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ANDERSON SEIJI SUZUKI BATISTA ANTONIO AUGUSTO ROMÃO RATERO LUCAS MARTINS SABADINI MATEUS BONI DIAS MATEUS MATIAS CRIADO OTAVIO DA SILVA CAVALCANTE VICTOR LOPES FERREIRA WANDER PEREIRA ASPECTOS JURÍDICOS SOBRE SEGURANÇA NO TRABALHO Trabalho apresentado à disciplina Direito, Ética e Exercício Profissional do Curso de Engenharia de Computação do Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV, ministrado pelo professor Douglas Teodoro Fontes, como obtenção parcial de nota referente ao segundo bimestre. Votuporanga, 16 de maio de 2016. 1. INTRODUÇÃO Em nosso cotidiano praticamente todas as nossas ações são realizadas com o auxílio de algum meio tecnológico, em alguns aspectos trouxe muito progresso, porém em outros houve o surgimento e/ou agravamento de problemas de saúde, tanto nas esferas pessoais quanto profissionais. O exemplo clássico para ilustrar esse novo cenário na esfera pessoal, é o simples hábito do diálogo entre familiares, amigos ou qualquer pessoa do círculo social, antes ocorria naturalmente, exigindo interação física, estando presente no mesmo local, observando as feições no semblante, criando um vinculo afetivo real. Mas com os modernos meios comunicação essa simples conversa não ultrapassa os limites dos caracteres suportados pelo aplicativo de mensagens, emoções sendo expressadas por representações gráficas (emoticons1), trazendo prejuízos para o convívio em sociedade. Já na esfera profissional, qualquer empresa, seja de grande porte como as globalizadas ou as pequenas de bairro, contém algum tipo de equipamento tecnológico, que exige do funcionário preparo específico para operação, e na maioria dos casos não é oferecido qualquer tipo de treinamento, fazendo que este fique praticando de forma incorreta movimentos que ao longo do tempo vão causar traumas clínicos, ou psicológicos. Veja que tanto na vida pessoal quanto profissional estamos sujeitos aos malefícios do uso inadequado das tecnologias, entretanto não há como inteferir legalmente na vida pessoal do invíduo, forçando-a agir de forma correta quanto ao uso das tecnologias por meio de legislações, pois fere seu direito de individualidade, por exemplo, criar uma lei obrigando as pessoas se conversarem pelo menos duas horas sem o uso de tecnologia. Mas o Direito pode intervir por meio de aspectos jurídicos sobre a segurança do trabalho, para garantir que os indivíduos possam desempenhar suas funções nas suas respectivas empresas sem que haja degradação de sua saúde, através de treinamentos, ginástica elaboral, alongamentos, boas práticas de segurança, dentre outros. 1Imagem que busca reproduzir um estado psicológico, emotivo, por meio de ícones ilustrativos de uma expressão facial 2. SEGURANÇA NO TRABALHO Segundo o dicionário Michaelis2, segurança é um estado que se prove garantia, proteção de algo que lhe tráz prejuízo, risco, perigo, malifício. Para Sell (1994) trabalho pode ser entendio por: Tudo o que a pessoa faz para manter-se e desenvolver-se e para manter e desenvolver a sociedade, dentro de limites estabelecidos por esta sociedade. E, o conceito de condições de trabalho inclui tudo que influencia o próprio trabalho, como ambiente, tarefa, posto, meios de produção, organização do trabalho, as relações entre produção e salário (...). (SELL, 1994. p.56) Dessa forma a segurança no trabalho pode ser compreendida como o conjunto de medidas que buscam minimizar os acidentes de trabalho que podem causar ao trabalhador doenças físicas e mentais, visando garantir a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A segurança no trabalho têm aspectos técnicos e jurídicos. Os aspectos técnicos envolvem a segurança propriamente dita, ou seja, as técnicas para prevenir os acidentes, enquanto que a segurança jurídica implica no cumprimento das normas legais. Para a prevenção dos acientes no trabalho, os próprios empregados constituem uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), atuando no aconselhamento e fiscalização do cumprimento dos procedimentos de segurança de cada setor da empresa, visando evitar os acidentes no exercício do trabalho, que podem provocar lesão corporal ou perturbação funcional, levando ao óbito, perda, redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Caso ocorra algum acidente, é avaliado se o funcionário utilizou o equipamento de segurança adequadamente, se os procedimentos de segurança foram respeitados, as condições do ambiente. Se constatado que nada foi negligenciado pelo trabalhador, é apurado a responsabilidade da empresa, sofrendo todos os termos aplicados em lei. Para se avaliar a gravidade das sequelas no colaborador e calcular sua possível volta às funções dentro da empresa, ou até mesmo o gozo de seus direitos previdenciários: “O magistrado se vale dos documentos médico-legais, que são instrumentos escritos ou simples exposições verbais mediante os quais o médico fornece esclarecimentos à 2 Dicionário da Lingua Porguesa Michaelis Online. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. justiça. Dentre estes cite-se : atestado, laudo, parecer, auto, relatório, etc. e cada um deles possui características diferentes, tanto do ponto de vista médico como jurídico, e serve à finalidade também diversificada” (ALFRADIQUE, 2016. p.1 ) 3. ASPECTOS JURÍDICOS DA SEGURANÇA NO TRABALHO Responsabilidades Gerais na Segurança do Trabalho: Responsabilidade Jurídica Geral: consiste na adequação do comportamento do indivíduo seguindo as normas legais aplicáveis à segurança do trabalho. Exemplo: comunicar um provável desvio de função que possa colocar um trabalhador em risco. Responsabilidade como Profissional: diz respeito ao cumprimento das normas específicas de cada profissão e atividade para qual foi contratado. Exemplo: o Engenhrio Civil deve seguir as normas técnicas e condutas de suas profissião. Responsabilidades no Comando: resulta das relações de chefia, gerência, etc. Exemplo: o Engenheiro chefe irá ser responsabilizado por suas ordens aos subordinados. Responsabilidade Jurídica Geral: O engenheiro pode ser responsabilizado nas seguintes esferas: Civil: indenizações trabalhistas Penal: crimes relacionados ao trabalho Administrativa: multas e interdições O engenheiro pode ser processado em separado ou em conjunto nas três esferas. Responsabilidade como Profissional Pelo simples fato de exercer a atividade de engenharia o profissional estará vinculado às leis e normas de segurança no trabalho. Culpa: Pode ser expressa por ação ou omissão de alguém que não quer o resultado, também consiste na falta de previsão daquilo que é perfeitamente previsível. Subdivide-se em negligência, imprudência ou imperícia. Negligência: caracteriza-se pela falta de aplicação do bom senso comum. Exemplo: limpar uma máquina em pleno funcionamento. Imprudência: consiste em não seguir o que diz a norma de uma profissão. Exemplo: empilhar caixas sem obedecer as recomendações técnicas. Imperícia: falta de uma habilitação para desempenhar um determinada função, sem que haja uma autorização para isto. Exemplo: Engenheiro Civil desenvolver um software. 4. REFERÊNCIAS ALFRADIQUE, Eliane. Aspectos Processuais e Médico Legais do Exame de Corpo de Delito e das Perícias em Geral. Disponível em: <http://www.bu.ufsc.br/aspectos.PDF>.Acesso em mai. 2016. MARTINS, Marcele Salles. Segurança do trabalho: Estudos de casos nas áreas agrícola, ambiental, construção civil, elétrica, saúde / Marcele Salles Martins, Laércio S. Maculan, Adalberto Pandolfo, Renata Reinher, José W. J. Rojas, Luciana M. Pandolfo, Juliana Kurek – Porto Alegre : SGE, 2010. SELL, I. Ergonomia para profissionais da saúde ocupacional. In: VIEIRA, S. I. MEDICINA BÁSICA DO TRABALHO, 1994, Curitiba. Anais... Curitiba: Gênesis, 1994 p. 251-323.
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