissão de pósitrons - PET 
(Positron Emition Tomography), que possibilita a partir de injeção de glicose 
ativada, identificar as áreas cerebrais ativas em diferentes situações 
experimentadas em pacientes, mas o importante é que estas avaliações acontecem 
de forma dinâmica, não estática como acontece com os tomógrafos 
convencionais. E se pode observar estrutura mais profundas do que a limitação 
imposta pelos eletroencefalógrafos que monitoram somente a camada cortical, 
podendo ser estudadas estruturas mais profundas do sistema nervoso, neste caso 
nos interessa o Sistema Límbico-Hipotalâmico e suas relações com o estado 
alterado de consciência do transe hipnótico. Estes estudos abrem novas 
perspectivas e outras questões surgem como resultado. 
Baseado nestes estudos de pesquisa de ponta há 8 anos estão sendo realizadas 
pesquisas com o Pet Scan direcionadas ao estudo do transe hipnótico como 
estado alterado de consciência em renomadas e conceituadas instituições norte 
americanas como Universidade de Standford e Harvard e os Hospital Geral de 
Massachusetts e Memorial Hospital de Neva York. Neurologistas, radiologistas, 
psiquiatras entre outros profissionais estão tentando desvendar os mistérios da 
hipnose clínica. 
Em 1998, a hipnose saiu do campo da especulação para o campo científico 
através de uma experiência coordenada pelo psicólogo e neurologista da 
Universidade de Harvard, Stephen Kosslyn, que contou com auxílio de 
psiquiatras, radiologistas e neurologistas da Universidade de Stanford nos EUA. 
 
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Dezesseis voluntários observaram imagens em cores na tela de um computador. 
Depois de hipnotizados, eles foram levados a acreditar que a mesma figura 
colorida, vista outra vez no monitor, era toda em tons de cinza. Com o auxílio de 
um equipamento de última geração na área da tomografia computadorizada, eles 
foram avaliados pela tomografia por emissão de pósitrons (PET), um exame 
capaz de mapear áreas cerebrais e que aponta as áreas que são ativadas durante 
atividades cerebrais específicas, verificou-se que a área do cérebro responsável 
pela percepção das cores permaneceu desligada. Em compensação, a chamada 
área lingual foi acionada - ela é capaz de inibir informações sensoriais, como os 
estímulos visuais provocados pela cor. Ou seja, sem nenhuma possibilidade de 
farsa, o cérebro passou a ver em preto e branco. 
Mais tarde, os mesmos voluntários foram induzidos a ver cores numa figura em 
preto e branco. Comprovou-se que a região relacionada à visão das cores, 
próxima da nuca, era especificamente ativada. Se eles não estivessem 
hipnotizados e vissem uma figura em preto e branco, o cérebro dos voluntários 
não apresentaria esta área ativada; afinal, o nervo óptico não levaria à massa 
cinzenta informação de cor. Os resultados preliminares desse estudo são 
espantosos! Esta experiência foi um marco definitivo para a validação da hipnose 
como método científico pela Organização Mundial da Saúde em 1998. 
A tese mais aceita é de que as palavras do hipnotizador, processadas pelo nervo 
auditivo, alcançam a ponta de uma rede, na base do cérebro (tronco cerebral), 
chamada substância reticular ascendente (SRA) - a qual também é responsável 
pelo estado de consciência desperta, assim como pelas atividades do hipotálamo 
e sistema límbico - e se espalham por toda a massa cinzenta. Por se tratar de 
estímulos repetitivos, quando eles chegam ao lobo frontal, região atrás da testa, 
concentram a atenção do paciente em um único foco, inibindo tudo o que está ao 
redor. Quando alguma coisa chama a nossa atenção, três áreas do cérebro ficam 
especialmente ativas. Primeiro, a região parietal direita aciona a nossa percepção. 
Logo depois, é a vez da região pré-frontal direcionar nosso olhar para o alvo da 
atenção. Então, uma outra área, conhecida como o giro do cíngulo, avalia: vale a 
pena ou não continuar olhando para aquilo? O alvo interessa de alguma forma 
pra nós? 
Quando cai o nível de atividade na base do cérebro, muda a predominância do 
externo (exteriorização) para o interno (interiorização). Quando alguém dá menos 
 
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atenção para a informação que vem dos sentidos, mais atenção é dada para a 
informação interna. 
No estado hipnótico os fenômenos observados são tipicamente de origem 
límbica. Os fenômenos de rememoração (recuperação de memórias esquecidas 
ou reprimidas) e revivificação (ressurgência da experiência emocional vivenciada 
no evento rememorado), comumente reunidos no termo "regressão"; as amnésias 
espontâneas experimentadas quando se sai do estado hipnótico; a aprendizagem 
acelerada que ocorre neste estado; as analgesias; a estimulação do sistema 
imunológico; as alterações subjetivas do esquema corporal e as vivências 
alucinatórias induzidas por sugestão, são fenômenos típicos associados à 
formação hipocampal do sistema límbico. Esta região é responsável pela 
formação da memória, pela aprendizagem, pela imagem do corpo (esquema 
corporal) e pela regulação do sistema imunológico. 
Compreende-se, agora, como a hipnose favorece a liberação de emoções 
reprimidas juntamente com a memória do evento que a gerou. A repressão de 
lembranças desagradáveis e as defesas que impedem que elas aflorem é um 
processo ativo do córtex pré-frontal (formação recente na evolução, sede da 
personalidade e da vida intelectiva)* O sistema límbico se vê, assim, impedido 
de descarregar a estase energética e regular o equilíbrio e a distribuição da 
energia dinâmico-afetiva. 
O córtex pré-frontal modula a energia límbica e tem a possibilidade de criar 
comportamentos adaptativos adequados ao tomar consciência das emoções. Por 
outro lado, o sistema límbico através do hipotálamo pode exercer um efeito 
supressor sobre o neocórtex(inibição momentânea da cognição e também sobre o 
tônus muscular tônico, como se observa nas fortes excitações emocionais). 
(*) O lobo frontal é responsável pelo nosso temperamento, nossa relação com as 
pessoas, nosso jeito de ser. É o que nos faz indivíduos ímpares. A parte mais 
sofisticada do cérebro. 
Referência Bibliográfica: Revista SuperInteressante, Ano 12, n. 5, Maio 1998, 
Cérebro "Visão Hipnótica", pág. 40 - chamada de capa: HIPNOSE - Ela já foi 
condenada como um truque de charlatães. Hoje, comprovada pela ciência, ajuda 
a Medicina a curar muitas doenças.
 
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HIPNOSE NA VIDA DIARIA
Segundo Marlus Vinicius as manifestações da hipnose ocorrem na vida diária 
sem que a maioria das pessoas perceba: 
1. Quando assistimos a um filme, no cinema ou na televisão, e estamos realmente 
gostando, nós nos emocionamos com as cenas do filme. Podemos rir, chorar, 
ficar revoltados ou alegres com determinadas seqüências do filme; pode ocorrer 
sudorese nas mãos, redução do ritmo respiratório. Nesses momentos em que 
nossa atenção está focalizada nas cenas, e segundo o conteúdo das próprias cenas 
e de acordo com as nossas experiências passadas, estamos hipnotizados. 
Durantes essas cenas, nosso juízo crítico não se preocupa com a velocidade e 
número das cenas, nem com a definição das imagens, ou até mesmo como foram 
produzidas as cenas. Não pensamos tratar-se de um conto, nos envolvemos com 
as cenas, sentimos as cenas com todos os nossos sentidos, e muitas vezes 
deixamos de ouvir ou de prestar a atenção num barulho estranho ao filme, como 
o som da campainha da nossa residência;
2. Quando estamos interessados na leitura de um determinado livro, 
reagimos emocionalmente às descrições das situações interessantes sem estarmos 
analisando criticamente o tamanho das letras, a ortografia, falhas na impressão. 
Limitamos, desse modo, a nossa atenção visual ao conteúdo do que estamos 
lendo e somos auto-hipnotizados;
3. Quando estamos ouvindo com entusiasmo uma música de nossa 
preferência, permanecemos sem analisar criticamente a afinação do cantor ou a 
performance da orquestra. Essencialmente, concentramos a nossa atenção no som 
musical, permitindo que a música entre em nossa mente e em nosso corpo, e até 
podemos ser hipnotizados pela música, a qual pode nos fazer recordar de um 
acontecimento passado, ocorrendo uma relembrança ou mesmo uma 
revivificação;
4. Quando estamos dirigindo nosso carro de casa para o trabalho, 
prestamos atenção consciente ao transito, contudo a direção do carro é realizada 
em nível inconsciente. Nós não ficamos, conscientemente, engatando as marchas 
e pisando no freio. Assim mesmo quando dirigimos o veículo prestando atenção 
ao transito, uma série de estímulos chega ao nosso cérebro sem se tornar 
consciente neste exato momento e pode ser armazenada em algum lugar do 
encéfalo; 
5. Quando uma pessoa está aprendendo a dançar, presta atenção ao 
compasso musical, presta atenção na sua posição corporal, olha para os pés para 
saber aonde irá posicioná-los. Enfim, procura seguir o professor ou o seu par. 
 
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Essa fase pode ser comparada às sugestões que o hipnoterapeuta formula ao 
paciente durante o tratamento pela hipnose. Posteriormente, quando a pessoa já 
sabe dançar, simplesmente ouve a música, deixa-a entrar pelo seu corpo e sai 
dançando automaticamente;
O Tratamento bem-sucedido, pela hipnose, pode ser observado quando, por 
exemplo:
1. O paciente reprogramou seu modo de alimentar-se para tornar-se e permanecer 
esbelto;
2. Quando, por meio da hipnose, ampliou sua capacidade de aprender e relembrar 
o aprendido;
Quando, por meio da hipnose, eliminou uma fobia;
 Durante uma conferência ou uma aula, quando o aluno se interessa pela matéria 
e o professor é habilidoso, o aluno permanece com sua atenção tão focalizada e 
limitada ao assunto, isto é, está hipnotizado, que os ensinamentos são gravados 
no seu inconsciente e mesmo no seu inconsciente. Ao terminar a conferência ou a 
aula, o aluno sai satisfeito com os ensinamentos compreendidos, sendo capaz de 
lembrá-los durante uma prova. Alternativamente quando o professor é chato, fala 
bastante e apenas lê os dispositivos projetados, o aluno não se interessa pela 
matéria e se distrai com qualquer coisa, não há focalização da atenção, nem 
hipnose. Conseqüentemente, não há aprendizagem adequada. Muito 
provavelmente o aluno será incapaz de lembrar durante a prova, nem para o seu 
proveito durante a sua vida, o que esse professor tentou transmitir;
Muitas sugestões indiretas ocorrem no cotidiano e conduzem a respostas 
similares às ocorridas na hipnose formal. Quantas vezes estamos passeando num 
“shopping center” com o desejo de adquirir alguma peça para o vestuário 
quando, passando pela frente de uma lanchonete, sentimos o odor do café, 
recebemos uma sugestão sensorial olfativa direta, e somos levados a entrar e 
saborear um cafezinho.
Da mesma forma uma sugestão direta aplicada na hora certa com palavras 
corretas e poderosas, com tom emocional adequado ao contexto, pode fazer uma 
multidão mover-se imediatamente sem que as pessoas parem para raciocinar e 
optar pela melhor alternativa de comportamento. Isto ocorre quando num cinema 
durante a exibição de um filme alguém grita: “Fogo! Está pegando fogo!”.
Quantas vezes ao tirarmos uma roupa descobrimos que nos arranhamos num 
braço ou numa extremidade do corpo, sendo que no momento do arranhão nada 
sentimos, pois estávamos com a atenção concentrada em outra coisa, pois nesta 
hora estávamos anestesiados.
Muitas vezes nos podemos entrar em hipnose, sem nenhuma sugestão verbal, 
simplesmente dirigindo um veículo numa estrada com longas retas ou numa auto-
estrada; outras vezes, simplesmente assistindo a um programa de televisão.
 
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Assim podemos compreender que a hipnose, na vida diária ocorre mais 
freqüentemente do que imaginarmos, e contribui para o entendimento de que não 
é necessária a indução formal para obtermos a hipnose. No consultório do 
hipnólogo, faz-se a indução formal de hipnose para obtê-la no momento desejado 
e com finalidades específicas.
CONTRA INDICAÇÕES DA HIPNOSE
• O uso em Psicóticos, bordeline ou compensados, (mas que podem ser 
tratadas por hipnoterapeutas e psicanalistas bem treinado);
• Sem objetivo definido e construtivo, apenas para satisfazer insistentes 
pedidos do paciente;
• Se o estado do paciente não está determinado;
• Satisfação do EGO do hipnotizador;
• Remoção de sintomas sem se preocupar com a causa dos mesmos (o que 
alguns questionam dizendo que o alívio pode ser permanente e que o 
paciente, eventualmente, pode aproveitar esse período, sem sintomas, para 
melhor adapatar-se a vida);
• Eliminar sensações (fadiga, por exemplo) o que pode levar o paciente a 
ultrapassar os limites de sua capacidade física.
CONSTELAÇÃO HIPNÓTICA (SEGUNDO JEFFREY K. ZEIG)1
- Economia de movimentos (catalepsia)
- Literalismo (interpretaçãoliteral)
- Demora para iniciar resposta
- Mudança nos reflexos de salivação e deglutição
- Diminuição na freqüência respiratória, pulso e pressão sangüínea - 
há uma diminuição geral dos reflexos
- Relaxamento muscular
- Mudanças no comportamento ocular:
Mudanças pupilares
Tremor palpebral
Perda de foco
Olhar fixo
Mudanças na freqüência das piscadas
Mudanças no movimento lado a lado do olho (REM)
Lacrimejamento 
- Redução dos movimentos de orientação
- Perseveração
- Assimetria direito / esquerdo
- Mudanças na circulação periférica
- Fasciculação
- Aumento da responsividade
1 Extraído da Apostila de Drª Sofia Bauer 
 
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- Aumento da atividade ideomotora e ideossensória
FENOMENOLOGIAS DOS ESTADOS HIPNÓTICOS
Durante o transe hipnótico, de acordo com a sensibilidade individual 
momentânea e segundo a profundidade do transe alcançada, pode-se verificar ou 
induzir o surgimento de alguns fenômenos psicossomáticos. Vejamos alguns 
deles: 
RELACIONADOS À MEMÓRIA 
• Amnésia :Esquecer-se de pensamentos ou de fatos passados durante o 
transe (espontaneamente ou não) ou em uma ocasião específica, o que 
pode dar-se espontaneamente ou de acordo com orientações sugestivas do 
hipnotizador. 
• Hipermnésia: É a capacidade de lembrar-se de forma nítida e com 
riqueza de detalhes de pensamentos, sentimentos ou eventos ocorridos e 
completamente esquecidos. 
• Regressão de idade ( memória): O fenômeno de regressão de idade é 
parcialmente baseado nos mecanismos de hipermnésia e amnésia. É a 
capacidade de reviver pensamentos e sentimentos passados como se 
fossem presentes, como se a pessoa estivesse em um momento específico 
de uma idade anterior, no qual se comporta, pensa e reage de forma 
similar à idade em questão, mas guarda todos os mecanismos de 
aprendizado da idade atual [de forma que ela apresentará todo o controle 
dos esfíncteres, e não irá urinar nas calças quando "regredir" a uma idade 
em que ainda não tinha o controle sobre esses músculos, embora 
reproduza comportamentos infantis. 
• Xenoglassia: Capacidade em relembrar e fazer uso lógico de uma língua 
estrangeira que se ouviu na infância, e da qual não se tem domínio 
conscientemente. 
IDEOSOMÁTICAS (OU IDEOMOTORAS) 
Há uma associação entre a postura e a fisionomia do indivíduo hipnotizado: se o 
paciente for colocado em posição de boxe, sua fisionomia adotará feição de 
ferocidade; se o colocarmos de joelhos e com as mão unidas, sua fisionomia 
adotará uma placidez de quem está a orar. 
 
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Estigmatização e Hematidrose - Em 1885 Focachon, farmacêutico de Charmes 
produzia na presença dos drs. Bernheim, Legeois, Dumont etc. vesicações sob 
sugestão enquanto três médicos de La Rochelle obtinham algumas gotas de 
sangue na pele de um hipnotizado. 
• Catalepsia: Enrijecimento dos músculos sem a fadiga durante o estado 
hipnótico, paralelamente à suspensão das sensações. A catalepsia seria, 
portanto, a permanência de pelo menos alguma parte do corpo em 
determinada posição por algum tempo sem as dores causadas pela 
constância. 
• Movimentos "Alavancados": São movimentos pausados, e na maioria 
das vezes lentos, como se o indivíduo estivesse levando pequenos 
choques. Muitas vezes ocorre durante o teste sugestivo da "levitação da 
mão". 
• Hiperpraxe: Aumento da capacidade muscular. Tomemos como exemplo 
a força da mandíbula: todo mundo tem aproximadamente 600 libras de 
pressão nos músculos da mandíbula, mas poucas pessoas já usaram-na. 
Não obstante, isto permite que os acrobatas pendurem-se pelos dentes de 
um trapézio e executem os feitos mais surpreendentes enquanto estão 
assim apoiando o peso do corpo pelos dentes... 
IDEOSENSORIEDADE 
• Dissociação: É uma cisão, uma separação dos estados psicológicos entre 
consciente e inconsciente, ou separação entre emoções e os pensamentos, 
comportamentos e sensações. É um processo mental no qual sistemas de 
 
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idéias são separados da personalidade normal e operam 
independentemente. Na dissociação uma palavra, símbolo ou lembrança 
deixa de estar associada a certas idéias, lembranças etc. 
• Alucinações: O detalhe mais impressionante da hipnose é o fato do 
paciente vivenciar alucinações sugestionadas; podemos alterar as 
percepções, induzindo ilusões e alucinações positivas (ver, sentir ou ouvir 
o que não existe) ou alucinações negativas (deixar de ver, sentir ou ouvir o 
que existe) mesmo que a pessoa mantenha seus olhos abertos durante o 
transe hipnótico. E pode-se obter o mesmo efeito em sugestões pós-
hipnóticas, dadas durante a hipnose e executadas depois, em estado de 
vigília, executadas horas, dias, meses ou anos depois. 
• Analgesia: É a sensação de dormência (diminuição da percepção tátil) em 
alguma parte do corpo (estes fenômenos são utilizados na terapêutica da 
dor). 
• Hiperestesia: A hiperestesia é o aumento da percepção das sensações, 
com a ampliação do limiar perceptivo a níveis mais sensíveis de 
estimulação. 
• "Transfert": A transferência de sensibilidade de uma parte do corpo para 
a parte correspondente do outro lado. Trata-se meramente do exagero de 
uma relação normalmente presente em partes simétricas do corpo. 
RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO
Pseudo-orientação no futuro: pensar o futuro a partir do presente. O indivíduo 
pensa o futuro, sabendo que é apenas uma projeção, e através dos cinco sentidos 
pode pensar e dar formas a situações que irá passar. 
Progressão de idade: O indivíduo pensa estar num futuro. Pode-se passar por 
uma situação antes dela acontecer para saber quais serão as reações quando isso 
se tornar realidade (isto não está ligado à previsão do futuro). 
COGNIÇÃO 
Signo-sinal: São comandos associados aos estados hipnóticos, como uma 
palavra ou frase dita ao paciente durante o transe e que funcionam como uma 
"chave" para induções futuras. São usados normalmente para facilitar cada uma 
das próximas sessões para que o trabalho seja iniciado e conduzido de uma forma 
mais rápida. 
Duplicação de sistemas de raciocínio: Duplicação é a atividade psíquica onde 
duas linhas de raciocínio acontecem simultaneamente e de forma independente 
uma da outra (o que permite obter-se a Escrita Automática, popularmente 
conhecida como "psicografia", a Escrita Ambidestra, em que o indivíduo 
hipnotizado é levado a escrever ou digitar um texto diferente lógico e coerente 
com cada mão, às vezes em línguas diferentes). 
Sugestão pós-hipnótica: É o estabelecimento de comportamentos, atitudes, 
relações e formas de pensar que terão efeito depois do processo formal de transe 
 
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hipnótico, sendo executados os comandos com o indivíduo em estado de vigília. 
Refere-se à execução, no tempo de pós-transe ou a algumtempo especificado, de 
sugestões dadas durante o transe. 
Alteração de consciência reflexiva: É a maneira como a pessoa vê a si mesma, 
em estado de vigília e em estado de hipnose. A percepção da área corporal fica 
notadamente alterada, assim como a identificação com a massa corpórea (alguns 
indivíduos referem-se a si mesmos na terceira pessoa). 
NOÇÃO DE TEMPO 
A distorção da noção de tempo se divide em duas categorias: 
• Expansão da noção de tempo: Tem-se a impressão de que passou um 
tempo muito maior do que realmente se passou. 20 minutos podem 
parecer 4 horas para a pessoa hipnotizada, e muitas vezes segue-se uma 
noite de "insônia" com muita vitalidade, uma vez que o transe repõe o 
descanso fisiológico necessário. 
• Condensação da noção de tempo: Ao indivíduo hipnotizado se parece 
ter transcorrido menos tempo do que passou. É muito comum após 
despertar de um transe profundo o sujeito completar uma história que 
estava contando minutos antes da indução, e perguntar ao seu terapeuta 
quando este vai começar, e mesmo negar que tenha estado em transe. 
COMO SE DESENVOLVEM OS PROCESSOS MENTAIS2
Como funciona a mente
A mente funciona através de áreas cerebrais distintas, que são: percepção, não-
consciente (que engloba: subconsciente, inconsciente, inconsciente coletivo, pré-
consciente, etc. . aos efeitos de resumir e fazer uma divisão mais objetiva), consciente e pré-
motora.
Zona A: Percepção
Através desta zona captamos as imagens e sensações que nos chegam do mundo 
exterior, por meio dos cinco sentidos. Esta zona está situada na região occipital.
Zona B: Não consciente (atividade automática)
É a mente subjetiva. Esta zona está integrada pelo tálamo, e hipotálamo que são 
pequenas glândulas situadas abaixo do corpo caloso, de onde partem e para onde 
vão parar infinidades de ramificações nervosas, destinadas às diversas áreas 
cerebrais. No seu interior está situado o centro da memória.
Podemos dizer pois, que é um grande armazém de experiências e vivências 
compiladas ao longo de nossas vidas. No tálamo e hipotálamo se registram assim 
mesmo todos os nossos conhecimentos e, portanto, nossos impulsos básicos, 
2 PUENTES, Fábio, Hipnose: Markenting das Religiões, Editora Cenau – 2ª edição 2001 – São Paulo 
 
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sensações, instintos e hábitos. Tudo quanto sabemos e conhecemos da vida, fica 
registrado e arquivado em nosso subconsciente até o fim de nossa vida, pois nada 
se apaga nele. O material recebido vai se acumulando e nada é esquecido. 
O subconsciente governa o sistema nervoso simpático, que tem sua sede na 
espinha dorsal e desta forma controla os órgãos e músculos involuntários e suas 
diversas funções no organismo, tais como: coração, fígado, pulmões, rins, 
intestinos, glândulas, etc. Em ocasiões de perigo assume um controle efetivo 
sobre os órgãos vitais, como por exemplo, em um colapso, acidente, etc. Assim, a 
pessoa pode permanecer em estado de coma profundo ou completamente 
anestesiado, ou ficarem imobilizadas em certas partes do corpo, apesar das quais, 
o organismo continua cumprindo as funções vitais, tais como respirar, etc., de 
uma forma totalmente automática, sem que aparentemente ninguém o dirija. É 
muito importante lembrar que o subconsciente induz. Seus movimentos são 
involuntários e não dependem da consciência.
Zona C: Consciente - Mente Objetiva
Localiza-se na zona frontal e faz parte do córtex e sub-córtex cerebral. Sua 
função é a de ordenar, analisar e discernir toda a informação que recebe do 
subconsciente, e fazer com que se cumpram as ordens que lá chegam. O 
consciente é a mente objetiva, governa o sistema nervoso e tem sua base no 
cérebro. Governa os músculos voluntários e os sentidos (paladar, tato, audição, 
visão e olfato). 
É a parte da mente que analisa, sintetiza, deduz, raciocina, etc. A memória do 
consciente é imperfeita e nula, porque esquece e não armazena informações.
Zona D: Pré-Motora
É a que recebe ordens do consciente e, ao estar conectada diretamente ao sistema 
motor, transmite as ordens ao sistema nervoso central, e este, por sua vez, aos 
diversos grupos musculares, para que, dessa forma, culmine no processo mental e 
a idéia se converta em ação por meio do efeito ideomotor.
Zona B1: Inconsciente
É uma pequena zona que estaria situada debaixo do subconsciente, na qual estão 
gravados todos os instintos primários do indivíduo (sexo, perpetuação, defesa, 
etc.), ou seja, todos os instintos elementares que acompanham o ser humano, 
desde sua origem selvagem, perdido na noite dos tempos. Estas gravações nunca 
chegam a ser conscientes com facilidade. 
O cérebro humano funciona com dois tipos de energia diferentes que se 
complementam: a FÍSICA (ELÉTRICA) e a PSÍQUICA (QUÍMICA). 
O cérebro está formado por células. A célula principal se chama neurônio. 
Existem entre dez e doze bilhões de neurônios, que são considerados células 
nervosas, que estão localizadas no córtex cerebral (a parte mais nova do cérebro) 
e existem configurações no sub-córtex (o interior). 
 
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Um só de tais neurônios possui um número incalculável de ramificações. Para se 
ter uma idéia podemos dizer que um só neurônio está relacionado com outros 
dez mil neurônios.
A conexão dos neurônios se chama sinapse.
A sinapse se realiza através da liberação de substâncias químicas 
(neurotransmissores) e que vão gerando estímulos elétricos, chamadas de ondas 
cerebrais. 
As ondas cerebrais são de diferentes intensidades, que se medem em ciclos por 
segundo. 
Estas ondas, na atualidade são de cinco; das quais duas indicam estado de vigília 
e as outras três um estado por debaixo da vigília, que vai desde um leve sono até 
o coma.
Para mudar uma resposta temos que reprogramar esta forma de união desses 
neurônios. Isso se consegue modificando a intensidade das ondas cerebrais. 
Muitos medicamentos podem alterar o sistema neurotransmissor. Existem 
elementos eletrónicos (como jogos de luzes e sons) que chegam a mudar as ondas 
cerebrais. Há também outras técnicas mais naturais que acabam por modificarem 
tais ondas do cérebro. Ao mudar a intensidade se conseguem diferentes estados 
de consciência. Entre esses estados estão os chamados estados alterados de 
consciência, que são os que concentram o foco da atenção, deixando sensações 
que vão do êxtase contemplativo, até a excitação descontrolada.
Segundo o investigador Héctor González Ordi, professor de Psicologia Básica 
da Universidade Complutense de Madri, temos a seguinte explicação 
“tradicionalmente, tem se definido um estado alterado de consciência como toda 
aquela experiência diferente à vigília. Mas esta curta definição já é antiga. Muitas 
vezes, atingir um estado alterado de consciência depende das expectativas que 
cada um tenha do fenômeno”. E alguns estudos realizados com consumidores de 
drogas psicoativas reforçam esta opinião.
Sabe-se, por exemplo, que é possível sugestionar uma pessoa para que 
experimente as sensações subjetivas próprias do consumo de cannabis ou LSD, 
ainda que na realidade esteja tomando um simples placebo.
Aqui está a chave do estudo dos estados alterados da consciência. Existe muita 
informação segundo a qual as drogas, a hipnoseou a meditação “levam” o sujeito 
a mundos superiores mais criativos, mas a evidência científica parece demonstrar 
o contrário. Não se tem achado variações nos padrões fisiológicos próprios destas 
práticas, e se tem demonstrado que seus efeitos subjetivos podem conseguir-se 
por meio de outras técnicas muito mais simples, como é o caso da sugestão.
O que acontece na realidade nos casos de estados alterados de consciência? Na 
realidade, se pode dizer que as excitações que se produzem no sistema nervoso 
central causam um estado especial de percepção quando a estimulação sensorial 
externa diminui.
Isso também acontece com o estado alterado de consciência mais estudado: o 
sono, sempre que os estímulos do redor descem de intensidade rapidamente, as 
pessoas experimentam distorções de percepção e alucinações. Esta redução dos 
estímulos pode-se conseguir por meio de muitas técnicas fisiológicas, 
psicológicas e farmacológicas.
Há inúmeros acontecimentos naturais e artificiais que podem modificar nossa 
experiência subjetiva. A mais famosa é o consumo de drogas, mas os 
 
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investigadores usam outros truques para conseguir estes efeitos tão particulares. 
Por exemplo, a atividade física tem uma conhecida repercussão sobre nosso 
estado consciente, já seja por defeito (o relaxamento e a meditação), ou por 
excesso (as danças rituais que acabam com um suposto estado de transe ou os 
atletas de maratona que perdem a percepção do redor quando superam um certo 
nível de cansaço).
Também os estímulos externos têm resultados similares. Uma voz sugestiva, o 
som de um gongo, o movimento monótono de objetos ou a música podem nos 
transladar a um estado alterado de consciência.
Por último, há situações clínicas que ocasionam alguns destes estados. Entre elas 
a hipoglicemia, a febre ou a má nutrição, que são, as vezes, indutores de 
alucinações.
Como podemos ver, não há nada de misterioso nestas manifestações da mente 
sadia, simplesmente são modificações de nosso estado de atenção. O xamanismo, 
o transe religioso, as experiências próximas à morte, as possessões e as visões 
místicas poderiam ser perfeitamente explicadas por estes mecanismos físicos e 
psíquicos.
Segundo González Ordi, “um profissional da saúde pode induzir um estado 
alterado da consciência como terapia para certos transtornos, sobretudo para os 
relacionados com a ansiedade e o estresse. Mas é muito perigoso pretender 
atingir ditos estados por meio de drogas ou com práticas de sugestão não 
controladas”. De fato não é estranha a aparição de certos episódios psicóticos e 
transtornos mentais graves relacionados com estas práticas, como o xamanismo, 
que agora fazem furor nos círculos esotéricos – no abuso de ervas e chás 
alucinógenos, que são usados com pretensões de encurtar o caminho para 
sabedoria e a expansão mental, e com “curas”, usando conhecimentos ancestrais. 
Ao entrar nas ondas alfa, um pouco mais abaixo da vigília, entra-se num estado 
de consciência alterado de meditação, contemplação e abstração. Este estado 
segrega um hormônio chamado de acetilcolina, que produz uma sensação de 
relaxamento muscular. Isto se vê no tipo de auto-hipnose provocado nas religiões 
orientais, como o Yoga.
Quando se aumenta a intensidade de beta, que é o estado de vigília no qual você 
está agora, e as descargas elétricas se aceleram, passa as ondas gamma, um 
estado de consciência alterado, que provoca excitação, descontrole, e enquanto 
em alfa o corpo pode estar relaxado e tranqüilo, em gamma, o movimento é 
desordenado, com muito pouca coordenação. Este estado alterado faz que a 
mente segregue um outro hormônio chamado de adrenalina, que provoca uma 
sensação-reflexo de luta ou fuga. Este fenômeno se vê nas religiões pentecostais 
e nos rituais afro.
As duas ondas alfa e gamma, produzem uma dissociação temporária, que 
provoca inibição cortical seletiva, e a atenção é desviada intencionalmente. 
Então vemos que, quando saímos da faixa de beta, tanto para cima (gamma) ou 
para abaixo (alfa) entramos num estado de consciência alterada. 
Sabe-se que a oração profunda, algumas danças (do tipo dervixe) o jejum 
prolongado, o orgasmo, certas drogas, jogos de luzes (como nas danceterias, os 
aparelhos como os “mega brain“), a hipnose, a meditação transcendental, o yoga, 
etc., provocam variações nas ondas cerebrais.
 
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Os instrumentos de percussão, também alteram a consciência, provocando uma 
inibição cortical muito importante. Isto é demonstrado durante as festas de 
carnaval, onde se pula, se dança, num estado que vai além das forças físicas, 
causando muitas vezes até a morte. Na guerra se usa o tambor para ir marcando o 
passo, levando os soldados a um estado de alteração, onde a atenção é desviada 
diante da possibilidade do perigo. Os antigos barcos de remos, possuíam um 
tambor que marcava o ritmo, conseguindo que os remadores fizessem seu 
trabalho sem sentir tanto o cansaço, conseguindo também um estado de 
consciência alterada.
Existem duas formas de chegar a um estado de transe hipnótico: a trofotrópica, 
que é uma maneira alimentadora, maternal e a ergotrófica, que é mais autoritária, 
paternal. A primeira: tem efeito sedativo, acalma. A segunda: excita, levando às 
vezes a um estado de estupor. 
Em qualquer das duas maneiras se produzem modificações fisiológicas, como de 
respiração, alterações cardíacas, de pressão arterial, alterações hepáticas e 
hormonais, aumento ou diminuição do umbral da dor (analgesia ou hiperestesia), 
perturbações musculares; e alterações psicológicas, tais como alucinações e 
ilusões sensoriais (de tato, gosto, olfato, visual e auditiva).
Quando uma criança, se machuca, e chega chorando até sua mãe, esta 
simplesmente, a acaricia, fala suavemente e beija meigamente no lugar da lesão, 
é o suficiente para produzir a liberação de substâncias, chamadas endorfinas, que 
alcançam um potencial analgésico muito superior ao da morfina. Esta substância 
está naturalmente em nosso cérebro e é liberada no estado de choque emocional. 
O toque carinhoso e o beijo “mágico” foram determinantes e a dor da criança 
“desapareceu”, por amor.
Quando essa mesma criança, chega machucada, chorando até seu pai e este lhe 
acena com o dedo indicador, usando um tom de voz grave, dizendo, “os homens 
não choram!”, automaticamente a endorfina, liberada pelo medo, entra na 
corrente sangüínea, e produz um estado de analgesia.
O efeito final é o mesmo, conseguindo chegar até a hipnose por dois caminhos 
bem diferentes: o do amor e o do temor.
Em certos cultos ou ritos religiosos, se observarmos, vemos que se usam os dois 
métodos, o autoritário e o maternal.
O padre na sua igreja com o silêncio, as luzes tênues e dirigidas, o som grave do 
órgão, e as pregações com voz pausada e de ritmo modulado, está usando o 
método maternal. Ao igual que o budista ou o iogui que entram em êxtase pela 
contemplação intensa, –ou concentração exagerada que leva a uma hipnose- 
conseguindo um estado de meditação profunda. Nestes dois casos se atinge a 
faixa das ondas alfa. 
 Nos rituais afro-brasileiras se usa muito a percussão, os movimentos convulsivos 
do corpo, cenas fortes com sangue e animais. Istoproduz um estado de excitação, 
provocando um transe similar, para não dizer igual, ao transe hipnótico. 
Em certos templos de modalidade evangélica, os pastores começam suas orações 
e pregações com um ritmo monótono, subindo de tom, falando permanentemente, 
“bombardeando” com palavras, exaltações, para a platéia, repetindo cada certo 
tempo reforçando, palavras que servem de apoio, estimulam e excitam como a 
mágica “aleluia” . Ao sentir-se cansado este pastor, outro o substitui, e o 
bombardeio continua.
 
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De novo se produz a dissociação temporária, desvia-se a atenção e provoca-se 
uma inibição cortical. Novamente aparece o transe hipnótico, onde foi usado o 
método autoritário ou paternal, atingindo em ambos casos a faixa das ondas 
gamma. 
É importante esclarecer que o transe hipnótico se produz mais fácil e rapidamente 
por imitação. Isto explica a hipnose de massas, por contagio psíquico.
Não devemos esquecer que no transe hipnótico atingimos a parte “não-
consciente” do cérebro, esta zona simplesmente induz. A parte crítica do 
consciente, que é quem deduz, está censurada, adormecida. Já veremos, no 
capítulo seguinte, que esta censura se consegue com estímulos sensoriais e com 
sugestões.
Mudanças fisiológicas
Dentre as mudanças fisiológicas que se produzem em conseqüência do transe, 
figura geralmente uma baixa na pulsação, ocorrendo quedas mais ou menos 
acentuadas na presão arterial. Ao iniciar-se o transe costuma haver uma vaso-
constrição, e a esta segue-se uma vaso-dilatação, que se vai prorrogando até o 
momento de acordar. Equivale a dizer que no começo a pressão pode subir um 
pouco, mas, à medida em que o transe se aprofunda, tende a cair. Observa-se 
geralmentee uma mudança na temperatura periférica. Aumento de calor na 
superfície e frios nas extremidades das mãos e dos pés. A pessoa bem 
hipnotizada caracteriza-se quase sempre pelas extremidades frias ( as mãos 
geladas), conservando-as geralmente assim durante todo o transe.
Não será preciso acentuar que essas mudanças fisiológicas durante a hipnose 
decorrem largamente as modificações que se produzem no estado de espírito e no 
estado emocional do indivíduo. As diferenças de reações nesse particular 
obedecem a fatores muito sutis, que, dada a sua complexidade, podem escapar, 
inclusive, ao controle dos maiores peritos em matéria de psicologia. 
 
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ESTÁGIOS DA HIPNOSE3
LeCRON e Bordeaux, apresentam uma escala de graus do estado hipnótico e as 
mudanças fisiológicas que se produzem em conseqüência do aprofundamento do 
transe. sugere cinqüenta estágios. Muito embora há uma tendência de reduzir a 
cinco estágios, dos quais apenas três indicam estados de hipnose propriamente 
dita:
INSUSCETÍVEL - Não apresenta características hipnóticas de espécie alguma;
HIPNOIDAL – Corresponde ao estado de relaxamento – o “sujet” mostra uma 
expressão de cansaço e freqüentemente um tremor de pálpebras, além de 
contrações espasmódicas nos cantos da boca;
TRANSE LIGEIRO – o “sujet” sente os membros pesados, experimenta um 
estado de alheamento, porém conserva plena consciência de tudo o que se passa 
ao seu redor.
TRANSE MÉDIO - embora conserve alguma consciência do que se passa o 
“sujet” está efetivamente hipnotizado. Não oferece resistência às sugestões, 
salvo quando estas contrariam seu código moral. Produz catalepsia dos membros 
e do corpo, alucinações motoras e cinestésicas. Aqui se consegue efeitos 
analgésicos e até anestésicos.
TRANSE PROFUNDO OU ESTADO SONANBÚLICO – constitui-se no 
maior transe, no sentido de profundidade. O “sujet” aceita sugestões as mais 
bizarras. Neste estágio pode-se mandar o paciente abrir os olhos sem afetar o 
transe. Ao abrir os olhos o paciente apresenta expressão fixa com pupilas 
visivelmente dilatadas. A aparência é a de quem está imerso em sono profundo, 
porém reage às sugestões do hipnotista. É o estagio próprio às anestesias 
profundas. A indução a este transe exige algumas sessões e cerca de 30 a 40 
minutos de trabalho.
• Insuscentível – Ausência de toda e qualquer reação
• Hipnoidal – 1 Relaxamento físico, 2 - Aparente sonolência, 3 – Tremor 
das pálpebras, 4 – Fechamento dos olhos, 5 – Relaaxaamento mental e 
letargia mental parcial, 6 – membros pesados.
• Transe Ligeiro – 7 Catalepsia ocular, 8 – Catalepsia parcial dos membros, 
9 – Inibição de pequenos grupos musculares, 10 – Respiração mais lenta e 
mais profunda, 11 – Lassidão acentuada ( pouca inclinação a se mover, 
falar, pensar, agir), 12 – Contrações espasmódicas daa boca e do maxilar 
durante a indução, 13 – Rappor ente hipnotizado e o hipnotista, 14 – 
Sugestões pós-hipnóticas simples, 15 – contrações oculares ao despertar. 
16 – mudanças de personalidade, 17 – Sensação de peso no corpo inteiro, 
18- Sensação de alheamento parcial.
3Texto extraído do Livro O Hipnotismo de KAL WEISSMANN, Grande hipnotista que muito me servi 
para a elaboração desta apostila. 
 
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• Transe Médio – 19 – O hipnotizado reconhece estar no transe e sente, 
embora não o descreva, 20 – inibição muscular completa, 21 – Amnésia 
parcial, 22 – Glove anestesia (anestesia das mãos), 23 – Ilusões 
sinestéticas, 24 – Ilusões de gosto, 25 – Alucinação olfativas, 26 – 
Hiperacuidade das condições atmosféricas, 27 catalepsia geral dos 
membros e do corpo inteiro. 
• Transe Profundo ou Sonambúlico – 28 – O hipnotizado pode abrir os 
olhos sem afetar o transe, 29 – olhar fixo, esgazeado e pupilas delatadas, 
30 – Sonambulismo, 31 – Amnésia completa, 32 – Amnésia pós-hipnótica 
sistematizada, 33 – Anestesia completa, 34 – Anestesia pós-hipnótica, 35 
– Sugestões pós-hipnóticas bizarras, 36 – Movimentos descontrolados do 
globo ocular, movimentos desordenados, 37 – Sensações de leveza, estar 
flutuando, inchanddo e alheamento, 38 – Rigidez e inibições nos 
movimentos, 39 – O desaparecimento e a aproximação da voz do 
hipnotista, 40 – Controle das funções orgânicas, pulsação do coração, 
pressão sanguinea, digestão etc., 41 – Hipermnésia ( lembrar coisas 
esquecidas), 42 – regressão de idade, 43 – Alucinações visuais positivas 
pós-hipnóticas, 44 - Alucinações visuais negativas pós-hipnóticas, 45 - 
Alucinações auditivas positivas pós-hipnóticas, 46 - Alucinações auditivas 
negativas pós-hipnóticas, 47 – Estimulações de sonhos ( em transe ou pós-
hipnoticamente no sono normal), 48 – Hiperestesia, 49 – Sensações 
olfativas ( aeromáticas e odores).
• Transe Pleno – 50 Condições de estupor inibindo todas as atividades 
espontâneas. Pode sugerir-se o sonambulismo para esse efeito. 
Dentro desse esquema tem de se levar em conta as variantes das reações 
individuais. Assim, alguns dos sintomas do transe profundo podem apresentar-se 
em certas pessoas já no transe médio e até mesmo no transe ligeiro, ou não 
apresentar-se de todo em outras pessoas. Mas de um modo geral essa escala 
confere com os níveis acima indicados,salvo em casos nos quais os sintomas, 
que acabamos de indicar, se produzem por efeito de uma sugestão direta ou 
indiretamente veiculada pelo hipnotista. 
ALGUMAS REGRAS PARA AÇÃO HIPNÓTICA (WEISSMANN, Karl )
REPETIÇÃO
Um dos grandes segredos da força sugestiva está na repetição. É popular a 
frase de um dos maiores demagogos da humanidade: “ Uma mentira repetida, 
uma tantas vezes, torna-se verdade”, ou mesmo “ água mole pedra dura tanto 
bate até que fura”.
Na psicodinâmica da personalidade a lei da repetição representa uma das forças 
mais ponderáveis. Cada comando a ser fixados deve ser repetido pelo menos três 
vezes.
A MONOTONIA
 
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De modo geral as coisas se tornam hipnóticas pela monotonia e 
monótonas pela repetição. Heidenhaim afirma que “a hipnose resulta de um 
estímulo sensorial monótono e suave”. A monotonia da voz costuma superar, em 
matéria de ação hipnótica, a monotonia dos gestos e a monotonia do olhar ou da 
expressão fisionômica. 
Com relação à indução hipnótica contamos com o fator monotonia sob as 
mais diversas manifestações, não unicamente sob a forma mais específica da 
repetição, da insistência, da perseverança e da persuasão, o que bastaria para 
evocar a síntese emocional da experiência infantil, consubstanciada na crença do 
inevitável, do irresistível, do misterioso e do sinistro, sentimentos tradicionais e 
indissoluvelmente associados às teorias e às práticas do hipnotismo.
A monotonia hipnótica se produz por vias sensoriais e por vias subjetivas, 
devendo haver uma sintonia perfeita entre a monotonia do paciente, do 
hipnotizador e do ambiente. A calma do hipnotizador, assim como a confiança 
que ele tem em si mesmo e no alcance de seus objetivos são também essenciais.
TESTES DE SUGESTIBILIDADE
O uso da hipnose é freqüentemente baseado nas idéias de que só algumas 
pessoas são hipnotizáveis e que as pessoas são hipnotizáveis em vários graus. 
Para os clínicos tradicionais, os testes de sugestibilidade são vistos como um 
modo desejável de avaliar se alguém é hipnotizável e, nesse caso em que grau. 
Para Yapko, estes testes não indispensáveis. Ao invés disso é preferível que o 
hipnotizador assuma a presença inevitável de sugestibilidade por parte do 
paciente, entretanto para o hipnotizador que não compartilha desta perspectiva, 
ou para o hipnotizador que ainda não se sente bastante experiente para avaliar 
comunicações para dinâmica de sugestibilidade podem ser uma ferramenta muito 
útil. 
Testes de sugestibilidade em prática clínica são feitos em mini 
encontros, onde são oferecidos blocos ritualizados de sugestões de relaxamento 
ao paciente, seguidos por uma sugestão para uma resposta específica. Se o 
paciente responder da maneira sugerida, ele ou ela, “passou” no teste. Se o 
paciente não responder da maneira sugerida, então ele “falhou” no teste. 
O objetivo principal dos testes de sugestibilidade é determinar o grau de 
hipnotizabilidade do paciente. Porém, testes de sugestibilidade também podem 
servir para vários propósitos:
Primeiro, usando testes de sugestibilidade para medir responsabilidade 
hipnótica, podem ser obtidas valiosas informações considerando que a 
aproximação pode ser melhor para um paciente em particular. Especificamente, a 
aproximação deveria ser direta ou indireta? Sugestões deveriam estar em uma 
forma positiva ou negativa? O comportamento do hipnotizador deveria ser 
comandante, autoritário, ou calmo, permissivo? Muita ênfase foi colocada na 
dinâmica de relação entre o hipnoterapeuta e o paciente, e testes de 
 
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sugestibilidade podem ser uma ferramenta útil para o ajudar a descobrir o estilo 
que você usará para um cliente particular. 
Segundo: um segundo propósito do teste é servir como uma experiência de 
condicionamento para entrar em hipnose. Experiências futuras envolverão muitas 
da mesma dinâmica a um maior grau, e assim o teste de sugestibilidade pode ser 
um “ensaio” para o paciente (Spiegel & Spiegel, 1987).
Terceiro: um outro propósito do teste de sugestibilidade pode ser na sua 
habilidade para usar o pré-trabalho. Se os testes de sugestibilidade são 
introduzidos como preliminar para o que “real” trabalho terapêutico seja feito, 
pode ser uma oportunidade para pegar o paciente fora da guarda e oferecer 
algumas sugestões terapêuticas que podem ser menos sujeitas a análise crítica do 
paciente (Bates, 1993).
EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIBILIDADE
Introduzir e executar o teste de sugestibilidade requer muita habilidade em 
comunicação como em qualquer outra dimensão ao trabalhar com hipnose. São 
as questões de cronometrar (quando na relação é oferecido) a resposta do 
terapeuta para a resposta do paciente, e o fechamento e transição para a próxima 
interação de fase. As instruções dadas ao paciente sobre a maneira exata de 
executar o teste devem cercar-se de certo ritual e solenidade e acompanhadas de 
exemplo demonstrativo. Muitos pacientes são refratários à instrução verbal, 
porém propensos à imitação.
Entre os testes de sugestibilidade conhecidos, os mais comuns são:
IDEOMOTORES: servem para medir a ação motora da sugestão 
hipnótica. 
O TESTE DAS MÃOS:
Ao propor o teste das mãos, por exemplo, mostro primeiro em todos os detalhes 
os movimentos a serem executados. Digo: “Faça” ou “Façam” como eu estou 
fazendo. Assim: entrelaçando firmemente os dedos. As mãos, com os dedos 
entrelaçados podem ser firmadas na nuca ou mantidas em cima da cabeça, com as 
palmas voltadas para o operador. E continuo a instrução: “Continue com as mãos 
nesta posição. Quando eu pedir, inspire profundamente e prenda a respiração até 
eu terminar de contar até cinco. Ao terminar a contagem, soltará a respiração, 
porém as mãos continuarão presas e cada vez mais presas. Não as conseguirá 
soltar. Dada essa instrução, manda-se o paciente fechar os olhos, ou fixar os 
olhos nos do hipnotizador. Ato contínuo, mando respirar fundo e prender a 
respiração. Conto pausadamente até cinco. Se ao terminar a contagem o paciente 
não consegue separar as mãos, não está selecionado, senão também 
profundamente sugestionado, quando não hipnotizado”.
 
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TESTE DA OSCILAÇÃO:
Um dos testes mais usados é o da oscilação. Havendo o paciente reagido mais ou 
menos ao teste das mãos, passo ao teste da oscilação. Este teste oferece, como o 
anterior, ensejo para algum ritual e solenidade. O paciente é solicitado a levantar 
e largar os objetos que porventura tenha nas mãos. Recomenda-se em seguida, 
conforme o caso, não se apoiar na cadeira ou na pessoa que esteja ao lado. Feita 
essa recomendação, passo à demonstração, dizendo: A posição é esta: os pés 
juntos. Os braços caídos ao longo do corpo. E relaxamento muscular. Fique de 
corpo mole. Não em atitude, militar. Olhe para mim um instante. Pode fechar os 
olhos. No caso de utilizar-me de som digo: Quando a música começar, você vai 
sentir um balanço... O balanço continua... Você continua a balançar, etc. Em 
lugar damúsica pode-se recorrer a um outro condicionamento qualquer com a 
mesma probabilidade de êxito. Pode-se dizer também: vou contar até cinco... 
Antes de chegar aos cinco, você sentirá um balanço... O balanço não é 
considerado como um sintoma muito seguro de sugestibilidade. O grau e o modo 
balanço indicam com relativa margem de segurança a sugestibilidade. Para 
certificar-me da legitimidade da reação costumo bater inadvertidamente no 
ombro do paciente. Se o mesmo não se assustar e se o ombro não cede à leve 
pressão da minha mão, as probabilidades são mínimas. Se, ao contrário, o 
paciente apresenta uma reação de molejo (alguns chegam a pular) é índice de alta 
sugestibilidade. 
Uma variante deste teste: é aquele em se colocam as mãos sobre os ombros do 
paciente, o qual se mantém de olhos fechados. Ao aliviar a pressão das mãos e 
finalmente suprimir o contato físico, o paciente, mesmo sem sugestão específica, 
oscila, acompanhando as mãos do operador, como se fora atraído por força 
emanada do hipnotizador. O paciente que reage satisfatoriamente a esta prova 
pode ser considerado hipnotizado.
PENDULO DE CHEVREUL –
Com o cotovelo apoiado sobre a mesa, o paciente segura entre o polegar e o 
indicador, um barbante, de cuja extremidade pende um anel ou outro objeto 
qualquer. Sugere-se ao paciente o movimento do pendulo, acompanhando uma 
linha traçada sobre a mesa. Recomenda-se ao paciente não intervir 
voluntariamente no movimento do pêndulo, limitando-se a segurar o barbante. 
Na maioria dos casos, o movimento sugerido começa por esboçar-se na direção 
indicada. Você começa a usar sugestões para a ampliação do movimento de vai e 
vem do pendulo. Quanto maior o grau de balanço do pendulo, maior o grau de 
sugestibilidade. Confirmando o efeito da sugestão, o terapeuta aproveita o ensejo 
para prosseguir, convencendo o paciente que, de acordo com a prova que acaba 
de dar, todos, ou pelo menos a maioria dos pensamentos, tendem a traduzir-se em 
realidade, bastando o paciente pensar com a devida vivacidade e intensidade. Ai 
o “sujet” já entra em indução. 
 
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TESTES SENSORIAIS: indicam a ação sensorial da hipnose. O 
“sujet” que reagem negativamente aos testes motores podem reagir 
positivamente aos testes sensoriais e vice-versa. Os testes sensoriais destacam-se 
pela sua facilidade executiva e importância prática.
 TESTE OLFATIVO: Mostra-se ao paciente meia dúzia de frascos 
devidamente rotulados, contendo cada um uma essência específica, condizente 
com o rótulo. O paciente fecha os olhos, e o terapeuta, a uma distancia de dois ou 
três metros, abre um dos frascos, anunciando ao paciente a essência que o mesmo 
contém. O paciente não pode negar o perfume anunciado, uma vez que o mesmo 
existe. O terapeuta passa a anunciar a abertura do segundo frasco contendo outra 
essência por ele especificada. Novamente o paciente tem de confirmar o cheiro. 
Do quarto frasco em diante, porém, a essência é ilusória, pois o conteúdo dos 
últimos frascos não corresponde aos rótulos anunciados pelo hipnotista. Contem 
água. Pode-se simplificar esse exercício olfativo, utilizando um simples cartão de 
visita. À vista do paciente tira-se o cartão do bolso, da gaveta ou de outro lugar 
qualquer o cheirando, e fingindo constatar uma ligeira impregnação de essências. 
Comenta-se: Quase imperceptível! Realmente não há impregnação alguma. 
Passa-se em seguida o cartão ao paciente, o qual, não desconfiando da cilada 
poderá confirmar o cheiro.
 TESTE TÉRMICO: Existem várias modalidades de testes 
térmicos, pois, os mesmos podem variar de acordo com a criatividade do 
terapeuta. Entre eles o de mais fácil execução é o teste do dedo. O operador 
coloca o indicador sobre o dorso da mão ou o pulso do paciente. Em seguida 
recomenda uma forte concentração em relação à área que se encontra sob a 
pressão do seu dedo. 
Pergunta ao paciente se não sente alguma sensação estranha, algum aumento de 
temperatura, uma espécie de corrente elétrica ou formigamento. Respondendo 
afirmativamente, o paciente está selecionado.
Os testes citados acima são métodos denominados como métodos 
sugestivos, não se baseando em nenhum expediente de cansaço físico ou 
sensorial. Note-se que nesses processos, o cansaço físico, com todas as suas 
características aparentes, é ilusório sendo sempre produto de sugestão. É sempre 
produto de sugestão.
Observação importante: qualquer pessoa pode permanecer de olhos 
abertos, quer numa leitura, quer na contemplação de um objeto, horas seguidas, 
sem cair em transe e sem ressentir-se sensivelmente da fadiga visual. A fadiga se 
produz em função da fé e da expectativa. O paciente espera, crê que vai e deve 
sentir os efeitos sugeridos para a indução. E os sente, sem nenhuma necessidade 
específica de demora. Respondem quase que instantaneamente.
MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÀO HIPNÓTICA
 MÉTODO DE BERNHEIM:
 Inicia-se dizendo ao “sujet” 
 
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Acredite que grandes benefícios advirão para o seu caso, através da hipnoterapia, 
e que é perfeitamente possível curá-lo ou pelo menos melhorar o seu estado de 
saúde por meio da hipnose; 
Nada de penoso ou de estranho nesse processo que consiste num estado de sono 
leve ou num estado de torpor que pode ser produzido em qualquer pessoa, estado 
esse que restaura o equilíbrio do sistema nervoso;
Ato contínuo diz-se: olhe para mim e não pense senão unicamente no sono. Suas 
pálpebras estão ficando cada vez mais pesadas, sua vista cansada, começa a 
piscar, seus olhos, estão se fechando. Estão úmidos. Você já não enxerga 
nitidamente. Seus olhos vão se fechando, fechando... Fecharam-se;
Há pacientes que fecham os olhos e entram em transe quase que imediatamente. 
Já com outros é preciso repetir e insistir.
Preste mais atenção nas minhas palavras. Preste mais atenção. Mais 
concentração.
Às vezes pode-se esboçar um gesto. Pouco importa o tipo de gesto que se esboça. 
Entre outros, dois dedos em V. Pedimos ao paciente que fixe os olhos nos dedos. 
E incitando-o ao mesmo tempo a concentrar-se intensamente na idéia do sono;
 Repetimos: As suas pálpebras estão pesadas. Estão se fechando. Já não consegue 
abrir os olhos. Seus braços estão ficando pesados. Suas pernas já não sentem o 
corpo. Suas mãos estão imóveis. Vai dormir. Em tom imperativo acrescento: 
DURMA!
Em muitos casos esta ordem tem ação decisiva, e resolve o problema. O paciente 
fecha imediatamente os olhos e dorme. Pelo menos se sente influenciado pela 
hipnose. Assim que se possa notar que uma das sugestões está sendo aceita 
aproveita-se para formular a seguinte;
Pede-se ao paciente que faça um sinal qualquer: movimento afirmativo ou 
negativo com a cabeça, levantar o polegar direito para cima ou para baixo, 
conforme a resposta seja positiva ou negativa. Cada sugestão a que o paciente 
responde afirmativamente é considerada uma conquista e é preciso aproveitá-la 
para outras consecutivas, dizendo ao paciente: está vendo como funciona bem! 
Como está correspondendo! Seu sono está se aprofundando realmente. Seus 
braços cada vez mais pesados. Já não consegue baixar os braços, etc.;
Se o paciente intenta baixar o braço, eu lhe resisto dizendo: Não adianta, meuvelho. Quanto mais se esforça para baixar o braço, mais o seu braço vai 
levantando. Vou fazer agora com que seu braço seja atraído pela sua própria 
cabeça, como se a cabeça fosse um imã.
Deixa-se o sinal hipnógeno e nas sessões subseqüentes fita-se o paciente durante 
dois segundos e profere-se a ordem DURMA FULANO! 
MÉTODO DE MOSS
 Consiste numa variante do método de BERNHEIIM. Este método pode ser 
considerado Standard. É comumente usado, com algumas variantes, pela quase 
totalidade dos hipnotizadores contemporâneos por conter em boa proporção 
sugestões básicas. Trata-se de sugestões que atuam largamente, em virtude de seu 
caráter antecipatório e confirmativo. Pois as sugestões que se vão sugerindo ao 
paciente parecem corresponder às reações inerentes ao próprio estado de hipnose. 
O paciente começa por sentir-se cansado. Suas pálpebras começam a fechar. 
 
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Manifestam-se freqüentemente, tremores nas pálpebras e contrações 
espasmódicas nas mãos e nos cantos da boca. Observou-se que a hipnose afeta 
mais rapidamente a vista e os músculos oculares. Mesmo estando o paciente de 
olhos fechados, o terapeuta ainda pode observar o movimento desordenado dos 
globos oculares, debaixo das pálpebras, movendo-se em todos os sentidos, 
preferencialmente para cima. É próprio do transe ainda uma sensação de peso nos 
membros e uma dormência envolvendo o corpo todo, da nuca para baixo, bem 
como uma sensação de estar a flutuar nas nuvens e a impressão de que a voz do 
terapeuta, a princípio poderosamente envolvente, se vai afastando cada vez mais, 
até emudecer completamente, para efeitos de lembrança hipnótica pós-hipnótica.
Dirigindo-se ao paciente diz:
Sente-se na cadeira da maneira mais cômoda possível;
Agora solte o corpo;
Fixe esse ponto (há um ponto qualquer para esse fim, situado de modo a forçar 
um pouco a vista do paciente para o alto);
Enquanto seus olhos fixam esse ponto você fica ainda mais descansado. Afrouxe 
os músculos rapidamente... Totalmente!
Recomenda-se esperar dez minutos, com o relógio na mão. Às instruções são 
dadas em voz monótona, suave, sem titubear, e pausadamente.
Suas pernas já estão ficando pesadas. Esperar dez segundos. Muito pesadas. Seu 
corpo está se tornando pesado. Muito pesado. Esperar dez segundos. Suas pernas 
pesadas. Todo o seu corpo pesado. (pausa). Está descansando comodamente, 
profundamente. Seus músculos continuam a afrouxar-se cada vez mais... Mais... 
Mais... Pausa. Seus músculos estão de tal forma relaxados que agora sente 
também as pálpebras pesadas. Muito cansadas... Muito cansadas. Você já está 
querendo fechar os olhos... Você está querendo fechar os olhos. Ao fechar os 
olhos sentirá um extraordinário bem estar. Entrará num repouso profundo. 
(Pausa). Seus músculos estão num estado de perfeito relaxamento;
Se os olhos do paciente se fecharem, omite-se a seguinte sugestão. Caso 
contrário, continua-se dizendo: Seus olhos estão se sentindo cada vez mais 
cansados... Estão fechando... Fechando... Fechando; Repete-se isso quatro ou 
cinco vezes. Se os olhos não se fecharem, dá-se a ordem: feche os olhos, por 
favor;
Se os olhos do paciente apresentarem um aspecto vítreo, isso significa que ele 
está em transe. Neste caso o terapeuta fecha os olhos do paciente com a sua 
própria mão.
Agora você esta descansando profundamente; você esta se sentindo 
maravilhosamente bem; sua mente não abriga nenhum pensamento. Enquanto eu 
falo você vai entrando num sono profundo. Você ouve a minha voz como se 
estivesse vindo de longe... Muito longe. Sua respiração está se tornando mais 
lenta, mais profunda. Seus músculos estão relaxando cada vez mais. Você 
começa a sentir um formigamento, uma dormência. Inicialmente na nuca e 
depois envolvendo levemente o corpo todo, da nuca para baixo. 
Você não sente mais nada. Nem a cadeira em que está sentado. É como se 
estivesse flutuando nas nuvens. Continue a afrouxar os músculos cada vez mais... 
Mais... Mais... Mais...;
Agora você está no sono profundo, agradável, sem preocupação. Nada o 
incomoda. Já não quer acordar. Está descansando, afrouxando os músculos cada 
 
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vez mais. Seu sono continua agradável e profundo. Nada o aborrece. Já não há 
ruído capaz de despertá-lo. Você está totalmente surdo. Só ouve a minha voz. Só 
obedece a mim. Só eu posso acordá-lo. Durma... Durma... Durma 
profundamente.
MÉTODO DA ESTRELA
O método da Estrela, embora a sua autoria seja desconhecida, desde 1949 já era 
aplicado pelo húngaro Joseph Heller, citado por Akstein, foi utilizada e 
desenvolvida por Karl Weissman. Método particularmente subjetivo e de grande 
efeito simbólico, que foge um tanto da linha ortodoxa dos métodos anteriormente 
citados. Muito dificilmente falha. 
 Eis o método:
Estando o paciente bem acomodado na cadeira, obedecidas as instruções quanto à 
maneira de sentar e colocar as mãos sobre os joelhos e recostar a cabeça, com 
todos os músculos bem relaxados, ordeno: Feche os olhos; Em seguida inicia-se 
com um apelo à sua própria capacidade de concentração, apelo esse que é 
facilmente obedecido por ter um caráter lisonjeiro às suas pretensões de homem 
de espírito forte; Digo então: você vai agora usar de toda sua capacidade de 
concentração no que lhe vou sugerir.
O paciente ainda não sabe o que lhe vou sugerir, e isso lhe prende a atenção e 
aumenta a expectativa, dois aliados indispensáveis à indução hipnótica;
Após uma pausa dizer: Uma estrela solitária no céu... Fixe bem esta estrela... A 
estrela vem se aproximando lentamente... Lentamente a estrela se aproxima de 
você. E à medida que a estrela se aproxima seu brilho aumenta...
A estrela se aproxima cada vez mais. A estrela vem chegando cada vez mais 
perto...
Há pacientes que nessa altura cobrem os olhos, embora fechados, a fim de 
proteger a vista contra o deslumbramento. Continua-se:
A estrela continua a se aproximar... Ela vem chegando cada vez mais perto... A 
estrela se aproxima cada vez mais... A estrela vem chegando, chegando cada vez 
mais perto;
Repete-se bastante a descrição da aproximação da estrela. Pode-se observar, 
eventualmente, os movimentos oculares dos pacientes por debaixo das 
pálpebras.;
Uma pausa deve marcar o término da aproximação da estrela;
Agora que a estrela está próxima, vai ocorrer o movimento contrário... Agora a 
estrela se afasta para o céu distante... Vamos agora acompanhar a estrela em sua 
fuga pelo espaço... Até a estrela sumir de vista... Até a estrela desaparecer 
completamente no céu. Tudo isso com pausas e tom de voz monótono. Não se 
determina o momento do desaparecimento da estrela. Isto fica por conta do 
paciente;
Agora, respire profundamente. Respire profundamente... A cada respiração o 
sono se aprofunda mais... O sono se aprofunda a cada respiração... A cada 
respiração o sono se aprofunda mais;
Aguarda-se cerca de cinco segundos entre cada repetição;
 
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Sugere-se agora a levitação dosbraços: A primeira coisa que você vai sentir é 
uma atração nas mãos e nos braços... Uma atração nas mãos e nos braços... 
Leves. Lenta, mas irresistivelmente os braços se levantam, lenta, mas 
irresistivelmente... 
Seus braços continuam a levitar... Uma força estranha puxa os seus braços para 
cima. A sugestão pode ser dada para apenas um dos braços.
Às vezes há pacientes auditivos que não conseguem ver a estrela. Não tem 
importância porque a força da sugestão fica centrada na voz do terapeuta. 
ENTRADO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO PARA 
HIPNOTERAPIA
Gostaria que você se sentasse da forma como eu estou sentado, com as 
mãos pousadas sobre as pernas, os pés tocando o chão, a coluna ereta, de uma 
forma que seja confortável para você e, enquanto você se vai ajeitando, seria bom 
que aproveitasse para ir-se voltando para dentro de você e, aproveitando esse 
momento para estabelecer um bom relacionamento com você mesmo, 
solucionando problemas e aprendendo, confortavelmente, alguma coisa mais 
sobre você mesmo.
Talvez você possa encontrar alguma forma de não perder pessoas, fazendo 
amizades e usufruindo a companhia das pessoas. Basta que você se volte para 
dentro de você mesmo; e, com certeza, com os olhos fechados, fique mais 
agradável para você este contato com você mesmo, permitindo-se seguir 
aprendendo e desfrutando da própria aprendizagem... Enquanto minha voz fica 
mais e mais presente para você, que pode procurar ir desfrutando de tudo que 
você pode ir aprendendo... Saudavelmente e, enquanto sua mente consciente se 
volta para dentro de você mesmo... Sua mente inconsciente pode ir encontrando 
formas novas de relacionamento, porque é muito prazeroso saber-se capaz de 
estar com as pessoas...
E... Enquanto você entra... Para dentro de si mesmo... Eu gostaria que 
você imaginasse um campo muito grande, gramado, de cor verde acentuado, com 
árvores próximas, com flores de variadas cores, o céu... A água corrente por 
perto... Onde você pode deixar-se ficar num ambiente calmo, seguro e 
confortável para você. Onde possa soltar-se calmamente... E você continua 
ouvindo minha voz, que se faz sua companheira.
E enquanto eu estive falando com você, pude observar que sua pálpebras 
se movem rapidamente e involuntariamente, que o ritmo de sua respiração 
mudou e que o fluxo de sua corrente sanguínea também ficou alterado; também o 
ritmo de sua pulsação se modificou e sua cabeça tombou levemente para o lado 
esquerdo, enquanto você continua a aprofundar mais e mais o seu transe, 
voltando-se mais e mais para dentro de você mesmo, pronto para aprender, com 
você mesmo, dessa riqueza interior que você trás com você. Suas mãos 
continuam pousadas sobre as suas pernas e seus pés continuam tocando o chão, 
entretanto, suas pernas mudaram um pouco de posição e eu pude perceber que 
sua deglutição se modificou.
 
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Enquanto tudo isso se passa você vai mais e mais e mais aprofundando seu 
transe, voltando-se mais e mais para dentro de você, preenchendo com amizade 
seu coração e buscando seguir e prosseguir aprendendo confortavelmente e 
saudavelmente com você mesmo. E você pode deixar que sua mente inconsciente 
tome conta, porque você não precisa fazer nada para isso.
Apenas você se volta mais para dentro de você mesmo...
MÉTODO DE BRAID (CANETA)
O paciente deve estar em posição confortável, com o terapeuta à sua frente;
O terapeuta deve portar uma caneta que deverá ser mostrada ao paciente e 
posicionada acima dos seus olhos, permanecendo o paciente com a cabeça reta e 
olhos para frente;
Pede-se ao paciente que, permanecendo com a cabeça nesta posição, olhe 
fixamente para a ponta da caneta que é mantida 5cm acima da glabela e 
ligeiramente para trás, sem piscar e nem mexes a cabeça;
Olhando fixamente a ponta da caneta, olhando fixamente a ponta da caneta... 
(repetir três vezes). Sua vista vai ficando cansada... Cansada... (repetir três 
vezes), suas pálpebras estão pesadas... Pesadas... (repetir três vezes), sua vista 
está ficando turva... Turva... Você está com vontade de fechar os olhos... Fechar 
os olhos...
Vamos então baixando lentamente a caneta, seguindo a linha média do dorso do 
nariz, em direção à linha média do esterno. Se o paciente está olhando fixamente 
a ponta da caneta, ele acaba fechando os olhos suavemente.
MÉTODO DE INDUÇÃO – Variante de Braid
Olhe para o seu polegar fixamente...Resista o máximo que puder, mas seu braço 
vai ficando pesado... Seus olhos vão se fechando na medida em que seu braço vai 
pesando... Pesando... Pesando...Braço pesado... Muito pesado...Olhando 
fixamente... Vai ver seu dedo duplo...
Olhos cansados... Pesados...Continue nesta indução até verificar que a mão do 
paciente está quase tocando a perna, então continue...
Assim que sua mão tocar sua perna você ficará em transe profundo... Relaxado... 
Profundo... Só ouve a música e a minha voz...E onde você for continuará ouvindo 
minha voz...
 
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MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO
1. Pede-se ao paciente que se sente o mais confortável possível e que fixe o seu 
olhar num determinado ponto da parede ou do teto;
2. Olhar fixamente, sem piscar... Sem piscar... Olhar fixo... Sem piscar...
3. O ponto fixado parece que se mexe...Ou não... Parece que embaça...;
4. Suas pálpebras estão ficando pesadas... Mais pesadas... E poderão ou não se 
fechar... Pesadas... Mais pesadas... Fechando... Fechando... Mais pesadas... Mais 
pesadas...;
5. Agora elas estão bem pesadas e fechadas... E é impossível abri-las... 
Impossível...;
6. Colocar os polegares sobre as mesmas e mantê-las assim por um tempo;
7. pesquisam-se os sinais que indicam que o paciente está em transe;
 7.1. Levanta-se o braço do paciente e fazendo-se isso se diz, ao mesmo 
tempo, que ele (paciente) não tem controle sobre o braço e que ao soltá-lo ele 
cairá livremente e soltar-se-á;
7.2. Reflexo palpebral;
7.3. Face desabada, com musculatura solta;
7.4. Tremor palpebral, etc.
MÉTODO DO PESTANEJAMENTO SINCRÔNICO
Com o paciente sentado em posição correta para o procedimento de hipnotização 
diz-se:
Eu contarei 1 e você abaixará e levantara suas pálpebras; direi 2 e você fará o 
mesmo e assim sucessivamente. Manterá sua cabeça imóvel somente suas 
pálpebras é que se movimentarão;
Geralmente conta-se até 30, no máximo 40. Isto já provocou um cansaço nas 
pálpebras. Então, com um das mãos abertas, toca-se suavemente os dedos na 
nuca enquanto com a outra mão, mais suavemente ainda, aproveita-se de um dos 
fechamentos das pálpebras, toca-se nos olhos do paciente mantendo-os fechados 
ao mesmo tempo em que se diz:
Seus olhos ficarão fechados; seu pescoço está relaxado... E repete-se várias vezes 
as palavras de ordem de indução.
MÉTODO DE AUTO-VISUALIZAÇÃO
Imagine-se, pois de olhos fechados, dormindo;
Mas, enquanto a sua imagem visualizada está de olhos fechados, você continuará 
de olhos abertos, enquanto puder;Você está conseguindo imaginar-se a si mesmo 
de olhos fechados, dormindo? (O paciente responderá afirmativamente com um 
movimento do polegar direito);
 
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Você vai sentindo sono também...A exemplo de sua imagem, você vai entrando 
também num profundo sono...Você está sentindo sono, também...Você não 
consegue ficar com os olhos abertos...Pensando em si mesmo de olhas 
fechados...Você também vai fechando os olhos...
Já está querendo dormir também...Dormindo... Dormindo... Dormindo...
MÉTODO DE ERICKSON E WOLBERG
Relaxe os músculos. As mãos sobre os joelhos...Vai prestando toda atenção nas 
suas mãos;
Procure registrar tudo o que sentir em relação a elas;É possível que sinta o calor 
ou o peso das mãos sobre as pernas;Às vezes, um formigamento... Não importa 
qual seja a sensação que experimentar. O que importa é registrá-las;Vá prestando 
atenção no que sentir... Repare, agora, na imobilidade das mãos...Como estão 
imóveis! Mas isso não vai continuar assim... Em breve, um dos dedos começará a 
se mover. Qual deles se moverá primeiro? O indicador? O mínimo? O polegar? 
Não se pode prever;
Será primeiro um dedo da mão direita? Ou um dedo da mão esquerda?Repare: 
Um já conseguiu se mover; Preste atenção... Outro...Agora, os dedos vão se 
movendo mais e os braços se levantam... Quando as suas mãos chegarem à altura 
do seu rosto, você estará profundamente adormecido(a), ou hipnotizado(a);À 
medida que suas mãos se aproximam de seu rosto, o seu sono (ou hipnose) se 
aprofunda; Ao tocarem no seu rosto, você estará em sono profundo; Durma 
tranqüilamente... Nada o molesta, nada o preocupa...Sua mente não abriga 
nenhum pensamento... Você está perfeitamente à vontade... Está se sentindo 
perfeitamente bem... É uma sensação agradável de perfeito bem estar...Só ouve a 
minha voz... Só eu posso acordá-lo... Etc. etc.
MÉTODO DA INTERRUPÇÀO DE PADRÕES ESTABELECIDOS E 
AUTOMATIZADOS
 
Alguns padrões de comportamento ou de atividades são rigidamente 
estabelecidos por uma família ou cultura, e um exemplo disso é o aperto de mão 
como cumprimento. O aperto de mão é uma unidade de comportamento singular 
na consciência de um individuo. Se eu estender a mão para saudar alguém, essa 
pessoa responderá com movimento similar automático. Pois bem, se na hora dela 
estender a mão eu mudar meu movimento e pegar seu pulso entre dois dedos e 
levantar suavemente seu braço, ela não terá mais o movimento automático 
seguinte, que seria de apertar a minha mão e sacudi-la 2 ou 3 vezes, este é um 
instante de transe e pode ser aproveitado para propor:
Sua mão está solta no ar... Sem peso... Flutuando sem qualquer esforço... 
Com freqüência a pessoa chega a ter completa amnésia dessa fração de tempo em 
que fica com o braço suspenso. Às vezes, os olhos ficam abertos em fascinação;
 
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Se no instante da interrupção nós estávamos sorrindo para ela e dizendo, por 
exemplo: Muito prazer em... Ao suspendermos o transe, basta pegarmos a mão, 
sacudi-la e dizer... Conhecê-lo, meu nome é... A pessoa poderá ter apenas um 
instante de espanto, e continuar a conversa como se nada tivesse acontecido. 
Essa técnica foi descrita por Grinder e Bandler em Trans-Formations. Eles dizem 
que isto pode acontecer com qualquer movimento padronizado, como tirar um 
cigarro da carteira, por exemplo.
Milton Erickson usava, às vezes, uma técnica semelhante: ao sacudir a mão por 
mais tempo do que seria de se esperar e depois, ai soltando a mão lentamente de 
forma estranha e no último instante dava um ligeiro impulso para cima e o braço 
ficava levitando em catalepsia.
Um estado de transe pode também se formar quando algo do comportamento de 
uma pessoa se torna totalmente incongruente e inesperado. Poe exemplo: Estou 
falando com alguém e, sem qualquer aviso, continuo movendo meus lábios como 
se formassem palavras, porém sem emitir nenhum som.
MÉTODO DO BALÃO E OUTRAS FANTASIAS
BALÃO
Outras vezes você pode propor à pessoa: Você é um balão, sem peso, que está 
subindo lentamente no espaço até flutuar lá no alto... Vendo a paisagem suave 
que fica cada vez menor... Flutuando suavemente ao sabor da brisa... Sentindo no 
corpo o calor do sol e uma sensação de proteção e segurança; Isto é importante, 
pois pode haver acrofobia ou insegurança. Na acrofobia previamente anotada, é 
melhor usar outra fantasia.; Propor imagens genéricas de paisagens sem, todavia 
dar muitos detalhes, pois não sabemos que paisagens o paciente quer imaginar; 
Repetir várias vezes as palavras segurança... Bem estar... Paz;
No final da sessão dizer: Agora você vai descer suavemente para a terra aonde 
você é esperado com carinho por pessoas que gostam de você;
Podemos sugerir fantasias de ser uma gaivota ou flutuando em águas calmas.
MÉTODO DA AUTOSCOPIA
Uma outra técnica de indução baseia-se na autoscopia, ou seja, imaginar-
se se vendo num espelho. Essa técnica é proposta principalmente para aquelas 
pessoas que têm medo de fechar os olhos com fantasias de morte ou de perda de 
controle. 
A proposta é:
Imaginar-se na frente de um espelho...Você está na frente desse espelho... Mas 
enquanto você está de olhos abertos sua imagem está com os olhos 
fechados...Aproxime-se dela mentalmente... Seus olhos estão abertos... A 
 
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imagem está com os olhos pesados... Colados... Sentindo-se agradavelmente 
relaxada...Veja isso claramente... Está vendo? Sinaliza apenas com o polegar da 
mão direita se está vendo...Sua imagem está com sono... Ela sente sono... Uma 
enorme e agradável moleza... É impossível ficar acordado...Continuar a falar da 
imagem como uma meta-sugestão que, aos poucos, é absorvida pelo 
paciente;Agora está entrando num suave estado de transe (sono), cada vez mais 
agradável... Sono... Sono... Suas pálpebras estão pesadas... Estão pesadas (suas é 
ambíguo);
O sono aumenta... Aumenta... Você dorme profundamente...Ou, se for o caso, 
dizer: Você não precisa dormir... Não precisa... Dormir... Dormir... Dormir...
MÉTODO DE HIPNOSE RÁPIDA
Existem, no mercado diversos tipos de metrônomos. Qualquer deles pode 
ser usado para a indução do transe hipnótico. Aqui usaremos um modelo digital, 
bem simples, que emite um som e um piscar de luz vermelha. Regula-se para 
uma freqüência de 60 ou menos e o mesmo é colocado na frente do paciente, que 
deve ficar confortavelmente sentado ou deitado. Induz-se o relaxamento da forma 
habitual e pode-se deixar o metrônomo ligado durante o transe ou mesmo 
desligado. A dificuldade que sentimos é a dependência que o mesmo gera (se 
ficarmos sem o mesmo não conseguiremos hipnotizar ninguém?)
MÉTODO DE MILTON ERICKSOM
Famoso pela capacidade de criar um rapport e uma indução tão adequada 
que lhe permite dizer que não existe uma resistência, pois todo mundo encontra 
de uma ou de outra maneira o estado de transe.
É característico de sua metodologia o uso de truísmos, ou verdades 
evidentes, que eram de tal forma misturadas com novas propostas, que o paciente 
as aceitava também como realidade.
Caracterizado pelos 3 Ms 
(Motivar, Metaforizar, Mover) e 2 Rs (Responsividade, Recursos).
A terapia é única para um único cliente, construída para as necessidades e 
situações daquele paciente.
MÉTODO DA LETARGIA
O paciente deve ficar de pé, com os pés paralelos e próximos um do outro;
 
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A mão esquerda do hipnólogo deve se posicionar na nuca e coluna cervical do 
paciente enquanto a mão direita desse é colocada no esterno, entre as linhas 
mamilares;
Apoiando firmemente a mão esquerda atrás da cabeça do paciente e fazendo-se 
um movimento circular com a mão direita,no esterno, ao mesmo tempo 
balançamos o paciente para frente e para trás num movimento de vai e vem, 
enquanto sugerimos ao mesmo que feche os olhos e durma, tranqüilo...
Repetir 3 vezes esta sugestão;
Ao perceber e testar que o paciente está em transe, colocá-lo sentado e pilotá-lo 
como após toda indução hipnótica.
MÉTODO RESULTANTE DA ASSOCIAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS
Método de Braid + caneta que desce oscilando de um para outro lado.
Método de Braid + metrônomo (no lugar da caneta)
Método de Braid + pestanejar sincrônico
Método do pestanejar sincrônico + metrônomo (olhar fixo na luz)
Outros.
HIPNOTERAPIA ERICKSONIANA
Milton H. Erickson foi habilíssimo no uso de estórias e metáforas em 
terapia para aumentar a efetividade das psicoterapias breves. Ele acreditava que, 
contando de um modo indireto um caso semelhante ao do paciente, com uma 
saída possível, ou uma estória que chamasse a atenção do cliente sob certos 
aspectos semelhante aos seus próprios problemas, faria com que o paciente 
pensasse em seus próprios recursos de como também resolver seus problemas. A 
metamensagem dessas estórias – uma mensagem embutida sutilmente dentro do 
conteúdo das narrativas – passa diretamente à mente inconsciente. O emprego da 
hipnose tornava mais eficaz o uso de metáforas, afrouxando a atenção da mente 
consciente e sua censura, que ficam absorvidas através de técnicas hipnóticas, 
enquanto as mensagens são dirigidas à mente inconsciente, que está muito mais 
próxima do pensamento por imagens do que daquele por palavras. Portanto, em 
hipnose o efeito é maior e mais duradouro.
Eu poderia dizer resumidamente que Milton H. Erickson dividia a mente 
em mente consciente e mente inconsciente. Mente consciente seria aquela mente 
que pensa, julga, faz e que toma conta da nossa consciência. E mente 
inconsciente corresponderia àquilo que se passa fora da nossa consciência, 
daquilo que estamos cientes, mas que tem um papel em determinar fenômenos 
físicos e mentais. A mente consciente é vista como uma parte limitada que não é 
capaz de muitos pensamentos e atos simultâneos. A mente inconsciente é sábia, 
ilimitada, capaz de fazer muito mais do que a gente conscientemente imagina, um 
verdadeiro reservatório de potenciais.
 
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Desta maneira, o uso da hipnose na psicoterapia serviria de ferramenta 
para distrair e absorver a mente consciente, e levar à mente inconsciente, através 
de meta/mensagens, sob a forma de sugestão (su, sub = por debaixo + gestione = 
gestão, administração), novas possibilidades de acessar os recursos internos de 
cada pessoa e ressignificar aquilo que hoje é visto como problema.
Para fazê-lo, Milton H. Erickson utilizava a linguagem do próprio cliente, 
contava casos, estórias, usava metáforas embutidas dentro de outras com o intuito 
de confundir a mente consciente e assim levantar resistência.
O princípio do uso das metáforas era bem simples: falar de algo que 
chamasse a atenção do cliente, como uma ponte de ligação ao seu problema, ou 
que o levasse a agir como um radar, captando o que lhe interessa. Por exemplo: 
se você tem um problema em seu carro e conta a alguém o que fez para consertá-
lo, onde levou, o que trocou, etc., faz imediatamente a pessoa se remeter a um 
estrago em seu próprio veículo, onde levou, como consertou ou como poderá 
fazê-lo, caso esteja precisando de ajuda. É o mesmo princípio.
Deste modo, você não provoca atritos com a resistência, o que ocorreria se 
dissesse diretamente vá e faça assim. Você sugere (suggerere, su + gerere) ao 
outro uma maneira de ver, de lidar, de experienciar algo novo e diferente.
Lembrando:
Metaforizar é essencial. É o meio de ser indireto, de conversar a língua do 
inconsciente. A pessoa guarda com mais facilidade casos, estórias, interpretações 
metafóricas do que conversas e interpretações lógicas. As metáforas ficam como 
uma ponte de tratamento. O cliente vai embora, mas leva algo de que, se a 
metáfora foi feita de acordo e sob medida para aquele sujeito, não se esquecerá.
Milton H. Erickson atendia pessoas dos Estados Unidos inteiro, alguns 
estrangeiros e, numa terapia brevíssima, precisava deixar o seu recado e sua 
ressignificação. Ele o fazia através das metáforas que usava ou das tarefas 
metafóricas.
Contar estórias metafóricas ajudava a pessoa a poder mover-se de uma 
situação paralisada. O objetivo das metáforas é guiar o cliente para um caminho 
de auto-ajuda, em que ele próprio vai encontrar uma nova maneira de lidar com o 
que antes não conseguia. 
A própria levitação das mãos é uma técnica hipnoterapêutica que tem como 
linguagem metafórica o significado da mudança natural que vem de dentro, de 
uma força que se pode acessar, como se coloca um novo programa no 
computador, fazendo-o trabalhar numa nova inteligência.
 
A TERAPIA ESTRATÉGICA DE ERICKSON
Erickson tinha uma modalidade única e especial de fazer terapia sob 
medida, por isso é impossível tentar sistematizá-lo. Mas observamos que existem 
características específicas em seu trabalho que os ericksonianos adotam como 
padrão de abordagem. Elas são, em resumo, três modalidades de abordagens:
1) Entrar pelo sintoma, modificando o padrão do problema
2) O uso de analogias e metáforas
3) Intervenções paradoxais
 
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 Cel. (73) 9997-3314 
A seguir, estudaremos resumidamente cada um destes itens.
Se você quiser aprofundar neste tema leia os livros de William O’Hanlon 
como Raízes Profundas, Em Busca de Solução, Guia de Terapia Breve e Hipnose 
Centrada na Solução de Problemas.
1 – A intervenção no padrão que modifica a ação do problema (Entrar pelo 
sintoma)
O que já foi visto por muitos terapeutas breves é que a conduta de se 
trabalhar com a queixa que o paciente traz não oferece resistência. Assim 
podemos ver que nas psicoterapias tradicionais onde se busca a causa do conflito, 
as resistências aparecem rapidamente.
Erickson trabalhava apenas com aquilo que o cliente lhe oferecia mesmo 
que fosse somente a resistência. Sem buscar algo mais no passado ou onde quer 
que fosse!
De acordo com Erickson, o interessante era mudar o padrão de respostas 
automáticas que contém ou acompanham as experiências ou condutas 
indesejadas (sintomas).
Assim, é importante reunir o maior número de elementos sobre a queixa 
do paciente e com isso MODIFICAR o sintoma.
Você deve observar:
a) a linguagem
b) interesses e motivação
c) crenças e marcos de referência
d) condutas
e) o sintoma
f) resistência
Uma alteração qualquer da queixa modifica as questões que rodeiam o 
problema e com freqüência a conduta/problema desaparece.
O’Hanlon mostra 15 modalidades que ele observou no trabalho de 
Erickson em INJETAR um vírus que MODIFICA O PADRÃO DO 
PROBLEMA. Vou colocá-las aqui, para que você possa utilizá-las em seu 
trabalho terapêutico. No princípio, é difícil acostumar a intervir no padrão, mas 
aos poucos você pega o jeito.
Principais modos de intervenção no padrão:
1. mudar a freqüência/ritmo2. mudar a duração do sintoma
3. mudar o momento (dia/semana/mês/ano)
4. Mudar a direção (no corpo/no mundo)
5. Mudar a intensidade
6. Mudar alguma outra característica ou circunstância própria do 
sintoma
7. mudar a seqüência dos acontecimentos
8. criar um curto circuito na seqüência (do início para o final)
9. interromper a seqüência, ou impedi-la de outro modo
10. Tirar um elemento
11. Fragmentar um elemento unitário
12. fazer com que o sintoma se despregue de seu padrão
 
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13. fazer com que o sintoma se despregue do padrão-sintoma com 
exceção do sintoma (comer muito mas em pouco tempo)
14. inverter o padrão
15. vincular o aparecimento da padrão-sintoma com outro padrão 
(tarefa condicionada pelo sintoma)
Erickson utilizava destas modalidades para injetar vírus no padrão do 
sintoma, às vezes sem ao menos questionar as causas dos problemas. E o 
resultado? Excelente!
Assim, podemos dizer que numa terapia bem estratégica e breve 
conseguimos modificar um padrão de conduta e muitas vezes uma VIDA! 
Tornando-a mais adaptativa e feliz. Os bons resultados em vencer um sistema 
trabalham automaticamente as mudanças internas do sujeito e a terapia se faz 
naturalmente.
Ex. 1) Policial aposentado obeso, tabagista e que bebia muito.
Erickson interveio lhe dando uma tarefa: para comer, comprar uma 
refeição por vez num supermercado à 1,5 km. Para beber, uma dose por bar com 
uma distância razoável entre um e outro. E para fumar comprar o maço de 
cigarros do outro lado do bairro, indo a pé.
Ex. 2) Rapaz de 17 anos que levantava o braço direito 135 vezes/min.
Erickson fez com que levantasse 145 vezes/min e seguiu aumentando e 
diminuindo alternadamente, com aumento de 5x/min e diminuição de 10x/min 
até que desapareceu por completo.
2) O uso de analogias e metáforas
Este já é um assunto bem conhecido por nós. Conversar por analogias, 
contar casos ou estórias faz com que as pessoas se relembrem de seus próprios 
problemas. Elas sempre estão buscando uma solução de problemas. Se você 
constrói estórias ou conta casos que contenham os problemas dos pacientes, eles 
conseguem captar a idéia e/ou metamensagem embutida em busca da solução de 
seus próprios problemas.
Veja textos sobre como construir metáforas e leia Minha Voz irá Contigo 
de Sidney Rosen; neste livro Erickson conta muitos casos e muitas estórias em 
busca de solução para os conflitos de cada um.
É bom lembrar que as metáforas são pontes de ligação do problema para a 
solução.
3) As intervenções paradoxais
Creio que a essência maravilhosa de Erickson se encontra no trabalho com 
o paradoxo. Vamos analisar de uma forma sucinta, mas objetiva as estratégias de 
Erickson para lidar com o paradoxo.
Todos nós temos conflitos. Por conflito podemos entender que temos um 
“problema sem solução”. Por detrás dos nossos conflitos se encontram os 
paradoxos de nossas vidas. 
 
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Os quais todos temos, pois todos temos problemas. Quanto maior a rigidez, mais 
fechado é o paradoxo, maior é o problema. Tudo uma questão de volume como 
diz Teresa Robles.
Por paradoxo entendemos duas ordens contraditórias ditas ao mesmo 
tempo e assim não há como evitar o fracasso, pois se você não obedece a uma, 
falha com a outra. Tem aquele bom exemplo da mãe que presenteia o filho com 
duas gravatas. O filho coloca uma para ir trabalhar e a mãe diz “Ó meu filho, 
você não gostou da outra gravata que mamãe te deu!” Como sair desta!!!
Um exemplo prático: mulher deprimida e obesa. Ficou assim porque um 
dia descobriu que o marido ciumento, que lhe exigia estar sempre linda, a traíra. 
Engordou para não lhe dar mais prazer (1a ordem), e deprimiu porque havia 
ficado gorda (2a ordem). O que fazer?! Chega dizendo que quer melhorar da 
depressão, mas não pode emagrecer!!!
Erickson observava que todos os problemas tinham seus paradoxos. Assim 
ele utilizava de uma maneira astuta técnicas paradoxais com estes pacientes.
A estratégia:
Prescrever o Sintoma!
Ele queria com isso que o paciente fizesse voluntariamente aquilo que 
antes fazia automaticamente (inconscientemente). Normalmente prescrevia o 
sintoma associado da emoção subjacente escondida na forma automática de 
funcionar. A partir do momento que o sintoma deixava de ser automático 
denunciava o que o sintoma deseja “falar” ou “fazer” e com isto as pessoas se 
curavam.
A forma de empregar a prescrição
a) Por obediência – dá-se uma ordem de aumentar o sintoma para depois 
baixá-lo.
Pode ser feita com pessoas obedientes, permissivas, que cooperam com o 
terapeuta e quando o paciente acha que seus sintomas estão fora de combate.
b) Por desafio – espera-se que o paciente desafie, aberta ou 
encobertamente, o pedido do terapeuta.
O paciente resiste ou se rebela à prescrição.
Este tipo de prescrição de sintomas é dada a pessoas controladoras e de 
grande oposição e vê seus sintomas como potencialmente controláveis.
Assim podemos ver os paradoxos dados pelo terapeuta como:
de prescrição – roer unhas, chupar determinados dedos.
de restrição – não faça isso, vá devagar (quando é para ir depressa)
de posicionamento – trocar a posição de um problema – (aceitando ou 
exagerando uma afirmação do próprio paciente sobre seu problema).
Para Fishen e Anderson os paradoxos podem ter 3 classes de estratégia 
paradoxical:
1. Redefinição – modificar o significado da interpretação atribuído ao 
sintoma.
Ex.: Redefinir uma criança como extremamente sensível, quando fóbica.
2. Escalada – é o intento de criar uma crise ou um aumento da freqüência 
da conduta sintomática.
 
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3. Reorientação – trocar um aspecto do sintoma, prescrevendo 
circunstâncias particulares do sintoma. (Chupar o dedo só na frente do pai, 
fazendo muito barulho para assustá-lo muito!).
Por fim, deve lembrar vocês que Paul Watzlawick, a Escola de Palo Alto, 
a Escola de Milão são as origens dos trabalhos com paradoxos. Vale a pena ver 
textos destas fontes.
Todos estes trabalhos de paradoxos são dados como prescrição de 
sintomas, em outras palavras, como tarefas.
Bibliografia
William O’Hanlon - “Guia Breve de Terapia Breve”
“Raízes Profundas”
“Hipnose Centrada na Solução de Problemas”
INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO
Quando vamos fazer uma indução, lembremo-nos de alguns princípios 
fundamentais para o estabelecimento da aliança terapêutica.
Motivação - é muito importante estar motivado para querer algo novo que 
vai ajudá-lo. Desenvolva a motivação antes. Vemos que é muito fácil colocar um 
queimado ou uma pessoa com dor em transe; há uma motivação enorme para sair 
do sofrimento.
Rapport - a segurança ao dizer “vem comigo”, para que a pessoa possa 
segui-lo como um guia, um “lanterninha” de cinema que indica os lugares onde o 
cliente possa se “sentar”; ele precisa confiar, se entregar. Há pessoas com maior 
dificuldade de entrega. Necessitam de controle. Dê-lhes o controle e elas se 
colocarão predispostas para relaxar, porque relaxar o corpo ajuda a relaxar a 
mente. Como diz o professor Malomar Edelweiss: “A cada tônus muscular 
corresponde um tônus mental, e vice-versa”.
Então estabeleça que o que vocês vão fazer é um relaxamento e que eleé 
proveitoso de todas as maneiras.
Tire as dúvidas sobre o que a pessoa entende por hipnose, se ela já foi 
hipnotizada antes, se já fez algum curso de controle da mente, ioga etc. Você fará 
uma comparação mostrando que o caminho é o mesmo. Tire as dúvidas quanto 
aos mitos, caso a pessoa os tenha.
Assim, depois de motivá-la, estabelecer a confiança, você pode colocá-la 
numa posição confortável. Sentada, de preferência, pois nos dá maiores 
referências sobre a constelação hipnótica, em que nível de transe o sujeito está. 
Além do que, a pessoa percebe a diferença do estado alerta para o transe. Muitas 
vezes, quando a pessoa deita, passa direto ao sono.
Não há necessidade de ser uma poltrona excepcionalmente confortável. 
Milton H. Erickson hipnotizava em cadeiras bem desconfortáveis e todos 
entravam prontamente em transe por sua motivação.
Posicione-se de frente ao seu cliente, de pernas e braços descruzados, e 
peça a ele que faça o mesmo. Isto porque se acredita que a postura fechada leva a 
não se abrir ao novo. Se você for fazer levitação das mãos, a pessoa estará com 
 
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os braços catalepticamente mais presos. Além do que, um braço ou uma perna 
pesa sobre a outra, durante o transe, por causa do fenômeno da catalepsia.
Ao se posicionarem, você já pode começar o transe não-verbal, respirando 
profunda e suavemente e fechando seus olhos por alguns segundos. Se a pessoa o 
seguir, ela já está responsiva. 
Aqui começa o transe:
Você pode fechar seus olhos...
Permita-se respirar profundamente, calmamente e sinta sua respiração...
Como é gostoso poder parar por alguns instantes... dar-se algum tempo... 
Um tempo para se voltar para você mesmo...
De olhos fechados para fora... Você pode abrir os seus olhos internos... 
olhos que vão poder olhar (sentir) você lá dentro...
Respire... inspirando calma... mente... solta... mente... abrindo o peito para 
uma nova inspiração... abrindo o peito apertado de sentimentos (sofrimentos / 
pensamentos)...
Trabalhar a angústia... angústia... é uma palavra que vem do latim... 
significa peito apertado...
Sua mente consciente pode ir ouvindo estas palavras que vão guiando 
você... enquanto sua mente inconsciente pode sabiamente ir fazendo sua prória 
viagem de conforto...
Inspirando... abrindo o peito... um novo fôlego... Expirando... 
Ex/pressando... aquilo que fica preso lá dentro...
À medida que você faz esta respiração solta/mente... gostosa/mente... você 
pode ir se soltando aí no sofá (cadeira), sentindo o seu corpo, seus pensamentos... 
que partes estão mais tensas...
Mas não faça força... nem mesmo força para não fazer força... Deixe as 
coisas acontecerem naturalmente... Até mesmo os pensamentos... sem 
julgamento.
A respiração vai ajudando você, digerindo, limpando... levando oxigênio a 
todas as suas células... retirando o gás carbônico e todas as toxinas que ficam 
presas lá no fundo... Abrindo... Soltando... Protegidamente pelo seu 
inconsciente...
E assim, enquanto sua mente consciente vai percebendo pequenos ajustes, 
a sua mente mais profunda vai fazendo as mudanças necessárias, buscando seus 
recursos interiores; porque aí dentro de você há um reservatório de bons recursos 
para ajudá-lo a se sentir bem, agora!...
E você pode ir percebendo seu corpo... Ir soltando seus pés... Sinta os seus 
pés no chão, dentro dos seus sapatos... você pode apoiar seus pés e se deixar ir 
para dentro mais e mais...
Enquanto você solta seus pés e os sente... Pode ir soltando pernas... o 
pensamento calmamente... solta/mente... aliviando cada tensão muscular...
 
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Pode ir sentindo as pernas apoiadas ao sofá (cadeira), deixando-as aí 
ficarem... Pode ir soltando quadris... abdômen... soltando peso... tensão...
A mente consciente focaliza, localiza... A mente inconsciente desliza, 
solta, relaxa... Porque é sua parte sábia que ajuda você a descobrir algum 
conforto, paz e relaxamento...
Vai soltando o peito... a respiração... Soltando as costas nas costas do sofá 
(cadeira), vértebra... músculo por músculo...
Você pode se deixar ir, soltando... relaxando... enquanto sua mente 
inconsciente já trabalha sabiamente para ajudá-lo em suas questões (...)... 
Soltando... Relaxando...
E o corpo... pescoço... nuca... soltando, relaxando... aliviada/mente.
E você pode sentir a cabeça, os músculos da cabeça, da face... que coisa 
boa é poder se dar algum tempo... Tempo de revisão... Tempo de soltar... Tempo 
de aproveitar... Aproveite saudavelmente este momento...
A esta altura... eu vou observando mudanças em você... Enquanto eu fui 
falando... sua pulsação mudou... seus batimentos cardíacos se tornaram mais 
compassados... seu rosto está com uma expressão mais suave... 
(e assim por diante, vá colocando aquilo da constelação hipnótica que você 
percebe e que ajude a pessoa a relaxar ainda mais... observe bem antes de falar).
Como disse um professor meu, em suas induções: tudo é questão de 
treinamento, quanto mais a gente treina, mais e mais aprende... Desde pequenino, 
levou algum tempo no aprendizado do caminhar, andar com suas próprias pernas. 
Primeiro, foi ajudado pela mão de um adulto, que lhe deu o apoio; depois a 
vontade era tão grande de andar, que você foi querendo dar seus próprios passos 
sozinho. Às vezes caía, mas levantava, caminhava lento e tropeçando, mas queria 
aprender. Quanto mais você treinava, mais você aprendia, até que você aprendeu 
a andar com suas próprias pernas. Andou, correu, brincou, coisas que sabe fazer 
até hoje. Sua mente inconsciente, hoje, não pensa para fazê-las. Simplesmente o 
faz! Os aprendizados vão sendo armazenados dentro do nosso inconsciente e este 
os guarda como uma fonte de recursos, que pode ser processada 
automaticamente, protegidamente... para lhe ajudar... em qualquer momento de 
sua vida... Pois foi assim também quando você foi para a escola aprender a ler e 
escrever... Levou tempo treinando e aprendendo cada letra, seu som e formato... 
juntando as letras... o m com três perninhas, o n com duas... a diferença do p 
para o b... e juntando letras foi formando palavras... e treinando você foi 
aprendendo, automaticamente, a utilizá-las. Hoje, você lê e escreve 
automaticamente, sem ter que pensar... Seu inconsciente toma conta de seus 
aprendizados, daquilo que saudavelmente, automaticamente, você pode utilizar 
em seus aprendizados... E, como todo aprendizado, vai sendo armazenado em seu 
favor, lá no fundo de sua mente, para você utilizar quando quiser... Você também 
faz novos aprendizados, todos os dias... Além de poder reaprender muitas coisas 
boas e novas a cada dia. Quanto mais você treina, mais você é capaz de ir 
aprendendo... e sua mente inconsciente pode ajudá-lo com uma fonte inesgotável 
de recursos que você tem. Aproveitando... relaxando... Um novo momento de 
aprendizado... e você pode ir aprendendo a respirar.... inspirando um novo 
fôlego... expirando as toxinas lá de dentro... soltando o corpo para soltar a 
mente... saudavelmente... e assim, das próximas vezes em que você entrar em 
transe, você poderá se aprofundar ainda mais nesta viagem de bem-estar.... agora, 
aqui, você levará a saudável sensação de bem-estar para um resto de dia (noite) 
 
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agradável, assim como novos dias agradáveis... em que virão pensamentos, 
sonhos, lembranças, que te ajudarão, cada vez mais, a realizar o que você deseja: 
equilibrar... restaurar... recuperar... aprendendo a cada momento... mais 
livremente...
Assim, agora respire gostosamente e vá se serenamente ativo, ativamente 
sereno, bem desperto aqui, de volta à sala... ouvindo os sons ao redor... ouvindo a 
minha voz e se orientando a este momento... mantendo o bem-estar...
... Se você quiser pode se lembrar do que foi dito, ou pode esquecer de se 
lembrar... ou pode deixar por conta da sua mente inconsciente ir lembrando você 
daquilo que for necessário...
INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO
A respiração é considerada uma boa metáfora de limpeza, saúde, vida. A 
respiração processa mudanças de purificação e vida.
Veremos um roteiro em que eu juntei algumas técnicas de indução através 
da respiração, como uma técnica budista, o ar azul.
Sabemos que o transe é atingido através da absorção; no caso, a absorção 
será a focalização na respiração do cliente. Você não precisa fazer exatamente 
como vai aqui. Utilize sua forma pessoal.
... Agora se permita colocar-se à vontade... fechando os olhos... 
procurando perceber sua respiração, como ela acontece em você... apenas 
repare... e vá soltando o corpo no sofá (cadeira), sentindo seus pés apoiados ao 
chão... não fazendo força alguma... calmamente se deixando ir para dentro de 
você mesmo... deslizando... sentindo... A respiração é algo que faz parte de nós... 
nos dá a vida a cada minuto que respiramos... Levando na inspiração o oxigênio a 
todas as nossas células... a quantidade certa que elas precisam para se multiplicar, 
mudar, viver... 
e retirando/digerindo... na respiração as toxinas e o gás carbônico... levando vida 
nova... abrindo... soltando... Nós vamos fazer um pequeno exercício de 
imaginação... em que você pode imaginar... visualizar... sentir... mas não se 
esforce para fazê-lo... faça automaticamente... é um exercício de respiração... 
Traz alívio e bem-estar... e você pode experienciar.
... Enquanto sua mente consciente vai aprendendo a fazê-lo... sua mente 
inconsciente vai usufruindo do prazer das trocas... trocando saudavelmente... 
digerindo... deslizando... Então você pode imaginar um céu muito bom... de um azul 
muito suave, bonito e limpo... onde o ar também é azul...
... Imaginando... visualizando ou sentindo... o ar entrando azul na sua 
respiração... inspirando azul... sentindo seu peito se abrindo... o azul entrando e 
aliviando... acalmando... levando os aspectos positivos... o bom... e deixando sair na 
expiração... um ar cinza... carregando o gás carbônico e as toxinas que ficam presas 
lá dentro de você... entrando o azul que acalma... abre o peito... alivia... dá fôlego... 
saindo os aspectos negativos... cinza... Isso... experimente... Entrando o azul... que 
trabalha a angústia... o peito apertado... saindo o cinza... carregando... expressando o 
que fica preso lá dentro... Isso mesmo... permita-se experienciar abrir-se para o 
novo, o calmo, o azul, e deixar sair o que fica aí preso... digerindo... respirando 
vida... paz... aprofundando seu bem-estar...
 
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Passe para a ratificação. Ratifique as mudanças não só da respiração, mas 
as que você observa, em cada detalhe.
Em seguida, utiliza sua criatividade, elicie as possibilidades, os recursos 
da pessoa. Você pode criar metáforas ou trabalhe com o que você acha melhor. 
Depois reintegre a pessoa e termine o transe, reorientando-a para o estado de 
vigília.
INDUÇÃO DE UM LUGAR AGRADÁVEL
Esta é uma indução para proporcionar ao cliente um tipo de lugar de 
proteção. Ele pode usar esta técnica para fazer auto-hipnose. Para se colocar 
neste local protegido em momentos de ansiedade ou insegurança.
Comece por uma indução natural, do modo que você quiser, não 
necessariamente como vai escrito neste roteiro. Depois de estar com seu cliente 
já confortável e responsivo, mostrando alguns dos itens da constelação hipnótica, 
leve-o ao lugar agradável.
Aqui vai um roteiro completo:
... Permita-se ficar à vontade... colocando-se confortavelmente no sofá 
(cadeira)... e você sabe que, ao fechar seus olhos... você pode abrir seus olhos 
internos... os olhos da mente que vão observar seus sentimentos... o que está se 
passando lá dentro... é mais uma oportunidade para você se permitir descobrir 
uma forma de ficar em segurança com você mesmo... Assim, daqui a pouco... 
pouco a pouco... você vai indo para dentro... entrando em contato com 
sensações / sentimentos de conforto e bem estar ... Você vai respirando... abrindo 
o peito na inspiração... levando vida... oxigênio... um fôlego novo... e, à medida 
que você inspira... sua mente consciente vai acomodando seu corpo 
confortavelmente no sofá... e sua mente inconsciente vai lhe levando para uma 
viagem... sensações / sentimentos... porque sua mente inconsciente sabe dos 
caminhos... lugares que conduzem ao bem-estar... e você pode ir desfrutando 
protegidamente de um estado de bem-estar aí dentro de você... inspirando... 
oxigênio... paz... tranqüilidade... expirando... gás carbônico... sentimentos 
apertados... aliviando...
Ratifique:
... Daqui onde estou, eu já observo mudanças em você... no ritmo 
respiratório... mais suave... no seu tônus muscular... mais solto... suave... 
deslizando... desfrutando protegidamente... na sua face mais relaxada... na sua 
coloração...
Que coisa boa desfrutar de um bem-estar...
Elicie:
... E você pode aumentar sua segurança, seu bem-estar... imagine... 
visualize... um lugar especial... agradável... pode ser um lugar conhecido ou 
imaginado... pode ser uma praia, um mar agradável... ou pode ser o alto de uma 
montanha... ou talvez um vale com um rio ou um campo de flores... pode ser o 
que você quiser... até mesmo seu quarto... mas se deixe imaginar este lugar em 
 
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cada detalhe... a cor do céu... que mais lhe agradar... a temperatura do ambiente 
que mais lhe agradar... a brisa do ar? O tempo está gostoso... permita-se 
visualizar cada partezinha deste lugar só seu... cada planta... cada flor... se água... 
como é esta água... a cor... os barulhos... se há animais/passarinhos...
... Veja lá o que você quiser... e se coloque neste lugar... num cantinho 
agradável... protegidamente confortado... com paz e tranqüilidade... desfrutando 
do bem-estar de poder ficar à vontade... respirando... soltando... e deixando que 
sua mente inconsciente sabiamente amiga possa trabalhar por você agora... E 
assim, toda vez que você se sentir com vontade você pode ir para este lugarzinho 
aí dentro de você.,.. protegidamente recuperar seu fôlego, sua energia... seu bem-
estar... Vou lhe dar alguns minutos... utilize-os como se fossem todo o tempo do 
mundo... para você curtir um bem-estar protegidamente... curtindo... soltando... 
desfrutando... (dê dois minutos mais ou menos, de acordo com cada pessoa). 
Faça apenas um sinal com a cabeça quando estiver lá no seu lugar agradável para 
que eu possa saber logo que você o visualizar... e agora... você pode ir voltando 
devagarzinho... se trazendo serenamente bem desperto e cheio de energia aqui 
para a sala agora... respirando uma, duas, ou três vezes, vá voltando... 
completamente alerta e bem disposto... sabendo que você pode voltar a este lugar 
agradável sempre que necessitar... ele é seu... até mesmo criar outros novoslugares de seu agrado... Voltando bem disposto, para um resto de dia agradável, 
em que você levará este bem-estar que é uma conquista sua.
INDUÇÃO DA LEVITAÇÃO DAS MÃOS
Esta é uma indução que ajuda a mostrar ao cliente que ele está em transe e 
que tem uma força maior, seu inconsciente, que é capaz de fazer muitas coisas 
que ele pensa que não consegue.
A levitação das mãos é uma resposta ideomotora. Um fenômeno hipnótico 
que acontece naturalmente e que, ao ser sugestionado na indução, vem como 
resposta. Os iniciantes têm um certo receio de fazê-lo porque acham que vão 
falhar, que seu cliente não responderá. É preciso, antes de tudo, em qualquer 
indução, estabelecer o rapport. O paciente confiante se deixa ir para dentro, 
acessar estas forças e recursos inatos dentro dele mesmo assim experienciar a 
resposta com a levitação das mãos e braços. Muitas vezes a resposta é demorada. 
É preciso dar tempo para que o cliente responda. Pode ser que, depois de algum 
tempo, quando você acha que um cliente não vai mais responder, venha a 
resposta. Por outras vezes o cliente apenas alucina que levitou a mão, que o fez; 
mas na verdade, ele só alucinou. Você observou e o cliente manteve a mão 
abaixada. Mesmo assim, ao terminar o transe, o cliente lhe diz que a levitação foi 
ótima. Juntou-se aí outro fenômeno hipnótico, alucinação positiva. Por isso, 
espere retirar a pessoa do transe, e investigue como foi esse exercício para o seu 
cliente. Normalmente a resposta vem. Você pode dar uma pequena ajuda, 
avisando (é importante avisar, quando for tocar num cliente, para ele não se 
assustar) que você vai tocá-lo e ajudá-lo a ir descolando os dedos. 
Ou por outra, caso não veja resposta, simplesmente diga: “... e sua mão é 
que vai escolher... talvez prefira ficar quietinha agora... experienciando 
descansar... relaxar devagar... e aproveitar os benefícios de assim ficar...”
 
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Mas vamos à indução:
Você fará sua indução ao seu modo, com absorção da mente consciente, 
com ratificação e eliciando a resposta ideomotora da levitação das mãos. 
Lembre-se de que existe um roteiro. Mas nós não somos uma rede de sanduíches 
prontos iguaizinhos, receita de bolo. Modifique, crie, acrescente, retire. Faça sob 
medida para o seu cliente, na linguagem dele. Contudo, darei um roteiro que, 
espero, seja sujeito às suas criações.
Absorção
Como é bom você, hoje, aqui, se colocar novamente à vontade para ir lá 
para dentro. Fechando os olhos... soltando o corpo... se deixando ficar 
confortavelmente bem colocado... Aproveitando e desfrutando protegidamente da 
sua respiração... Inspiração... tomando um fôlego novo e gostoso... soltando o ar 
e as toxinas presas lá dentro... Inspirando... Expirando... Soltando... 
Protegidamente...
E à medida que sua mente consciente ajuda você a se colocar à vontade... 
a sua mente inconsciente, automaticamente vai suavizando suas sensações... 
emoções... pensamentos... você pode ir sentindo seu corpo e colocá-lo à 
vontade... cada momento suavizando... soltando... relaxadamente... sentindo seus 
pés, como eles estão apoiados ao chão... A mente consciente vai guiando para 
você ir se soltando... enquanto a mente inconsciente vai sentindo o conforto e 
bem-estar que vai instalando... porque a sua mente mais profunda sabe guiar você 
melhor do que você imagina...
...Que coisa boa que é poder sentir seu corpo se soltando... pernas... 
coxas... enquanto ainda pode perceber alguns sons (da sala, ambiente)... soltando 
o abdômen... peito... soltando o peso dos ombros... costas... vai permitindo sentir 
o bem-estar de ficar à vontade... em que não é preciso fazer força alguma... 
cabeça... pescoço... também soltando... suavizando... protegidamente...
Ratificação
... Você pode ir notando... pequenas modificações... no tônus muscular... 
na sua respiração mais calma... mais ritmada... sua pulsação mais tranqüilamente 
ritmada... os músculos da face se soltando, suavizando... (aquilo que você 
perceber).
... A hipnose é uma maneira de aprender sobre você mesmo... num nível 
diferente de sentir... em que experiências acontecem... em que você permite ficar 
à vontade com você mesmo...
... E sua mente inconsciente pode desfrutar deste tempo gostosamente...
Eliciação
... Em um momento vou pedir algo especial a você... não é necessário 
fazer nenhuma força para isso... basta deixar que sua mente mais profunda possa 
ir fazendo por você... trazendo uma sensação agradável daquilo que ela é capaz 
de atingir...
 
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... E que coisa boa é poder experienciar a força que vem de dentro... e você 
pode ir sentindo... seu corpo... que partes estão mais pesadas... ou mais leves... ir 
sentindo suas mãos... focalizando a atenção nelas... e você pode experimentar ir 
descolando uma de suas mãos do colo... a que você quiser... até mesmo as duas... 
mas não faça força... deixe que a mão vá fazendo o movimento com uma força 
que vem de dentro... ela vai descolando e subindo em direção ao seu rosto... 
suavemente... e você sentirá a sensação agradável e boa que é experienciar 
coisas novas... que vem de dentro... subindo devagarinho... descolando aos 
pouquinhos...
... A mão sabe o caminho de chegar ao rosto sozinha... ela vai indo... (à 
medida que ela for subindo)... Isso mesmo... experienciando fazer algo novo... a 
sensação de leveza e bem estar vai acompanhando você... A sua mente 
inconsciente é capaz de fazer movimentos novos para você... (ao tocar o rosto)... 
e tocá-lo de uma forma especial e agradável... sentindo... tocando... movendo... e 
aos pouquinhos, depois de tocar seu rosto e senti-lo... você pode ir descendo sua 
mão até tocar seu colo novamente...
... Essa é uma experiência nova... aquilo que sua mente inconscientemente 
sábia pode fazer de novo e interessante por você... Assim como agora, ela poderá 
mover muitas outras coisas que você desejar, no seu tempo, ao seu modo e no seu 
ritmo... Mudando... Acrescentando... Criando...
E agora, depois desta agradável experiência... você pode ir voltando 
devagarinho aqui para a sala... bem disposto... serenamente alerta... respirando 
saudavelmente...
Quando a pessoa não levitar mude um pouco para:
... Mas se sua mão preferir ficar quietinha neste momento... também deixe-
a experienciar a sensação agradável de se permitir repousar como está... Virão 
outros momentos de fazer movimentos lá dentro, na hora mais oportuna para 
você... desfrutando protegidamente deste descanso gostoso...
A levitação de mão é feita para ver até que ponto o sujeito recebe como 
seu algo que se sugere como uma indicação de comportamento. Você tem uma 
base para observar o que é necessário fazer para que mudanças ocorram.
 
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INDUÇÃO DE CONFUSÃO MENTAL
Roteiro de desorientação temporal: a técnica de confusão de Erickson (1964a)
Sintetizado de Gilligan, Stephen. Therapeutic Trances. New York, 
Brunner/Mazel. 1987 p. 264-73. Itálicos referem-se à entonação reforçada.
Passo 1 - Absorver a atenção. (Começar pontuando algo simples do aqui e 
agora do cliente).
E que coisa boa saber que você está assentado aí, você sabe que há uma 
porção de experiências que você aproveitou e experienciou em muitas ocasiões...Passo 2 - Referir-se a um fato comum do dia-a-dia, presente (alimentar, 
conversar), de forma significativa, mas casual, para que o cliente fique sem saber 
porque você está falando aquilo).
Por exemplo, você provavelmente tomou seu café da manhã hoje... muitas 
pessoas costumam fazer isso, embora, às vezes, não tomem uma das refeições...
Passo 3 - Usar o fato comum mencionado para ligar o passado ao presente 
e ao futuro, falando mais rapidamente, mas modificando o ritmo se for 
necessário, para sobrecarregar e desorientar o cliente no tempo. Importante: tudo 
que se diz tem de ser verdadeiro, senão cria-se oposição.
E talvez você tenha comido hoje algum tipo de alimento que você já 
comeu antes, talvez algum dia na semana passada, ou na semana ainda anterior... 
e você provavelmente vai comer a mesma coisa na próxima semana, ou na 
semana depois da próxima... e talvez aquele dia da semana passada, se houve 
algum em que você comeu aquilo que você comeu hoje, aquele dia então era um 
hoje como este hoje é agora...
Em outras palavras, aquilo que era então talvez seja parecido com o que é 
agora... talvez fosse (atenção!) uma segunda-feira como hoje, ou uma terça-feira, 
eu não sei... e talvez, no futuro, seja o alimento de novo, na segunda-feira ou na 
terça-feira, mas a quarta-feira não pode ser descartada, mesmo que seja o meio da 
semana... e o que realmente significa ser o meio da semana? Eu não sei, 
realmente, mas eu sei que no começo da semana, o domingo vem antes da 
segunda-feira, e segunda vem antes de terça, e terça depois de domingo, exceto 
quando se trata da terça anterior...
 
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Passo 4 - Continuamente, fazer equivaler passado, presente e futuro, 
apressando o ritmo, mas falando de modo que pareça tudo muito significativo e 
pensado: isto pode se dilatado, se o cliente precisar ser mais sobrecarregado. 
Observar também o uso de seqüências interrompidas.
... E isto é verdade esta semana, era verdade na semana passada, e será, 
na semana próxima... mas se esta semana, semana passada, ou semana próxima, 
isto não é importante... porque a segunda-feira aparece no mesmo dia da semana, 
nesta semana, daquele em que veio na semana passada e em que virá na semana 
próxima... e o domingo também, para não mencionar a terça-feira... e assim os 
dias da semana e as semanas do mês têm muitas semelhanças compartilhadas, 
dentro delas e entre elas.
Passo 5: Mudar para os meses do ano, de modo que muda-se a unidade de 
referência, mas as relações constantes de variabilidade permanecem.
... E os meses do ano seguem um padrão similar... setembro antes de 
outubro e depois de agosto, e agosto antes de setembro... este ano, no ano que 
vem, e no ano passado...
Passo 6: Gradativamente, mudar para o passado, encorajando a regressão. 
Frases contendo mudanças de tempo rápidas confundem a mente consciente 
enquanto trazem para o presente as memórias, para a mente inconsciente.
... E no dia do Trabalho deste ano, onde você estava, agora? E hoje não é 
o Dia do Trabalho, não é... e então você não precisa trabalhar de jeito nenhum... 
você pode deixar seu inconsciente tomar conta de tudo e aprofundar dentro de 
você... mas onde você está agora?... Não há necessidade de falar coisa alguma, 
apenas imagine, e é aquilo que era então, agora... mas as férias deste ano já se 
passaram, e tudo aquilo que ocorreu, muita coisa já foi esquecida, você se 
lembra? E maio, eu continuo a falar, qualquer pessoa pode começar com abril... 
mas um março às vezes deixa alguém pensando... quem realmente se lembra do 
dia 19 de fevereiro?... e o fim de janeiro... um ano novo já ocorrendo... e o dia de 
Ano Novo... e todas as coisas da noite anterior... e as férias do ano passado... e 
todas as coisas a fazer... mas aquilo foi depois do Natal, não foi... não é agora?... 
E isso era verdade então, agora, e também no ano passado... e no ano de 1994...
Passo 7 - Dirigir o cliente para encontrar e reviver um fato específico no 
passado, solicitando-se também que indique se reviveu o fato, com a levitação do 
dedo.
E continuando para trás, para trás, para trás... de volta aos anos do passado 
agora que estão agora começando a fazer parte do seu presente, sem dúvida, 
agora... aquilo que, um dia foi há muito tempo está agora aquilo que é agora... e 
você pode sentir e apreciar como é fácil para o seu inconsciente lembrar de uma 
experiência há muito esquecida... uma experiência agradável... de que você não 
tem-se lembrado por tanto tempo... porque você pode deixar-se ir para trás... por 
todo o caminho de volta... de volta há muito tempo atrás em que você era criança, 
quando você teve uma experiência agradável, realmente gostosa... certo... e use 
todo o tempo necessário... e quando você tiver deixado você reviver 
 
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completamente aquela experiência... seu inconsciente pode assinalar... 
permitindo que seu dedo indicador da mão direita se levante devagar...
TÉCNICA DOS ESTADOS DE EGO
Uma adaptação de várias técnicas para aplicação na hipnoterapia
Sofia Bauer
A utilização dessa técnica é muito fortuita, associada aos movimentos bilaterais 
alternados do EMDR. Utilizamos dessa técnica toda vez que um paciente diz 
assim: uma parte minha pensa que, uma parte de mim acha... E assim você pode 
utilizar, para desenvolver a dissociação das várias partes que compõem o nosso 
ego. Dr. Watkins escreveu um livro muito bom sobre os Estados do Ego “Ego 
States” e seguidores da Dra. Francine Shapiro, como Gerald Puck e David Grand, 
adaptaram novas maneiras de utilizar esta técnica. Neste texto vou dar a vocês 
um condensado de tudo isto aplicado à hipnoterapia.
Toda vez que sofremos um trauma nós desviamos o nosso caminho 
natural, a nossa jornada. E assim, colocamos um disfarce para podermos 
enfrentar, a partir daquele momento, alguma situação que possa vir a ser 
traumatizante novamente. E assim, vamos desenvolvendo novos estados de 
alterego, que nos auxiliam, nos facilitam viver a vida, mas também nos deixam 
fixos e rígidos em alguma determinada postura. Essa técnica é muito fortuita para 
qualquer tipo de problema.
Passos da técnica:
Passo nº 1) Imagine agora que você vai fechar seus olhos e vai ver como 
um palco iluminado. Nesse palco vão aparecer personagens, personagens de você 
mesmo, que podem aparecer como homens, mulheres, personagens da história, 
animais, como você desejar. Eu ainda não sei como eles vão aparecer, assim 
como você também não sabe.
O que nós sabemos é que dentro de nós existem muitas partes. Às vezes 
vemos na rua uma velhinha muito simpática, muito alegre, e dizemos: essa 
velhinha tem uma cara de uma jovem adolescente. Às vezes encontramos com 
um jovem adulto muito sério, com uma cara de um juiz de sentenças de morte. E 
assim por diante, encontramos as pessoas que estão rígidas dentro de alguns 
papéis determinados.
 
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Todos nós, lá dentro de nós, temos vários disfarces, várias partes que 
compõem o nosso ego. E que assim aparecem em determinadas ocasiões de nossa 
vida, por determinados problemas que enfrentamos. São como disfarces, 
vestimentas que vestimos para poder darmos conta de cada momento de nossa 
vida.
Agora, vamos viajar para dentrode você. Imagine um palco. Se assente e 
assista a cortina se abrindo. Por um instante respire fundo e se deixe poder 
aproveitar da cena que vem. Veja quais os personagens que vão poder aparecer 
para você. Nesse momento o palco vai se abrindo e você pode então, agora, 
observar se há algum personagem aparecendo nesse palco. Que personagem é 
esse? Como ele aparece? Que idade ele tem? Que roupas ele veste, qual é a sua 
aparência?
E você pode perguntar a ele o seu nome, faça isso. Se dê um tempo para 
observar essa pessoa, e pergunte a ele: quem é você? Nome, idade, veja como ele 
está vestido. Mas o mais importante é você agradecer por ele ter aparecido, pois 
ele é uma parte integrante de você.
Agora que você agradeceu, pergunte a ele quando ele apareceu na sua 
vida, qual é a função que ele tem, o que ele deseja de você. E ouça todas as 
respostas.
Passo nº 2) Procure ver se há outros personagens. Vá vendo um por um, 
perguntando a idade, o nome, por que ele apareceu em sua vida, quando ele 
apareceu na sua vida, qual é a função dele. Tome todo o tempo que necessitar para ir 
vendo cada personagem. E você pode ir me dizendo um por um, o que ele é, como 
ele é, o que ele faz, e a sua função. Eu estarei aqui ouvindo junto com você, todas as 
novidades que a sua mente sábia vai trazendo para você.
Passo nº 3) Depois que já tiver visto todos os personagens que poderiam 
aparecer, pare um instante. Veja se tem algum personagem que deseja conversar 
com algum outro personagem, o que ele deseja falar para o outro. Veja se tem 
algum personagem que está precisando de ajuda, que necessita mudar. Observe 
se tem algum que pode oferecer essa ajuda, e pode fazer algum par 
complementar, ajudando o que necessita. E com a sua respiração, ajude que esses 
personagens possam ir se integrando.
Passo nº 4) Por hoje fecharemos o palco, agradecendo a presença de todos, 
e pedindo a eles que se manifestem sempre que for necessário ainda, mas que a 
parte sábia da sua mente agora já pode ajudar a cada uma dessas partes a irem 
resolvendo suas questões. Talvez voltaremos a isso, em outra oportunidade. 
Conversaremos com cada uma dessas partes novamente.
Mas, a partir do momento, a parte sábia da sua mente, a sua mente 
inconsciente já está automaticamente providenciando todas as mudanças que lhe 
sejam necessárias.
Agora, devagarinho, vá retornando saudavelmente, bem desperto, aqui 
para sala.
Passo nº 5) Pegue uma folha de papel. Faça um círculo bem no meio dessa 
folha do papel, que é o seu eu você. Espalhe nessa folha de papel os personagens. 
Não exatamente como eles apareceram no teatro, mas do jeito que você quiser, 
espalhe por esse papel e desenhe cada um dos personagens que você viu. Apenas 
espalhe pelo seu papel, da forma que você quiser. Nós iremos trabalhar com esses 
 
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personagens daqui para a frente, e por isso é muito importante que nós os 
mantenhamos desenhados, para irmos vendo as mudanças que podem acontecer.
Depois que a pessoa tiver desenhado o personagem, você poderá fazer 
uma análise. Costumeiramente o personagem que estiver mais distante é o 
personagem que traz a origem de algum trauma. As coisas que estão desenhadas 
na parte esquerda do papel têm relação com o passado; as coisas que estão 
desenhadas no meio do papel têm relação com o momento presente; as coisas que 
estão desenhadas na parte direita do papel têm relação com o futuro.
Observe a posição e a colocação dos personagens do seu cliente. Isso 
poderá ajudar você a fazer uma projeção gráfica e uma interpretação. Não exagere 
em suas interpretações, deixe que a pessoa se coloque. Observe as idades que as 
pessoas tiveram os personagens aparecendo. Essa idade é muito importante, sugere 
que houve alguma situação traumática ou alguma lembrança encobridora da 
primeira situação traumática. Observe bem a função de cada alterego. E os 
personagens que estiverem bem em volta do seu eu no centro, são personagens que 
te ajudam no momento, dentro das funções que você necessita.
Bom trabalho, bom divertimento, continue aplicando essa técnica, 
juntamente com o EMDR, para facilitar que essa pessoa processe e reprocesse, e vá 
perdendo a necessidade de manter os seus personagens rigidamente separados. Eles 
vão se integrando na medida em que a pessoa vai melhorando. Ou você vai 
aprendendo que eles podem se interagir. E isso é o mais importante. Nós somos 
feitos de partes que podem se integrar, interagir, se ajudar mutuamente. O 
reconhecimento dessas partes traz a conexão, e trata as nossas doenças.
Bibliografia
Bauer, Sofia - Hipnoterapia Ericksoniana Passo a Passo. Livro Pleno, Campinas, 
1998.
Watkins John e Watkins, Helen - Eego States - ww. Norton and company, New 
York, 1997.
David Grand - Defining and Redefining EMDR - NY, 1999.
UMA NOTA SOBRE SUGESTÃO PÓS-HIPNÓTICA
Cap. 19 - A Respeito da Natureza e Caráter do Comportamento Pós-Hipnótico - 
pg. 381 a 311 - “Collect Papers” Vol. 1 - Milton H. Erickson
A definição
O ato pós-hipnótico acontece após o sujeito acordar de um transe, em 
resposta a sugestões dadas durante o estado de transe, com a execução de um ato 
que é marcado pela ausência de alguma consciência demonstrável que sublinhe 
causa e motivo para o seu ato.
 
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Em conseqüência a uma sugestão pós-hipnótica, um estado mental 
especial acontece como um novo transe, que é diferente do estado de alerta e vem 
com amnésia da sugestão dada.
A performance do comportamento
Quando o sujeito hipnotizado recebe uma instrução para executar algum 
ato, pós-hipnoticamente ele desenvolve espontaneamente um novo estado de 
transe de curtíssima duração, que pode variar de segundos até um bom tempo 
conforme a instrução dada anteriormente. Esse transe é usualmente de duração 
breve. A introdução de uma palavra única e particular dentro de uma conversa 
normal, desenvolve a resposta do sujeito e a mudança de atitude.
Quanto mais treinado for o sujeito, melhor é a resposta. O mesmo é dito 
em relação ao bom rapport e ao nível profundo de transe.
As características gerais do transe pós-hipnótico espontâneo
Ele é único quando aparece, dura pouco tempo, e somente o tempo de 
executar a ação pedida. Caso seja pedido para entrar e ficar em transe, o sujeito 
continuará em transe até que o hipnotizador o tire do estado de transe novamente.
Ele pode ser constituído de um único transe, ou de vários pequenos 
transes.
As manifestações específicas
Ele ocorre rapidamente após a palavra chave, ou pista acontece.
A partir da pista, acontece uma leve pausa na atividade do sujeito; ocorre 
uma expressão facial de distanciamento e de distração; os olhos ficam 
opacificados com dilatação das pupilas e falha no foco. Ocorre catalepsia, e uma 
fixação da atenção e uma marcada perda de contato com o ambiente. Neste 
contexto, em poucos segundos, a pessoa está executando o ato pedido. O transe 
dura o tempo que é exigido para completar a tarefa pós-hipnótica sugestionada. O 
transe termina e a pessoa não tem noção do ato feito, ele é feito espontaneamente.
Tem um remarcado intervalo de confusão e desorientação, depois do qual 
rapidamente o sujeito recobra sua atenção natural.
O sucesso
O sucesso depende do rapport, do treino e do nível de profundidade. 
Quanto maior a confiança, maior a probabilidade do sujeito seguir o comando.
Quanto mais treina, maior a facilidade de entrar em estados de autohipnose. E quanto mais profundo for o nível de transe, mais susceptível a pessoa 
se torna à sugestão pós-hipnótica.
TÉCNICA DE BOMBARDEAMENTO DE CRASILNECK EM 
PROBLEMAS DE DORES OEGÂNICAS INTRATÁVEIS
Harold Crasilneck, MD – University of Texas Southwestern Medical Center
 
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A técnica de bombardeamento de Crasilneck consiste em seis diferentes 
métodos de indução hipnótica usados de modo consecutivo em uma mesma 
sessão.
Certos clientes manifestando problemas de dor orgânica severa e intratável 
têm despertado grande interesse para mim já há muitos anos. De um modo geral 
a dor vinha persistindo por um longo período, comumente mais de um ano. Eles 
não respondiam a medicação por nenhuma extensão de tempo e nem a qualquer 
modalidade isolada de hipnoterapia, apesar da boa motivação para lhes aliviar a 
dor. Tornou-se evidente que as combinações de diferentes estratégias combinadas 
resultaram muito mais eficaz na eliminação da dor, variando entre o mínimo de 
80% e 90% de alívio de todos os tipos de dores.
A técnica de bombardeamento para a dor deve ser usada depois da 
avaliação médica e investigação diagnosticada sintomatologia dolorosa 
apresentada pelo paciente porque a hipnose é um método harmonizado com as 
demais visões médicas.
A Técnica de Bombardeamento de Hipnose na dor, recebe este nome por 
ser planejada com uma seqüência de seis estratégias consecutivas e com dez 
sessões na primeira semana, a cada dia útil realizam-se duas sessões, uma pela 
manhã e outra ã tarde. Na segunda semana de tratamento, são oito sessões, 
folgando na quarta feira. Na terceira semana, seis sessões. E assim vai 
diminuindo até o desaparecimento completo de todos os sintomas da dor.
SEIS SESSÕES DE HIHPNOSE SELECIONADAS PARA A TÉCNICA DE 
BOMBARDEAMENTO - CLÍNICA DA DOR
RELAXAMENTO PROGRESSIVO: toda dor tem um componente tensão, que 
gera espasmo muscular e o relaxamento é usado para todos os níveis de dor. O 
relaxamento ao tempo em que reduz o espasmo muscular, elimina tensões e 
ansiedades.
DESLOCAMENTO: Erickson (1967) usou esta abordagem de maneira indireta, 
transferindo a dor de uma área do corpo para outra. Em seu estilo próprio e 
inimitável de terapia, ensinou a uma paciente a ir para outro aposento em sua 
cadeira de rodas e por conta própria, deixando sua dor no quarto no qual acabara 
de sair e sendo capaz de assistir televisão livre de qualquer dor.
SUBMODALIDADES DA DOR: Usar as sensações do próprio cliente. Como 
ele sente, de que forma ou cor. Fazendo indagações do tipo: Se sua dor tivesse 
uma forma, que forma seria? Se sua dor tivesse uma cor, que cor seria? Se sua 
dor tivesse uma forma, que forma seria? Se sua dor tivesse uma cor, que cor 
seria? Se sua dor tivesse um peso, quanto pesaria? Seria leve ou pesada? Lisa ou 
áspera?
ANESTESIA EM LUVA: Kroger (1977) usou esta abordagem com 
virtualmente todos os problemas de dor. Pode ser usada para controlar a dor 
transferindo a anestesia em luvas para outras partes do corpo. É usada na 
 
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Odontologia para reforços em procedimentos cirúrgicos e em obstetrícia, com 
muito sucesso. Zuspan (1973) inclui a indução da anestesia em luvas em 
treinamento com pacientes que se preparam para o parto.
REGRESSÃO DE IDADE Pacientes com problemas de dor podem ser levados 
a regredir a um período anterior à instalação da dor (Crasilneck, 1985, 1993). 
Além disso esta manobra terapêutica pode permitir que se atinja um 
entendimento do significado e consequêntemente a eliminação do inconsciente 
da causa da dor.
AUTO-HIPNOSE: Check (Check e Lê Cron, 1968) ensinou que provavelmente 
todo fenômeno hipnótico envolve auto-hipnose. Este é um método essencial para 
lidar com dor e desconforto. Wolberg (1948) registra que problemas médicos que 
respondem a heterohipnose devem ser reforçados por auto-hipnose. Isto é 
particularmente verdadeiro no que se refere a problemas que envolvem dor.
PRIMEIRA FASE: RELAXAMENTO PROGRESSIVO
Vou pedir para você buscar uma posição confortável nesta cadeira e a 
medida em que você vai encontrando esta posição confortável naturalmente seus 
olhos podem se fechar... Enquanto seus olhos internos podem se abrir... Olhos 
que não vão poder olhar ou sentir você lá dentro... Você vai percebendo sua 
respiração, como ela se processa em você... Naturalmente... Sem nenhum 
esforço... Apenas repare como tudo vai acontecendo... a respiração vai ajudando 
a você, digerindo, limpando, aliviando as tensões... Levando oxigênio à todas as 
suas células... Na expiração vai retirando todas as toxinas que junto com o gás 
carbônico vai saindo e deixando você mais solto, leve e tranqüilo... E assim, 
enquanto sua mente consciente vai percebendo pequenos ajustes, a sua mente 
mais profunda vai fazendo as mudanças necessárias, buscando seus imensos 
recursos interiores, porque nada está além do imenso tesouro que você tem na 
sua mente inconsciente para ajudá-lo a sentir-se bem, agora!
E você pode ir percebendo, sentindo seu pé direito se soltando, 
descontraindo e relaxando calmamente... Aliviando cada tensão muscular... Pode 
sentir a sensação de bem estar evoluindo pelo tornozelo e aliviando a tensão 
muscular de todo a sua perna direita... Cada músculo da sua perna direita... Cada 
fibra de cada músculo... Cada nervo... Vai se descontraindo e relaxando... 
Qualquer som que chega até você vai permitindo você se descontrair e relaxar em 
um nível cada vez mais agradável e profundo.
E você pode ir se soltando mais ainda, percebendo também seu pé 
esquerdo agradavelmente se descontraindo e relaxando... Você pode perceber a 
sensação de bem estar evoluindo pelo tornozelo e aliviando a tensão muscular de 
toda a sua perna esquerda...
Assim como a perna direita... Também seu braço direito pode ir se 
descontraindo e relaxando... Calmamente... Sua mão direita... Punho... Cotovelo 
 
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e todo o seu braço direito... Assim como a perna esquerda, também o braço 
esquerdo vai relaxando... Se descontraindo... Se soltando... Enquanto sua mente 
inconsciente já trabalha para ir aliviando todas as tensões musculares, deixando 
você livre de qualquer ansiedade... Seus ombros, músculos das costas... Tórax e 
abdômen... Todo o seu tronco você pode deixar ir se soltando... Relaxando... 
Agradavelmente... Profundamente... Também os músculos do pescoço, cabeça e 
nunca.... Também você pode deixar ir se soltando... Relaxando 
confortavelmente... Todos os músculos do seu corpo, cada fibra... Cada nervo... 
Mesmo a sua cabeça... Você pode senti-la profundamente relaxada... A esta 
altura eu vou percebendo mudanças em você... Enquanto eu fui falando... Sua 
respiração ficou mais suave... Seus batimentos cardíacos ficaram mais 
compassados... Seu rosto está com uma expressão mais suave...Seus músculos 
mais descontraídos... Vai ajudando você a ficar livre de todo o estresse... Livre. 
Livre de toda dor. 
A cada respiração suave, calma e tranqüila você vai vencendo a dor... Ficandolivre de qualquer desconforto... Livre, livre de toda dor.
Agora eu vou contar lentamente de 1 a 10 e a cada numero que eu for 
contando você vai retornando deste relaxamento, e quando chegar a 10 no seu 
tempo próprio, você pode abrir os seus olhos, se sentindo profundamente calmo e 
bem desperto..
Após o retorno do relaxamento, fazer uma avaliação junto ao cliente do 
nível da dor. Neste momento que nota você daria para a dor que você sentia, 
sendo 10 para o grau máximo de dor e zero para nenhuma dor. Após anotar na 
ficha clínica e infirmar ao cliente que em cada fase de cada exercício será feita 
uma avaliação.
SEGUNDA FASE: DESLOCAMENTO
Você está num nível muito mais profundo e agradável de relaxamento. 
Sinta-se num nível profundo de transe e você pode novamente se sentir relaxado 
e à vontade. Pode perceber, visualizar novamente com seus olhos internos, como 
cada músculo, cada fibra de cada músculo e cada nervo do seu corpo está 
novamente frouxo, descontraído e relaxado. O remanescente de dor e desconforto 
(citar a região) pode ser redirecionado e removido para outra parte do seu corpo. 
Toda sua dor de cabeça pode ser removida para uma dor menos intensa e menos 
perturbadora em sua mão direita. Toda sua dor de cabeça pode ser deslocada e 
removida para uma sensação desconforto em sua mão direita. (Estas sugestões 
continuam por cinco minutos). Quando você completar esta transferência da dor 
de sua cabeça para a sua mão direita, mova o dedo da sua mão direita.
Agora a dor na sua mão direita está começando a diminuir, a dor está 
acalmando, a dor está decrescendo. A cada respiração sua, a dor na sua mão 
direita vai diminuindo, até desaparecer. A dor foi embora, e a sensação de 
normalidade está voltando para a sua mão direita. E você se sente livre de 
tensões, livre de pressões, livre de estresses e de dor. Quando a sessação de 
 
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normalidade voltar à sua mão direita, balance sua cabeça. Ótimo. Agora me dê 
uma estimativa verbal, sendo 10 para o máximo de dor e zero para nenhuma dor.
TERCEIRA FASE: SUBMODALIDADES DA DOR
Antes de iniciar a indução, faça estas perguntas:
Se sua dor tivesse uma cor. Que cor teria?
Se sua dor tivesse uma forma. Qual forma teria? Um balão, por exemplo.
Se sua dor tivesse um peso. Seria leve ou pesada?
A superfície de sua dor seria lisa ou áspera?
Agora feche novamente os olhos, sinta-se profundamente relaxado. Aquela cor 
que era vermelha, agora está ficando rosa, vai clareando até ficar branco. Aquela 
dor que tinha a forma de uma balão, vai tornando-se um balão rosa claro, leve 
como isopor, pronto para subir. Uma superfície lisa, clara, leve, pronta para 
subir. O balão vai subir. E agora a sua dor vai subindo neste balão... E você vai 
ficando livre de tensões, livre de pressões, livre de ansiedades. Livre de qualquer 
desconforto... Livre de qualquer dor... (repetir durante cinco minutos). Agora vou 
contar novamente de 1 até 10, e a cada número você vai retornando desta fase, se 
sentindo muito bem e livre de qualquer dor. Após contagem inquirir novamente: 
de 10 nível máximo de dor para zero nenhuma dor. Qual a nota agora para o 
nível de sua dor?
QUARTA FASE: ANESTESIA EM LUVA
Agora você está num nível profundo e agradável de relaxamento e gostaria 
que sua mão direita começasse a perder a sensação. Você vai sentir que estou 
colocando ou adaptando em sua mão direita, uma grossa luva de couro, daquelas 
usadas pelo eletricista. Você não sentirá nada na sua mão além de uma leve 
pressão, nenhum desconforto... Nenhuma dor.
A sua mão direita começa a sofrer uma alteração na percepção sensorial, uma 
dormência, anestesia mesmo, sua mão direita vai ficando cada vez mais 
dormente, pela proteção da luva... Estou, agora, espetando sua mão com a ponta 
de uma caneta, mas você não sente nada porque a grossa luva de couro, a luva de 
eletricista que você calçou em sua mão direita protege-a. Agora levo sua mão 
direita para a ;área da dor e esta área também vai ficar profundamente 
anestesiada. Agora você vai transferindo a percepção e controle da dor para a 
área da sua cabeça. Quando você sentir que a dor passou por completo balance a 
cabeça. Ótimo. Agora vou retirar a luva da sua mão direita. E sua mão vai voltar 
ao normal. 
Agora eu conto lentamente de 1 até 10 e quando chegar a 10 você se sentirá bem 
desperto, mais completamente livre de tensões, livre de ansiedades, livre de 
qualquer dor... Livre de tensões, livre de ansiedades, livre de qualquer dor... 
Livre de qualquer desconforto... Livre de qualquer dor.. Livre... Livre... De 
qualquer desconforto.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
QUINTA FASE: REGRESSÃO DE IDADE
Você está agora num estado de relaxamento intenso e profundo. Nada está 
cima do poder de sua mente inconsciente e nós vamos recuar em termos de 
tempo e de espaço. De volta no tempo e no espaço para um período anterior à sua 
dor, anterior ao período de sua dor de cabeça. Nos vamos voltar para um tempo 
anterior ao aparecimento de sua dor de cabeça. Você vai se sentir agora como 
você se sentiu naquela época. Você vai perceber as coisas como percebia naquela 
época. Você vai responder bem como reagir a ausência de dor e a ausência de 
desconforto em sua cabeça, como você respondia então. Você não terá sensação 
de dor de cabeça nem de desconforto em seu corpo. 
Agora volte no tempo e no espaço, relaxado e à volta, de volta ao tempo 
de sua vida em que não havia dor. Levante seu dedo indicador direito quando 
localizar este tempo em sua vida. Nós estamos recuando no tempo e no espaço. 
Você está agora com (X anos de idade) vamos voltando no tempo 
gradativamente. Vai voltando atrás para tal idade, tal idade, tal idade. Volte 
relaxadamente e à vontade... Respirando pausadamente... Voltando no tempo e 
no espaço... Tal idade, tal idade, tal idade... 
O paciente levanta o dedo. Ótimo. Você irá manter esta libertação do 
estado de dor e lembrar esta sensação de bem estar por todo o tempo. Gravando 
na sua sábia mente interior ou inconsciente esta sensação boa de estar livre de 
qualquer dor mesmo depois de retornar desse tempo da sua vida.
A medida em que eu vou te trazendo para o tempo presente, o espaço 
presente e sua pessoa presentemente, você trará com você o completo alívio da 
dor e você irá lembrar para sempre desta experiência e percepção da vida sem 
dor. E enquanto eu conto lentamente, você está com ... Anos livre de tensões... 
Livre de pressões... Livre de qualquer dor... Está com... Anos livre de dor e de 
tensões, está com... Anos de volta ao tempo presente, ao dia de hoje (citar daí tal, 
do mês tal e ano tal) livre de qualquer desconforto e tensões. Vou novamente 
contar lentamente de 1 até 10 e quando chegar a dez você abre os olhos livre de 
qualquer dor sentindo-se bem desperto. Avaliar de 10 a zero.
SEXTA FASE: AUTO-ANÁLISE
Os estados emocionais tem uma influencia profunda e dolorosa sobre o 
comportamento e a maneira de pensar. Depois que o paciente aprendeu que tem 
uma mente interior ou inconsciente sábia e que nada está além do poder da sua 
mente inconsciente. O que é preciso? Aprender uma ancora de auto-hipnose, para 
registrar ou gravar este momento de serenidade, para defesa dos impactos na sua 
vida.Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
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Cada pessoa tem uma história pessoal rica em estados emocionais. Em 
PNL, o estímulo que está ligado a uma estado fisiológico e que o faz disparar é 
chamado de ancora. Exemplos de ancoras positivas que ocorrem naturalmente 
são fotografias favoritas, cheiros evocativos, a expressão ou o tom de voz de uma 
pessoa querida. (O Conner, Jesph, intodução à programação neurolingüística, pág 
69).
IMAGENS
Nossa vida é um jardim que precisa ser cuidado. Somos todos 
essencialmente jardineiros aos quais são confiados nossos próprios jardins. Como 
jardineiros, temos funções bem definidas como: capinar, plantar, realizar tratos 
culturais específicos, e, naturalmente, colher.
Os jardins de ervas daninhas não podem dar boa colheita. As ervas 
daninhas oprimem as sementes, impedindo que elas germinem, cresçam, criem 
raízes e floresçam. 
Doenças, enfermidades e convicções negativas são ervas daninhas 
que permitimos crescer em nosso jardim pessoal. Emoções tais como ansiedade, 
depressão, medo, pânico, preocupações e desespero também são ervas daninhas. 
O negativismo e as emoções estão intimamente ligadas às doenças e 
enfermidades. Quem reconhece a unidade básica do corpo-mente não se 
 
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surpreende que pesquisadores estejam encontrando uma correlação entre 
emoções negativas e baixa imunidade. Da mesma forma, convicções positivas 
nos trazem emoções positivas, como humor, alegria e felicidade, e os 
pesquisadores têm demonstrado que as emoções positivas estão ligadas a 
respostas imunológicas positivas.
A técnica de terapia por imagens, cura por imagens serve para 
limpar as convicções negativas do tipo ervas daninhas e substituí-las por 
convicções positivas, sementes. À medida que você se torna jardineiro de seu 
próprio jardim, a auto-cura se torna possível.
A saúde é motivo de preocupação para todos nós. Freqüentemente entregamos a 
tarefa essencial de nossa auto-preservação a outras pessoas. Porque será? Parte da 
resposta, certamente, está no fato de que, anteriormente, não tínhamos os 
instrumentos que nos tornassem capazes de nos ajudara. A técnica das imagens 
mentais é um desses instrumentos, e podemos utilizá-la de modo a cuidar de 
nosso jardim e assumir a autoridade por nós mesmos. “Uma vez que se torne 
jardineiro, você passará a ter um poder sobre a sua própria saúde que nem 
imaginava possível”. Este texto foi extraído do livro Imagens que curam de 
Geraldo Epstein, M.D.). 
O QUE É TERAPIA MENTE-CORPO? 
A medicina mente-corpo inclui uma variedade de tratamento e abordagens, indo 
da meditação e da prática do relaxamento ou hipnose até grupos de apoio social, 
que buscam incluir a mente no desenvolvimento do bem estar emocional e da 
saúde física.
Hoje, um número cada vez maior de pesquisas apóia a utilização dessas técnicas. 
No entanto, essas práticas, ainda vêm sendo utilizadas por apenas uma parte das 
pessoas que poderiam se beneficiar delas.
 
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POR QUÊ O CORPO SOFRE?
Sob estresse crônico, as pessoas liberam mais os hormônios adrenalina e 
noradrenalina, o que desencadeia uma revolução hormonal que afetará todo o 
organismo. Estas substâncias também contraem os vasos sanguíneos, diminuindo 
a passagem do sangue e causando mudanças que dependerão da vulnerabilidade 
de cada órgão. Exemplo:
a)Há redução do nível de seratonina, substância envolvida em vários processos 
cerebrais. As alterações podem levar a depressão, ansiedade e distúrbios 
alimentares.
b)É liberado o hormônio aldosterona, que elevará a pressão arterial, facilita a dor 
no peito e a falta de ar. Como já há um estreitamento dos vasos sanguíneos pode 
ocorrer um infarto.
c)Há redução no nível do fluxo de células de defesa do organismo, pela 
diminuição da produção de linfócitos “T” e “B”, favorecendo a manifestação de 
doenças infecciosas como gripe, herpes, pneumonia, etc…
d)Ocorre uma maior secreção de ácido clorídrico na região do estômago, que 
leva a uma gastrite e posteriormente a uma úlcera digestiva.
e)Como a pessoa tensa tende a contrair a musculatura, podem ser desencadeadas 
dores musculares e cefaléias.
f)O cortisol, hormônio produzido pelas supra-renais, faz subir o nível da glicose, 
elevando o risco de diabetes em quem tem predisposição genética para a doença.
O psicanalista pode ajudar o paciente estressado a identificar as causas desse 
desgaste emocional, com um planejamento de tratamento em que deve incluir 
exercícios de relaxamento ou auto-hipnose.
QUAL A AÇÃO NEUROFISIOLÓGICA DA HIPNOSE EM UM 
ESTRESSADO?
Quando a pessoa está tensa tende a contrair a musculatura. A técnica de 
relaxamento, hipnose ou auto-hipnose age justamente no sentido inverso, 
relaxando a musculatura pela produção de serotoninas e endorfinas, produzindo 
tranqüilidade, sensação de paz e harmonia.
Serotoninas: Este é o principal neurotransmissor do “bem estar”. O outro 
neurotransmissor que também é importante para todas as funções do cérebro é a 
acetilcolina.
A droga PROZAC funciona aumentando quimicamente a quantidade de 
serotonina disponível no cérebro. Os exercícios de auto-hipnose ou exercícios 
mente-corpo funcionam aumentando naturalmente, sem criar efeitos colaterais, 
comuns a qualquer fármaco, a quantidade de serotonina no cérebro. A grande 
popularidade desse remédio nos Estados Unidos nos mostra como a deficiência 
da serotonina é comum na população atual. A serotonina também ajuda a 
estimular o sono e a controlar a dor.
Endorfinas: essas substâncias químicas cerebrais não são tecnicamente um 
neurotransmissor, mas seus efeitos são similares.
As endorfinas são liberadas em resposta a praticamente qualquer tipo de estresse 
físico ou emocional. Muito comumente, alivia a dor e a ansiedade. 
 
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A hipnose produz endorfinas, assim como a acupuntura; na medicina oriental, a 
acupuntura é usada com muita eficácia como um procedimento anestésico 
durante as cirurgias. Freud, usou a hipno acupuntura, onde os autores clássicos 
citam a digitopressão, isto nada mais é do que a combinação da hipnose com a 
acupuntura.
Acetilcolina: esse é o neurotransmissor “cinco estrelas” da memória e do 
pensamento. Se você tem uma memória fraca, mas não é velho o suficiente para 
estar sofrendo de debilitação da memória associada à idade, há grandes chances 
de você estar com um simples déficit de acetilcolina.
Outro sintoma de carência de acetilcolina é a incapacidade de se concentrar. 
Muitos milhões de pessoas poderiam melhorar imediatamente sua concentração 
apenas ingerindo quantidades apropriadas de nutrientes que favorecessem a 
produção de acetilcolina. Esses nutrientes são: a lecitina, as vitaminas B, 
vitaminas C e outros minerais. A Lecitina é a mais importante.
A acetilcolina está concentrada no hipocampo, centro da memória do cérebro. 
Porém, a acetilcolina também ajuda a executar muitas funções fora do cérebro. 
Por exemplo, ela ajuda as células nervosas nos músculos a ativar aação 
muscular.
A acetilcolina é produzida nos neurônios através de um processo químico que 
requer oxigênio e colina (que é o principal ingrediente da lecitina). Os exercícios 
de Hipnose ou relaxamento parecem ser muito úteis para enviar o oxigênio e a 
glicose para o cérebro e desse modo, auxiliar a produção de acetilcolina.
O QUE É TREINAMENTO AUTÓGENO?
CONCEITO SEGUNDO J. H. SCHULTZ.
Este método consiste em promover a modificação da personalidade de quem a 
pratica, através de determinados exercícios fisiológicos racionais. Por exemplo: 
Na circulação sanguínea, mediante diminuição da freqüência e intensidade dos 
batimentos cardíacos, alteração da temperatura do corpo, para um corpo 
agradavelmente aquecido; em contraste com a temperatura do corpo, a 
temperatura da testa vai ficando confortavelmente fria.
O CURSO NORMAL DO PROCESSO DE TREINAMENTO AUTÓGENO.
Trataremos do curso normal do processo. Por “normal” deve-se entender o 
desenvolvimento sem incidentes do processo de treinamento em indivíduos livres 
de manifestações patológicas. Também poderíamos falar em experiências com 
“pessoas normais”, porém, essa denominação nos obrigaria a entrar numa 
discussão sobre o conceito de normalidade, o desviaria demais do assunto.
Os cursos ministrados por Schultz impunham como condição que os 
participantes fossem pessoas responsáveis e independentes.
No início de cada turma, comunicava-se que se tratava de um método de 
treinamento, uma espécie de ginástica para o íntimo, mas de maneira alguma de 
um processo curativo. Solicitava-se que as candidatas mencionassem se sofriam 
de perturbações nervosas e de que tipo. E só se concedia a eles permissão para 
participar dos trabalhos de tais perturbações não existissem. Da mesma forma, 
exigia-se um nível médio de saúde física. O material humano se constituía de 
 
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homens de classe média e alta, estáveis em suas profissões e interessados no 
próprio aproveitamento.
No curso normal, instituímos os sujeitos para praticarem duas, no máximo três 
vezes por dia o exercício autógeno. Recomenda-se que o faça após as refeições 
do meio dia e a da noite, bem como antes de dormir.
É importante insistir com os sujeitos, que os exercícios devem ser muito curtos, 
para evitar a interferência de tensões voluntárias capazes de anular a vivência de 
relaxação. O psicanalista ou o profissional que está fazendo a orientação deve 
recomendar que cada exercício tenha de 5 a 15 minutos de duração, mantendo a 
concentração apenas o necessário para que surja a experiência orgânico-eufórica 
de relaxação e tranqüilidade. Os melhores resultados são obtidos com exercícios 
curtos, praticados com regularidade durante semanas, enquanto que um exercício 
tenso, longo demais num só dia é pouco eficaz.
O estabelecimento de uma vivência de calor, primeiro local, depois generalizada, 
pode ser considerado, em vista dos fatos fisiológicos e psicológicos 
estabelecidos, como uma medida ativa de efeito tranquilizador, como o sono.
O estabelecimento do treinamento autógeno sob um duplo aspecto, de um lado, é 
uma comutação de sistemas corporais, adquirida por exercícios, as mudanças de 
função por ele proporcionadas influem favoravelmente no estado geral. De outro 
lado, pode ser considerado uma inversão de lei de expressão, as funções que 
habitualmente se alteram pela influência de estímulos emocionais sofrem 
mudança por si mesmas, exercendo uma influência retroativa. Além dos 
músculos esqueléticos, e do sistema vascular, o coração é o órgão mais indicado 
para confirmar esta intra-relação. 
A RESPIRAÇÃO
São bastante conhecidas as profundas alterações da mudança voluntária da 
atividade respiratória, tanto na apnéia forçada quanto no outro extremo, a 
hiperventilação. O treinamento respiratório deve ser anterior ao do coração. 
EXERCÍCIOS PRÁTICOS -TÉCNICAS DO RELAXAMENTO 
PROGRESSIVO DE SHULTZ.
1- É necessário fazer a anamnese antes de iniciar: perguntas sobre doenças, 
operação, hábitos, Etc. Veja ficha no item seis. 
2- É necessário que haja a empatia ou “Rapport”. 
3-O ambiente deve ter luz indireta fraca, poucos ruídos. Não deve haver nada que 
possa dispersar a atenção. 
4-Coloque uma música, preferencialmente de sons da natureza. 
5-Utilize voz calma e monótona. 
6-O paciente deve ficar deitado ou sentado em posição confortável, com os olhos 
fechados. Se quiser pode tirar seus sapatos, afrouxar cintos e roupas, mantendo-
se porém aquecido, principalmente os pés. “A partir deste instante também pode 
ser realizado a auto-hipnose” 
7- Sinta e visualize seu corpo, onde se encontra sentado confortavelmente, dos 
pontos de contato entre seu corpo ou a cadeira ou poltrona, os pontos de contato 
da cabeça, das costas, dos braços e das pernas… 
 
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8- Se concentre na sua respiração: à medida que inspira seu abdômen se eleva, e 
quando expira; o abdômen abaixa suavemente... de forma que a expiração seja 
um pouco mais longa que a inspiração, vamos lá... inspire... expire... novamente 
repita: inspire... expire... 
9- ANCORA DE AUTO-HIPNOSE: Continue com o seu corpo todo relaxado, 
enquanto concentra sua atenção em sua mão direita…feche a mão, muito forte, 
tão forte o quanto possa…perceba o que sente quando os músculos da mão e 
antebraço estão tensos…concentre-se neste sentimento de tensão e mal estar que 
você está experimentando... 
10- Abra a sua mão completamente e deixe-a cair sobre suas pernas de uma só 
vez… 
11- Sinta e visualize como a tensão e o incômodo desapareceram de sua mão e 
antebraço. Sinta as sensações deste relaxamento…de prazer…paz…tranqüilidade 
que você tem agora. Continue relaxando os músculos, agradavelmente…
suavemente… 
12- Todo o relaxamento vai se tornando mais agradável…, os músculos se 
tornem muito, muito relaxados... deixe-se levar....... continue concentrando-se 
nesses sentimentos e deixe que este músculos se soltem mais e mais... quando 
está relaxado seus músculos estão muito soltos, leves, muito longos, muito 
calmos... deixe que se soltem mais e mais... 
13- Agora focalize sua atenção mais acima, no seu antebraço direito... à medida 
que concentra sua atenção nestes músculos vai deixando-os mais e mais leves, 
...relaxados... muito soltos... muito calmos... muito tranqüilos...deixe-se levar 
mais e mais profundamente. 
Se notar que sua atenção divaga, volte a concentrá-la nesses músculos...deixe que 
estes músculos se tornem mais e mais longos, calmos, tranqüilamente, 
suavemente... deixe-se levar pelo sentimento profundo de relaxamento, somente 
deixe-se levar... 
14- Enquanto continua com todo seu braço, antebraço e mão direita 
profundamente relaxada, concentre-se agora em sua mão esquerda... 
15- Sinta e visualize sua mão esquerda e concentre-se nos músculos da sua mão 
esquerda... pode vê-los... deixando-os soltos, mais e mais soltos... deixe que estes 
músculos se tornem muito relaxados, muito, muito leves, ...calmos... muito 
tranqüilos... deixe-se levar... continue concentrando-se nesses sentimentos e 
deixe que este músculos se soltem mais e mais... quando está relaxado seus 
músculos estão muito soltos, muito longos, muito leves... deixe que se soltem 
mais e mais… 
16- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo e relaxando naturalmente, 
agradavelmente…,focalize sua atenção maisacima, no seu antebraço esquerdo... 
à medida que concentra sua atenção nestes músculos vai deixando-os mais e mais 
relaxados... muito soltos... muito calmos... muito tranqüilos...deixe-se levar mais 
e mais profundamente...se notar que sua atenção divaga, volte a concentrá-la 
nesses músculos...deixe que estes músculos se tornem mais e mais longos, 
calmos, tranqüilamente, suavemente... se deixe levar pelo sentimento profundo 
de relaxamento, somente deixe-se levar... 
17- Todo o relaxamento vai se tornando mais agradável…, se concentre agora 
nos seus braços.... todo o seu braço esquerdo e direito....sinta os músculos relaxar 
pode senti-los... deixando-os soltos, mais e mais soltos...deixe que estes músculos 
 
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se tornem muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... 
deixe-se levar... continue concentrando-se nesses sentimentos e deixe que este 
músculos se soltem mais e mais... quando está relaxado seus músculos estão 
muito soltos, muito longos, muito calmos... deixe que se soltem mais e 
mais...suavemente... calmamente... 
18- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo e relaxando naturalmente, 
agradavelmente…, com calma…, tranqüilidade…, concentre-se agora em seu 
rosto.... todo o seu rosto....sinta os músculos da face relaxar pode senti-los... 
deixando-os soltos, mais e mais soltos... deixe que estes músculos se tornem 
muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... deixe-se 
levar...calmamente... suavemente... continue concentrando-se nesses sentimentos 
e deixe que este músculos se soltem mais e mais... quando está relaxado seus 
músculos estão muito soltos, muito longos, muito calmos... deixe que se soltem 
mais e mais...usufruindo dessa sensação de leveza... 
19- Relaxar…, sentir…, visualizar…,descontraindo e relaxando o seu pescoço e 
concentre-se nos músculos do pescoço... pode senti-los... deixando-os 
soltos,leves... mais e mais soltos... deixe que estes músculos se tornem muito, 
muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... suavemente... 
calmamente...deixe-se levar... continue concentrando-se nesses sentimentos e 
deixe que este músculos do pescoço se soltem mais e mais... quando está 
relaxado seus músculos estão muito soltos, muito longos, muito calmos... deixe 
que se soltem... levemente... suavemente... mais e mais... 
20- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo, relaxando os seus braços....sua 
mão direita... esquerda... antebraços... seu rosto e pescoço.... calmamente... 
suavemente... relaxados... deixando-se levar por essa sensação de bem estar... de 
tranqüilidade.. deixem que soltem mais e mais... calmamente... 
tranqüilamente...em paz.... 
21- Sinta e visualize os seus músculos dos seus braços.. mão direita e esquerda.. 
antebraço...rosto... pescoço relaxados suavemente... tranqüilos... concentre-se 
agora em nos seus ombros... nos músculos dos seus ombros... deixe-se levar, 
sinta-os relaxar, pode senti-los... deixando-os soltos, mais e mais soltos...deixe 
que estes músculos se tornem muito, muito relaxados: muito, muito calmos; 
muito tranqüilos... deixe-se levar...calmamente... suavemente... continue 
concentrando-se nesses sentimentos e deixe que este músculos dos seus ombros 
fiquem leves... relaxados... suavemente... que se soltem mais e mais... seus 
músculos dos ombros estão muito soltos, muito longos, muito calmos... 
leves...deixe que se soltem mais e mais...suavemente...deixe esta sensação chegar 
até as suas costas... suas costas ficam relaxadas... soltas....os músculos de suas 
costas...vão se soltando.... você pode sentir isso...tranqüilamente...note como eles 
se soltam mais e mais...deixe-se levar por essa sensação de 
tranqüilidade...calmamente... suavemente...levemente... em paz... 
22- O relaxamento estende-se agora por todo os seus braços....sua mão direita... 
esquerda... antebraços... seu rosto... seu pescoço.... seus ombros...suas 
costas.....calmamente... suavemente... relaxados... deixando-se levar por essa 
sensação de bem estar... de tranqüilidade.. deixem que soltem mais e mais...mais 
e mais... usufrua dessa sensação de tranqüilidade... com todos esses músculos 
relaxados... leves.. soltos... calmamente... suavemente...levemente....em paz.... 
23- Enquanto continua com todo os seus braços.. mão direita e esquerda.. 
antebraço...rosto... pescoço... ombros.. costas... relaxados suavemente... 
 
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tranqüilos... calmamente ... concentre-se agora em nos seu pé direito... nos 
músculos dos seu pé direito... focalize sua atenção em seus dedos, no pé direito.... 
e concentre-se nos músculos do seu pé direito... pode vê-los...pode senti-los... 
deixando-os soltos, mais e mais soltos... Deixe que estes músculos se tornem 
muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... deixe-se levar... 
continue concentrando-se nesses sentimentos e deixe que este músculos se 
soltem mais e mais... quando está relaxado seus músculos estão muito soltos, 
muito longos, muito calmos... deixe que se soltem mais e mais...deixe-se levar... 
calmamente... suavemente... leves... relaxados... note como eles se soltam... 
deixe-se levar por essa sensação de tranqüilidade...paz... 
24- O relaxamento estende-se agora por todo os seus braços....sua mão direita... 
esquerda... antebraços... seu rosto... seu pescoço.... seus ombros... suas costas... 
seus pé direito....sua perna direita...calmamente... suavemente... relaxados... 
deixando-se levar por essa sensação de bem estar... de tranqüilidade.. deixem que 
soltem mais e mais...mais e mais... usufrua dessa sensação de tranqüilidade... 
com todos esses músculos relaxados... leves.. soltos... calmamente... 
suavemente... 
25- Sinta e visualize o seu pé esquerdo...e concentre-se nos músculos do pé 
esquerdo... perna esquerda...um por um dos seus dedos.... pode senti-los... 
deixando-os soltos, mais e mais soltos... Deixe que estes músculos se tornem 
muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... suavemente... 
calmamente...deixe-se levar...por esta sensação... continue concentrando-se 
nesses sentimentos e deixe que este músculos do pé esquerdo e da perna 
esquerda, todos os seus músculos se soltem mais e mais... seus músculos estão 
muito soltos...muito leves... muito longos, muito calmos... deixe que se soltem 
mais e mais... calmamente... suavemente...tranquilamente... 
26- Relaxar…, sentir…, visualizar…,descontraindo e relaxando o seu pé 
esquerdo, sua perna esquerda fique leve... suavemente... tranqüilamente....deixe-
se levar, sinta-os relaxar, pode senti-los... deixando-os soltos, mais e mais 
soltos...deixe que estes músculos se tornem muito, muito relaxados: muito, muito 
calmos; muito tranqüilos... 
deixe-se levar...calmamente... suavemente... continue concentrando-se nesses 
sentimentos e deixe que este músculos dos seus pés direito e esquerdo, das 
pernas esquerda e direita fiquem leves... relaxados... suavemente... que se soltem 
mais e mais... seus músculos dos pés e das pernas estão muito soltos, muito 
longos, muito calmos... leves...deixe que se soltem mais e mais...suavemente... 
tranqüilamente...note comoeles 
se soltam mais e mais...deixe-se levar por essa sensação de 
tranqüilidade...calmamente... suavemente... 
27- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo e relaxando naturalmente, 
agradavelmente…,o relaxamento estende-se agora por todo os seus braços....sua 
mão direita... esquerda... antebraços... seu rosto... seu pescoço.... seus ombros... 
suas costas... seus pé direito... seu pé esquerdo....sua perna esquerda...sua perna 
direita....calmamente... suavemente... relaxados... deixando-se levar por essa 
sensação de bem estar... de tranqüilidade.. deixem que soltem mais e mais...mais 
e mais... usufrua dessa sensação de tranqüilidade... com todos esses músculos 
relaxados... leves.. soltos... calmamente... suavemente...
 28- Sinta e visualize as suas coxas... primeiro a direita.... depois a esquerda.... 
concentre-se nos músculos da coxa direita.... sinta-os relaxar.... suavemente 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
....você pode sentir ela relaxando....a coxa direita.... pode senti-la... os seus 
músculos...deixando-os soltos, mais e mais soltos...deixe que estes músculos se 
tornem muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... 
suavemente... calmamente...deixe-se levar...por esta sensação... continue 
concentrando-se nesses sentimentos e deixe que este músculos da coxa direita, 
todos os seus músculos se soltem mais e mais... seus músculos estão muito 
soltos, muito longos, muito calmos... deixe que se soltem mais e mais... 
calmamente... suavemente... 
29- Relaxar…, sentir…, visualizar…,descontraindo e relaxando suas coxa 
esquerda... concentre-se nos músculos da coxa esquerda.... sinta-os relaxar.... 
suavemente ....você pode sentir ela relaxando....a coxa esquerda.... pode senti-la... 
os seus músculos...deixando-os soltos, mais e mais soltos...deixe que estes 
músculos se tornem muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito 
tranqüilos... suavemente... calmamente...deixe-se levar...por esta sensação... 
continue concentrando-se nesses sentimentos e deixe que este músculos da coxa 
esquerda, todos os seus músculos se relaxem.... sinta-os 
leves...calmamente....suavemente.... deixe-se invadir por esta sensação de leveza 
e tranqüilidade.....de paz.... 
30- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo e relaxando naturalmente, 
agradavelmente…, já que você tem todo o braços, rosto, face, pescoço... 
ombros.... pés...pernas...coxas.... relaxados... deixe que a sensação de 
relaxamento chegue até seu abdômen, concentre-se nele... suavemente.. 
calmamente.. permita que ele relaxe....sinta os músculos de seu abdômen 
relaxando.. suavemente... deixa que estes músculos do abdômen se soltem mais e 
mais...eles estão ficando soltos... muito soltos... os músculos do seu abdômen 
estão muito soltos e calmos... leves... deixe que eles se soltem mais e mais... 
suavemente...calmamente... note como eles estão relaxados....soltos... usufrua 
dessa sensação.... 
31- O relaxamento agora se estende agora por todo os seus braços...mão direita... 
esquerda... antebraços...esquerdo e direito, rosto... pescoço.... seus ombros.. seus 
pés...suas pernas...suas coxas..... seu abdômen....calmamente... suavemente... 
relaxados... deixando-se levar por essa sensação de bem estar... de tranqüilidade.. 
deixem que soltem mais e mais...mais e mais... usufrua dessa sensação de 
tranqüilidade... com todos esses músculos relaxados... leves.. soltos... 
calmamente... suavemente...sinta esse relaxamento de todos esses 
músculos...tranquilamente... 
32- Sinta e visualize o seu tórax e concentre-se nos músculos do tórax... pode 
senti-los... deixando-os soltos, mais e mais soltos...deixe que estes músculos se 
tornem muito, muito relaxados: muito, muito calmos; muito tranqüilos... 
suavemente... calmamente...deixe-se levar... continue concentrando-se nesses 
sentimentos e deixe que este músculos do tórax se soltem mais e mais... quando 
está relaxado seus músculos estão muito soltos, muito longos, muito calmos... 
deixe que se soltem mais e mais...com suavidade... suavemente... calmamente... 
sinta a sensação de leveza de todos os seus músculos do tórax...tranquilamente.... 
33- Todo o relaxamento vai se tornando mais agradável…, todas as partes do 
corpo inclusive as que não foram mencionadas…, sentindo uma sensação de bem 
estar…, calma…, tranqüilidade…,sem ansiedade, uma profunda sensação de bem 
estar… 
 
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34- Relaxe profundamente, calmamente, sentindo e relaxando naturalmente, 
agradavelmente…, você está completamente relaxado... todo o seu corpo.... seus 
braços.. seus pés... suas coxas....seu abdômen... seu tórax.... seus ombros.... suas 
costas.... seu pescoço.. seu rosto... todos os músculos do seu corpo relaxam 
agora.... tranqüilamente.. suavemente... deixe-se levar por este sentimento de 
relaxamento... sinta-se aquecido... suavemente aquecido... seu pés aquecidos... 
mãos.... suavemente... tranqüilamente... usufrua dessa sensação... numa 
temperatura que você gosta....um calor suave...deixe que este calor suave o 
invada.. que este sentimento o invada..... isto é um sinal de que seus músculos 
estão relaxando mais e mais...Note como estão relaxando mais e mais.. 
suavemente aquecidos... usufrua dessa sensação... suavemente... 
calmamente...tranquilamente... 
35- Relaxar…, sentir…, visualizar…,descontraindo e relaxando, deixe todo o seu 
ser muito....muito relaxado.... muito, muito tranqüilo....deixe seus pés... suas 
pernas...suas coxas...seu estômago... seu peito.... suas costas....seus ombros..... 
seus braços....seu pescoço.... seu rosto.... muito... muito....muito relaxado. Seus 
músculos estão muito, muito soltos.... muito tranqüilos...deixe que sua respiração 
siga seu próprio ritmo monótono, tranqüilo, deixe-se levar... deixe-se levar pelo 
estado profundo de relaxamento.... 
36- ( TREINAMENTO AUTÓGENO ) Ouça os batimentos cardíacos.... sinta a 
temperatura do seu corpo... agradavelmente aquecida….sua testa... 
agradavelmente fria.... uma agradável sensação de bem estar…paz… 
37- Sinta que você está em um lugar muito tranqüilo, calmo, ….. 38- Todas as 
partes dos seu corpo estão agora relaxadas, muito relaxadas, aquecidas.. 
suavemente aquecidas.... deixe-se levar...deixe que sua respiração siga seu 
próprio ritmo, monótono, pesado, tranqüilo. Deixe levar...mais e mais 
profundamente.... pelo relaxamento...usufrua essa sensação.... de paz... de 
serenidade....de tranqüilidade... que pode ficar com você até depois que sair do 
relaxamento... 
39- Agora vamos contar.... até "cinco"... calmamente.... tranqüilamente.... e no 
seu tempo certo... você irá calmamente.... tranqüilamente.... saindo do 
relaxamento....e saindo em paz... tranqüilo.. sentindo mesmo depois de sair...uma 
sensação de calma....de tranqüilidade...ficará com você, mesmo depois ... 
tranqüilidade....suavidade...serenidade e a paz....que sente agora ..... 40- 
Contamos "um" e você calmamente...irá saindo do relaxamento...começando a 
perceber os ruídos à sua volta...a ouvir os ruídos externos... 
suavemente...calmamente...tranqüilamente...vai sentindo a sua mão... o seu 
antebraço..... no seu tempo certo...você vai percebendo suas mãos.... direita.... 
esquerda.... antebraço direito, esquerdo... suavemente....tranquilamente... 
41- Contamos "dois".... e você no seu tempo certo... 
calmamente....tranqüilamente.. vai sentindo de volta seus pés... suas pernas... 
suas coxas.... calmamente.... suavemente....tranqüilamente.... 
42- Contamos "três"..... e tranqüilamente, no seu devido tempo.... no seu tempo 
certo.... você calmamente.. sente seu tórax.. seu abdômen..... suas 
costas......tranqüilamente....suavemente... no seu tempo certo você vai 
retornando.... saindo calmamente tranqüilamente.... do relaxamento.... 
43- Contamos "quatro" e suavemente... devagar.... no seu tempo devido... você 
suavemente... sente seu pescoço.... seu rosto.....seu corpo....seu corpo todo vai 
 
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saindo calmamente... suavemente do relaxamento... no seu tempo certo.... 
suavemente....tranqüilamente.... 
44- Contamos "cinco" e suavemente... tranqüilamente....você começa a ouvir a 
perceber os ruídos externos...a seu ambiente....no seu tempo certo... 
calmamente.... você abrirá seus olhos...e sairá do relaxamento.... calmamente.... 
suavemente....tranqüilamente....e em paz. 45- No seu tempo certo, se quiser... 
pode se espreguiçar ... bocejar... abrir seus olhos.... e usufruir da sensação que 
agora ficou com você...de serenidade... de tranqüilidade...de paz.... 
VIÉIS E FRAGMENTOS DA HIPNOSE NAS OBRAS DE FREUD
Publicações pré-psicanalíticas e esboços inéditos hipnose, volume I (1886-99)- 
Seria um equívoco pensar que é muito fácil praticar a hipnose com fins 
terapêuticos. Depois, como hipnotizador experiente, haverá de abordar o assunto 
com toda a seriedade e firmeza que nascem da consciência de estar 
empreendendo algo útil e, a rigor, em algumas circunstâncias, necessário. 
Em geral, podemos partir da presunção de que qualquer pessoa é hipnotizável; 
porém, todo médico encontrará determinado número de pessoas que, dentro das 
condições de suas experiências, não conseguirá hipnotizar e, muitas vezes, será 
incapaz de dizer de onde se originou seu fracasso. 
Até os dias atuais, não se conseguiu relacionar a acessibilidade à hipnose com 
qualquer outro atributo de uma pessoa. O que se sabe de verdadeiro é que os 
portadores de doença mental e os degenerados, na sua maior parte, não são 
hipnotizáveis, e os neurastênicos somente o são com grande dificuldade. Não é 
verdade que os pacientes histéricos não se adaptem à hipnose. Em geral, 
evitaremos aplicar o tratamento hipnótico em sintomas que tenham origem 
orgânica. A melhor maneira de realizar a hipnose é colocar o paciente numa 
cadeira confortável, pedir que se mantenha cuidadosamente atento e que não fale 
mais, pois falar lhe impediria o adormecer. Remove-se-lhe qualquer roupa 
apertada e pede-se a quaisquer outras pessoas presentes que se mantenham numa 
parte da sala onde não possam ser vistas pelo paciente. Escurece-se a sala, 
mantém-se o silêncio. Após esses preparativos, sentamo-nos em frente ao 
paciente e pedimo-lhe que fixe os olhos em dois dedos da mão direita do médico 
e, ao mesmo tempo, observe atentamente as sensações que passará a sentir. 
Depois de curto espaço de tempo, um minuto, talvez, começamos a persuadir o 
paciente a sentir as sensações do adormecer. 
O verdadeiro valor terapêutico da hipnose está nas sugestões feitas durante a 
mesma. Essas sugestões consistem numa enérgica negação dos males de que o 
paciente se queixou, ou num asseguramento de que ele pode fazer algo, ou numa 
ordem para que o execute. 
Tudo que se tem dito e escrito a respeito dos grandes perigos da hipnose pertence 
ao reino da fantasia. Se colocarmos de lado o mau uso da hipnose com fins 
ilegítimos — possibilidade esta que existe em todos os outros métodos 
terapêuticos eficazes.
(4)Estados de hipnóides - Estudos sobre a histeria Josef Breuer e Sigmund Freud 
volume II. (1893-1895)- A base da histeria é a existência de estados hipnóides. 
Moebius já dissera exatamente a mesma coisa em 1890. “A condição necessária 
para a atuação (patogênica) das idéias é, por um lado, uma predisposição inata — 
isto é, uma disposição histérica — e, por outro, um peculiar estado mental. 
 
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Podemos apenas formar uma idéia imprecisa desse estado mental. Deve 
assemelhar-se a um estado de hipnose; deve corresponder a alguma espécie de 
vazio da consciência em que uma idéia emergente não depara com qualquer 
resistência por parte de outra — no qual, por assim dizer, o campo está livre para 
a primeira idéia que vier. Sabemos que esse tipo de estado pode ser acarretado 
não somente pelo hipnotismo, como também pelo choque emocional (susto, 
cólera, etc.) e por fatores que esgotam as forças (privação do sono, fome, etc.)” 
Moebius, 1894, 17. Os fenômenos assim surgidos só emergem na consciência 
lúcida quando a divisão da mente, que examinarei depois, já foi concluída, e 
quando a alternância entre os estados de vigília e hipnose foi substituída por uma 
coexistência entre os complexos representativos normais e os hipnóides. Charcot 
- Primeiras publicações psicanalíticas volume II (1893-1899)- Não era Charcot 
um homem dado a reflexões excessivas, um pensador: tinha, antes, a natureza de 
um artista — era, como ele mesmo dizia, um “visuel”, um homem que vê. Eis o 
que nos falou sobre seu método de trabalho. Costumava olhar repetidamente as 
coisas que não compreendia, para aprofundar sua impressão delas dia-a-dia, até 
que subitamente a compreensão raiava nele. 
O interesse de Charcot pelos fenômenos hipnóticos nos pacientes histéricos levou 
a enormes avanços nessa importante área de fatos até então negligenciados e 
desprezados, pois o peso de seu 
nome pôs fim de uma vez por todas a qualquer dúvida sobre a realidade das 
manifestações hipnóticas. Mas a abordagem exclusivamente nosográfica adotada 
na escola do Salpêtrière não foi suficiente para um assunto puramente 
psicológico. 
A limitação do estudo da hipnose aos pacientes histéricos, a diferenciação entre 
grande e pequeno hipnotismo, a hipótese sobre os três estágios da “grande 
hipnose” e a caracterização desses estágios por fenômenos somáticos — tudo 
isso declinou no conceito dos contemporâneos de Charcot, quando Bernheim, 
discípulo de Liébeault, passou a elaborar a teoria do hipnotismo a partir de 
fundamentos psicológicos mais abrangentes e a fazer da sugestão o ponto central 
da hipnose. Os opositores do hipnotismo, satisfeitos em poder ocultar sua falta de 
experiência pessoal por trás de um apelo à autoridade, são os únicos que ainda se 
prendem às asserções de Charcot e gostam de tirar proveito de uma declaração 
feita por ele em seus últimos anos, na qual negava à hipnose qualquer valor como 
método terapêutico. O método psicanalítico de Freud, três ensaios sobre a teoria 
da sexualidade e outros trabalhos volume VII (1901-1905)- O singular método 
psicoterápico que Freud pratica e designa de psicanálise é proveniente do 
chamado procedimento catártico, sobre o qual ele forneceu as devidas 
informações nos Estudos sobre a Histeria, de 1895, escritos em colaboração com 
Joseph Breuer. A terapia catártica foi uma descoberta de Breuer, que, cerca de 
dez anos antes, curara com sua ajuda uma paciente histérica e obtivera, nesse 
processo, uma compreensão da patogênese de seus sintomas. Graças a uma 
sugestão pessoal de Breuer, Freud retomou o procedimento e o pôs à prova num 
númeromaior de enfermos.
O procedimento catártico pressupunha que o paciente fosse hipnotizável e se 
baseava na ampliação da consciência que ocorre na hipnose. Tinha por alvo a 
eliminação dos sintomas patológicos e chegava a isso levando o paciente a 
retroceder ao estado psíquico em que o sintoma surgira pela primeira vez. Feito 
isso, emergiam no doente hipnotizado lembranças, pensamentos e impulsos até 
 
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então excluídos de sua consciência; e mal ele comunicava ao médico esses seus 
processos anímicos, em meio a intensas expressões afetivas, o sintoma era 
superado e se impedia seu retorno. Os dois autores, em seu trabalho conjunto, 
explicaram essa experiência regularmente repetida, afirmando que o sintoma 
toma o lugar de processos psíquicos suprimidos que não chegam à consciência, 
ou seja, que ele representa uma transformação (“conversão”) de tais processos. A 
eficácia terapêutica de seu procedimento foi explicada em função da descarga do 
afeto, até ali como que “estrangulado”, preso às ações anímicas suprimidas (“ab-
reação”). Mas esse esquema simples da intervenção terapêutica complicava-se 
em quase todos os casos, pois viu-se que participavam da gênese do sintoma, não 
uma única impressão (“traumática”), porém, na maioria dos casos, uma série 
delas, difícil de abarcar.
Assim, a principal característica do método catártico, em contraste com todos os 
outros procedimentos da psicoterapia, reside em que, nele, a eficácia terapêutica 
não se transfere para uma proibição médica veiculada por sugestão. Espera-se, 
antes, que os sintomas desapareçam por si, tão logo a intervenção, baseada em 
certas premissas sobre o mecanismo psíquico, tenha êxito em fazer com que os 
processos anímicos passem para um curso diferente do que até então 
desembocava na formação do sintoma.
As alterações que Freud introduziu no metódo catártico de Breuer foram, a 
princípio, mudanças da técnica; estas, porém, levaram a novos resultados e, em 
seguida, exigiram uma concepção diferente do trabalho terapêutico, embora não 
contraditória à anterior. O método catártico já havia renunciado à sugestão, e 
Freud deu o passo seguinte, abandonando também a hipnose. Atualmente, trata 
seus enfermos da seguinte maneira: sem exercer nenhum outro tipo de influência, 
convida-os a se deitarem de costas num sofá, comodamente, enquanto ele próprio 
senta-se numa cadeira por trás deles, fora de seu campo visual. 
Tampouco exige que fechem os olhos e evita qualquer contato, bem como 
qualquer outro procedimento que possa fazer lembrar a hipnose. 
Assim a sessão prossegue como uma conversa entre duas pessoas igualmente 
despertas, uma das quais é poupada de qualquer esforço muscular e de qualquer 
impressão sensorial passível de distraí-la e de perturbar-lhe a concentração da 
atenção em sua própria atividade anímica.
Como a hipnotizabilidade, por mais habilidoso que seja o médico, reside 
sabidamente no arbítrio do paciente, e como um grande número de pessoas 
neuróticas não pode ser colocado em estado de hipnose através de procedimento 
algum, ficou assegurada, através da renúncia à hipnose, a aplicabilidade do 
método a um número irrestrito de enfermos. Por outro lado, perdeu-se a 
ampliação da consciência que proporcionava ao médico justamente o material 
psíquico de lembranças e representações com a ajuda do qual se podia realizar a 
transformação dos sintomas e a liberação dos afetos. Caso não fosse encontrado 
nenhum substituto para essa perda, seria impossível falar em alguma influência 
terapêutica. Freud encontrou um substituto dessa ordem, plenamente satisfatório, 
nas associações dos enfermos, ou seja, nos pensamentos involuntários — quase 
sempre sentidos como perturbadores e por isso comumente postos de lado — que 
costumam cruzar a trama da exposição intencional.
Para apoderar-se dessas idéias incidentes, ele exorta os pacientes a se deixarem 
levar em suas comunicações, “mais ou menos como se faz numa conversa a 
 
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esmo, passando de um assunto a outro”. Antes de exortá-los a um relato 
pormenorizado de sua história clínica, ele os instiga a dizerem tudo o que lhes 
passar pela cabeça, mesmo o que julgarem sem importância, ou irrelevante, ou 
disparatado. Ao contrário, pede com especial insistência que não excluam de suas 
comunicações nenhum pensamento ou idéia pelo fato de serem embaraçosos ou 
penosos. No empenho de compilar esse material costumeiramente desdenhado, 
Freud fez as observações que se tornaram decisivas para toda a sua concepção. Já 
no relato da história clínica surgem lacunas na memória do doente, ou seja, 
esquecem-se acontecimentos reais, confundem-se as relações de tempo ou se 
rompem as conexões causais, daí resultando efeitos incompreensíveis. Não há 
nenhuma história clínica de neurose sem algum tipo de amnésia. Quando o 
paciente é instado a preencher essas lacunas de sua memória através de um 
trabalho redobrado de atenção, verifica-se que as idéias que lhe ocorrem a esse 
respeito são repelidas por ele com todos os recursos da crítica, até que ele sente 
um franco mal-estar quando a lembrança realmente se instala. Dessa experiência 
Freud concluiu que as amnésias são o resultado de um processo ao qual ele 
chama recalcamento e cuja motivação é identificada no sentido de desprazer. As 
forças psíquicas que deram origem a esse recalcamento estariam, segundo ele, na 
resistência que se opõe à restauração [das lembranças].
O fator da resistência tornou-se um dos fundamentos de sua teoria. Quanto às 
idéias postas de lado sob toda sorte de pretextos (como as enumeradas na fórmula 
acima), Freud as encara como derivados das formações psíquicas recalcadas 
(pensamentos e moções), como deturpações delas provocadas pela resistência a 
sua reprodução.
Quanto maior a resistência, mais profusa é essa distorção. O valor das idéias 
inintencionais para a técnica terapêutica reside nessa relação delas com o 
material psíquico recalcado. Quando se dispõe de um procedimento que permite 
avançar das associações até o recalcado, das distorções até o distorcido, pode-se 
também tornar acessível à consciência o que era antes inconsciente na vida 
anímica, mesmo sem a hipnose.
Com base nisso, Freud desenvolveu uma arte de interpretação à qual compete a 
tarefa, por assim dizer, de extrair do minério bruto das associações inintencionais 
o metal puro dos pensamentos recalcados. 
São objeto desse trabalho interpretativo não apenas as idéias que ocorrem ao 
doente, mas também seus sonhos, que abrem a via de acesso mais direta para o 
conhecimento do inconsciente, suas ações inintencionais e desprovidas de planos 
(atos sintomáticos), e os erros que ele comete na vida cotidiana (lapsos da fala, 
equívocos na ação etc.).
Os detalhes dessa técnica de interpretação ou tradução, segundo suas indicações, 
trata-se de uma série de regras empiricamente adquiridas para construir o 
material inconsciente a partir das ocorrências de idéias, de instituições sobre 
como é preciso entender a situação em que deixam de ocorrer idéias ao paciente, 
e de experiências sobre as resistências típicas mais importantes que surgem no 
decorrer desses tratamentos. Um volumoso livro sobre A Interpretação dos 
Sonhos, publicado por Freud em 1900, deve ser visto como o precursor de tal 
introdução à técnica.
Dessas indicações sobre a técnica do método psicanalítico poder-se-ia concluir 
que seu inventor deu-se um trabalho desnecessário e fez mal em abandonaro 
procedimento hipnótico, menos complicado. De um lado, porém, a técnica da 
 
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psicanálise, uma vez aprendida, é muito mais fácil de praticar do que indicaria 
qualquer descrição dela, e de outro, nenhum caminho alternativo leva à meta 
desejada, donde o caminho trabalhoso é ainda o mais curto. A hipnose é 
censurável por ocultar a resistência e por ter assim impedido ao médico o 
conhecimento do jogo das forças psíquicas. E não elimina a resistência; apenas a 
evade, com o que fornece tão-somente dados incompletos e resultados 
passageiros.
A HIPNOSE E A IGREJA CATÓLICA
A Igreja, através do pronunciamento de três Papas: Pio IX, Leão XII e Pio XII, já 
se pronunciou favorável ao emprego da hipnose como coadjuvante de terapia – 
desde que sejam respeitadas as prescrições da ética e da moral.
Importante discurso de conteúdo atualíssimo pronunciou o Papa Pio XII, no dia 
24 de fevereiro de l957, perante uma seleta assembléia de clínicos, cirurgiões, 
cientistas e anestesistas. 
Na ocasião o Santo Padre falou em francês. O texto que aqui reproduzimos é dos 
Serviços de imprensa do Vaticano. 
O IX Congresso Nacional da Sociedade Italiana de Anestesiologia, que se 
realizou em Roma de 15 a 17 de outubro de l956, apresentou-nos, por intermédio 
do Presidente da Comissão organizadora, o professor Pedro Mazzoni, três 
questões sobre os aspectos religiosos e morais da analgia considerada perante a 
lei natural, e sobretudo perante a doutrina cristã contida no Evangelho e proposta 
pela Igreja.
DA HIPNOSE
“Mas a consciência das pessoas pode ser mudada por meio artificiais. Obter este 
resultado, ou pela aplicação de narcóticos ou pela aplicação da hipnose ( que 
pode se chamar de um analgésico psíquico), não difere essencialmente sob ponto 
de vista moral. A hipnose, contudo, mesma considerada só em si, está 
submetida a certas regras. Seja-nos permitido a este propósito lembrar a breve 
alusão ao uso médico da hipnose, que fizemos no princípio da alocução de 08 de 
janeiro de l956, sobre o parto natural indolor.
Na questão que nos ocupa presentemente, trata-se de uma hipnose praticada pelo 
médico a serviço de um fim clínico, observando as precauções que as ciências e a 
moral médica requerem, tanto do médico que a emprega, como do paciente que a 
aceita. A esta utilização determinada da hipnose, aplica-se o juízo moral que 
formulamos sobre a supressão da consciência. 
Mas, não queremos que se estenda, pura e simplesmente, à hipnose em geral, o 
que dizemos da hipnose ao serviço do médico. Com efeito, está, como objeto de 
investigação científica, não pode ser estudada por quem quer que seja, mas só por 
um sábio sério e dentro dos limites morais, que vale para toda a atividade 
cientifica. Não é este o caso de qualquer circulo de leigos ou eclesiásticos que a 
praticassem como coisa interessante, a titulo de pura experiência ou mesmo por 
simples passa tempo. 
CONCLUSÕES
 
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• É LÍCITA a hipnose praticada pelo psicólogo, odontólogo, médico e 
outros profissionais afins com uma finalidade terapêutica, observadas 
todas as precauções tanto da ciência quanto da ética médica, porque neste 
caso a supressão da consciência esta permitida pela moral natural 
compatível com o espírito do Evangelho. 
• NÃO É LÍCITA a hipnose praticada como diversão e as demonstrações 
teatrais de hipnotismo feita por leigos ou eclesiásticos.
• É LÍCITA também a hipnose praticada por pessoa competente para fins 
científicos.
• NÃO É LÍCITA a hipnose praticada por pessoa que não é competente.
• NÃO É LÍCITA a hipnose praticada como divertimento num grupo de 
pacientes, seja por leigos, seja por eclesiásticos ( REB Jun l957).
Convém notar que a maioria dos autores condena de maneira formal a hipnose 
praticada como divertimento e os shows de hipnose pela televisão por pseudos 
“professores”.
È ainda conveniente recordar que os hipnotizadores teatrais mesclam suas 
demonstrações de “hipnotismo” com truques engenhosamente preparados que 
dão a falsa idéia de um poder sobrenatural que eles não têm. Decreto lei nº 
51.0009 de 22.07.1961
O Decreto lei de 22.07.1961 que proibia espetáculos de hipnotismo em circo, 
teatro e televisão, foi revogado pelo ex-presidente Collor. 
• MORALIDADE
“Sendo a palavra bíblica: Darás à luz na dor, uma assertiva e não um 
mandamento, tudo o que pode aliviar o sofrimento dos humanos, seus 
inconvenientess graves, para a saúde física ou moral das pessoa em causa, é não 
somente permitido, mas louvável. As investigações destinadas a aliviar as dores 
do parto são boas; a lembranças de dores menos intensas pode favorecer a 
mulhere, liberta de um excesso de ansiedade, a perspectiva de novos nascientos”. 
( Código Social de Malinas ou Esboço da Doutrina Social Católica – Código 
Familiar Cap. IV – Pg 56).
 
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A FICHA CLÍNICA DE ANAMNESE
Nome:_________________________________________________ 
Data nascimento ______/______/_____ Idade_______ 
Endereço:__________________________________________________
Telefone:______________Celular:_____________E-mail:_____________________
 
Filiação Pai:_____________________________Mãe:_________________________ 
Profissão:____________ Estado civil: _________________Religião:______________
Escolaridade:________________ Possui irmãos:_________ Quantos:____________
 
Qual a sua relação entre eles : Boa: Ruim: - Usa bebidas alcoólicas: Sim: Não: 
Usa drogas? Sim: Não: É fumante ? Sim: Não: Está grávida ? Sim: Não:
 
Está no período menstrual ? Sim: Não: Está em tratamento médico? Sim: Não: 
Tem ou já teve alguma enfermidade importante? qual_______________________
 
Úlceras digestivas ou gastrites Sim: Não: Doenças cardíacas Sim: Não: 
Tuberculose Sim: Não: Asma Sim: Não: Sinusite Sim: Não: Sofreu alguma fratura
 Sim: Não: Doença renal Sim: Não:Diabetes Sim: Não: Cefaléias Sim: Não: 
Insônia Sim: Não: Tonturas Sim: Não: Desmaios Sim: Não:
 
Qual é sua a queixa principal? 
_____________________________________________________________________
 
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_____________________________________________________________________
Qual é a quantidade de amigos que você tem? ________________
Qual é o seu passa tempo preferido: _______________________________________
Tem medo de alguma coisa? ? Sim: Não De que: _____________________________
Já fez relaxamento hipnótico anteriormente? 
CONTRATO TERAPÊUTICO
Valor da seção:_________ Forma de pagamento_________________
Número de seções por semana ________nº previstas para o tratamento_________
BIBLIOGRAFIA
BAUER, Sofia M.F, Hipnoterapia Ericksoniana Passo a Passo, Campinas SP: 
Editora Livro Pleno, 2002
BAUER, Sofia M.F, Apostila do Curso Básico de Hipnoterapia Ericksoniana
COUÉ, E. Auto-sugestão consciente - que digo e que faço -
O domínio de si mesmo. Rio de Janeiro, Minerva, 1956.
DA SILVA, Dr. Gelson Crespo Manual de Hipnose Médica. ISBN Spob RJ. 2000
DA SILVA, Dr. Heitor Antonio Fund.da Técnica Psicanalítica. ISBN Spob RJ.2000
EPSTEIN, Gerald. Imagens que Curam. Livro Pleno
FERREIRA, Marlus Vinicius Costa Hipnose na Pratica Clinica, São Paulo Ed. 
Atheneu, 2003
FREUD, SIGMUND Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Imago, RJ. 
1986
PASSOS, Antonio Carlos De Moraes/ Isabel Labate, Hipnose: Considerações Atuais, 
São Paulo: Editora Atheneu, 1998
PAIXÃO, Paulo. Letargia e Hipnose Sem Magia. Editora Berthieier – Passo Fundo 
1996 10ª edição
PUENTES, Fabio – Hipnose: Marketing das Religiões, São Paulo: CenaUm 2ºedição 
2001
PUENTES, Fabio – Curso de Hipnose Pratica e Clínica. ( Apostila). São Paulo.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
PUENTES, Fabio – Auto Hipnose Manual do Usuário São Paulo: CenaUm 8ºedição 
2001
ROBLES, Teresa – Concerto para Quatro Cérebros / Tradu8ção de Manoel Angel 
Valencia Rodrigues – Belo Horizonte Ed. Diamante 2001
SCHULTZ, Johannes Heinrich, O Treinamento Autógeno, São Paulo: Manole, 1991
SOLOVEY e Milechinin. El Hipnotismo de hoy. Ed.
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Técnicas de Relaxamento.
INTERNET - http://hipnosis.hpg.com.br/
Hipnose e Saúde
INTERNET - http://www.idph.com.br/ahipno.htm
Hipnose Aplicada à Educação/ Arquitetura de Aprendizado
INTERNET - http://www.sulbraserickson.com.br
INTERNET - http://www.sofiabauer.com.br
 
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	 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES 
	 HUMANAS

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