Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carboidratos Carboidratos ou sacarídeos são componentes essenciais de todos os organismos vivos e são a classe mais abundante de biomoléculas. O nome deriva da composição química, que é literalmente carbono hidratado (C.H2O)n onde n 3. A unidade básica de carboidratos são os monossacarídeos. Muitos desses compostos são sintetizados a partir de substâncias mais simples no processo de gliconeogênese em organismos heterotróficos (organismos que requerem compostos orgânicos como fonte primária de alimento). A vasta maioria é obtida como produto da fotossíntese em organismos autotróficos a partir da fixação de CO2 e H2O. Carboidratos Monossacarídeos são aldoses ou cetoses Monossacarídeos ou açúcares simples são polihidroxiálcoois de cadeia linear derivados de aldeídos ou cetonas com no mínimo 3 carbonos. D-Glicose D-Ribulose Os carboidratos são classificados de acordo com a natureza química de seu grupo carbonila e o número de átomos de C. A D-Glicose, como tem um aldeído como grupo carbonila, é uma ALDOSE. Como contém 6 carbonos, é uma hexose. A D-Ribulose tem uma cetona como grupo carbonila, logo é uma CETOSE. Como contém 5 carbonos, é uma pentose. Monossacarídeos são aldoses ou cetoses Alguns exemplos: Classificação de Carboidratos pelo número de carbonos: 4C – tetroses 5C – pentoses 6C – hexoses 7C – heptoses Estereoquímica de açúcares D-Glicose 4 Estereocentros = 24 estereoisômeros. São TODAS as aldohexoses possíveis. Estereoisômeros e atividade ótica Estereoisômeros (Isômeros que apresentam a mesma sequência de ligações covalentes e diferem na disposição relativa de seus átomos no espaço) Enantiômeros (estereoisômeros que são imagem especular não-sobreponível um do outro) Diastereoisômeros (estereoisômeros que não guardam relação imagem especular um do outro) Revisão de estereoquímica Ácido láctico Não superponívelmão esquerda mão direita espelho Estereoquímica: moléculas quirais e plano de simetria Como estabelecer a ordem de prioridades 1. Considere o número atômico do átomo ligado diretamente ao carbono sp3 . Maior número atômico, maior a prioridade. 2. Se houver ramificações, considere os átomos ligados e veja qual possui maior número atômico. 3. Ligações múltiplas (duplas e triplas) são tratadas como ligações simples: ligação dupla equivale a 2 ligações simples. ligação tripla equivale a 3 ligações simples. 4. O isótopo de maior massa molar tem prioridade. Se o grupo de menor prioridade não estiver ligado por uma ligação hachurada, você pode: 3. Girar a molécula 4. Trocar o grupo de prioridade 4 pelo grupo hachurado. Assim você determinará A CONFIGURAÇÃO DO ESTEREOISÔMERO OPOSTO AO ORIGINAL Desenhe a seta para passar do grupo (1) ao (2) e (3), mesmo que tenha um grupo (4) no caminho. Nunca deve passar por (1), (3) e (2). Exercício para sala de aula Exercício para sala de aula Desenhe a seta para passar do grupo (1) ao (2) e (3), mesmo que tenha um grupo (4) no caminho. Nunca deve passar por (1), (3) e (2). Configuração S Fischer com mais de um centro assimétrico 1. A molécula 3-Bromo-2-Butanol possui 2 carbonos assimétricos Configuração absoluta do Carbono 2 Configuração absoluta do Carbono 3 OH H CH3 CH3 H Br OH H CH3 CH3 Br H Alternada Eclipsada Rotação H OH Br H S R CH 3 CH 3 2. Pode-se determinar a configuração absoluta na representação em perspectiva 3. Rotaciona-se um dos Carbonos para uma configuração eclipsada. Enantiômeros e diastereoisômeros Isômeros com mais de um carbono assimétrico - Diastereoisômeros O número de possíveis estereoisômeros será de 2n, onde n é o número de carbonos assimétricos. Diastereoisômeros são estereoisômeros cujas moléculas não são imagens especulares umas das outras Ácido 2,3- dihidroxibutanóico Enantiômeros e diastereoisômeros H OH Br H S R CH 3 CH 3 H OH Br H S R CH 3 CH 3 H OH Br H S CH 3 CH 3 S H OH Br H R CH 3 CH 3 R E E D D D Enantiômeros e diastereoisômeros Enantiômeros e diastereoisômeros de 3-bromo-2-butanol na representação de Fischer Antes de 1951, apenas as configurações relativas podiam ser conhecidas. Açúcares e aminoácidos com a mesma configuração relativa do (+)-gliceraldeído foram assinaladas como D e com a mesma do (-)-gliceraldeído foram assinaladas como L. Convenção de Fischer - Rosanoff A estrutura e relação estereoquímica de D-aldoses com três a seis átomos de carbono Estereoisômeros: 24 = 16 Fischer D-aldoses D-cetoses D-cetoses de 3 a 6 C A posição do grupo Carbonila origina Cetoses com um centro assimétrico a menos que as aldoses. A fórmula de centros assimétricos é 2n-1 As cetoses de 4-C e 5-C são designadas pela inserção de “ul” no nome da aldose correspondente, p.e., D ribulose é a cetopentose correspondente a D-ribose. O mais simples dos carbohidratos são o gliceraldeído (quiral) e a dihidróxiacetona (aquiral). O gliceraldeído apresenta dois enantiômeros. Monossacarídeos e atividade óptica No início do século 20, foi dada ao (+)-gliceraldeído a estereoquímica (D) e ao (-)-gliceraldeído foi dada a estereoquímica (L). Um monossacarídeo cujo centro estereogênico mais distante do grupo carbonila tem a mesma configuração que (D)-gliceraldeído é um açúcar D. Um monossacarídeo cujo centro estereogênico mais distante do grupo carbonila tem a mesma configuração que (L)-gliceraldeído é um açúcar L. D = R L = S Monossacarídeos e atividade óptica Formação de cetais e acetais De forma geral, álcoois reagem com grupos carbonilas de aldeídos e cetonas para formar hemiacetais e hemicetais, respectivamente. Reações e conformação de carboidratos Um anel de seis membros é designado uma piranose. M u ta rr o ta çã o ! 1 /3 , 2 /3 Um anel de cinco membros é designado uma furanose. M u ta rr o ta çã o O carbono anomérico é o centro quiral formado após a ciclicização da estrutura. É originalmente o carbon carbonílico. Os hemiacetais da glicose diferem apenas na configuração de C1(carbono anonomérico), sendo chamados de são chamados anômeros. O carbono anomérico -anômero ► C1-OH trans ao grupo -CH2OH. β-anômero ► C1-OH cis ao grupo -CH2OH. Glicosídeos são acetais no carbono anomérico de carboidratos. Quando a glicose reage com álcoois em presença de catalisadores ácidos, um glicosídeo é obtido, nesse caso, o metil glicosídeo. Formação de glicosídeos Glicosídeos podem ser hidrolisados em solução aquosa ácida. O álcool obtido após a hidrólise do glicosídeo é chamado aglicona. A formação de glicosídeos é reversível em soluções aquosas levemente ácidas, o que resulta em uma mistura em torno do carbono anomérico. Formação e hidrólise de glicosídeos Identificação de saponina por MS -ribose -ribose-hexose -ribose – hexose – ac. glicurônico Fragmentação de ligações glicosídicas por ativação de íons em câmara de dissociação induzida por colisão por meio de espectrometria de massa Massa equivalente a porção aglicona da saponina. A exemplo dos aldeídos, aldoses e cetoses dão teste positivo com reagente de Fehling ou Benedict [Cu2O – óxido de cobre] ou de Tollens [Ag(NH3)2 - diaminoprata]. Em solução aquosa, estão em equilíbrio com as correspondentes formas acíclicas aldeídos e α-hidróxicetonas as quais sofrem oxidação. gluconolactona Reagente Benedict (azul) Produto redução (vermelhotijolo) (complexo) Produtos de oxidação aldeídos α-hidróxicetonas ou Oxidação de carboidratos Diabetes! Galactosemia! Frutosemia! Carboidratos com ligação hemiacetal são chamados de açúcares redutores: são capazes de reduzir o reagente de Tollens ou Benedicts. A forma hemiacetal está em equilíbrio com pequena quantidade da forma aldeído, a qual pode reagir com esses reagentes. Carboidratos com grupos acetais (ligação glicosídica) são chamados açúcares não redutores. Acetais não estão em equilíbrio com aldeídos ou cetonas e não reagem com esses reagentes. Oxidação de carboidratos Monossacarídeos podem ser oxidados enzimaticamente em C-1, para formar ácidos D-glucônico ou em C-6, para dar ácidos urônicos: D-glicurônico e L-idurônico. Oxidação em ambos C-1 e C-6 produz ácidos aldáricos, por exemplo, ácido D-glucárico. Oxidação de carboidratos Aldoses e cetoses podem ser reduzidas sob condições brandas (NaBH4 ou similar) para formar açúcar-álcoois (alditóis). Açúcar-álcoois comuns Redução de monossacarídeos : alditóis Os grupos hidroxílicos de carboidratos podem ser convertidos a éteres por meio da síntese de Williamson [NaOH 30%, (CH3)2SO4 ou Ag2O e CH3I]. Estabiliza os açúcares para espectrometria de massa! Conversão a éteres : síntese de Williamson Algumas hexoses biologicamente importantes Derivados biologicamente importantes Açúcares fosfatados (ésteres) Aminoacúcares ATP Desoxiacúcares Gliconas em glicolipídeos Ácidos siálicos Carga negativa! Polissacarídeos Ao contrário das proteínas e dos ácidos nucléicos, formam polímeros ramificados e não ramificados, sendo estas últimas as formas predominantes. Em geral são compostos por poucos tipos de monossacarídeos. Os polissacarídeos podem ser classificados em homopolissacarídeos e heteropolissacarídeos. Ambos podem ser lineares ou ramificados. homopolissacarídeos heteropolissacarídeos ramificação Celulose e quitina Peptideoglicana Ligações glicosídicas São os polissacarídeos mais simples (oligossacarídeos), onde a glicose é o monossacarídeo mais presente. Dissacarídeos A lactose e a sacarose são oligossacarídeos que ocorrem naturalmente. Outros dissacarídeos comuns ocorrem como produtos de hidrólise de polissacarídeos maiores. Apenas poucos tri- e outros oligossacarídeos maiores ocorrem na natureza, todos eles em plantas. Sacarose Lactose é um dissacarídeo da D- galactose e D-glicose, ocorre naturalmente apenas no leite, variando de 0 a 7%, dependendo da espécie. A intolerância à lactose é resultado dos baixos níveis de β-D- galactosidase ou lactase (enzima intestinal que hidrolisa a lactose) Sacarose é um dissacarídeo da D-glicose e D-frutose. A ligação entre o carbono anomérico de cada açúcar (C1 na glicose e C2 na frutose) rende um açúcar não redutor. É o açúcar mais abundante, a forma pela qual os carboidratos são transportados nas plantas, muito familiar em nossa mesa. Maltose é um dissacarídeo da D- glicose, onde as duas moléculas de glicose estão unidas por ligação α- glicosídica. Resulta da hidrólise do amido pela enzima diastase. Apresenta um grupo hemiacetal em uma das unidades de glicose, sendo um açúcar redutor, assim como a lactose Celobiose é um dissacarídeo da D-glicose, onde as unidades de glicose são conectadas por ligação β- glicosídica. Resulta da hidrólise parcial da celulose e também é um açúcar redutor. Celobiose Maltose Os polissacarídeos biológicos mais importantes são formados por moléculas de glicose, por isso chamados glicanos. Os três mais importantes glicanos são: amido e glicogênio (reserva energética) e celulose (estrutural). Micrografia eletrônica do amido Micrografia eletrônica do glicogênio Micrografia eletrônica da celulose Polissacarídeos Mistura de glicanos composta por α-amilose (polímero linear) e amilopectina (polímero ramificado) que as plantas sintetizam como seu principal alimento e reserva (estocagem de glicose). É a principal fonte de carboidrato na dieta humana, encontrando-se nos cloroplastos. α-Amilose Amilopectina Amido Amilose – polímero linear de glicose em ligações 14. Amilopectina – contém ramificações 16. As ligações α-glicosídicas fazem com que a amilose adote um arranjo helicoidal muito compacto e irregularmente agregado. AMILOSE: consiste tipicamente de mais de 1000 unidades de D-glicopiranosídeo conectadas por ligações α-glicosídicas entre C1 de uma unidade de glicose e C4 de outra. A amilose possui uma estrutura helicoidal Amilose e amilopectina são os polissacarídeos do amido Acredita-se que o amido seja formado por fitas de amilopectina que formam duplas hélices consigo mesmas ou com amilose. Eletromicrografia de grânulos de amido. Monômeros de glicose são removidos um a um enzimaticamente da face não redutora no momento da mobilização de açúcares. Similar à amilopectina, exceto que o glicogênio tem mais ramificações, que ocorrem a cada 10-12 unidades de glicose, é mais compacto que o amido, sendo a maior forma de estocagem de carboidratos nos animais. Glicogênio O glicogênio é encontrado no músculo esquelético e, especialmente abundante nas células do fígado (hepatócitos) onde existem na forma de grânulos citoplasmáticos (~0,1 μm), que perfazem cerca de 7 a 10% do peso do órgão e também contém enzimas hidrolíticas do glicogênio. É degradado na célula para uso metabólico pela glicogênio- fosforilase. As ramificações são quebradas em α(1→6) pela enzima desramificadora do glicogênio. Micrografias eletrônicas de grânulos de glicogênio nos hepatócitos Glicogênio O tamanho do glicogênio previne sua liberação da célula onde se encontra estocado (hepatócitos). A estocagem de dezenas e centenas de moléculas de glicose em uma única molécula alivia o problema osmótico de estocagem na célula (o que pode ter sido gerado pela tentativa de estocagem de muitas moléculas individuais de glicose). A natureza altamente ramificada do glicogênio permite que enzimas hidrolíticas atuem sobre o final da cadeia, a partir daí moléculas de glicose podem ser hidrolisadas. Glicose é a fonte de energia prontamente disponível para o corpo. Triacilgliceróis de ácidos graxos de cadeia longa são estocados por períodos longos. Vantagens adaptativas do glicogênio ser uma molécula longa Doença de Pompe resulta da deficiência da degradação do glicogênio A enzima alfa-glicosidase é responsável pela degradação do glicogênio vacúolos lisossomais. A deficiência dessa enzima devido a mutação genética causa a doença de Pompe, com acúmulo de glicogênio muscular. Tecido muscular de um paciente com Pompe evidenciando os vacúolos lisossomais contendo glicogênio. Celulose Responsável por mais da metade de carbono da biosfera. O algodão é quase celulose pura (95%) e a madeira tem em média 50% de celulose. Na celulose, cerca de 15 mil resíduos de glicose são conectadas por ligações β(1→4)- glicosídicas. As fibras celulose consistem de ~40 cadeias estendidas e paralelas de glicanos, mantidas por ligações hidrogênio e emparelhadas para formar folhas, estabilizadas por ligações hidrogênio. Modelo de celulose Cada resíduo de glicose está orientado em 180º em relação ao próximo resíduo. As ligações de hidrogênio intramoleculares mantêm a rede mais fixa e com características hidrofóbicas. Isso porque a interação entre monômeros é forte o suficiente para impedir a solvatação. Zonas amorfas e secas podem absorver água e tornar a celulose macia e flexível. As zonas com estruturas cristalinas ordenadas devido as ligações hidrogênio entre as cadeias poliméricas não permitem a penetração daágua. Apesar da natureza higroscópica das moléculas individuais de celulose, a absorção de água só é possível nas zonas amorfas. 180º Celulose A estrutura altamente coesiva confere à celulose estruturas mais rígidas, como fibras. Nas paredes celulares das plantas, as fibras de celulose estão embebidas em uma matriz contendo outros polissacarídeos e lignina, um polímero fenólico. A celulose é o componente estrutural principal das paredes celulares das plantas, as quais suportam diferenças de pressão osmótica de até 20 atm. Em árvores, a parede celular também tem função de sustentação. Principal componente estrutural do exoesqueleto de invertebrados (crustáceos, insetos e aranhas) e está presente também na parede da maioria dos fungos e de muitas algas. É um homopolímero de resíduos de N- acetil-D-glicosamina conectados por ligações β (1→4) que se diferencia da celulose pela substituição de OH em C2 por uma função acetamida. Exoesqueleto do besouro pintado (Pellidnota punetatia) Quitina e os insetos Quitosana A quitosana é obtida pelo tratamento alcalino da quitina, que é um dejeto da indústria de crustáceos. Resulta em um polímero de N-acetilglicosamina parcialmente deacetilado. A deacetilação confere carga positiva e aumenta a solubilidade em meio ácido. A quitosana possui várias propriedades de interesse para a indústria de alimentos e para a saúde humana. Ligação 3,6 A habilidade da agarose formar gel em solução aquosa, torna esse polímero útil para separações cromatográficas (cromatografia por exclusão e eletroforese) e também como suporte para meio de cultura de células para estudo metabólico e fisiológico. Agarose Gel de agarose utilizado para eletroforese de DNA (bandas coradas). D-galactose 3,6 anidro L- galactopiranose Alternado α-(1→3) e β-(1→4) Glicosaminoglicanos Glicosaminoglicanos são parte importante da matriz extracelular, junto a proteínas como colágeno, elastina e fibronectina. A matriz serve como meio difusional para O2 e nutrientes. São famílias de heteropolímeros lineares formados por dissacarídeos. Alta densidade de cargas negativas os obriga a uma conformação linear. Solução viscosa que lubrifica articulações Ligam-se a proteínas extracelulares formando proteoglicanos Ac. glicurônico N.Ac.Glicosamina Peptideoglicanos A parede bacteriana do microorganismo S. aureus é constituída de peptídeos covalentemente ligados a um heteropolímero composto de Ac. N-acetilmurâmico e N- acetilglicosamina. A enzima lisozima hidrolisa a ligação glicosídica β 14 entre os açúcares e leva a morte celular. Ac. Murâmico Glicoproteínas Proteoglicanos são macromoléculas comuns na superfície de células em que uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos está associada a uma proteína de membrana ou uma prot. secretada. A fração de GAG é superior a de proteína (por massa). O resíduo de aa. de serina é um ponto de ancoragem muito comum para GAGs em proteoglicanos. Sindecana é um proteoglicano. É um co-receptor de proteína-G. Glicoproteínas O ácido hialurônico é um importante glicosaminoglicano componente do tecido conjuntivo, líquido sinovial (lubrificante das juntas) e do humor vítreo. As moléculas de ácido hialurônico são formadas por 250 a 25.000 unidades dissacarídicas conectadas por ligações β(1→4) que consistem de ácido glicurônico e N-acetil-D-glicosamina conectadas por uma ligação β (1→3). Soluções de ácido hialurônico (ocupam um espaço ~1000 maior que seco) apresentam viscosidade dependente da compressão, sendo por isso excelentes para absorver impacto e lubrificar. Agregado de proteoglicano da matriz extracelular Glicoproteínas Glicoproteínas são componentes celulares compostos por oligossacarídeos complexos. > 50% do conteúdo total protéico plasmático é composto por glicoproteínas. Os carboidratos podem formar ligações glicosídicas com resíduos de Serina (são os O-oligossacarídos ou ligações N-glicosídicas com resíduos de Asparagina (N- oligossacarídeos). Glicoproteínas 1) Material biológico - Plasma 2) Redução/alquilação de proteínas 3) Tripsinização (digestão protéica) 4) Digestão com PNGase F 5) Purificação dos açúcares por SPE 6) Derivatização com iodometano 7) Purificação 8) MALDI – MS/MS Espectro de massa representando os N-glicanos comumente associados à proteínas. N-acetilglicosamina, manose, galactose, Ác. Siálico, Fucose Glicoproteínas e doenças N-glicanos associados a cancer Espectro de massa representando os N-glicanos comumente associados à proteínas. N-acetilglicosamina, manose, galactose, Ác. Siálico, Fucose Glicoproteínas e doenças Deficiência enzimática leva ao surgimento de duas formas de N-glicanos aberrantes. Enzima MAN1B1, responsável pela clivagem de uma manose ramificada. Alguns lipídeos também contém cadeias de oligossacarídeos ligadas covalentemente. Os gangliosídeos são lipídeos de membranas de eucariotos, onde na cabeça polar, que forma a superfície da membrana, é um oligossacarídeo complexo contendo ácido siálico e outros monossacarídeos. Diagrama esquemático do lipopolissacarídeo da membrana externa de Salmonela typhimurium. Diferentes espécies de bactérias apresentam diferenças sutis na estrutura dos lipolissacarídeos, mantendo em comum a uma região lipídica. Glicolipídeos
Compartilhar