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Wertheimer, M. (1976). Pequena história da psicologia

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Instituto São Boaventura – ISB
Bacharelado em Filosofia – Introdução à Psicologia
Ricardo Rodrigues Lima
As Linhas de desenvolvimento a partir da filosofia
O texto explora sobre três tendências que tiveram influência sobre a psicologia: o empirismo crítico, o associacionismo e o materialismo científico.
Segundo o texto, os empiristas críticos “tinham curiosidade em saber de que era feito o mundo e como é possível a um simples ser humano obter conhecimento a respeito disso”. Com isso, os empiristas se indagavam referente ao conhecimento que o homem tinha, se ele já nascia com ou se adquiria através da experiência. 
Para Descartes, o já nascia com algumas ideias, tanto é que tentou provar que ideias concernentes à matemática e religião são inatas no homem. Seguindo a esta mesma linha de pensamento, Leibnitz sustenta a ideia de que o “mundo é constituído de mônadas independentes” e que a mônada da mente é ativa e todo conhecimento é inato. Em contradição, Locke diz que a mente é como uma folha em branco, sem nenhum conteúdo, em que os dados serão colocados ali, através da experiência, ou seja, para ele, “não há ideia inata; todas as ideias provêm da experiência”. 
Em seguida se vem à tendência do associacionismo que surge como sequência do empirismo crítico. Este novo conceito diz-se que parte do velho para se criar o novo, em um processo de “tentativas e erros, com movimentos ocasionais” por meio da agregação de ideias explica os “fenômenos mentais complexos em termos da interligação de elementos”. 
Segundo Aristóteles, o processo de concatenação de ideias se rege por três leis: contiguidade, semelhança e contraste. Mais a frente, Locke lança a expressão “associação de ideias”. Buscando estabelecer princípios e leis de associação de ideias, os associacionistas começam a estudar a vida mental do homem. Assim, Hartley, com seu trabalho Algumas Observações sobre o Homem, chega à conclusão de que as ideias associam-se no cérebro.
Mais tarde, James Mill vem concordar com, apenas com a primeira lei de Aristóteles, a lei contiguidade. “Segundo a qual a ideia indutora tende a evocar de preferencia uma segunda ideia que, em experiência anterior, tenha sido apreendida ao mesmo tempo ou quase ao mesmo tempo em que ela”.
A seguir, aparece Spencer com um novo conceito, dizendo que as ações que são feitos no agora, serão herdadas pelas gerações posteriores como “instinto evolucional”. Antecipando assim, o trabalho de Darwin, sobre a Origem das Espécies. 
Darwin, com a publicação da obra A Expressão da Emoção no Homem e no Animal, diz que “a evolução ocorre, não apenas por morfologia, como também no comportamento, inclusive na expressão da emoção”. Posteriormente, Carl Hempel defendia a teoria de que era possível traduzir as sentenças que se referiam aos termos mentais de uma pessoa em sentença de seu comportamento.
Por fim, o materialismo científico, a terceira tendência, tem como um das principais afirmações que “a mente e o comportamento são parte do mundo natural e podem ser descritos e estudados tão cientifica e materialisticamente como qualquer outro fenômeno”.
Condillac, em seu Tratado das Sensações, argumenta que o comportamento humano pode ser explicado mecanicamente, aonde “todos os nossos conhecimentos e todas as nossas faculdades vêm dos sentidos”. Mais tarde, Cabanis chega a conclusão de que a consciência é função do cérebro.
Ao decorrer das tendências, os filósofos entraram em divergências referentes a diversos assuntos e com isso, puderam se empenhar e esforçaram-se na busca do conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Wertheimer, M. (1976). Pequena história da psicologia. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. São Paulo. Editora Nacional. Pág. 42 – 64.
Associações de Ideias. Disponível em: http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=117. Acesso em: 09/03/2016 às 15:34.
Mente e Corpo – Um dilema. Disponível em: http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/40/artigo277346-1.asp. Acesso em: 09/03/2016 às 17:00.
Étienne Bonnot de Condillac – Tratado das Sensações – textos selecionados. Disponível em: http://www.filosofia.com.br/figuras/livros_inteiros/155.txt. Acesso em: 09/03/2016 às 20:48.

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