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Residuos RCC 23 09 2016 Slides (1)

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CONSTRUÇÃO CIVIL
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Centro Universitário Estácio de Sá - Santa Catarina
Unidade São José
Curso de Engenharia Civil
Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos
Professora: Patrícia Barreto
Acadêmicos:
Franciely Vieira
Jaqueline Silveira
Karolina Anderson
Lucio Flavio Paim Junior
Marcel Dutra
Marcelo Francês
Marina Coutinho
São José, setembro de 2016.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
INTRODUÇÃO
A construção civil é um importante segmento da indústria brasileira, tida com um indicativo de crescimento econômico e social. Contudo, esta também se constitui em uma atividade geradora de impactos ambientais (Pinto, 2005 apud Karpinsk et al, 2009).
Além do intenso consumo de recursos naturais, os grandes empreendimentos de construção acarretam a alteração da paisagem e, como todas as demais atividades da sociedade, geram resíduos.
 
OBJETIVO
.
A pesquisa aponta a quantidade de resíduos gerados e descrevem as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito do canteiro de obras, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
Os RCC representam um grave problema em muitas cidades brasileiras. Por um lado, a disposição irregular destes resíduos pode gerar problemas de ordem estética, ambiental e de saúde pública. Por outro lado, eles representam um problema que sobrecarrega os sistemas de limpeza pública municipais, visto que, no Brasil, os RCC podem representar de 50% a 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos – RSUs (Brasil, 2005b). 
De forma geral, os RCC são vistos como resíduos de baixa periculosidade, sendo o impacto causado, principalmente, pelo grande volume gerado. Contudo, nestes resíduos também são encontrados materiais orgânicos, produtos perigosos e embalagens diversas que podem acumular água e favorecer a proliferação de insetos e de outros vetores de doenças (Karpinsk et al., 2009). 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
Segundo Pucci (2006), historicamente o manejo dos RCC esteve a cargo do poder público, que enfrentava o problema de limpeza e recolhimento dos RCC depositados em locais inapropriados, como áreas públicas, canteiros, ruas, praças e margens de rios.
Em 2002, a Resolução no 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama (Brasil, 2002), alterada pela Resolução no 348 de 2004 (Brasil, 2004), determinou que o gerador seria o responsável pelo gerenciamento desses resíduos. Esta determinação representou um avanço legal e técnico, estabelecendo responsabilidades aos geradores, tais como a segregação dos resíduos em diferentes classes e o seu encaminhamento para reciclagem e disposição final adequada. 
Além disso, a resolução estabeleceu que as áreas destinadas para essas finalidades devem passar pelo processo de licenciamento ambiental e ser fiscalizadas pelos órgãos ambientais competentes.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
Tempos de decomposição de alguns RCC:
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
AÇO
VIDRO
PLÁSTICO
PAPEL
ESPONJA/LUVA BORRACHA
NYLON
MADEIRA
CIGARRO
INDET.
30 anos
5 anos
13 anos
DADOS
Os RCC podem representar mais de 60% dos RSUs (resíduos sólidos urbanos) - em massa (Pinto e González, 2005). A partir da Resolução Conama no 307/2002, o gerador tornou-se responsável pela segregação dos RCC em quatro classes diferentes, devendo encaminhá-los para a reciclagem ou uma disposição final. A resolução também determina a proibição do envio a aterros sanitários e a adoção do princípio da prevenção de resíduos. 
Fonte: Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Industria de Materiais e Equipamentos (2012)
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (Conama no 307/2002, Brasil, 2002, Artigo 2º, inciso I). 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Mais recentemente, a PNRS de 2010 definiu o termo resíduos da construção civil, em seu Artigo 13, como “os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis” (Brasil, 2010a, Artigo 13, inciso I, alínea h).
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DADOS
CONAMA 307/2002
De acordo com o art. 9º: Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas: 
I Caracterização;
II Triagem;
III Acondicionamento;
IV Transporte;
V Destinação;
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CARACTERIZAÇÃO
CLASSE A
CLASSE A
São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados:
 
de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 
de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; 
de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
TIJOLO
BLOCO
TELHA
ARGAMASSA
CERÂMICAS
CLASSE B
CLASSE B
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CARACTERIZAÇÃO
METAL
PAPEL
PLÁSTICO
VIDRO
MADEIRA
CLASSE C
CLASSE C
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CARACTERIZAÇÃO
GESSO
LÃ DE VIDRO
AMIANTO
CLASSE D
CLASSE D
São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde (Brasil, 2002, Artigo 3o ). 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CARACTERIZAÇÃO
TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
De acordo com o artigo 3º da Resolução do Conama 307/2002:
triagem: deverá ser realizada pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade;
acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem;
DESTINAÇÃO RESÍDUOS
TRANSPORTE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Caminhão retirada de entulho licenciado.
DESTINAÇÃO
A Resolução 307/2002 do CONAMA, artigo 4º, enfatiza que os RCD não podem ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei. Para os RCD Classe A, a disposição final adequada é exclusivamente em aterro de inertes, sendo que estes resíduos devem, preferencialmente, ser reciclados (Fonte: Manual sobre os Resíduos Sólidos da Construção Civil – SINDUSCON – CE – Pág. 17).
Segundo a Lei Municipal 6141/12, os resíduos
da construção civil devem ser triados na origem, ou seja, na fonte geradora e devem ser destinados da seguinte forma: 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DESTINAÇÃO RESÍDUOS
Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a aterro da construção civil e/ou para regularização topográfica;
Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a cooperativas de materiais recicláveis;
Deverão ser armazenados, transportados e destinados a aterros industriais; 
Deverão ser armazenados, transportados e destinados a aterros industriais;  
* Todos os locais de destinação final dos resíduos acima elencados devem ser licenciados.
DESTINAÇÃO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CLASSE A
CLASSE B
CLASSE C
CLASSE D
Usina Reciclagem
Aterro de Inertes
Coleta Seletiva
Armazenamento Adequado
Disposição Final
Armazenamento Adequado
Disposição Final
DESTINAÇÃO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Triagem de 
Armazenamento
Reaplicação na Obra
Caçamba Separadora
Empresa Terceirizada
Baias Separadoras de Resíduos.
Duto de Caliça.
DADOS
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Composição média dos materiais de RCC de obras no Brasil em %:
DADOS
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Fonte geradora e componentes do RCC em %:
ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Em sua maior parte, os RCC são materiais semelhantes aos agregados naturais e solos, porém também podem conter tintas, solventes e óleos, caracterizados como substâncias químicas que podem ser tóxicas ao ambiente ou à saúde humana (Brasil, 2005). 
Os RCC estão sujeitos à legislação federal referente aos resíduos sólidos, à legislação específica de âmbito estadual e municipal, bem como às normas técnicas brasileiras.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ÂMBITO NACINAL 
Instrumentos legais, na esfera nacional, relacionados à gestão e ao gerenciamento dos RCC:
Decreto no 7.404/2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, de 02/08/2010, que institui a PNRS, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos sistemas de logística reversa, e dá outras providências. 
Lei Federal no 12.305/2010 - Institui a PNRS, altera a Lei no 9.605 de 12/02/1998; e dá outras providências. 
Lei Federal no 11.445/2007 - Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis no 6.766, de 19/12/1979, no 8.036, de 11/05/1990, no 8.666, de 21/06/1993 e no 8.987, de 13/02/1995; revoga a Lei no 6.528, de 11/05/1978; e dá outras providências. 
Resolução no 348/2004 - Altera a Resolução Conama no 307, de 05/07/2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. 
Resolução no 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC. Lei Federal no 10.257/2001 Estatuto das Cidades: regulamenta os Artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. 
Lei Federal no 9.605/1998 - Lei de Crimes Ambientais: dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. 
Lei Federal no 6.938/1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ÂMBITO ESTADUAL E MUNICIPAL 
ESTADUAL
Em âmbito estadual, Santa Catarina conta com a Lei nº 13.557/2003 que compõe a Política Estadual de Resíduos Sólidos.
MUNICIPAL
Segundo Marques Neto (2009), cerca de 1% dos 5.564 municípios brasileiros estabeleceram seus planos de gerenciamento de RCC. Florianópolis é um dos municípios que apresentam planos integrados de RCC através das seguintes leis:
Lei Complementar no 305/2007 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC no município de Florianópolis e dá outras providências. 
Lei Complementar no 398/2010 - Institui a política municipal de coleta seletiva de resíduos sólidos no município de Florianópolis, cria o conselho gestor e dá outras providências.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307/2002
A Resolução Conama nº 307/2002 é considerada o principal marco regulatório para a gestão dos RCC e dispõe sobre a responsabilidades dos municípios em implementarem seus planos de gerenciamento integrado de RCC, bem com diretrizes, critérios e procedimentos para o manejo adequado destes resíduos.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS
ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) publicou em 2004 uma série de normas relativas aos resíduos sólidos e aos procedimentos para o gerenciamento dos RCC, de acordo com a Resolução Conama no 307 (Brasil, 2002). 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS
ABNT - NORMAS RELACIONADAS A RESÍDUOS
NBR 10.004 - Resíduos sólidos (classificação) 
NBR 15.112 - RCC e resíduos volumosos - áreas de transbordo e triagem (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.113 - RCC e resíduos inertes - aterros (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.114 - RCC - áreas para reciclagem (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC - execução de camada de pavimentação (procedimentos). 
NBR 15.116 - Agregados reciclados de RCC - utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural (requisitos).
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PGRCC – PLANO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
POR QUE FAZER O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos apresenta diretrizes que visam à gestão correta dos resíduos a serem gerados em uma determinada edificação. 
O profissional de construção civil deve se preocupar desde a etapa da concepção do projeto com o gerenciamento de resíduos. A elaboração de um plano sobre aquilo que será feito com o material a ser descartado durante a obra é parte indispensável. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PGRCC – GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
A resolução do CONAMA 307/2002 estabelece os procedimentos necessários para a gestão dos resíduos da construção civil. O órgão define que as empresas do setor não enquadradas na legislação como objeto de licenciamento ambiental apresentem os Planos de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) ao lado do projeto do empreendimento para análise pela autoridade competente do poder público municipal. O gestor da obra deve ficar atento também ao Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, já que o PGRS deve estar em conformidade com ele. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PGRCC – GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Um dos objetivos mencionados na lei emanada pelo CONAMA é reduzir os impactos ambientais gerados pelos materiais descartados pelos profissionais da construção civil. Por isso, a preocupação com todos os envolvidos nesse processo, com destaque para a própria empresa de construção civil, chamada pela legislação de geradora, que se responsabiliza desde o início por dar fim adequado aos resíduos resultantes da sua atividade econômica. O artigo 4º define que os geradores deverão ter como objetivo primordial a não geração de resíduos. Caso isso não seja possível, deverão reduzir, reutilizar, reciclar, além de tratar os resíduos sólidos, conferindo disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PGRCC – GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Na resolução, o legislador explicou o significado das palavras ou expressões. Por resíduos da construção civil, por exemplo, devemos entender aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras, além dos resultantes da preparação e escavação de terrenos como tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados,
forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc, comumente chamados de entulho de obra, caliça ou metralha. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LOGÍSTICA REVERSA
Ainda que não mencione logística reversa, cujo conceito se popularizou alguns anos depois, a resolução do CONAMA trabalha com suas principais características. Por meio da logística reversa, as empresas reaproveitam os materiais que apresentam potencial econômico depois de os submeterem a algum dos três processos a seguir: reciclagem, reutilização e beneficiamento. Na reciclagem, o resíduo é reaproveitado depois de transformado. Na reutilização, o resíduo é reaplicado ou utilizado novamente sem sofrer nenhuma transformação. No beneficiamento, o resíduo é submetido a processos para criar condições que permitam sua utilização como matéria-prima ou produto. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LOGÍSTICA REVERSA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LOGÍSTICA REVERSA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LOGÍSTICA REVERSA
 O conceito só foi introduzido no ordenamento jurídico com todas as letras em agosto de 2010 com a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelecida pela Lei 12.305. O artigo 3º, inciso XII, define o conceito como instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. 
Na construção civil, a vantagem competitiva de dominar esse processo está na economia de material. A WTorre é uma das referências do setor por ter experiência na reutilização dos materiais que sobram nas obras. A construtora usou o entulho da construção do WTorre Shopping Iguatemi e dos escombros recolhidos na demolição da Cracolândia, região paulistana em que usuários de crack se concentram, para a recuperação do Parque do Povo, área pública de lazer localizada em São Paulo.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LOGÍSTICA REVERSA
A utilização de menos recursos não ocorre apenas por conta do reaproveitamento. Empresas como WTorre, Odebrecht e OAS que fazem gerenciamento de resíduos minuciosamente identificam com facilidade as fontes de desperdício nas obras. Como esse material é separado conforme a legislação (resolução CONAMA 307/2002), seus profissionais têm conhecimento daquilo que foi gasto de forma improdutiva e agem para que o erro não se repita no próximo projeto. A logística reversa, além de possibilitar ganho econômico por causa do reaproveitamento, produz inteligência corporativa e faz as empresas identificarem rapidamente possíveis desperdícios em gasto de matéria-prima. 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reciclagem de resíduos na construção civil deve ser prioridade no Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS), conforme resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307 de 2002, como forma de reduzir os impactos ambientais gerados pelos materiais descartados.
Ainda que o texto legal estabeleça a transformação dos resíduos a fim de que possam ser reutilizados, muitos gestores do setor não veem vantagem financeira nessa operação. O resíduo da construção civil tem valor agregado muito baixo porque substitui brita e areia que são produtos de custo relativamente baixo. Situação bem diferente do alumínio cujo exemplo de sucesso da reciclagem de latinhas vem rapidamente à cabeça.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
REFERÊNCIAS
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
http://constructapp.io/pt/por-que-fazer-gerencamento-de-residuos-naconstrucao-civil (acesso em 23/09/2016)_
http://constructapp.io/pt/as-vantagens-da-reciclagem-de-residuos-da-construcao-civil (acesso em 23/09/2016)
Lei nº 13.557/2003
Lei Complementar no 305/2007 
Lei Complementar no 398/2010
NBR 10.004 - Resíduos sólidos (classificação) 
NBR 15.112 - RCC e resíduos volumosos - áreas de transbordo e triagem (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.113 - RCC e resíduos inertes - aterros (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.114 - RCC - áreas para reciclagem (diretrizes para projetos, implantação e operação). 
NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC - execução de camada de pavimentação (procedimentos). 
NBR 15.116 -Agregados reciclados de RCC - utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural (requisitos).
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