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Resumo Ponto de Acesso

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Nome: Francisco Manuel Clemente Veiga
1º Ano de Biblioteconomia – Manhã
Matéria: Catalogação 
Resumo: Pontos de Acesso. (págs. 145 a 171)
Livro: Catalogação no Plural 
Autores: Mey e Silveira.
Ponto de acesso é um nome, termo pelo qual o usuário pode procurar e encontrar a representação bibliográfica de algum recurso.
Os autores ressaltam que há uma grande tendência para a catalogação automatizada, porém limita-se a tratar dos catálogos manuais, por dois motivos: primeiro, há quem não disponha de recursos eletrônicos; segundo, sendo os catálogos automatizados derivados dos manuais, tornando assim de fácil compreensão a partir da composição dos catálogos manuais.
Para catálogos manuais, pontos de acesso são: de responsabilidade, de título e de assunto. Sendo que esses 3 parâmetros validos para os catálogos automatizados, que também incluem outros campos para refinamento de busca (datas, idiomas, editores, país de publicação, suporte do recurso, entre outros).
Até as AACR2, em sua ultima revisão, os pontos de acessos se dividiam em principal e secundário. Essa divisão tem origem no tempo dos catálogos em livro, quando havia uma entrada e índices que remetiam das demais formas de busca para esta entrada. No século XIX, com os catálogos em ficha, elaborados manualmente, a entrada principal significava a representação completa do recurso, com todas as informações; as entradas secundárias eram abreviadas, resumidas, com uma indicação remetendo à entrada principal para quem deseja-se outros elementos.
O ponto de acesso principal é o que encabeça a entrada principal, isto é, a primeira informação registrada na ficha acima da descrição bibliográfica, os pontos de acesso secundários são todos os demais pontos de acesso além do principal, indicados no último bloco de informações da ficha, na chamada pista. Exemplo:
Stout, Rex. (ponto de acesso principal)
Cozinheiros demais / Rex Stout; tradução: Celso Nogueira – São Paulo:
Companhia das Letras, 1991 – 223 p. – Tradução de: Too many cooks. –
ISBN 85-7164-175-7
1. HISTÓRIAS POLICIAIS. I. Título. (pontos de acesso secundários = ‘pista’)
Para catálogos em ficha cada um dos pontos de acesso secundários indicados na pista deve ser desdobrado gerando uma ficha de entrada secundária, encabeçada pro um destes pontos de acesso.
A descrição bibliográfica mantém o máximo de fidelidade possível à área do título e indicação de responsabilidade. Já os pontos de acesso devem apresentar uma forma padronizada de acordo com a padronização ao público alvo. Em catálogos coletivos, a descrição bibliográfica será sempre a mesma, já os pontos de acesso podem variar.
A forma padronizada dos pontos de acesso denomina-se cabeçalho, porque encabeçava os registros bibliográficos nos catálogos manuais. por conveniência também o uso de: cabeçalho do acesso principal ou cabeçalho de entrada principal, e cabeçalho do ponto de acesso secundário, ou cabeçalho de entrada secundária. 
A Declaração dos Princípios passou a denominá-los pontos de acesso autorizado, tanto para essencial (principal) como para pontos de acesso adicionais (secundários). A padronização dos pontos de acesso é especialmente significativa nos catálogos automatizados, para reunião de recursos semelhantes no catálogo como, por exemplo, todos os recursos do mesmo autor ou todos os recursos sob um mesmo título uniforme, ou todos os recursos sobre o mesmo assunto.
Segundo o código RDA, são estas as funções dos pontos de acesso, que devem permitir ao usuário: a) encontrar obras e expressões correspondentes ao seus critérios de busca; b) identificar a obra ou expressão; c) compreender a relação entre o título preferido e outros títulos variantes da mesma obra ou expressão; d) compreender o porquê da escolha de um título como ponto de acesso preferido ou variante; e) selecionar uma obra ou expressão.
A segunda parte das AACR2 abrange regras sobre pontos de acesso. A determinação dos pontos de acesso principal e secundário compreende duas etapas: a primeira, de escolha dos pontos de acesso e a segunda, de forma dos cabeçalhos, ou pontos de acesso autorizados.
O capitulo 20 das AACR2 é introdutório. O capítulo 21 trata da escolha dos pontos de acesso (principais e secundários). O capítulo 22 trata dos cabeçalhos dos pontos de acesso para nomes pessoais; o 23, para nomes geográficos, o 24, para nomes de entidades coletivas, o 25, para títulos uniformes; e o 26 tratam das remissivas.
De acordo com as regras do Capitulo 21 das AACR2, o ponto de acesso principal de uma obra será:
O nome de seu autor ou criador, sempre, quando há apenas um autor ou criador responsável por ela;
O nome do primeiro autor ou criador citado quando há até três autores ou criadores (a “regra dos três”);
O nome do autor ou criador indicado como principal, quando há quatro ou mais autores ou criadores;
O título da obra, quando há quatro ou mais autores ou criadores e nenhum desde é indicado como principal (a denominada autoria difusa);
O título da obra, quando esta for anônima, isto é, não apresenta autor ou criador;
O título da obra, quando esta contiver várias obras independentes, de vários autores ou criadores, reunidas sob um título geral, ou coletivo (isto é, quando se trata de uma coletânea com título comum).
De assuntos. Não há limites para o número de pontos de acesso de assunto.
Os pontos de acesso secundários são indicados na pista, em catálogos manuais, na seguinte ordem: de assunto; de nomes pessoais de autores; de nomes pessoais de outros responsáveis; de nome-título para nomes pessoais; de nomes de entidades coletivas; de nome/título para entidades coletivas; de títulos e de series.
	O capítulo 22 das AACR2 trata dos cabeçalhos de ponto de acesso para nomes pessoais, sejam estas pessoas responsáveis por uma obra ou assunto de uma obra. Esse capítulo também se divide em duas partes: na primeira, as regras sinalizam para a escolha do nome do responsável (autor) que será a base para o cabeçalho; na segunda, as regras indicam a forma do cabeçalho a partir do nome ao longo da carreira, ou usam nome e pseudônimos simultaneamente, ou usam um único pseudônimo em conjunto com outras pessoas.
	Quanto à escolha do nome que será a base para o cabeçalho temos as seguintes regras:
A forma do nome pela qual a pessoa é conhecida, isto é, a forma encontrada na fonte principal de informação das manifestações de suas obras em sua própria língua, seja seu nome ou um pseudônimo;
Quando as formas do nome variam em diferentes manifestações, dar preferência à forma predominante;
Quando as formas do nome variam e não há forma predominante, dar preferência à forma mais recente;
Quando a pessoa usa o nome ou vários pseudônimos, sem haver forma predominante, fazer o cabeçalho conforme o nome encontrado na fonte principal de informação do item em mão;
Quando duas ou mais pessoas usam um único pseudônimo para obras escritas em conjuntos, escolher o pseudônimo.
Quanto à forma de cabeçalho, após a escolha do nome, simplesmente adota-se a forma utilizada na língua da pessoa, iniciando-se o cabeçalho pelo sobrenome na grande maioria dos casos. Mas há casos especiais, dependendo da língua, ou mesmo do nome adotado pela pessoa.
Na língua portuguesa, o sobrenome é o último nome, exceto no caso de Júnior, Filho, Neto, Sobrinho e assemelhados; os sobrenomes só são considerados compostos quando têm hífen ou formam uma expressão; os sobrenomes de origem.
Na língua espanhola, o sobrenome é o penúltimo nome; se o sobrenome contém um artigo, sem preposição, o cabeçalho começa pelo artigo.
Na língua inglesa, o sobrenome é o último nome; ignoram-se as formas Junior e Senior, que devem ser omitidas do cabeçalho; se o sobrenome contém preposição ou artigo, estes iniciam o cabeçalho.
Na língua francesa, o sobrenome é o último nome; se o sobrenome contém um artigo ou um artigo contraído com uma preposição, inicia-se o cabeçalho pelo artigo ou pelo artigo contraído;sobrenomes compostos se iniciam pelo primeiro nome do sobrenome.
Na língua italiana, o sobrenome é o último nome; se o sobrenome contiver artigo ou preposição, inicia-se o cabeçalho pelo artigo ou preposição (exceto no caso de nomes até o século XVI, para os quais devem ser consultadas fontes de referência).
Nas línguas chinesa e húngara, o sobrenome é o primeiro nome. 
No caso de nome formado apenas por pronomes, inverter o segundo pronome, como se fosse um sobrenome.
No caso de nome formado apenas por um nome ou um único sobrenome, acrescido de Júnior, Filho, Neto, Sobrinho e assemelhados, fazer o cabeçalho na ordem direta, sem inversão.
Sob o termo ‘ponto de acesso de título’ se abrigam, não apenas os títulos próprios. Ou principais, da obra, como também outros títulos variantes, pelos quais a obra possa ser procurada, e as séries. A série nada mais é do que um título comum a várias obras independentes, publicadas em recurso independentes. Registra-se o ponto de acesso de título na forma como aparece na descrição. Não se faz ponto de acesso secundário para subtítulo.
Registra-se também o ponto de acesso secundário de série na forma como aparece na descrição, eliminando-se os parênteses. Não é necessária a transcrição do número do item na série, mas este pode ser incluído. Séries, por vezes, apresentam pequenas variações no nome; neste caso, o catalogador deve uniformizar o título da série, para reunir todos os itens pertencentes à mesma.
Os títulos uniformes, como o nome diz, são títulos padronizados, que visam à reunião de todas as expressões e manifestações de uma obra no catálogo. São registrados em colchetes, antes da descrição bibliográfica e após o ponto de acesso principal de autoria. Opcionalmente podem-se retirar os colchetes do título uniforme que é ponto de acesso principal.
Os títulos uniformes podem receber acréscimo de idioma, entre outros, sempre que necessário para distinguir ou reunir as diferentes manifestações da obra.
O título uniforme é dispensável quando idêntico ao título principal da obra. No caso de obras baseadas em outras, ou que comentam outras, pode-se criar um ponto de acesso secundário de nome-título uniforme para a obra original.
Para os Functional Requirements for Subject Authority Records (FRSAR), as tarefas do usuário são: encontrar, identificar, selecionar e explorar (as relações entre entidades). Os FRSAR confirmam os FRBR, no sentido de que entidade ‘obra’ possui um assunto, denominado thema. Thema é o termo referente a qualquer ‘coisa’ (ente) que seja assunto de uma obra. O thema possui uma relação designativa com nomen. Nomen é o termo usado para referir-se a quaisquer símbolos ou combinações de símbolos alfanuméricos, sonoro, visuais, entre outros, pelo quais um thema seja conhecido, referenciado ou remetido.
Apenas conhecendo seus usuários pode o catalogador determinar o nível ótimo de indexação. De modo geral, em bibliotecas multidisciplinares, tem-se considerado que três assuntos são suficientes para representar o conteúdo de um item de natureza técnica e menor número, para obras literárias. Porém, é desejável que se criem tantos pontos de acesso de assunto quanto necessários, uma vez que estes ajudem ao usuário e não sobrecarreguem os catálogos ou bases de dados com informações apenas parcialmente úteis.
Em catálogos automatizados em linha, os temas de um recurso podem ser recuperados através dos pontos de acesso de assunto ou título e do resumo. Em catálogos manuais, predomina a indexação pré-coordenada.
As remissivas são pontos de acesso que indicam para outros pontos de acesso. Existem dois tipos de remissivas: ver e ver também. As remissivas “ver” remetem de um cabeçalho não autorizado para um cabeçalho utilizado.
As remissivas ‘ver também’ remetem de um cabeçalho autorizado para outro(s) cabeçalho(s) autorizado(s).
As remissivas ‘ver também´ deve ser cruzadas, remeter do ponto de acesso A para o ponto de acesso B e do ponto de acesso B para o ponto de acesso A.
Em catálogos manuais, as relações apresentadas pelas remissivas são transparentes, tanto em remissivas de nomes, como assunto ou títulos. Nos catálogos automatizados, essas relações podem, ou não, aparecer na tela, mas existe de fato, o que significa haver necessidade de padronização dos cabeçalhos ou termos e criação de mecanismos diversos para o usuário chegar ao cabeçalho autorizado.

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