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Ética no Serviço Público Ponto Aula 01de06

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D ~ ... 
1
A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Aula 01 
Olá, Futuro Servidor Concursado do TJDFT! 
É com grande satisfação que o recebo para percorrermos juntos os tópicos do 
nosso Curso sobre Ética no Serviço Público para TJDFT - Todos os 
cargos. 
Quaisquer dúvidas sobre a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações 
e comentários não ficaram muito claros para você, não deixe de entrar no 
Fórum deste curso e inserir seu questionamento. Este é o local correto para os 
esclarecimentos de dúvidas e questões das matérias abordadas. 
Vamos estudar nesta aula a parte teórica do Decreto nº 1.171/1994 - Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
Bom curso para todos nós ! ! ! 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
SUMÁRIO 
Prof. Henrique Campolina 
Agosto/2015 
Decreto nº l .171/1994 .............................................................................. 2 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal (Anexo Ido Decreto nº l.171/1994) ................................................ 5 
Decreto Federal nº 6.026/2007 ................................................................ 22 
Bibliografia ............................................................................................ 29 
1 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
 | 
 
2 
 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
Decreto nº 1.171/1994 
 
O Decreto Federal nº 1.171, de 22 de junho de 1994, que “aprova o Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal”1, é 
revestido das seguintes legalidades: 
 
- Art. 84 da CF/1988 – Competência Legislativa do Presidente da República: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
[...] 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
[...] 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
 
- Motivações/”Provocações” legais para edição da norma: 
 Art. 37 da CF/1988 (A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e ...); 
 Artigo 116 da Lei 8.112/90: Deveres dos Servidores Públicos Civis da 
União; 
 Artigo 117 da Lei 8.112/90: Proibições aos Servidores Púb. Civis da União; 
 Artigo 10 da Lei 8.429/92: Dos Atos de Improbidade Administrativa que 
Causam Prejuízo ao Erário; 
 Artigo 11 da Lei 8.429/92: Dos Atos de Improbidade Administrativa que 
Atentam Contra os Princípios da Administração Pública; 
 Artigo 12 da Lei 8.429/92: Das Penas 
 
Os artigos do Decreto 1.171/1994 estão relacionados à técnica legislativa para 
trazer, em seu Anexo I, o mencionado Código de Ética. 
 
1 Ementa do Decreto nº 1.171/1994 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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Confiram: 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. 
 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal 
direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências 
necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a 
Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego 
permanente. 
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será 
comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da 
República, com a indicação dos respectivos membros titulares e 
suplentes. 
 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
 
O que devemos memorizar nestes dispositivos, é a destinação do Código de 
Ética: os órgãos e entidades da Administração Pública Federal. 
 
Assim como o Regime Jurídico Único contido na Lei nº 8.112/1990, o Código de 
Ética promulgado com o Decreto 1.171/1994 destina-se aos Servidores Públicos 
Civis do Poder Executivo Federal. 
 
E percebam, ainda, que o Decreto determina que os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta e indireta: 
 Implementem, em 60 dias, as providências necessárias à plena vigência 
do Código de Ética; 
 Constituem suas respectivas Comissões de Ética, que deverão ser 
integradas por 3 servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou 
emprego permanente. 
 
Antes de iniciarmos nossos estudos sobre ética, é importante trazermos alguns 
conceitos de termos muito ligados e utilizados para tratar deste assunto. 
 
Só para se ter uma ideia, a Seção I do Capítulo I do Código de Ética destina-se 
às “Regras Deontológicas”. 
 
Vamos trazer definições de alguns destes termos, utilizando o Dicionário Online 
Michaelis2. Comecemos, é claro, com: 
 
2 Fonte: www.michaelis.uol.com.br 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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4 
 
Ética: 
1. Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da 
conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 
2. Deontologia. 
 
Mas o que é deontologia, que aparece no verbete de ‘Ética’. Vamos lá: 
Deontologia: 
Parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de moral; 
estudo dos deveres. (“Teoria dos Deveres”) 
 
Deontologia Jurídica3: 
Ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem 
como de seus fundamentos éticos e legais. “Ciência dos Deveres”. 
 
Moral: 
Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos 
deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe. 2. Relativo à 
moralidade, aos bons costumes. 
 
Moral pública: 
Designativo dos preceitos gerais de moral que devem ser observados por todos 
os membros da sociedade. 
 
Ética social: 
Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as 
relações entre os diversos membros da sociedade. 
 
Ética no Trabalho: 
Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma 
profissão. 
 
Podemos concluir, a partir destes conceitos que: 
 
Ética no Serviço Público: 
É a moral e os princípios ideais da conduta humana aplicados no ambiente das 
repartições públicas. 
 
3 Esta definição, ao contrário das demais, foi retirada do sítio do Wikipédia: pt.wikipedia.org 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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5 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO 
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
 
Vocês verão que os regramentos aqui positivados estão relacionados com os 
deveres e proibições referentes às condutas dos servidores públicos civis 
federais, que também são encontrados no Regime Jurídico Único (Lei nº 
8.112/1990). 
 
Das Regras Deontológicas 
 
I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais são primados maiores que devem nortear o 
servidorpúblico, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, 
já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus 
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a 
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. 
 
Novos conceitos na norma, novas definições em nossa aula4: 
 
Dignidade: 
Modo de proceder que infunde respeito; elevação ou grandeza moral; honra; 
respeitabilidade. 
 
Decoro: 
Dignidade moral, honradez, nobreza; respeito de si mesmo e dos outros; 
acatamento, decência; conformidade do estilo com o assunto. 
 
Zelo: 
Desvelo, cuidado, diligência, vigilância. 
 
Voltando ao inciso I, podemos notar que se trata, praticamente, de uma 
premissão geral, uma vez que todo o presente Código de Ética está, de alguma 
forma, embasado e fundamentado nas disposições ali colocadas. 
 
Se resgatarmos as disposições do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos 
Civis da União, Lei nº 8.112/1990, encontramos no primeiro inciso do art. 116, 
que trata dos deveres do servidor: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 
4 Dicionário Online Michaelis 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético 
de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e 
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o 
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o 
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da 
Constituição Federal. 
 
Percebam que os servidores, além de decidir, sob a ótica da ética, entre legal e 
ilegal, justo e injusto, conveniente e inconveniente, oportuno e inoportuno, 
deverão, sempre, direcionar suas decisões em prol da honestidade. 
 
No final do inciso, o Código faz remissão à nossa Magna Carta e, por mais que 
saibamos o conteúdo do famoso caput do art. 37, precisamos aproveitar o 
momento para termos novo contato com o texto legal e refrescarmos a 
memória com os conceitos dos princípios constitucionais ali presentes: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: 
[...] 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo 
da ação penal cabível. 
 
Vamos passar agora à recapitulação dos princípios constituintes do famigerado 
L.I.M.P.E (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência): 
 
 Princípio da Legalidade: Este outro princípio constitucional é uma 
condição fundamental à estrutura do Estado de Direito, isto é, a 
obrigatoriedade que a Administração Pública deve obedecer à Lei: 
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei”5; 
 
 Princípio da Impessoalidade: Este princípio, também constitucional, 
exige que a Administração Pública deva proceder de maneira impessoal, 
sem qualquer marca do administrador, pois seus atos são praticados pela 
Administração a que ele pertence e não por ele próprio. Uma definição 
simples e fácil de memorizar é trazida pela Profa. Cármen Lúcia Antunes 
 
5 Inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de 1988 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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Rocha, confiram: “De um lado, o princípio da impessoalidade traz o 
sentido de ausência do rosto do administrador; de outro, significa a 
ausência de nome do administrado”6; 
 
 Princípio da Moralidade: O princípio da moralidade está relacionado a 
uma administração “honesta”, isto é, um gerenciamento do dinheiro e do 
patrimônio públicos embasado nos valores éticos e morais da sociedade, 
nos bons costumes, na equidade7 e na justiça; 
 
 Princípio da Publicidade: O “P” do “LIMPE” obriga o agente público a 
publicar seus atos, visando o conhecimento e controle por parte da 
sociedade; 
 
 Princípio da eficiência: Este princípio, que foi expressamente inserido 
em nossa Lei Maior8 pela Emenda Constitucional nº 19/1998 (antes desta 
emenda, o famoso “LIMPE” se resumia a “LIMP”), pode ser abordado 
como o principal norteador das condutas dos agentes públicos e vem 
sendo adotado para quebrar antigas e ineficazes rotinas e infrutíferas 
burocracias dos diversos órgãos da Administração Pública Brasileira. A 
sociedade exige eficiência da Administração, ou seja, exige que seus atos 
sejam praticados com presteza, rendimento funcional e perfeição. 
 
III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo. 
 
Aqui o Código reveste o Princípio da Moralidade com a finalidade dos atos e da 
conduta dos servidores que compõem a Administração Pública. Quem busca o 
bem comum é a Administração Pública, por intermédio de seus agentes. 
 
Percebam como o inciso forma um tripé, que possui em suas 3 pontas: 
Princípios da Legalidade, da Moralidade e da Finalidade. 
 
 
6 Rocha, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo Horizonte: Lê, 1991, p.85 
7 Equidade: Justiça natural. Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual. Igualdade, 
justiça, retidão. (fonte: Dicionário Online Michaelis UOL) 
8 Lei Maior e Carta Magna são expressões utilizadas que se referem à Constituição Federal 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por 
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa 
se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e 
de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de 
legalidade. 
 
Reforçando o citado tripé, o inciso IV o utiliza para demonstrar aos servidores 
públicos o dever que possuem na correta aplicação do orçamento público, por 
meio de condutas morais, éticas, legais e honestas. 
 
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
 
Costumo dizer que este inciso tem mais caráter motivacional do que 
regulamentador. Mas, é claro, que deve ser observado pelos servidores 
públicos. 
 
VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua 
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
 
Aqui o Código extrapola os limites físicos das repartições públicos e busca 
mostrar aos servidores que, por mais que esteja vivendo em sua esfera 
privada, sua conduta poderá influenciar e interferir,positiva ou negativamente, 
seu conceito na esfera funcional. 
 
VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais 
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos 
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui 
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a 
negar. 
 
O inciso VII reforça a total abrangência do princípio constitucional da 
publicidade, ressalvando, é claro, os casos onde tal divulgação dos atos da 
administração poderão comprometer interesses estatais maiores (manutenção 
da segurança nacional e eficácia das investigações policiais, dentre outros). 
 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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Sabemos que não há necessidade de nenhuma norma infraconstitucional 
reforçar o que nossa Lei Maior determina, mas neste ponto, o legislador quis 
externar o revestimento de moralidade a tal publicidade, sob pena, na omissão, 
de comprometimento ético dos atos praticados contra o bem comum. 
 
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-
la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode 
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, 
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a 
dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
 
Vejam quantas disposições foram compiladas neste inciso VIII: 
 Direito à verdade assegurado a todos; 
 Condutas proibidas ao servidor, relacionadas ao direito à verdade: 
 Omitir a verdade, 
 Falsear a verdade; 
 Orientação visando banir os hábitos nocivos: 
 Do erro, 
 Da opressão e 
 Da mentira. 
 
Percebam, ainda, a importante do direito à verdade, que não pode ser 
contrariado nem em favor de interesses da própria Administração Pública. É 
claro, como não poderia deixar de ser, este dispositivo não é absoluto. Afinal, 
acabamos de estudar casos onde deve haver um sigilo em prol de direitos 
superiores, como, por exemplo, a segurança nacional. 
 
Resgatando disposições da Lei 8.112/1990, também encontramos correlação 
com este inciso: 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
[...] 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
 
Por fim, o inciso faz menção à dignidade humana. 
 
Vamos, então, relembrar a posição em nosso ordenamento jurídico deste 
importante elemento: 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Dignidade humana: Um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito 
Brasileiro, conforme art. 1 o de nossa CF/ 1988. Relembrem todo disposit ivo 
constitucional: 
Art. 1 ° A República Federativa do Brasil, formada pela un,ao 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Const ituição. (grifos 
meus) 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao 
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal 
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa 
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer 
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por 
descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao 
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens 
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los. 
Podemos dizer que o inciso I X guarda correlação com o art. 116 VII da Lei 
8.112/ 1990, confi ra m comigo : 
Art. 116. São deveres do servidor: 
[ ... ] 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
E, por fim, gostaria que todos guardassem este "recado" trazido pelo inciso I X: 
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou 
indiretamente significa causar-lhe dano moral. 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução 
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a 
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética 
ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos 
usuários dos serviços públicos. 
Novamente o Código "lembra" aos servidores a necessidade de atendimento 
com presteza, devendo as decisões, soluções e providências, constantes em 
suas competências, serem tomadas o mais célere possível. 
O Código caracteriza outra situação de dano moral. Memorizem: 
Atrasos na prestação dos serviços públicos, em qualquer 
espécie (incluindo formação de longas filas), além de 
caracterizarem atitudes contra a ética ou atos de 
desumanidade, caracterizam grave dano mora l a seus 
usuários. 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de 
seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, 
assim, e vitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e 
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função 
pública. 
Olha o Código praticamente trazendo releitura de outro disposit ivo da Lei 
8.112/1990! Agora estamos fa lando, propriamente dito, do inciso IV, mas 
podemos, também, correlacionarmos com o II e III. Vejam: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
[ ... ] 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
Aqui, o Código caracteriza um dos tipos de cu lpa : a imprudência . 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Confiram : 
IMPRUDÊNCIA NO DESEMPENHO DA FUNÇÃO 
PÚBLICA 
Repetidos erros, descaso e acúmulo de desvios podem 
caracterizar, até mesmo, imprudência no desempenho da 
função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho 
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre 
conduz à desordem nas relações humanas. 
Ao estudarmos o citado Regime Jurídico Único, encontraremos nos artigos 116 e 
117: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
[ ... ] 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
Além destes dever e proibição, o Código lembra o fator de desmoralização da 
imagem da Administração Pública, tão desgastada ao longo da história 
brasileira, decorrente, muitas vezes, de condutas aqui recriminadas (lembram a 
figura da "cadeira do servidor públ ico com um paletó"? E cadê o funcionário?). 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura 
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, 
colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade 
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o 
engrandecimento da Nação. 
O Código finaliza a seção "Das Regras Deontológicas" com um dispositivopositivo, isto é, ao invés de dizer o que é vedado ou não recomendável, o inciso 
XIII descreve a postura que o servidor público deve adotar no cotid iano de suas 
funções. 
1., 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
Para tornar nossa aula mais dinâmica, evitando longas e extensas transcrições 
de textos legais, vamos transcrever, num quadro-resumo, as alíneas deste 
inciso XIV, que trazem os deveres fundamentais do servidor público, de forma 
didática, visando facil itar a memorização de todos vocês. 
Em seguida, traremos as observações e comentários que julgamos pertinentes 
a este dispositivo do Código de Ética: 
PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO 
)- Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego 
público de que seja titular; 
)- Exercer suas atribuições com: 
./ Rapidez, 
./ Perfeição e 
./ Rendimento; 
)- Buscar resolver, prioritariamente, situações procrastinatórias9 , 
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso; 
)- Buscar evitar dano moral ao usuário; 
)- Ser probo10, reto11 , leal e justo, demonstrando a integridade de seu caráter; 
)- Escolhendo, sempre, a melhor e a mais vantajosa opção p/ bem comum; 
)- Não retardar qualquer prestação de contas ( condição essencial da gestão 
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo) ; 
)- Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços; 
)- Aperfeiçoar, sempre que possível, a comunicação e contato com o público; 
)- Saber que seu trabalho é regido por princípios éticos, que se materializam 
na adequada prestação dos serviços públicos; 
)- Ser cortês; 
)- Ter urbanidade12; 
)- Ter disponibilidade; 
9 Procrastinação: Ato ou efeito de procrast inar; adiamento, delonga, demora. 
10 Probo: De caráter íntegro; honesto, j usto, reto. Antônimo : ímprobo, desonesto. 
11 Reto: Íntegro, imparcial, equânime (Homem reto); de acordo com a j ustiça. 
12 Urbanidade: Qualidade do que é urbano; delicadeza, cortesia; civil idade, polidez. Antônimo: grosseria. 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO 
»- Ter atenção; 
»- Respeitar a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do 
serviço público; 
»- Evitar qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, 
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social 
( evitando, dessa forma, causar-lhes dano moral); 
»- Ter respeito à hierarquia; 
»- Representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em 
que se funda o Poder Estatal, sem qualquer temor; 
»- Resistir a pressões de: 
./ Superiores hierárquicos, 
./ Contratantes, 
./ Interessados e 
./ Outras pessoas que visem obter quaisquer favores, benesses13 ou 
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou 
aéticas e denunciá-las; 
»- Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da 
defesa da vida e da segurança coletiva; 
»- Ser assíduo ao serviço; 
»- Ser frequente ao serviço; 
»- Ter consciência que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, 
refletindo negativamente em todo o sistema; 
»- Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato 
contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
»- Manter limpo o local de trabalho; 
»- Manter em perfeita ordem o local de trabalho; 
»- Seguir métodos adequados de organização e distribuição do local de 
trabalho; 
»- Participar dos movimentos e estudos que se re lacionem com a melhoria do 
exercício de suas funções, tendo por escopo a rea lização do bem comum; 
»- Apresentar-se ao traba lho com vestimentas adequadas ao exercício da 
função; 
»- Manter-se atua lizado com instruções, normas de serviço e legislação 
pertinente ao órgão onde exerce suas funções; 
»- Cumprir suas tarefas conforme normas de serviço e instruções superiores, 
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem; 
13 Benesse: Lucro que não depende de traba lho. 
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PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO 
»- Facilitar a fisca lização de todos os atos ou serviços por quem de direito; 
»- Exercer suas atribuições e/estrita moderação as prerrogativas funcionais; 
»- Exercer suas atribuições conforme os legítimos interesses dos usuários do 
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; 
»- Abster-se de exercer suas funções e autoridade com finalidade estranha ao 
interesse público; 
»- Não cometer qualquer violação expressa à lei; 
»- Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência 
deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
Percebam que a grande maioria dos deveres, como não poderia deixar de ser, 
encontra correlação com os regulamentados no artigo 116 da Lei nº 
8.112/1990. 
Precisamos que todos vocês memorizem tanto os deveres constantes neste 
Código de Ética, quanto naquele Regime Jurídico Único, motivo de mais uma 
transcrição literal e integral do texto legal. 
Quero muito que todos vocês estejam afiados quanto aos deveres e proibições 
dos servidores públicos civis da União ( daqui a pouco traremos o art. 117): 
Título IV - Do Regime Disciplinar 
Capítulo I - Dos Deveres 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I. exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II. ser leal às instituições a que servir; 
III. observar as normas legais e regulamentares; 
IV. cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
V. atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI. levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao 
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita 
de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade 
competente para apuração; 
VII. zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio 
público; 
VIII. guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
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A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT-TEORIA E EXERCÍCIOS 
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IX. manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X. ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI. tratar com urbanidade as pessoas; 
XII. representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior 
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
Também quanto às vedações, usaremos a mesma fórmula do inciso anterior: 
PRINCIPAIS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO 
)- Usar o cargo ou função, para obter favorecimento, para si ou para outrem; 
)- Ainda visando tal favorecimento, utilizar-se de faci lidades, amizades, 
tempo, posição e influências; 
)- Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de 
cidadãos que deles dependam; 
)- Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou 
infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
)- Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
)- Deixar de uti lizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance para 
atendimento do seu mister14; 
)- Deixar de util izar seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
)- Permitir que um dos sentimentos ou causas abaixo listados interfiram no 
trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores : 
./ Perseguições, 
./ Simpatias, 
./ Antipatias, 
./ Caprichos, 
./ Paixões ou 
./ I nteresses de ordem pessoa l, dentre outros; 
14 Mister : Emprego, ocupação; serviço, t rabalho 
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PRINCIPAIS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO 
»- Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda 
financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de 
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o 
mesmo fim; 
»- Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para 
providências; 
»- I ludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em 
serviços públicos; 
»- Desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
»- Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer 
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
»- Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu 
serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
»- Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
»- Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a 
honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
»- Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
Alguns pontos merecem destaque nestas proibições: 
»- Não é por estar fora do serviço que o servidor público está totalmente 
desvinculado ao seu Código de Ética. Comprovem isto na releitura da 
proibição contida na alínea 'n' do inciso XV: 
n) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
»- Em outras oportunidades, na tipificação das proibições, o Código faz 
questão de delimitar e separar, objetivamente, as esferas funcional e 
privada . Isto ocorre, quando a finalidade dos atos visa algum ganho 
particular do servidor ou de outrem . Confiram alguns exemplos desta 
intenção do legislador : 
a) o uso do cargo ou funçã o, facilidades, amizades, tempo, posição e 
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para 
outrem; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, 
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores; 
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g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de 
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer 
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar 
outro servidor para o mesmo fim; 
j) Desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
m) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno 
de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou 
de terceiros; 
 
 
Conforme disse, favor percorrerem, atentamente, os incisos do art. 117 da Lei 
8.112/1990 (Proibições), para novo contato com a norma, para constatação da 
correlação entre o Regime Jurídico Único e o presente Código de Ética e para 
memorização do texto legal: 
 
Título IV - Do Regime Disciplinar 
Capítulo II - Das Proibições 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II. retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III. recusar fé a documentos públicos; 
IV. opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço; 
V. promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; 
VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil; 
IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, 
em detrimento da dignidade da função pública; 
X. participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, 
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários 
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge 
ou companheiro; 
XII. receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas; 
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XV. proceder de forma desidiosa; 
XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII. cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que 
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII. exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
XIX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. 
 
 
 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA15 
 
XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder 
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de 
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no 
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-
lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento 
susceptível de censura. 
 
Vejam que este exigência normativa é destinada a órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal: 
 Direta, 
 Indireta autárquica e fundacional ou 
 Qualquer que exerça atribuições delegadas pelo poder público; 
 
Estes entes estatais deverão criar suas Comissões de Ética. 
 
XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos 
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os 
registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e 
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos 
próprios da carreira do servidor público. 
 
As Comissões de Ética terão, entre outras, as seguintes atribuições, já somadas 
com as disposições do inciso XVIII ao XVI, encontramos: 
 Orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento 
com as pessoas e com o patrimônio público, 
 
15 Os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XV encontram-se revogados pelo Decreto nº 6.029/2007 
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20 Conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de 
censura. 
 Fornecer aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira 
dos servidores os registros sobre sua conduta ética. 
 
Ao analisarmos o Decreto nº 6.029/2007, que “institui Sistema de Gestão da 
Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências”16, traremos outras 
disposições acerca destas Comissões de Ética. 
 
Este Decreto revogou os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV deste Código 
de Ética e estabeleceu a forma de composição e as atribuições das Comissões 
de Ética. 
 
 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é 
a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, 
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
 
Censura: 
“Censura é o uso pelo estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e 
impedir a liberdade de expressão. A censura criminaliza certas ações de 
comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido 
moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, 
opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte.”17 
 
 
XXIV – Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se 
por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de 
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, 
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder 
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
 
Por fim, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal traz a definição de servidor público. 
 
16 Ementa do Decreto Federal nº 6.029/2007 
17 Fonte: sítio do Wikipédia: pt.wikipedia.org 
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Memorizem a extensão desta definição : 
SERVIDOR PÚBLICO PARA O CÓDIGO DE ÉTICA 
Todo aquele que, por força de lei, contrato ou de 
qua lquer ato jurídico, preste serviços de natureza 
permanente, temporária ou excepciona l, ainda que sem 
retribuição financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qua lquer órgão do poder estatal, como 
as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista, ou em qua lquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
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DECRETO Nº 6.029/2007 
Vamos trazer todo o texto lega l do Decreto, numa rápida releitura didática, com 
atenção especia l para os disposit ivos que tratam das Comissões de Ética 
tratadas no Decreto nº 1.171/ 1994: 
Comecemos com o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal que 
foi instituído por esta norma: 
SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
Instituição 
Finalidade 
Decreto nº 6.029/2007 
Promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no 
âmbito do Executivo Federal 
)"' Integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a 
ética públ ica; 
)"' Contribuir para a implementação de políticas públicas 
tendo a transparência e o acesso à informação como 
instrumentos fundamenta is para o exercício de gestão da 
ética públ ica; 
Competências )"' Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a 
compatibilização e interação de normas, procedimentos 
Composição 
técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
)"' Articular ações com vistas a estabelecer e efetivar 
procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho 
institucional na gestão da ética pública do Estado 
brasi leiro. 
)"' Comissão de Ética Pública - CEP (Decreto 26/05/99), 
)"' Comissões de Ética (Decreto nº 1.171/1994) e 
)"' Demais Comissões de Ética e equiva lentes nas entidades e 
órgãos do Poder Executivo Federal. 
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Instituição 
Vínculo 
Competências 
Composição 
Mandato dos 
componentes 
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COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA - CEP 
Decreto de 26 de maio de 1999 
Vinculada ao Presidente da Repúbl ica, 
);> Proceder à revisão das normas que dispõem sobre conduta ética 
na Administração Pública Federal; 
);> Elaborar e propor a institu ição do Código de Conduta das 
Autoridades, no âmbito do Poder Executivo Federal; 
);> Atuar como instância consultiva do Presidente da República (PR) 
e Ministros de Estado em matéria de ética pública; 
);> Administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal, devendo: 
./ Submet er ao PR medidas para seu aprimoramento; 
./ Dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, 
deliberando sobre casos omissos; 
./ Apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em 
desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas 
pelas autoridades a ele submetidas; 
);> Dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de 
Ética ( Decreto no 1.171/ 1994); 
);> Coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética 
Pública do Poder Executivo Federal; 
);> Aprovar o seu regimento interno; 
);> Escolher o seu Presidente. 
);> 7 brasileiros ( que preencham os requisitos de idoneidade 
moral, reputação ilibada e notória experiência em 
administração pública ), sem remuneração; 
);> Designados pelo PR; 
);> Trabalhos desenvolvidos: prestação de relevante serviço 
público; 
);> Presidente: voto de qualidade nas deliberações da 
Comissão; 
);> Secretaria-Executiva : vincu lada à Casa Civi l da PR, à qual 
competirá prestar o apoio técnico-administrativo aos 
traba lhos da Comissão . 
);> 3 anos não coincidentes, permitida uma única recondução. 
.,, 
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Vamos, agora, trazer os dispositivos deste Decreto que versam sobre as 
Comissões de Ética tratadas no Decreto nº 1.171/1994: 
Instituição 
Competências 
Composição 
Mandatos dos 
Componentes 
COMISSÃO DE ÉTICA 
Decreto nº 1.171/ 1994 
)"' Atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no 
âmbito de seu respectivo órgão ou entidade; 
)"' Aplicar o Código de Ética (Decreto 1.171/1994), devendo: 
./ Submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu 
aperfeiçoamento; 
./ Dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e 
deliberar sobre casos omissos; 
./ Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em 
desacordo com as normas éticas pertinentes; e 
./ Recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou 
entidade a que estiver v inculada, o desenvolvimento de ações 
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre 
as normas de ética e disciplina; 
)"' Representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do 
Poder Executivo Federal (art. 9º); 
)"' Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam 
configurar descumprimento de suas normas. 
)"' 3 membros titulares e 
)"' 3 suplentes 
)"' Escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro 
permanente; 
)"' Trabalhos desenvolvidos: prestação de relevante serviço público 
e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos 
seus membros; 
)"' Designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade/órgão. 
)"' Secretaria-Executiva: 
./ Vinculada adm. à instância máxima daentidade ou órgão, 
./ Para cumprir plano de trabalho por ela aprovado, 
./ Para prover apoio técnico e material necessário ao 
cumprimento das respectivas atribuições . 
./ Chefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente 
da entidade/órgão, ocupante de cargo de direção compatível 
com sua estrutura, a locado sem aumento de despesas. 
)"' 3 anos não coincidentes 
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É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, direta 
e indireta: 
./ Assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética 
cumpram suas funções; 
./ Conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme processo 
coordenado pela Comissão de Ética Pública. 
Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo 
Federal, abrangendo a administração direta e indireta: 
./ Observar e fazer observar as normas de ética e disciplina; 
./ Constituir Comissão de Ética; 
./ Garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a 
Comissão cumpra com suas atribuições; e 
./ Atender com prioridade às sol icitações da CEP. 
REDE DE ETICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
Integrada pelos representantes das Comissões de Ética 
(art. 2º), objetivando a promoção da cooperação técnica 
e da aval iação em gestão da ética. 
Reuniões:Sob coordenação da CEP, pelo menos 1 vez 
por ano, em fórum específico, para ava liar o 
programa e as ações para a promoção da 
ética na administração pública. 
Os trabalhos das Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com celeridade e 
observância dos princípios da: 
./ Proteção à honra da pessoa investigada; 
./ Proteção à imagem da pessoa investigada; 
./ Proteção à identidade do denunciante (mantida sob reserva, se este assim 
o desejar); 
./ Independência dos seus membros na apuração dos fatos; e 
./ Imparcia lidade dos seus membros na apuração dos fatos. 
., e: 
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Forma 
Causa 
Instauração 
Princípios 
Prerrogativas 
da Comissão 
Investigado 
Tramitação 
Decisão 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
PROVOCAÇÃO DA ATUAÇÃO DAS COMISSÕES 
Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de 
direito privado, associação ou entidade de classe poderá 
provocar a atuação das Comissões de Ética, visando à 
apuração de infração ética imputada a agente público, 
órgão ou setor específico de ente estatal. 
APURAÇÃO DE "ATOS AÉTICOS" 
Processo de apuração 
Prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código de 
Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética 
( Decreto 1.171/94) 
Provocação De ofício 
Denúncia fundamentada 
Instaurador Comissões de Ética (art. 2º) 
Respeitadas as garantias do contraditório e da ampla defesa. 
)- Poderão requisitar documentos que entenderem necessários 
à instrução probatória; 
)- Poderão promover diligências; 
)- Poderão solicitar parecer de especialista. 
)- Deverá ser notificado; 
)- Deverá se manifestar, por escrito, em até 10 dias; 
)- Poderá produzir prova documental necessária à sua defesa; 
)- Deverá ser novamente notificado para se manifestar, caso 
sejam juntados aos autos, após sua manifestação inicial, 
novos elementos de prova. 
)- Processo será mantido como "reservado" até sua conclusão; 
)-Após a deliberação da Comissão de Ética, os autos do 
procedimento deixarão de ser reservados, observados os 
casos de sigi lo legal. 
)- Proferida após concluída a instrução processua l; 
)- Proferida pelas Comissões de Ética; 
)- Deverá ser conclusiva e fundamentada. 
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Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Consequências referentes à conclusão de existência de falta ética previstas: 
»- Código de Conduta da Alta Administração Federal; 
»- Código de Ética (Decreto 1.171/1994). 
Além destas providências, no que couber, as Comissões deverão: 
»- Encaminhar sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à 
autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem; 
»- Encaminhar para a CGU ou unidade específica do Sistema de Correição do 
Poder Executivo Federal (Decreto 5.480/2005), para exame de eventuais 
transgressões disciplinares; e 
»- Recomendar abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da 
conduta assim o exigir. 
Procedimento ditado pelos princípios da ampla defesa e do 
contraditório: A qualquer investigado é assegurado o direito de saber o que 
lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos 
autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha sido 
notificada da existência do procedimento investigatório, incluindo a obtenção de 
cópia dos autos e de certidão do seu teor. 
Ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato 
de trabalho, dos agentes públicos: deverá ser acompanhado da prestação 
de compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas 
pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelo Código 
de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso. 
POSSE EM CARGO/FUNÇÃO QUE SUBMETA A 
AUTORIDADE ÀS NORMAS DO CCAAF18 
Posse deverá ser precedida de consulta da autoridade à 
CEP, acerca de situação que possa suscitar conflito de 
interesses. 
18 CCAAF: Código de Conduta da Alta Administ ração Federal 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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Processo tem que ser decidido: As Comissões de Ética não poderão escusar-
se de proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando omissão dos 
respectivos Códigos. 
Deverá, caso existente tal omissão, supri-la por analogia e invocação aos 
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
Dúvidas das Comissões: poderão ser resolvidas através de consultas a: 
 À área jurídica do próprio órgão ou entidade; 
 À CEP, que deverá respondê-las sobre aspectos éticos. A CEP também 
deverá responder a consultas de cidadãos e servidores que venham a ser 
indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo CCAAF. 
 
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento 
prioritário às solicitações de documentos necessários à instrução dos 
procedimentos de investigação instaurados pelas Comissões de Ética . 
 
Autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de prestar 
informação solicitada pelas Comissões de Ética. 
 
A infração de natureza ética cometida por membro de Comissões de Ética 
(exceto da CEP) será apurada pela Comissão de Ética Pública. 
 
As normas dos Códigos, aqui abordados, aplicam-se, no que couber, às 
autoridades e agentes públicos neles referidos, mesmo quando em gozo de 
licença. 
----------------------- X ----------------------- 
 
Futuro Servidor Concursado do TJDFT 
 
Com esta base teórica, podemos nos aventurar a encarar um “Simulado 
do Código de Ética”, que comporá nossa próxima Aula, que estará 
disponível para todos vocês, juntamente com esta. 
 
Gostaram da surpresa? 
 
Abraços, bons estudos e mãos à obra! 
Prof. Henrique Campolina 
Agosto/2015 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PARA CARGOS DO TJDFT – TEORIA E EXERCÍCIOS 
Aula 01 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo 
Horizonte: Lê, 1991. 
 
Wikipédia – Enciclopédia Livre (www.wikipedia.com.br) 
 
DicionárioOnline Michaelis (www.michaelis.uol.com.br)

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