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Jairon Souza Batista Tecnicas de Hipnose Clinica e Pratica Apostila do Curso

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES 
 HUMANAS 
 Jequié – Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié - Ba
www.ideph.org.br (73) 3525-3383 / 9997-3314
jaironbatista@gmail.com 
TÉCNICAS DE 
HIPNOSE CLÍNICA 
E PRÁTICA
 
 
 
CURSO RECONHECIDO PELA:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TERAPEUTAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA ALTERNATIVA
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
“Explorar o ser interior é a chave para o indivíduo 
se conhecer. 
Vai destrancar a porta para as causas dos 
problemas de comportamento e personalidade, dos 
distúrbios e doenças emocionais e de muitas outras 
dificuldades pessoais que todos nós costumamos ter. 
Quando conhecemos as razões e motivações 
existentes por trás destas coisas, é mais fácil 
solucionar ou superar os problemas e fazer as 
mudanças que proporcionarão saúde, felicidade e 
sucesso”. LeCRON
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Jairon Souza Batista
 
FORMAÇÃO:
• Bacharel em Filosofia Pela UCSal ( Universidade Católica de Salvador) 
• Bacharel em Teologia Pela UCSal ( Universidade Católica de Salvador) 
• Psicanalista Clínico pela SPOB – (Sociedade Psicanalista Ortodoxa do Brasil)
• Practitioner em PNL ( Sociedade Brasileira de PNL) 
• Curso de Hipnose Pratica e Clinica – habilitado como Técnico em Hipnose 
(Associação Exercício Clínico e Experimental da Hipnose Com 
Reconhecimento da Academia Internacional de Hipnologia Clínica y 
Experimental Navarra - ESPAÑA Prof. Fábio Puentes )
• CURSO DE FORMAÇÃO em HIPNOSE ERICKSONIANA COM 
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL - por Stephen Paul Adler, 
Ph.D. 
- Recognized by the American Society for Clinical Hypnosis and
- Certified by the American Board of Hypnotherapy
• Curso Básico de Hipnoterapia Ericksoniana – Centro de Estudos de 
Hipnoterapia (Drª Sofia Bauer - Belo Horizonte - MG)
• Técnicas de Hipnose Avançada – Sociedade Brasileira de Hipnose Clássica ( Dr. 
Luiz Carlos Mota - Ribeirão Preto - SP) 
• Técnica de Regressão e Linha do Tempo (PNL) Sociedade Brasileira de Hipnose 
Clássica ( Ribeirão Preto - SP)
• Psicoterapia Breve – Dr. Francisco Batista - Santa casa da Misericórdia do Rio 
de Janeiro / julho de 2002
• Conferência de Parapsicologia Cientifica ( Centro Latino- América de 
Parapsicologia) – Novembro de 1997
• Curso de Parapsicologia e Religião ( CLAP – Centro Latino-Americano de 
Parapsicologia) – Pe. Quevedo - Julho 2005 
• Workshop - Hipnose na Dor (Prof. Gelson Crespo da Silva – Soc. Hipnose 
Médica do Rio de Janeiro) / Janeiro de 2003
• Participou da XI Jornada de Hipnologia Científica – SOHIPAR (Sociedade de 
Hipnologia do Paraná) dezembro de 2004
• Curso Base de ADI ( Abordagem Direta do Inconsciente) em Montes Claros – 
MG, com Renate Jost de Moraes 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
• Curso de Didata Pela SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação 
Contemporânea Brasileira)
• Curso de Técnicas de Memorização graduado como LIDER Em Memória 
Treinada pela DYNAMIC SYSTEMS ( Drª. Agda Correia Silva) Março de 
1992
• Curso de Leitura Dinâmica, graduado como LIDER MOTIVADOR pela 
DYNAMIC SYSTEMS ( Drª. Agda Correia Silva) Novembro de 1992
• Curso de EXPRESSÃO VERBAL NA COMUNICAÇÃO MODERNA Pela 
UCSal ( Universidade Católica de Salvador) agosto de 1994
ATIVIDADES:
• Diretor Presidente do IDEPH ( Instituto de Desenvolvimento das 
Potencialidades Humanas)
• Membro fundador da SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação 
Contemporânea Brasileira ) CNP - Nº 2504039/Ba
• Vice Diretor do Departamento de Relações éticas Profissionais da 
SPOCB (Sociedade Psicanalítica de Orientação Contemporânea
• Delegado da ANT/Ba - Associação Nacional dos Terapeutas / 
Sociedade Brasileira de Medicina Alternativa – habilitado em: 
Hipnose Clinica e Hipnose Ericksoniana CNT- Nº 7404/Ba
• Membro da Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria Clássica, 
Hipnose Dinâmica com Comunicação não Verbal, Hipnose Rápida, 
Letargia e Auto-Hipnose. Nº 0104
• Coordenador da SPOCB com turma de formação em Jequié 
• Professor Titular da cadeira de Hipnose da SPOCB
• É Presidente do Conselho de Comunidade para Assuntos Penais da 
Comarca de Jequié
• É Sacerdote Católico e atua como Pároco da Paróquia de Cristo Rei 
em Jequié – Bahia 
• Atua como Psicanalista Clinico / Didata e Hipnotarapeuta
CONSULTÓRIO
Endereço Praça Coronel João Borges S/N Edf. Multicenter Salas 
1008/1009 – Centro
Cidade: Jequié – Bahia 
Telefone: ( 73) 9997-3314 / 3252-3383
E-mail: jaironbatista@gmail.com
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
AGRADECIMENTOS:
Ao Deus da vida que um dia encontrei e por Ele fui hipnotizado me 
deixando em um estado de transe permanente.
Aos meus Genitores im memória: Floriano e Tereza
A alguém que diante de uma síndrome de abstinência me levou a 
debruçar-me na hipnose. 
A todos que em algum momento participaram das sessões de 
hipnose, pois sem eles não teria desenvolvido a prática da hipnose.
 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...................................................................................01
HISTÓRIA DA HIPNOSE.....................................................................02
MITOS.............................................................................................22
CONCEITUAÇÃO................................................................................25
A TERAPÊUTICA HIPNÓTICA...............................................................26
HIPNOTERAPIA.................................................................................26
HIPNOÁNALISE.................................................................................27
HIPNIATRIA......................................................................................27
HIPNODONTIA..................................................................................27
HIPÓTESE E TEORIA A CERCA DO FUNCIONAMENTO DA HIPNOSE..........28
O CEREBRO HIPNOTIZADO.................................................................28
HIPNOSE NA VIDA DIARIA.................................................................31
CONTRA INDICAÇÃO DA HIPNOSE......................................................33
COSTELAÇÃO HIPNÓTICA..................................................................33
FENOMENOLOGIA DOS ESTADOS HIPNÓTICOS.....................................34
• RELACIONADOS A MEMÓRIA....................................................34
• IDEOSENSORIEDADE..............................................................35
• RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO..............................................36• CONGNIÇÃO...........................................................................36
• NOÇÃO DE TEMPO..................................................................36
COMO SE DESENVOLVE OS PROCESSOS MENTAIS................................37
ESTÁGIOS DA HIPNOSE.....................................................................42
ALGUMAS REGRAS PARA AÇÃO HIPNÓTICA..........................................43
• REPETIÇÃO............................................................................43
• MONOTÔNIA..........................................................................43
TESTE DE SUGESTIONABILIDADE.......................................................44
EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIONABILIDADE.................................44
• TESTE DAS MÃOS...................................................................45
• TESTE DA OSCILAÇÃO.............................................................45
• PENDULO DE CHEVEREUL........................................................46
• TESTE SENSORIAIS.................................................................46
• TESTE OLFATIVO....................................................................46
• TESTE TÉRMICO.....................................................................46
MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÃO HIPNÓTICA.................................47
MÉTODO DE BERNHEIM.....................................................................47
MÉTODO DE MOSS............................................................................48
MÉTODO DA ESTRELA.......................................................................49
ENTRANDO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO P/ HINOTERAPIA......50
MÉTODO DE BRAID...........................................................................51
MÉTODO DE INDUÇÃO (VARIANTE DE BRAID)......................................51
MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO................................................51
MÉTODO DO PESTANEJAMENTO SINCRÔNICO......................................52
MÉTODO DE AUTO-VISUALIZAÇÃO......................................................52
MÉTODO DE ERICKSON E WOLBERG...................................................52
M. DA INTERRUPÇÃO PADRÕES ESTABELECIDOS E AUTOMATIZADOS.....53
MÉTODO DO BALÃO..........................................................................53
MÉTODO DA AUTOSCOPIA.................................................................54
MÉTODO DE HIPNOSE RAPIDA............................................................54
MÉTODO DE MILTO ERICKSON...........................................................54
MÉTODO DA LETARGIA......................................................................55
M. RESULTANTE DA ASSOCIAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS.......................55
HIPNOTERAPIA ERICKSONIANA..........................................................56
A TERAPIA ESTRATÉGICA DE ERICKSON..............................................57
INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO........................................60
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO.................................................................62
INDUÇÃO DE UM LUGAR AGRADÁVEL..................................................63
INDUÇÃO DA LEVITAÇÃO DAS MÃOS...................................................64
INDUÇÃO DA CONFUSÃO MENTAL.......................................................67
TÉCNICA DOS ESTADOS DE EGO........................................................69
UMA NOTA SOBRE SUGESTÃO PÓS-HIPNÓTICA....................................71
TEC. DE BORBADEAMENTO DE CRASILNECK........................................72
• 1ª FASE: RELAXAMENTO PROGRESSIVO....................................73
• 2ª FASE: DESLOCAMENTO.......................................................74
• 3ª FASE: SUBMODALIDADE DA DOR.........................................74
• 4ª FASE: ANESTESIA DE LUVA.................................................75
• 5ª FASE: REGRESSÃO DE IDADE..............................................75
• 6ª FASE: AUTO-ANÁLISE.........................................................76
IMAGENS.........................................................................................77
O QUE É TERAPIA MENTE E CORPO?....................................................78
• PORQUE O CORPO SOFRE........................................................78
• QUAL A AÇÃO NEUROFISIOLÓGICA EM UM ESTRESSADO?...........78
O QUE É TREINAMENTO AUTÓGENO?..................................................79
O CURSO NORMAL DO TREINAMENTO AUTÓGENO................................79
A RESPIRAÇÃO.................................................................................80
EXERCICIO PRATICO- TÉC. DE RELAXAMENTO PROGRESIVO DE SHULTZ.80
VIÉIS E FRAGMENTOS DA HIPNOSE NAS OBRAS DE FREUD...................85
A HIPNOSE E A IGREJA CATÓLICA.......................................................89
FICHA CLÍNICA DE ANAMNESE...........................................................90
BIBLIOGRAFIA..................................................................................92
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
INTRODUÇÃO
Com certeza vocês ficaram 
hipnotizados espontaneamente 
centenas ou milhares de vezes
 L.M Lê Cron, L
´auto-hipnose
Considerando a redescoberta e importância da Hipnose como recurso auxiliar nas 
terapias e objetivando o aprimoramento profissional o IDEPH ( Instituto de 
Desenvolvimento das Potencialidades Humanas), promove este curso de 
Hipnose.
O Curso tem como objetivo mostrar o que é a hipnose a partir de sua evolução 
histórica e suas diversas teorias que analisam este fenômeno, desde sua origem 
até a contemporaneidade, bem como capacitar os participantes para o emprego 
de técnicas rápidas e modernas de hipnose, visando melhorar o seu desempenho 
profissional, e possibilitando ao paciente uma melhora, rápida da sua patologia. 
 
O presente material é parte do curso de hipnose Prática e Clinica promovido pelo 
IDEPH.
Algumas das induções aqui apresentadas são chamadas induções clássicas, 
portanto me servirei muito de Karl Weissmann, grande hipnostista de palco e de 
gabinete da década de 50, que em seu Livro O Hipnotismo, recapitula os textos e 
métodos clássicos das induções hipnóticas. 
Ao participante deste, não é suficiente apenas ter assistido o curso e ter feito uma 
leitura desta apostila para se tornar um grande hipnólogo, pois se assim o fosse, 
o cristão assistiria a missa ( ou culto), lia a Bíblia e já estava no céu, mas é 
preciso complementar seu cabedal com outras leituras, e mais do que nunca, é 
absolutamente essencial que aproveite cada oportunidade que se lhe depare, a fim 
de realizar cotidianamente uma ou mais experiências deste gênero. Aviso 
também que deve tornar-se perito em cada experiência antes de passar as outras.
O Hipnotismo é uma arte. É a arte de convencer. Hipnotizar é convencer e 
convencer é sugestionar. Só sugestiona quem convence e só quem convence 
hipnotiza. Quanto a mim sou apenas um hipnotizador, o que apresento aqui é 
apenas uma sugestão, caso queira, poderá desfrutar desta indução. Acredito eu, 
que após este curso sua visão em relação ao ser humano não será a mesma. 
Lembro, ainda de um ditado popular que diz: “cada cabeça é um mundo”, ou 
seja, se permitir-nos poderemos ao menos contribuir para um mundo melhor.
Jairon Batista
 
 Pç. Cel. JoãoBorges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
HISTÓRIA DA HIPNOSE
A história da hipnose, na realidade, iniciou-se antes da existência de qualquer 
relato escrito da história humana. Nas cerimônias religiosas e de cura de todos os 
povos primitivos que já habitaram este planeta existem elementos essenciais para 
induzir seus participantes em transe hipnótico. Assume-se, portanto, pelo estudo 
das cerimônias de povos primitivos ainda existentes na África, na Austrália e em 
outros lugares, que, mesmo antes da história começar a ser gravada, as induções 
eram realizadas através de cantos rítmicos, batidas monótonas de tambores, 
juntamente com o olhar fixo dos olhos acompanhado de catalepsia do resto do 
corpo.
Também nos achados da Antigüidade, existem textos, com mais de 4.500 a.C., 
nos relatando como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o Transe - "um 
estado diferenciado da consciência usual" - para realizar diagnóstico objetivando 
curas. Os Antigos egípcios a 2000 a.C., já utilizavam empiricamente 
encantamentos, amuletos, imposição de mãos, sem se darem conta da imaginação 
e sugestão envolvidas nesses procedimentos.
Historicamente, os primeiros registros de práticas hipnóticas, remontam a 2400 
a.C., na Índia e na Caldéia. Podemos identificá-las, também, na Pérsia, Babilônia, 
Assíria, Suméria, Egito, Grécia, Roma, nos antigos Hebreus, nos Deltas.
Nas cerimônias primitivas tinham como ponto essencial o foco central da 
atenção, com áreas neurológicas vizinhas de inibição, sendo estes dois fatores 
responsáveis por 95% da indução do transe hipnótico. Na realidade é sem 
importância que estas cerimônias sejam chamadas de religiosas, curandeirismo 
ou uma combinação de ambas. O fato é que o estado de transe existia e seu 
caráter era hipnótico, apesar de que a palavra "hipnose" jamais fora aplicada a ele 
antes de Braid cunhar o termo em 1842.
Todos aqueles que viajam através do mundo estão familiarizados com hindus, 
faquires, iogues, encantadores de serpentes, e adeptos da Magia no ocidente que 
induzem em si e em outros, estados catalépticos através da fixação dos olhos e de 
outras técnicas de mesmerismo, capazes de realizar proezas físicas e de eliminar 
a dor.
Séc. XXX aC. – Egito 
Os sacerdotes induziam um certo tipo de estado hipnótico.
Séc. XVIII aC. – China 
Induzia-se um certo tipo de transe hipnótico para se buscar a aproximação 
entre os pacientes e seus antepassados.
Mitologia Grega 
Asclépios aprendeu com Centauro Quíron um tipo de sono especial que 
curava as pessoas.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
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Séc. XI - Avicena (980-1037) 
Sábio filósofo e médico iraniano acreditava que a imaginação era capaz de 
enfermar e de curar pessoas.
"A imaginação pode fascinar e modificar o corpo de um homem, tornando-o 
doente ou restaurando-lhe a saúde".
Séc. XVI (1493-1541)
Philippe Bombast Von Hohenheim (Paracelsus) era médico e filosofo suíço, 
viveu de 1493 a 1541, e considerava que todos os seres humanos estavam sobre a 
ação do influxo sideromagnético dos astros. Para ele, considerado o pai da 
medicina hermética, o corpo humano se comportava como um verdadeiro íma, 
que podia atrair o fluxo dos astros e absorvêlo, bem como assimilar ou eliminar 
os elementos terrestres. 
O pólo norte do corpo humano corresponderia aos pés e o pólo sul aos genitais. 
Ele empregava minerais magnéticos para o tratamento das doenças e relatava 
várias curas. Em virtude das suas idéias Paracelso foi perseguido, tendo que ir de 
uma cidade para outra.(Marlus, p. 9)
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Séc. XVIII 
Padre Gassner
É irônico o fato de que a história moderna da hipnose inicie-se não com um 
médico, mas com um membro do clero, um padre católico que viveu em 
Klosters. O Padre Gassner defendia a tese de que, de acordo com as crenças da 
época, os pacientes doentes estavam possuídos por demônios, que deviam ser 
banidos, antes que o paciente pudesse novamente gozar de boa saúde. Gassner 
obteve o consentimento da Igreja para suas ações através da afirmação de que 
Deus estava agindo através dele para expulsar os demônios que estavam 
possuindo seus infelizes pacientes.
Diferentemente de outros homens de sua época, o Padre Gassner não fazia 
segredos de seus métodos, e freqüentemente permitia que médicos observassem-
no administrando seu tratamento. Os médicos que se apresentavam para observá-
lo em ação eram conduzidos a uma sala parecida com um pequeno teatro onde se 
acomodavam, e então o paciente era posicionado numa espécie de palco no 
centro desta sala para esperar pelo Padre Gassner. Com o objetivo de melhorar 
ainda mais o espetáculo, no ‘timing’ de sua entrada, Gassner caminhava até a 
plataforma através de um longo promontório negro, segurando um grande 
crucifixo de "ouro" com a mão estendida ao alto. O paciente era de antemão 
avisado que quando o Padre Gassner o tocasse com o crucifixo, ele prontamente 
cairia ao chão e permaneceria ali esperando novas instruções. Os pacientes de 
Gassner eram instruídos a "morrer" enquanto jaziam prostrados ao chão, e que 
durante este período de "morte" Gassner expulsaria os demônios de seus corpos, 
devolvendo-lhes a vida normal novamente. (Esta idéia de renascimento permeia 
tanto a hipnose quanto a religião, inclusive suas formas mais primitivas.
Depois que algum médico examinava o paciente, não sentindo seu pulso, não 
ouvindo as batidas do coração e dando-o como morto, o Padre Gassner ordenava 
que o demônio partisse e, logo após, o paciente ‘ressuscitava’ e se levantava 
completamente curado. É dito que Mesmer assistiu várias performances do Padre 
Gassner por volta de 1770, sendo depois responsável pela introdução do 
fenômeno na prática médica.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Séc. XVIII – Franz Anton Mesmer (1734-1815)
Inaugurou a fase científica da hipnose. O início da história formal da 
hipnose se deu em 1765 com os trabalhos de Mesmer com seu magnetismo 
animal...
Franz Anton Mesmer, filho de um guarda florestal, nasceu em 23 de maio de 
1734, em Iznang, no Lago Constance, Alemanha. Ele estudou nas Universidades 
de Dillingen e Ingolstadt, na Áustria, onde recebeu seu Ph.D., estudando Direito 
posteriormente. Recebeu seu grau de Doutor em Medicina no ano de 1766, 
depois de apresentar um artigo com o título de 'De Planetarum Influx' (Sobre a 
Influência dos Planetas). Dois anos depois de sua graduação, Mesmer casou-se 
com a rica viúva de um Tenente-Coronel do exército, de nome Marie Anna Von 
Posch, em 10 de janeiro de 1768. Incapaz de aceitar a hipótese do Padre Gassner 
de que os pacientes eram possuídos por demônios, Mesmer acreditava que de 
alguma maneira o crucifixo de metal empunhado por Gassner fosse talvez o 
responsável pela magnetização do paciente; então desenvolveu suas idéias e 
explicou os resultados na teoria do magnetismo animal, testada pela primeira vez 
em 1773, em uma jovem de 28 anos, Franziska Osterlin, que por acaso se casou 
com Fredrich Von Posch, enteado de Mesmer. Mesmer publicou seu primeiro 
relato da cura magnética em 1775, sob o título de Schreiben Uber die 
Magnetiker. Apesar desua fama continuar a se espalhar, ele foi forçado a deixar 
Viena após o famoso caso Paradis, no qual o Dr. Von Stoerck e o Dr. Barth 
foram seus oponentes. Em 1777, Maria Theresa Paradis, uma jovem pianista 
cega, e favorita da Imperatriz da Áustria, que recuperou sua visão depois de ser 
tratada por Mesmer, apesar do fato de ter estado por dez anos sob os cuidados do 
maior especialista em olhos da Europa, o Dr. Von Stoerck, sem qualquer 
melhora. Influenciada por médicos ciumentos, a mãe da criança afastou-a dos 
cuidados de Mesmer antes da cura estar completa. Numa cena de emocionalismo, 
a mãe deu um tapa no rosto da criança por ela não querer deixar a clínica do Dr. 
Mesmer, fazendo com que a cegueira histérica se reafirmasse.
No entanto, a influência de Mesmer ainda era grande o bastante para garantir 
uma recomendação do Ministro do Exterior austríaco à Embaixada Imperial em 
Paris, para onde se mudou em fevereiro de 1778. Ele fundou uma clínica com 
D'Eslon, na Place Vendôme, e publicou seu famoso livro em 1779, Mémoire Sur 
La Découverte Du Magnetisme Animal.
Em 1784, o governo francês investigou Mesmer, declarando-o um farsante. 
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Entretanto, Benjamin Franklin, que era membro do comitê de investigação, 
escreveu o relatório da minoria, que afirmava que o fenômeno era digno de 
maiores considerações. Outros membros da comissão eram Jussieu, famoso por 
sua ligação com os Twilleries; Guillotin, o inventor da guilhotina, que leva seu 
nome; e Lavoisier, o famoso químico francês cujo nome ainda é familiar aos 
americanos como o nome de uma marca de antisséptico bucal! 
A descrição fascinante de Esdaile a respeito da investigação afirma que ele 
acreditava que o veredito era justo o bastante, considerando a natureza das provas 
apresentadas aos membros da comissão. Ele continua afirmando: “...mas 
entretanto, (tal é a falibilidade humana), neste caso, summum jus também era 
summa injuria; a verdade foi sacrificada à falsidade, como penso que se tornará 
claro de uma rápida análise dos procedimentos. Este provavelmente não será 
tempo perdido, pois tenho ouvido cavalheiros inteligentes dizerem que o relato 
dos filósofos franceses ainda decidiam suas opiniões. 
Eles tinham uma série de axiomas sobre o Mesmerismo que lhes foram 
apresentados, cuja verdade eles examinariam e a eficácia de certos processos 
deveria ser provada para sua satisfação através de experimento.
O objetivo dos Mesmeristas parece ter sido tentar convencer a comissão de que 
Mesmer possuía um segredo digno de ser aprendido, e ao mesmo tempo 
continuar a guardá-lo para si ocultando sua extrema simplicidade sob o manto de 
um complicado mecanismo e vários tipos de teatralismos. D'Eslon, aluno de 
Mesmer, propôs suas leis do Magnetismo Animal desta forma:
I. O magnetismo Animal é um fluído universal, constituindo um polônio absoluto 
na natureza, e o meio de toda influência mútua entre os corpos celestes, e entre a 
terra e os corpos animais. Esta é uma afirmação muito exagerada.
II. É o fluído mais sutil na natureza, capaz de fluxo e de refluxo, e de receber, 
propagar, e dar continuidade a todas as formas de movimento.
III. O corpo animal está sujeito às influências deste fluído através dos nervos, que 
são imediatamente afetados por ele. Não vemos outra maneira no presente.
IV. O corpo humano possui pólos e outras propriedades, análogas ao ímã. A 
primeira proposição jamais foi provada, e admite tudo como sendo correto; e na 
segunda existe apenas probabilidade.
V. A ação e a virtude do magnetismo animal pode ser transmitida de um corpo a 
outro, quer animado ou inanimado. Isto está correto, no que diz respeito às 
relações entre corpos animados; e estes podem também impregnar substâncias 
inanimadas.
VI. Opera a uma grande distância, sem a intervenção de qualquer pessoa. 
Verdadeiro. 
VII. É aumentado e refletido por espelhos, transmitido, propagado e aumentado 
pelo som, e pode ser acumulado, concentrado, e transportado. 
VIII. Não obstante a universalidade deste fluído, todos os corpos animais não são 
afetados por ele; por outro lado existem alguns, apesar de que pequeno em 
número, cuja presença, destrói todos os efeitos do magnetismo animal. A 
primeira parte está correta, a última não é improvável.
IX. Por meio deste fluído, doenças nervosas são curadas imediatamente, e outras 
medialmente; e suas virtudes, de fato, estendem-se à cura universal e a 
preservação da Verdade da humanidade, a um grau tão elevado, que ainda não 
sabemos o quão longe poderá ir.
 
 Pç. Cel. João Borges Edf. Multicenter S/ 1009 Centro Jequié-Ba
 Cel. (73) 9997-3314 
Surpreende o fato de que a comissão desdenhosamente recusou tamanha 
quantidade de asserções absolutas e de teorias insustentáveis, com certeza 
temperadas com verdade, porém tão diluídas e obscurecidas a ponto de se 
tornarem irreconhecíveis? Como uma testemunha de Bengala, D'Eslon não se 
contentou em simplesmente dizer a verdade, mas acrescentou por conta própria 
tantas invenções corroboradoras a ponto de ninguém saber em que acreditar, e o 
caso foi encerrado como indigno de posterior investigação. Ele arruinou a si e a 
sua causa também, (talvez por ignorância) ao carregar a verdade com um pacote 
de maquinarias espalhafatosas, através das quais esperava que o poder da 
natureza penetrasse. Mas a Natureza, como um camelo sobrecarregado, virou-se 
contra seu condutor, jogando a si e sua parafernália de plataformas magnéticas, 
bastões e cordas condutoras, pianos, árvores e baldes magnetizados, na lama; e a 
verdade retirou-se em desgosto para o fundo de seu poço, para lá permanecer até 
que homens mais honestos pudessem novamente extraí-la para surpreender e 
beneficiar o mundo.
Até onde concerne minha observação, tudo o que é necessário para o sucesso, se 
as partes estiverem na relação do agente e do sujeito, é a obediência passiva do 
paciente e uma atenção e paciência sustentada por parte do operador. O processo 
sendo natural, quanto mais as partes estiverem num estado natural, melhor: os 
corpos de meus pacientes estando despidos, e suas cabeças geralmente raspadas, 
provavelmente não é de pouca conseqüência nos procedimentos…"
Existem algumas asserções muito importantes neste excerto do livro de Esdaile. 
Em primeiro lugar, ele certamente salienta claramente a razão por que a comissão 
rejeitou o fenômeno como sendo indigno de posteriores investigações. 
Segundo: ele também ilustra a questão de forma dupla através do acréscimo de 
um número de suas próprias concepções erradas, concepções estas que no 
entanto eram aceitas como verdadeiras em sua época, no que diz respeito à 
prática médica. Terceiro: ele sumariza uma teoria realmente astuta e brilhante em 
apenas uma sentença: ‘Até onde concerne minha observação, tudo o que é 
necessário para o sucesso, se as partes estiverem na relação do agente e do 
sujeito, é a obediência passiva do paciente e uma atenção e paciência sustentada 
por parte do operador.’ Quarto: ele faz uma observação que poderia servir para 
outros experimentos: O processo sendo natural, quanto mais as partes estejam 
num estado natural, melhor. Isto poderia ser conseguido de uma forma melhor 
por outros meios que não a mera nudez, apesar de que, talvez, possivelmente o 
fato de estar nu, o indivíduo psicologicamente está "sem defesa", ou mais 
"submisso". Meu método favorito de indução é levar o paciente com todos os 
seus sentidos para uma viagem a uma área de floresta primitiva, cheia de paz e 
quieta, tranqüila e calma, onde a concentraçãoe o relaxamento são maiores. Os 
espíritos da obediência passiva, bem como da viagem à vastidão da natureza para 
buscar comunhão com Deus, fazem parte de toda grande religião do mundo.
O acima já é o suficiente no que tange ao relatório da comissão que teve como 
seu principal efeito a denúncia de Mesmer, seus métodos e suas teorias, apesar de 
que suas teorias estavam, na realidade, sendo mais julgadas do que seus métodos.
Depois de ser denunciado em Paris, a popularidade de Mesmer rapidamente 
diminuiu, e então ele viajou para a Inglaterra, Itália e Alemanha, retornando para 
uma rápida visita a Paris antes do início da revolução. Ele então estabeleceu-se 
em Frauenfeld, na Suíça, até o verão de 1814, quando mudou-se para Morsburg, 
onde faleceu no dia 5 de março de 1815.
 
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Não é de conhecimento geral, mas no entanto verdadeiro, que Mesmer e seu filho 
publicaram trabalhos sobre o magnetismo animal, e até mesmo hoje cópias destas 
obras completas podem ser obtidas.
Quando os pacientes de Mesmer eram colocados em banheiras cheias de água e 
de limalhas de ferro das quais sobressaíam-se varas maiores de ferro, Mesmer 
sugeria a eles que, quando os tocasse com seu bastão magnético, eles se 
tornariam magnetizados e eventualmente entrariam num estado de "crise" do qual 
sairiam curados. Seus pacientes invariavelmente se curavam e Mesmer 
considerava a crise uma necessidade absoluta para a cura. Mesmer era uma figura 
muito imponente com seus longos robes, segurando seu bastão magnético e 
passando de quarto em quarto em sua clínica. Seus métodos de magnetismo, 
portanto, permaneceram inqüestionados e seu discípulo e aluno de boa fé, o 
Marquês de Puysegur, colocava pacientes em um transe que chamava de 
sonambulismo artificial, no qual os pacientes não entravam num estado de crise, 
mas num estado de calmo relaxamento. (O Marquês havia se esquecido de 
sugerir de antemão aos seus pacientes que eles experimentariam um ‘ataque’!)
Marquês de Puysegur
Discípulo de Mesmer (Armand Marie Jacques de Chastenet) conhecido como 
Marquês de Puysegur, tratando separadamente um paciente de 23 anos de idade 
de nome Victor Race, em 1784, observou que ao invés de o mesmo apresentar 
convulsões como ocorria com os pacientes de Mesmer, ele dormia 
tranqüilamente e durante esse sono podia falara, responder ordens, e após ser 
acordado não lembrava de nada. Então denominou esse estado de sonabulismo 
artificial por analogia ao sonambulismo do sono fisiológico. Foi responsável 
pela descrição das três características fundamentais da Hipnose: 1) concentração 
dos sentidos no operador, 2) aceitação das sugestões sem questionamento, e 3) 
amnésia em relação a acontecimentos em transe. 
Séc. XVIII (1756-1819) José Custódio de Faria.
Sacerdote português, nascido em Condolim de Bardez (Goa), Ídia Portuguesa, 
chegou em Paris por volta de 1813, e considerava que não podia haver influência 
de um “fluido” nas experiência do marquês de Puységur. Para o abade Faria era a 
vontade do paciente que conduzia ao que chamava de “sono lúcido”. Faria foi o 
primeiro a afirmar que a vontade receptiva do paciente e o rapport entre o 
paciente e o magnetizador determinava a formação do processo de cura. No 
 
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entanto, a popularidade de Mesmer estava tão bem estabelecida que a hipótese de 
Faria foi logo esquecida. 
O Dr. Wolfart, a pedido do governo da Prússia, viajou de Berlim para Frauenfeld 
em 1812, para investigar Mesmer e para aprender tudo o que o que fosse capaz a 
respeito do magnetismo animal, trazendo posteriormente este conhecimento para 
a Universidade de Berlin. No mesmo período, Koreff já estava em Paris numa 
missão semelhante. O Mesmerismo espalhou-se rapidamente através da Europa, 
incluindo a Suíça, a Itália e até mesmo os países Escandinavos. Isto produziu 
muitos especialistas, incluindo Eschenmayer, Kerner, Lallemant, Schelling, 
Passavant, Kluge, Pace, Ostermeyer, Pfaff, Pezold, Selle, Bartels e muitos outros.
Séc. XVIII (1795-1843) James Braid
Nascido em Fifeshire na Escócia, adepto do ocultismo, médico oftomologista e 
cirurgião de Manchester, Inglaterra, apareceram os primeiros conceitos 
científicos sobre o hipnotismo. No dia 13 de novembro de 1841, um 
magnetizador francês chamado La Fontaine, que demonstrou o Mesmerismo, 
introduziu James Braid pela primeira vez ao Mesmerismo (teoria baseada no 
magnetismo animal) e aos experimentos mesméricos numa reunião acontecida 
naquele dia. Uma descrição completa desta reunião pode ser encontrada por 
escrito juntamente com uma história detalhada da atividade de Braid, no livro de 
Bramwell, Hypnotism, Its History, Practice and Theory. Seis dias depois assistiu 
novamente e, o fato do indivíduo não poder abrir as pálpebras lhe chamou 
atenção. Braind achou que ali estava as causas dos fenômenos, e ao voltar para 
casa fez experiências com a sua esposa, um amigo e um criado. Pediu para que 
olhasse fixamente um determinado ponto brilhante até que seus olhos 
entregassem extenuados ao reposo. A partir desse momento teve em suas mãos 
essas pessoas “magnetizadas”. As primeiras conclusões de James Braind foram:
a)O fenômeno do mesmerismo era puramente subjetivo e não dependia de 
qualquer poder mágico, de nenhuma influência astral, de qualquer fluido mineral 
ou animal, nem sequer de qualquer influencia da pessoa do operador; 
b) esses fenômenos deviam-se exclusivamente à natureza física, mecânica e 
funcional, produzindo alterações nos órgãos dos sentidos, especialmente na 
 
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visão, levando a um esgotamento do centro visual pela estimulação continuada e 
monótona;
c) introduziu o método de indução da fixação do olhar, que ainda hoje pode sesr 
utilizado, com ou sem modificações.
James Braid é mais conhecido pelo fato de ter renomeado o Mesmerismo para 
"Hipnotismo", em 1842, com base na palavra grega "Hypnos", que significa 
"sono", e por ter se oferecido a apresentar um documento a seu respeito numa 
reunião da British Medical Association, em Manchester, que recusou. Apesar 
disso, ao contrário de Mesmer, ele manteve uma boa reputação profissional em 
sua comunidade durante toda sua vida, e não apenas ficou conhecido como um 
excelente hipnotista, mas também como foi amplamente aclamado por suas 
cirurgias de pé plano (chato) e outras deformidades. No final de sua vida, Braid 
concluiu que o hipnotismo não era um verdadeiro sono, mas uma concentração 
da mente, e tentou mudar o nome para monoideísmo. Mas, na época, "Hipnose" e 
"Hipnotismo" já eram palavras bem enraizadas em todas as línguas da Europa, 
abandonando por fim este esforço de mudar o nome. 
Ele cultivou a prática e o interesse no hipnotismo durante toda sua vida, 
escrevendo vários documentos e monografias sobre o assunto. Apesar de Braid 
ser mais conhecido por ter renomeado a arte de Mesmer para hipnotismo, ele 
também foi responsável por várias idéias que ainda persistem até o presente.
 Estas são como descritas a seguir:
1: Que a hipnose é uma ferramenta poderosa que deveria ser limitada somente 
aos profissionaisda medicina e da odontologia. 
2: Que apesar de ter o hipnotismo sido capaz de curar muitas doenças para as 
quais antes não havia remédio, não era, no entanto, uma panacéia, mas era apenas 
uma ferramenta médica que deveria ser usada em combinação com outras 
informações médicas, drogas, remédios, etc., para apropriadamente tratar os 
pacientes. 
3: Que em mãos qualificadas não há grande perigo associado ao tratamento com 
a hipnose, nem sequer dor ou desconforto. 
4: Que muitos estudos e pesquisas seriam necessários para compreendermos por 
completo vários conceitos teóricos a respeito da hipnose.
Estes enunciados filosóficos eram extremamente sólidos, especialmente para um 
médico que viveu no século XIX e que possuía conhecimentos limitados, 
disponíveis naquela época. O fato de que estes conceitos permaneceram 
virtualmente imutáveis até hoje demonstra, claramente, o brilhantismo deste 
grande médico e hipnotista de Manchester.
 
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John Elliotson
Tal como Braid, Elliotson graduou-se em medicina em Edinburgo, mas 
continuou seus estudos no continente e em Cambridge e no Sir Guy's Hospita. 
Ele nasceu em 1791 e morreu no dia 29 de julho de 1868, após uma longa 
doença, na casa de seu amigo, o Dr. Symes, um aluno formal. Assim como Braid, 
Elliotson foi um brilhante médico, palestrante e Professor de Medicina. A fama 
de Elliotson, entretanto, até mesmo excedeu a de seu predecessor, o Dr. Braid, 
pois Elliotson chegou ao topo da vida acadêmica de Professorado em Medicina 
na Universidade de Londres. Ele também foi nomeado Presidente da Royal 
Medical and Surgical Society, e foi um dos fundadores do University College 
Hospital, em Londres.
Ele introduziu o estetoscópio na Inglaterra, juntamente com os métodos de se 
examinar o coração e os pulmões da forma que são utilizados até hoje. Uma 
história completa de sua vida aparece também no livro de Bramwell.
Elliotson é mais conhecido pelo fato de ter estabelecido o primeiro periódico a 
tratar do hipnotismo, em 1846. Esta revista tinha o título de ‘The Zoist’, e cópias 
completas de seus números ainda podem ser obtidas através de algumas fontes. 
Ele foi expulso do University College Hospital por ter escolhido a hipnose como 
o assunto do discurso Harveiano de 1846. Neste discurso, Elliotson citou esta 
passagem memorável das obras de Harvey: "Os verdadeiros filósofos, 
compelidos pelo amor à verdade e à sabedoria, nunca se imaginam tão sábios e 
cheios de si a ponto de não se renderem à verdade, de qualquer fonte e a qualquer 
tempo; nem possuem eles mentes tão estreitas a ponto de acreditar que qualquer 
arte ou ciência nos foi transmitida por nossos predecessores em tal estado de 
perfeição a ponto de nada restar para futura dedicação".
Elliotson aplicou então as palavras de Harvey à ciência do Hipnotismo e afirmou 
em termos nada duvidosos que era o dever dos médicos daquela época analisar 
cuidadosamente e com isenção sua pesquisa sobre o assunto. Muitos artigos 
interessantes foram publicados em seu periódico The Zoist, que foi publicado 
trimestralmente de abril de 1843 até 31 de dezembro de 1855. Durante treze 
anos, artigo após artigo foi publicado por Elliotson, Esdaile e muitos outros 
médicos brilhantes da época, testemunhando os excelentes resultados do 
tratamento com hipnose para insanidade, epilepsia, histeria, gagueira, nevralgia, 
asma, torcicolo, dores de cabeça, dificuldades funcionais do coração, 
reumatismo, tic doloroso, cólicas espasmódicas, ciática, lumbago, paralisia, 
convulsões, inflamações agudas dos olhos e dos testículos, e relatos de centenas 
 
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de operações sem dor, desde a remoção de uma catarata até a amputação do 
pênis, a qual James Esdalie relatou dois casos. Parker (que originou a expressão 
"Parker Sem Dor") relatou cerca de 200 operações sem dor na Exeter, uma 
instituição que Elliotson ajudou-o a fundar. Elliotson era excelente no campo da 
hipnose infantil, e trabalhou com muitas crianças e com muitas doenças infantís, 
tais como Dança de São Vito, coréia, tiques e outras enfermidades. Ao contrário 
de Braid, no entanto, Elliotson continuou a acreditar na clarividência e outros 
fenômenos místicos até sua morte.
James Esdaile
O Dr. James Esdaile provavelmente realizou mais operações cirúrgicas sob 
hipnoanestesia do que qualquer outro médico, pelo menos até a presente época. 
Ele era um homem de extrema perspicácia e inteligência que trabalhou a maior 
parte de sua vida na Índia, e provavelmente é mais conhecido por seu trabalho 
com a hipnose do que qualquer outro homem, com a possível exceção do próprio 
Mesmer. Ele nasceu no dia 6 de fevereiro de 1808, filho de um ministro, e como 
Elliotson e Braid, estudou em Edinburgo, onde graduou-se em 1830, obtendo um 
cargo na East India Company.
Esdaile realizou sua primeira operação sob hipnose no dia 4 de abril de 1845, em 
um hindu condenado à prisão que tinha dupla hidrocele, no hospital de Hooghly. 
Após realizar 75 operações sob hipnoanestesia, ele escreveu à junta médica, 
porém sua carta não foi nem sequer reconhecida. Mais tarde, no final daquele 
mesmo ano, tendo mais de cem operações em seu crédito, ele contatou Sir 
Herbert Maddock, o então vice-governador de Bengala, que nomeou um comitê 
de investigação composto primariamente de médicos.
Ao receber o relatório favorável deste comitê, o Governador então colocou 
Esdaile como responsável de um pequeno hospital experimental próximo a 
Calcutá, para que ele pudesse dar continuidade em sua pesquisa sobre a hipnose, 
sejam quais fossem os valores que esta pudesse ter. Esdaile iniciou sua pesquisa 
em novembro de 1846, com os seguintes médicos nomeados para auxiliá-lo: R. 
Thompson, D. Stuart, J. Jackson, F Mouatt, R. O'Shaughnessy. E, ao final do 
primeiro ano do trabalho experimental de Esdaile, ele já tinha mais 133 
operações em seu crédito, bem como um grande número de casos médicos. Os 
relatos daqueles que visitaram a instituição continuaram a ser favoráveis, e, 
portanto, com o continuado apoio do vice-governador, Esdaile foi então indicado 
para trabalhar no Lane Hospital and Dispensary de Sarkea, para dar continuidade 
ao seu trabalho e expandi-lo para outros campos da medicina.
A fama de Esdaile espalhou-se para todos os cantos, e certa vez ele afirmou com 
sinceridade que havia feito mais operações em tumores escrotais em um mês do 
que todas as que aconteceram em todos os hospitais de Calcutá em um ano 
inteiro. Alguns médicos locais que achavam seus pacientes serem histéricos, 
criticaram-no nas revistas médicas. 
O comentário de Esdaile quanto a isto foi que o seu próprio relato dos casos 
ainda era digno de nota, nem que se fosse como um exemplo de uma epidemia da 
insanidade. Seu senso de humor o acompanhou até quando deixou a Índia, em 
 
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1851. Ao deixar aquele país, ele tinha milhares de operações sem dor em seu 
crédito, e cerca de 300 grandes operações, todas executadas com a hipnose.
Enquanto estava na Índia, o clorofórmio foi introduzido como um anestésico e 
depois de ter deixado a Índia, um prêmio de dez mil dólares foi oferecido em 
1853 ao descobridor das propriedades anestésicas do éter, que foi descrito como 
o primeiro dos anestésicos.Esdaile enviou uma carta revoltada de protesto contra 
isso, chamando a atenção ao fato de que ele havia realizado cirurgias sem dor 
com o Mesmerismo anos antes que qualquer pessoa tivesse ouvido falar do éter. 
(A propósito, o clorofórmio surgiu antes do éter.)
Desgostoso com a Índia, e "não dando a mínima" a respeito de uma grandiosa 
prática em Calcutá, Esdaile retornou a Perth, o lar de seu pai, onde estabeleceu-se 
e permaneceu até desenvolver uma doença nos pulmões (tuberculose?), 
mudando-se então da Escócia para a cidade de Sydenham, na Inglaterra, onde 
morreu com a idade de 50 anos, no dia 10 de janeiro de 1859. Suas obras foram 
numerosas, mas talvez a mais famosa seja um livro originalmente entitulado 
Mesmerism in India, e posteriormente publicado sob o título Hypnosis in 
Medicine and Surgery. Neste livro, ele não apenas relatou 73 operações sem dor, 
mas também descreveu 18 casos médicos de paralisia, lumbago, ciática, 
convulsões e tic doloroso, além de informar o público sobre a hipnose. Ele 
atacava a estupidez de certos médicos que eram cegos para quaisquer novas 
idéias, citando a frase em latim "Stare super vias Antiquas", para descrever tais 
médicos. Ele chegou ao ponto de dizer que, como um amante da verdade por si 
só, ele ficava pouco satisfeito quando seus amigos lhe diziam: "Eu acredito 
porque você está dizendo". Ele achava que esta era uma crença estéril e 
constantemente procurava médicos para demonstrar-lhes sua recém descoberta 
ferramenta médica. O médico Jacob Conn, da Universidade de Medicina 
Hopkins, afirmou que ninguém trabalhou mais diligentemente do que James 
Esdaile para trazer o valor da analgesia e da anestesia hipnótica à atenção dos 
profissionais da medicina. A obra de Esdaile evidentemente se pagou, pois a 
Associação Médica Britânica relatou favoravelmente em 1891 que "Como um 
agente terapêutico, o hipnotismo é com freqüência eficaz no alívio da dor, 
proporcionando sono e suavizando muitas indisposições funcionais".
 
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Dr. Ambroise-Auguste Liebeault
Liébeault é descrito pelos seus biógrafos como um homem sereno, bondoso e 
estimado pelos pobres, que o chamavam Lebon père Liébeault. Dizia Liébeault 
aos seus clintes, em quase sua totalidade humildes camponeses: “ Se desejais que 
vos trate com drogas, o farei, mas tereis de me pagar antes. Se, entretanto, me 
permitis que vos hipnotize, farei o tratamento de graça”. Ao método de fixação 
ocular de Braid, liébaul acrescentou o da sugestão verbal.
Liebeault é amplamente conhecido como o "Pai da Hipnose Moderna". A razão 
para isto é, antes de tudo, ter sido Liebeault o homem que concluiu e publicou a 
observação de que todos os fenômenos do hipnotismo são subjetivos em origem. 
Liebeault foi um humilde médico francês que, apesar de ser desinteressado pela 
pesquisa de uma maneira geral, foi, no entanto, um gênio na terapêutica. Ele 
manteve a prática médica de forma constante no campo, que o manteve ocupado 
dia e noite até receber seu diploma em medicina em 1850. Sua prática no 
hipnotismo era quase totalmente gratuita, e por causa disto obteve o sereno 
respeito de todos que o conheciam. Ele nasceu em 1823, começou seus estudos 
em medicina em 1844, e iniciou seus experimentos com o hipnotismo em 1848, 
mesmo antes de ter concluído a universidade. Após ter completado várias sessões 
terapêuticas de hipnose, ele escreveu um livro que demorou dois anos para ser 
concluído. O ceticismo no entanto, era tão grande que ele vendeu apenas uma 
cópia, e foi para Bernheim. Em 1882, Liebeault curou um caso obstinado de 
ciática, que Bernheim havia tratado sem resultados por cerca de seis meses. Em 
parte por causa de sua curiosidade, e em parte porque queria expor Liebeault 
como um charlatão, Bernheim comprou o livro e viajou para se encontrar com 
ele, convencido de que de fato Liebeault era um charlatão. Entretanto, Bernheim 
ficou tão impressionado pelo seu trabalho a ponto de decidir ficar com ele e dele 
tornou-se um devotado aluno e amigo por toda a vida. Bernheim e Liebeault, 
então, publicaram juntos outro livro, que foi amplamente aclamado. Isto assim o 
foi especialmente por causa do grande número de fascinantes históricos dos casos 
de Liebeault.
Enquanto Parker e seus contemporâneos estavam primariamente interessados na 
cirurgia sem dor, Liebeault invadiu todos os campos da medicina, sendo de fato o 
médico mais importante na ampliação do escopo da terapêutica através do uso da 
hipnose. Uma descrição excelente da clínica de Liebeault aparece no livro de 
Bramwell.
Liebeault tornou-se um adepto da hipnose rápida e, de fato, foi um dos primeiros 
a perceber que para a maior parte dos casos de hipnoterapia, um transe profundo 
era desnecessário, fato assinalado com freqüência pelo Dr. S. J. Van Pelt. Ao 
 
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contrário, Liebeault induzia seus pacientes com não mais do que um aceno de sua 
mão e uma frase rápida, tal como "Durma, meu gatinho"; sugeria que os sintomas 
mórbidos se fossem e permitia que os pacientes acordassem quando desejassem. 
Ele atendia centenas de pacientes, raramente demorando-se mais do que quinze 
minutos com eles. Bramwell afirma que todos os pacientes de Liebeault 
melhoravam ou se curavam, após seus tratamentos de sugestão rápida.
 Liebeault, com a assistência de Bernheim, estabeleceu o que ficou conhecida 
como a "Escola de Nancy". Este foi um período de desenvolvimento da hipnose 
durante o qual uma grande quantidade de trabalhos experimentais foram feitos 
com muitos tipos de indução.
Ao mesmo tempo que Liebeault estava meramente usando a palavra "durma", 
com um gesto de sua mão, Charcot, por outro lado, estava violentamente tocando 
gongos e piscando ‘luzes de drummond’.
Os alemães Weinhold e Heidenhain preferiam o tique-taque de um relógio, e 
Berger usava chapas quentes de metal. As idéias do magnetismo e dos processos 
magnéticos ainda não haviam desaparecido por completo. Apesar de Liebeault 
explicar os fenômenos como sendo subjetivos, Piteres sustentava que certas 
partes do corpo eram particularmente sensíveis ao estímulo da pele, e estas assim 
chamadas zonas hipnóticas que foram descritas por ele, existiam, algumas vezes, 
em apenas um lado do corpo e, em outras, em ambas.
Moll afirmou ter ele mesmo visto muitas pessoas serem hipnotizadas apenas 
quando suas testas eram tocadas. Purkinje e Spitt afirmaram que toques na testa 
induziam um estado sonolento em muitas pessoas. A técnica de balançar o berço 
para induzir crianças era bem conhecida, e Eisenhart mencionou que o toque na 
testa era uma excelente técnica de indução em crianças. Hirt usava com 
freqüência a eletricidade para induzir a hipnose, e Sperling, um contemporâneo 
de Bramwell e de Moll, descreveu os transes hipnóticos dos Dervixes que havia 
visto em Constantinopla (atual Istambul). Drzewiecki sentiu que havia uma 
diferença na suscetibilidade à hipnose por causa da nacionalidade, e chegou a 
afirmar que os russos eram mais facilmente hipnotizáveis do que qualquer outro 
povo. Entretanto, percebeu-se mais tarde que nem nacionalidade e nem sexo 
contavam na habilidade de uma pessoa ser hipnotizada. Foi somente depois de 
Liebeault atingir uma idade avançada e ter-se aposentado da medicina, que ele 
desfrutou um pouco da aprovação que certamente lhe era devida. Ele não buscou 
e nem fez fortuna. Até sua morte, permaneceu feliz e tranqüilo, cônscio de uma 
vida bem vivida no tratamento dos pobres.
ODr. Bernheim, da Escola Nancy, é talvez mais conhecido pela propaganda do 
uso da hipnose. Apesar de ter Liebeault sido responsável pela ampliação da 
terapêutica, seu livro nunca foi amplamente lido. No entanto, quando Bernheim 
publicou seu livro sobre hipnose (com os históricos dos casos de Liebeault), este 
foi imediatamente aceito em todos os lugares. De fato, não obstante a tremenda 
reputação de Charcot e de seu pioneirismo com a Escola de Salpêtrière, mais e 
mais pessoas adotaram o modo de pensar da Escola Nancy. A disputa médica 
continuou através de todo o século XIX e até o início do século XX, com cada 
lado reivindicando vitórias na explicação da hipnose. Bernheim simplesmente 
pedia ao paciente para olhar para ele, não pensar em nada além de sono, e então 
dizia-lhe: "Suas pálpebras começarão a ficar pesadas, seus olhos estão cansados e 
começam a piscar, eles estão ficando úmidos, seus olhos não podem ver 
 
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distintamente, e eles estão fechados." Se o paciente não fechasse seus olhos e 
caísse no sono quase imediatamente, como acontecia com muitos, ele então 
repetiria o processo até ser bem sucedido. Caso os pacientes não mostrassem 
quaisquer sinais de sono ou entorpecimento, ele então lhes asseguraria que o 
sono não era essencial e que a influência hipnótica poderia ser exercida sem ele. 
Bernheim inspirou centenas de médicos-hipnotistas famosos, tais como Von 
Schrenk, Noltzing, Babinski e muitos outros. Charles Richet foi reconhecido 
como o introdutor do método de indução com o pressionar dos polegares e das 
mãos juntas.
(1825—1893) Jean Martin Charcot
Jean Martin Charcot, o famoso neurologista francês, tratava de pacientes 
histéricos no hospital dela Salpêtrière em Paris, deduzia que a hipnose era uma 
manifestação histérica. E, ainda, que a hipnose era obtida essencialmente por 
meios físicos, dando mínimo ou nenhum valor à sugestão. É óbvio que foram 
dois grandes erros desse famoso neurologista, que segunda a história, nunca teria 
hipnotizado ninguém porque seus pacientes histéricos eram preparados pelos 
seus assistentes. 
Nasceu em 1825 e morreu em 1893. Era muito bem conhecido pelos 
profissionais de medicina por tantas e variadas realizações, e sua biografia é tão 
fácil de ser obtida que nenhum estudo detalhado a seu respeito será dado aqui. 
Ele provavelmente foi o médico mais famoso a adotar o hipnotismo naquela 
época e, além de seu trabalho com o hipnotismo, era conhecido pelo banho de 
Charcot, pela doença de Charcot, pela junta de Charcot, pela síndrome de 
Charcot, etc., bem como pelo tipo de dente Charcot-Marie, e seu trabalho com a 
atrofia muscular neuropática progressiva, de conhecimento de todos os 
estudantes de medicina.
A Síndrome de Charcot-Weiss-Barber (síndrome do seio da carótida) e o sinal 
Charcot-Vigouroux também são bastante conhecidos. Vários cristais foram 
nomeados em homenagem a Charcot, incluindo os cristais Charcot-Leyden, os 
cristais Charcot-Neuman e os cristais Charcot-Robin. Apesar de sua grande fama 
no campo da medicina, ele mergulhou no hipnotismo sem a costumeira pesquisa 
cuidadosa que cercava seus outros trabalhos. Conseqüentemente, sua reputação 
enfraqueceu quando suas teorias de que a hipnose era um estado patológico que 
enfraquecia a mente foram mais tarde desaprovadas pela Escola Nancy de 
Medicina. De fato, quando Charcot morreu, Babinski denunciou muitas das curas 
 
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de Charcot, afirmando que algumas foram na realidade falsificadas, e outras 
invenções da imaginação de Charcot. O amargo ataque de Babinski contra 
Charcot, mais do que qualquer outra coisa, foi responsável pelo declínio do uso 
da hipnose na França. Este declínio continuou até tempos modernos, com apenas 
algumas exceções, tal como Pierre Janet e o Dr. Joseph Morlaas, que usaram a 
hipnose até que esta fosse oficialmente introduzida nas escolas francesas de 
medicina, em 1958.
. 
Josef Breuer
Até a época de Breuer, a hipnose havia primariamente sido usada para o alívio da 
dor em cirurgias, e esta de acordo com o método de Liebeault, que simplesmente 
sugeria que os sintomas se fossem. Entretanto, por volta de 1880, Breuer fez uma 
descoberta acidental que mudou os métodos da hipnoterapia. Na verdade esta 
descoberta não apenas mudou os métodos da hipnoterapia, mas na realidade 
introduziu uma arte completamente nova em si, pois foi a obra de Breuer que 
atraiu Freud e o direcionou aos métodos da psicanálise que são tão comuns hoje 
em dia aos psiquiatras.
Breuer estava tratando uma paciente a qual chamou de Anna O.. O caso é longo e 
complexo, sendo bem conhecido de todos os estudantes de psiquiatria. Durante 
uma parte da terapia, eles descobriram, para grande agonia da paciente, (e Anna 
O. era uma paciente histérica com muitos problemas e muito diferenciados) que 
ela não conseguia beber água. Na verdade, não importava a intensidade da sede 
que ela sentia, ela sentia que era uma impossibilidade física engolir água. Devido 
a isso, ela sobreviveu por alguns meses comendo frutas aquosas e melões, até 
que, durante uma sessão de hipnose, ela revelou num ataque de raiva, como, para 
sua grande aversão, uma ex-governanta havia deixado um cão beber água que 
estava num copo, em sua presença. Tão logo acordou do transe, ela 
imediatamente pediu água a Breuer, esvaziando o copo com facilidade. Isto fez 
com que Breuer concluísse que a simples recordação das experiências 
traumáticas do passado (do cão bebendo água num copo) foi responsável pela 
remoção dos sintomas. Depois de chegar a esta conclusão, Breuer tentou então 
associar todos os sintomas dos pacientes com experiências traumáticas no 
passado. Depois de trabalhar com Anna O. por quase um ano, Breuer foi capaz 
de remover seus sintomas de cegueira, paralisia, surdez, a contratura de seu braço 
direito, sua falta de sensibilidade, tosse, tremores e outros sintomas, apenas 
 
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através da repetição dos transes que revelaram mais e mais suas experiências do 
passado, que continham incidentes traumáticos danosos.
Tal como Wolberg afirma em seu livro Medical Hypnosis, “A importância da 
obra de Breuer jaz na mudança de ênfase na terapia com hipnose, da remoção 
direta dos sintomas para o enfoque na causa aparente desses sintomas".
Apesar de Janet ter chegado a esta mesma conclusão simultaneamente, o crédito 
por esta descoberta foi dado a Breuer.
Dr. Eugene Azam
Azam, um professor da Faculdade de Medicina em Bordeaux, e correspondente 
na Academia de Medicina em Paris, escreveu em 1887 um livro sobre um caso 
de consciência dividida. Ele descreveu em detalhes o caso de uma jovem, 
chamada Felita X., que o procurou pela primeira vez durante o mês de junho de 
1858. Ele percebeu muitos fenômenos hipnóticos nesta paciente, fazendo 
algumas deduções psicológicas que confirmaram muitas das conclusões de Braid. 
O Professor Jean Martin Charcot (supra) escreveu o prefácio do livro, elogiando 
muito a obra do Dr. Azam. Traduzido do francês, dizia o texto:
“Na época de hoje, em que o Hipnotismo chegou e é agora a aplicação regular 
deste método de descrição de doenças,que finalmente tomou seu lugar entre os 
fatos da ciência positiva, seria injusto esquecer os nomes daqueles que tiveram a 
coragem de estudar esta questão numa época em que estava sob a desaprovação 
universal. O Dr. Azam foi um dos pioneiros, sendo o primeiro na França. Ele 
buscou controlar, através de sua experiência pessoal, os resultados anunciados 
por Braid. A boa sorte de uma descoberta inesperada, é verdade, foi-lhe favorável 
ao dispor-lhe a experiência de uma paciente, que espontaneamente apresentou 
vários fenômenos que haviam sido descritos por Braid. Mas, quantos médicos 
que estivessem no lugar do Dr. Azam teriam passado por estes fatos interessantes 
sem se deterem, quer por medo de serem confundidos por uma histeria jugular, 
ou por medo de comprometerem suas reputações ao realizar estudos que haviam 
 
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sido desacreditados, ou simplesmente por seguir a preguiça científica que nos 
desprovê do benefício de novas coisas no desenvolvimento moderno? Os 
resultados do Dr. Azam não são apenas de interesse históricos: esta análise 
redescobriu a parte mais importante dos fenômenos somáticos e da anestesia 
psíquica, hiper-anestesia, contratura e catalepsia, que aprendemos, desde que 
neste ano foram apresentados, de acordo com uma determinação rigorosa, uma 
categoria especial de indivíduos (pacientes). Seria interessante observar, a bem 
da verdade, que pela escolha dos indivíduos e pela natureza dos fenômenos 
produzidos, os casos clínicos do Dr. Azam pertencem à hipnose histérica. É dito 
que esta forma de hipnose primeiro tomou seu lugar na ciência e somente agora 
chegou até nós. Ela manifesta sintomas tão característicos a ponto da pessoa mais 
cética não poder duvidar de sua existência. Portanto, devemos convidar nossos 
eminentes colegas a tomar parte no sucesso da obra ao qual ele contribuiu, após 
termos registrado a pesquisa do Dr. Azam com aqueles da escola de Salpêtrière.”
Azam enfrentou grandes dificuldades para remover a aura de mistério da 
hipnose, e foi elogiado por Charcot por isso. O Dr. Heinz Hammerschlag afirma 
em seu livro Hypnose und Verbrechen que os estudos de Azam em Bordeaux, 
apesar de importantes, foram importantes primariamente porque estes estudos 
atraíram a atenção de Liebeault, que foi o primeiro a ser bem sucedido em dar a 
estes pesquisadores uma novo ponto de vista.
Ele esforçou-se para atribuir os fenômenos da hipnose à influência psiquiátrica 
da sugestão, em vez da influência do magnetismo, que havia antes sido tão 
popular na época de Mesmer. 
Como Charcot pôde continuar a manter a afirmação ridícula de que todos os 
assuntos hipnóticos eram "histéricos", face a face com a pesquisa de Braid, e do 
lado oposto de sua boca elogiar o Dr. Azam por esclarecer e reiterar as 
conclusões de Braid, é algo completamente incompreensível.
Sigmund Freud
Até mesmo começar a tentar resumir a vida e a obra de um gênio é naturalmente 
impossível. Da mesma maneira, escolher incidentes específicos em sua vida e, ao 
descrevê-los, esperar que se compreenda o raciocínio intricado da mente de 
Freud, seria tão ridículo quanto descrever George Washington como "o garoto 
que cortou uma cerejeira". Várias centenas de livros foram escritos sobre 
Sigmund Freud, possivelmente o mais completo deles sendo The Life and Work 
of Sigmund Freud, de Ernest Jones (1879 - 1958), em três volumes. Para uma 
 
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compreensão completa de Freud, esta obra em três volumes supera todas as 
outras, mas estando tal tarefa além do escopo deste texto, devemos nos satisfazer 
com um pequeno resumo da ligação de Freud com o desenvolvimento da 
hipnose.
Foi a obra de Breuer que atraiu Freud e que o fez publicar seu famoso livro co-
autorado por Breuer, Studien uber Hysterie, que foi publicado em 1895. Breuer e 
Freud concluíram corretamente que os sintomas histéricos são desenvolvidos 
como resultado de experiências repressivas danosas, e que se estas experiências 
danosas fossem novamente liberadas da mente subconsciente por uma catarse 
mental, os sintomas histéricos seriam eliminados. Breuer conseguiu isso através 
do uso da hipnose, mas Freud, um hipnotista pobre, achou que a livre associação 
conjugada com a psicanálise eram veículos através dos quais poderia realizar seu 
trabalho de forma melhor. Parlour observou que, apesar de que Freud 
menosprezou a "hipnose" formal, ele no entanto usou constantemente muitas 
técnicas de hipnose, tais como "tocar a testa do paciente", "a concentração da 
mente do paciente", "o relaxamento do corpo sobre um sofá" e "o farto uso da 
imaginação". Este fato foi muito negligenciado durante o tempo em que Freud 
viveu, atenção sendo dada às palavras de Freud que nem sempre explicavam as 
ações do mesmo.
Foi durante este período que uma das idéias mais errôneas a respeito da hipnose 
ganhou terreno, e que ainda hoje, infelizmente, é difícil desalojar das mentes de 
muitos médicos e de milhares de leigos. Devido à condenação da hipnose feita 
por Freud em favor da psicanálise, as pessoas começaram a associar a hipnose 
com "sugestões diretas" (este sendo apenas um dos aspectos do hipnotismo). Por 
conseguinte, o público em geral e os leigos também começaram a pensar em 
termos de psicanálise versus sugestão direta. O que não foi suficientemente 
explicado foi que a ciência e arte do hipnotismo contém tanto análise quanto 
sugestão, e quando corretamente aplicada não apenas fraciona o problema em 
seus componentes para análise, mas recompõe o indivíduo novamente com uma 
Síntese. 
A psicanálise convencional, entretanto, com sua falta de orientação diretiva, 
elimina inteiramente a última parte mencionada acima e torna a primeira delas 
lenta, incômoda e muitas vezes ineficaz. 
Todavia, devido ao grande brilho e popularidade de Freud, as palavras 
“associações livres” e “psicanálise” tornaram-se as senhas da época, e a hipnose 
novamente mergulhou na obscuridade.
Alguns especialistas, tal como Pierre Janet da França, Bramwell e Moll da Grã-
Bretanha, Morton Prince e McDougall dos Estados Unidos, e Pavlov na Rússia, 
continuaram a fazer uso do hipnotismo. A maioria dos neurologistas (naquela 
época, a maior parte das doenças mentais era investigada do ponto de vista da 
“neurologia”) foi imediatamente influenciada pela teoria e métodos de Freud.
Freud era um homem fascinante. Ele nasceu no dia 6 de maio de 1856, na cidade 
morávia de Freiberg, uma pequena e antiga cidade industrial que então pertencia 
ao Império Austro-Húngaro. Sua mãe, Amália, por quem teve um forte apego 
edipiano, era vinte anos mais nova que seu pai Jacob. A família mudou-se para 
Viena, onde viveu sua vida. Seu pai morreu em outubro de 1896, quando Freud 
tinha quatro anos, afetando-o profundamente, o que expressou numa carta que 
escreveu ao seu amigo, o Dr. Fliess.
A família de Freud era judia, mas Freud ignorava as comemorações dos judeus, e 
 
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em vez disso celebrava o Natal e o Ano Novo porque "era mais fácil". Este tipo 
de comportamento parece muito incomum para um não conformista, mas como 
afirmamos acima, Freud era na realidade um paradoxo, dizendo algumas coisas e 
praticando outras. Ele constantemente afirmava, por exemplo, que era um 
cientistade primeira linha, que buscava sempre a verdade e somente a verdade. 
Até sua morte, ele continuou a acreditar na teoria de Lamarch de que 
características pessoais adquiridas poderiam ser herdadas, algo que nenhum 
verdadeiro cientista da época acreditava mais, da mesma forma que não 
acreditava que o mundo era plano. Freud também interessou-se pelo ocultismo e 
pela telepatia, e abertamente afirmava sua crença neles, apesar de nunca ter 
publicado obras deste teor. Freud acreditava sobremaneira na magia dos 
números, e seu amigo íntimo William Fliess, mencionado acima, afirmou que 
Freud acreditava que coisas importantes aconteciam aos seres humanos em ciclos 
de 23 a 28 dias. Ele previu sua própria morte na idade de 61 ou 62 anos, e ficou 
um tanto quanto desapontado depois de ter passado por essa idade, elevando 
assim sua predição para 85 anos e meio, a idade em que seu pai e seu meio irmão 
morreram. O filho mais velho de Freud, Jean Martin Freud, cujo nome lhe foi 
dado em homenagem a Charcot, o qual Sigmund admirava tanto, publicou um 
livro relativamente novo sobre a vida doméstica de Freud como pai e como 
homem. Freud conheceu sua esposa em abril de 1882, e apaixonou-se à primeira 
vista, apesar de não ter se casado antes de ter prestado um mês de serviço em 
manobras do Exército Austríaco em 1886, quando foi promovido de Primeiro 
Tenente a Capitão.
Freud trabalhava como especialista em doenças nervosas, e era um professor 
iniciante na Universidade de Viena quando Jean Martin nasceu. Ele vivia em 
Suenhaus, frente a Ringstrasze, mas escreveu muitos de seus melhores livros em 
cenários naturalistas. A Interpretação dos Sonhos, provavelmente um dos livros 
mais famosos de Freud, foi escrito numa vila em Berchtesgaden, uma linda 
estância situada no alto das montanhas da Bavária, que mais tarde se tornaria 
famosa como o bem guardado refúgio de Adolph Hitler.
Freud estava sempre imaculada e cuidadosamente vestido, mesmo durante os 
últimos dezessete anos de sua vida, nos quais dolorosamente submeteu-se a uma 
operação após a outra por causa dos cânceres incuráveis que tanto o 
incomodaram. Ele manteve seu senso de humor mesmo após a maior parte da 
estrutura de sua boca, pálato e maxilar ter sido removida, e de ter sido forçado a 
usar uma prótese monstruosa para poder fechar a abertura entre a cavidade nasal 
e a garganta para poder falar. Fraco e incapaz de falar, exceto em seu alemão 
nativo (apesar de que antes falasse bem o francês e o inglês), disse certa vez à 
cantora francesa Yvette Guilbert: "Meine Prosthese Spricht Keine Franzosisch" 
(Minha prótese não fala francês).
Freud submeteu-se a um total de 33 operações, incluindo uma operação de 
esterilização, a qual esperava que de alguma maneira mudaria a configuração 
hormonal de seu corpo, evitando que o câncer se espalhasse. Ele fugiu para a 
Inglaterra em 1938 para escapar de Hitler, e aos 82 anos de idade, em Londres, 
recuperou-se o suficiente para fazer quatro tratamentos de análise por dia. Freud 
odiava as drogas e tomava apenas aspirina ocasionalmente. Em fevereiro de 1939 
seu câncer finalmente o encurralou, sendo considerado inoperável e 
completamente incurável na época, e, no dia 21 de setembro daquele ano, pediu 
ao seu médico, o Dr. Max Schur, que lhe desse um sedativo. "É somente tortura 
 
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agora, e não faz mais qualquer sentido", disse Freud, e dias depois, com 83 anos 
de idade, ele morreu. Sua filha Anna permaneceu ao seu lado durante sua longa 
enfermidade, mantendo-o confortado. "O mais importante," disse o biógrafo 
Jones (que talvez foi o psicanalista de língua inglesa número um em sua época), 
"é a crescente consciência que as pessoas têm de serem movidas por forças 
obscuras dentro de si mesmas, as quais não conseguem definir. 
Poucos pensadores hoje em dia poderiam afirmar possuir um conhecimento 
completo de si mesmos, ou de que o que estão conscientemente cientes engloba o 
total de sua mentalidade, e este reconhecimento, com todas suas conseqüências 
formidáveis para o futuro das organizações sociais, nós devemos acima de tudo a 
Freud. O principal inimigo e perigo do homem é sua própria natureza 
incontrolável e as forças negras enclausuradas em seu interior. Se nossa raça tiver 
sorte de sobreviver por outros mil anos, o nome de Sigmund Freud será lembrado 
como aquele do homem que foi o primeiro a averiguar a origem e a natureza 
destas forças e que apontou a maneira de obter algum controle sobre elas".
 
 
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EMILE COUÉ - (1857-1926)
Farmacêutico francês, seu nome está associado às pesquisas sobre o "Efeito 
Placebo", é considerado o pai da Auto-Hipnose. Coué se baseou num fato que 
ocorreu "por acaso": Ao administrar um medicamento a um paciente, disse-lhe 
que era um remédio poderoso recém-chegado de Paris e que, sem dúvida, 
promoveria a cura - mas o medicamento não tinha essa especificação. Interessado 
pela hipnose, ele conclui dessa experiência que "na verdade, não é a sugestão que 
o hipnotizador faz que realiza qualquer coisa, é a sugestão que é aceita pela 
mente do paciente. Todas as sugestões efetivas devem ser ou são transformar em 
auto-sugestões" . Descobriu, assim, que não era necessário "hipnotizar" um 
paciente para induzi-lo a reagir desta ou daquela forma. Bastava "relaxar" o 
paciente e "fazer a sugestão", com voz firme, decidida, para obter o mesmo 
resultado. Foi ele quem formulou vários princípios e leis que fundamentam a 
aplicação e sistematização do processo sugestivo. 
Foi no início do séc. XX que Emile Coué começou a popularizar a auto-sugestão 
consciente. Autor de alguns livros sobre o tema, dois deles, publicados em 
português, propunha uma auto-hipnose genérica, extremamente simples e, por 
isso mesmo, muito popular. A frase que se tornou a sua marca registrada foi: "De 
dia para dia, em tudo e por tudo, vou cada vez melhor". Esta frase destinada a ser 
repetida 20 vezes todas às noites, antes de dormir e logo ao acordar, faz parte do 
célebre método que ele chamou de "Domínio de si mesmo pela auto-sugestão 
consciente" e começou a popularizar a auto-sugestão consciente. Essa frase se 
tornou muito popular no Brasil, graças a Omar Cardoso, radialista e astrólogo 
que a utilizava na abertura de seu programa nos anos 70. 
 
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Milton Hyland Erickson, (1901-1980)
A partir do 1980 a hipnose tornou-se muito popular devido a uma nova 
orientação conhecida como Psicoterapia Ericksoniana ou Hipnose Naturalista 
Fruto do trabalho do médico e psiquiatra americano Milton Hyland Erickson, 
(1901-1980). Dentre as inúmeras contribuições para o campo da Psicologia 
deixadas por ele, pode-se citar o conceito de utilização da realidade individual do 
paciente, levando sempre em consideração o indivíduo que está passando pelo 
processo terapêutico e sua realidade pessoal. Erickson trabalhava em cima do 
sintoma do paciente, entrando, através de uma hipnose naturalista, na forma em 
que a pessoa causava o problema a si mesmo. 
Outros Grandes autores do século XX que cunharam a Hipnose
- Ivan Pavlov (1849-1936) - Transe ⇒ “sono

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