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Aula 10 Etapas de terraplenagem passo a passo

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Aula 10
Etapas de Terraplenagem Passo a Passo
Prof. Danilo Bernardes Lourenço
Disciplina: Complementos de Mecânica dos Solos e Fundações
1-Passo – Copo de aterro ou Corte
1-Passo – Copo de aterro ou Corte
Corpo de aterro: A locação topográfica que vai dizer os pontos que sofrerão corte ou aterro. Nos pontos que devem ser aterrados as camadas de aterro de material de 1° categoria que devem ser de no máximo 30cm compactadas, possuírem GC (grau de compactação) >= 95% Proctor Normal e desvio de umidade de +/- 2%.
A função do corpo de aterro é aterrar o terreno da cota primitiva até a cota de projeto, ou cota de terraplenagem. A etapa seguinte são as camadas finais.
1-Passo – Copo de aterro ou Corte
Dica 01: ao lançar uma camada deve-se considerar o empolamento do material, ou seja, se o material possui 27% de empolamento, ao lançar o material para conseguir uma camada de 30cm compactada, deve-se lançar 30,0cm X 1,27 = 38,1cm. Uma camada de 38,1cm de material solto.
1-Passo – Copo de aterro ou Corte
1-Passo – Copo de aterro ou Corte
A partir do Passo 2 já estamos no Pavimento
Pavimento é toda estrutura apoiada sobre a Camada Final de Terraplenagem (CFT) e destinada a receber o tráfego proporcionando conforto e segurança ao usuário
2-Passo - Camadas finais
São as 3 últimas camadas de MS – material selecionado – de 1° categoria, espessura de 20cm compactadas, possuírem GC (grau de compactação) >= 100% Proctor Normal e desvio de umidade de +/- 2%.
Dica 02: As camadas finais são divididas em 1° final, 2° final e 3° final (ou subleito).
2-Passo - Camadas finais
Em todas as camadas é preciso “correr linha”. Correr linha é a atividade para verificar se a camada está executada de acordo com o greide locado pela topografia. Essa atividade que vai dizer se há a necessidade de cortar ou aterrar em alguns pontos ao longo do trecho executado.
OBS: O colaborador que executa esta função é o “greidista”.
2-Passo - Camadas finais
2-Passo - Camadas finais
A partir do subleito, 3° camada final, é preciso “correr viga”, Viga de Benkelman, para determinar a deflexão do pavimento.
Dica 03: Ao correr a Viga de Benkelman verificar a distância em que devem ser medidos os pontos em relação ao bordo de pavimento ou da faixa de rolamento.
Dica 04: Nas camadas finais é preciso fazer o controle de umidade das camadas para que elas não percam a umidade e, assim, não precisem ser retratadas.
3-Passo – Sub Base
A sub-base em rodovias e grandes avenidas é, geralmente, formada por uma composição de materiais dosados em uma usina de solos. Esses materiais atendem a uma faixa granulométrica A, B ou C. Para atender a essa faixa granulométrica faz-se a composição de materiais como: MS (material selecionado) + Brita 0 + Brita 1 + Areia.
3-Passo – Sub Base
As vezes alguns projetos são compostos apenas de MS e Brita 1, em percentuais, por exemplo 70%  MS e 30% Brita 1.
Quando sai da usina em caminhões o material já está na umidade ótima, pronto para ser aplicado. Assim, não há a necessidade de ser “gradeado”. Caso ele perca a umidade ótima será necessário “gradear” para colocá-lo novamente na umidade ótima. Evite esse retrabalho!
3-Passo – Sub Base
Dica 05: A usina de solos é calibrada para uma produção em toneladas por hora (t/h), de acordo com a produção planejada por dia.
A espessura da camada depende do projeto, deve possuir GC (grau de compactação) 100% PI (proctor intermediário).
Na sub-base também é necessário “correr linha” e “correr viga”.
Dica 06: Ao finalizar a sub-base é preciso dar o acabamento nela, ou seja, dê uma raspada de leve com a motoniveladora e passe o rolo liso (ou rolo chapa) sem vibrar.
4-Passo – Base
4-Passo – Base
A base tem a função de resistir e distribuir a sub-base a os esforços do tráfego sobre o revestimento ou capa (no caso de asfalto/CBUQ).
A espessura da camada depende do projeto, deve possuir GC (grau de compactação) 100% Pm (proctor modificado).
4-Passo – Base
Também pode ser dosada em usina de solos de acordo com a faixa e com os materiais mais nobres em maiores percentuais. Por exemplo 70% Brita 1 e 30% MS (uma inversão da sub-base proposta anterior).
Na Base também corre-se linha, corre-se viga com muito critério em relação a qualidade do serviço porque é na base que se será aplicado o revestimento ou, capa.
4-Passo – Base
Dica 07: é necessário dar o acabamento na Base com uma raspada com Motoniveladora, rolo de pneu e uma final com rolo chapa sem vibrar.
Finalizada essas etapas entra-se na aplicação do CBUQ, conhecido popularmente como Asfalto.  
Ensaio da Viga Benkelman
Ensaio da Viga Benkelman
Ensaio da Viga Benkelman
Definições da norma:
Viga Benkelman: aparelho destinado a medir deflexões no pavimento.
Eixo de carga: eixo do veículo de prova que transmite ao pavimento o peso da carga do ensaio.
Trilha externa: faixa de pavimento que suporta normalmente as rodas diretas dos veículos que por ela transitam.
Ensaio da Viga Benkelman
Aparelhagem
a) Viga Benkelman – constituída de um conjunto de sustentação em que se articula uma alavanca interfixa, formando dois braços cujos comprimentos a e b obedecem as relações de 2/1, 3/1 ou de 4/1. A extremidade do braço contém a ponta de prova da viga. A extremidade do braço menor aciona um extensômetro com precisão de 0,01mm. Possui um pequeno vibrador destinado a evitar eventuais inibições do ponteiro do extensômetro e dispõe de uma trava de proteção a ser utilizada por ocasião do transporte. É inteiramente revestida com isopor, quando não em uso.
Ensaio da Viga Benkelman
b) Caminhão com 8,2 tf de carga no eixo traseiro, simetricamente distribuída em relação as rodas. Pode ser usada carga por eixo, quando julgado inconveniente. O eixo traseiro é simples e com roda dupla.
c) Pneus com as dimensões 1000x20 ou 900x20, com lonas, tipo “com câmara” e com frisos na faixa de rodagem, calibrados a pressão 0,56Mpa (5,6kgf/cm2 ou 80lb/pol2).
d) Calibrador para medir a pressão dos pneus.
Ensaio da Viga Benkelman
Execução do ensaio:
A viga para ser usada deve ser previamente aferida, conforme DNER-PRO 175/94.
Localização dos pontos:
Os pontos do pavimento em que devem ser medidas as deflexões devem ser convenientemente marcados e estarem localizados a uma distância pre fixada da borda do revestimento.
Ensaio da Viga Benkelman
Largura da faixa de tráfego (m)
Distância da borda do revestimento (m)
2,7
0,45
3,00
0,60
3,30
0,75
3,50 ou mais
0,90
Ensaio da Viga Benkelman
Posicionamento do caminhão:
	Um dos conjuntos de rodas duplas traseiras do caminhão deve ser centrado sobre ponto selecionado na trilha externa, conforme Tabela. O eixo de carga do caminhão deve ficar perpendicular ao eixo da pista de rolamento.
	
Posicionamento da viga Benkelman:
	A ponta de prova da viga deve ser entre os pneus da roda dupla, coincidindo com o ponto selecionado. O perfeito posicionamento da ponta da viga, na vertical do eixo traseiro, deve ser assegurado por meio de um sistema de referência a posição da viga a do caminhão.
Ensaio da Viga Benkelman
	A trava da viga deve ser liberada.
	O pé traseiro da viga deve ser ajustado de modo que o extensômetro fique, aproximadamente, a meio curso.
Leitura inicial:
	Ligado o vibrador, faz-se a leitura inicial (L0), quando o extensômetro indicar movimento igual ou menor que 0,01mm/min, ou decorridos 3 minutos da ligação do vibrador.
Ensaio da Viga Benkelman
Leitura final:
	O caminhão deve ser deslocado lentamente, pelo menos 10,0m para frente, após faz-se a leitura final (Lf), quando o extensômetro indicar movimento igual ou menor que 0,01mm/min ou decorridos 3 minutos após o caminhão sair da posição original.
Transporte da viga:
	Desligado o vibrador, a parte móvel da viga deve ser travada, após isso a viga pode ser transportada para um novo ponto.
Ensaio da Viga Benkelman - Resultados
Cálculo das deflexões:
	A deflexão do pavimento no ponto de prova é calculada por meio da fórmula:
Ensaio da Viga Benkelman
O raio de curvatura da bacia de deformação no ponto de provas é calculado por meio da fórmula:
Esquema da Viga Benkelman
Esquema do sistema de referência na viga e no caminhão

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