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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA… VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG
					
					JOANA…, nacionalidade…, estado civil…, profissão…, portadora do RG nº… e inscrita no CPF nº…, residente e domiciliada na…, nº…, bairro…, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, CEP… e endereço eletrônico…, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, procuração anexa, com escritório profissional na…, nº…, bairro…, no município de…, CEP…, onde receberá intimações, vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR COM PEDIDO DE LIMINAR
					Com fulcro no art. 536, § 1º do Código de Processo Civil - CPC em face de FLÁVIO…, nacionalidade…, estado civil…, profissão…, portador do RG nº… e inscrito no CPF nº... , residente e domiciliado na…, nº…, bairro…, no município de Belo Horizonte/MG, CEP… pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
I - Dos fatos
					A Autora teve um relacionamento esporádico com o Réu, do qual nasceu Pedro, que atualmente tem 5 (cinco) anos de idade. Além disso, ela sempre exerceu a guarda do menor, criando-o, educando-o, com carinho e atenção, sem nenhum tipo de ajuda do Réu, apesar de nunca ter demandado judicialmente a ação que regulasse a tutela do menor. 
					Ocorre que, no final de fevereiro, sob a alegação de que o avô do menor encontrava-se acometido de neoplasia maligna, a Autora foi para a cidade de Belo Horizonte/MG com o menino, para que pudesse conhecer seus avôs paternos, em especial seu avô.
					Ao chegar no local, a Autora foi fisicamente agredida pelo Réu e seus familiares, sendo obrigada a deixar a casa e, ainda sob coação física, levada até a rodoviária onde embarcou ao Rio de Janeiro/RJ sem o filho.
					Salientamos, ainda, que a violência sofrida pela mãe ocorreu diante do filho que inevitavelmente vivenciou tal experiência.
					Desesperada, entrou em contato com o Conselho Tutelar do Rio de Janeiro, que foi notificado, mas não conseguiu contato com o Réu, que, além da posse do menor, reteve todos os seus documentos.
II - DO DIREITO
					O menor foi obrigado a se separar da mãe, tendo em vista a violência contra ela empregada, na ocasião da visita a família do Réu. Assim, essa atitude bárbara avilta a dignidade da criança, que violentamente foi arrancada dos braços da mãe para passar a conviver com família que o detém através da violência. Logo, existe a clara violação do disposto no art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, já que a integridade física e, sobretudo, psicológica do menor está sendo agredida. Além disso, também ocorre a violação do preceito no art. 18 do mesmo Estatuto, uma vez que a separação da mãe é aterrorizante e desumana.
					A privação do convívio com a mãe também viola o disposto no art. 19 do ECA, uma vez que é direito da criança a convivência com sua família, sobretudo, com uma pessoa que sempre a criou. 
					Desta forma, para que tais preceitos legais sejam cumpridos, é imperiosa e decretação da busca e apreensão do menor, nos termos do art. 536, § 2º do CPC, uma vez que se encontra distante do seio familiar da mãe.
II.I - DA MEDIDA LIMINAR
					A Autora almeja a concessão da tutela de urgência pleiteada, tendo em vista a violação do direito a guarda natural e o rompimento dos laços familiares, podendo acarretar à criança perigo psicológico irreversível, uma vez que todos esses anos só havia sido criado por ela, estando presentes os requisitos da probabilidade do direito e do dano irreversível ao menor previstos nos arts. 300 e 301 do CPC.
					Cumpre frisar que o Conselho Tutelar do Rio de Janeiro não logrou êxito no contato com o Réu e que sua atitude se enquadra como ALIENAÇÃO PARENTAL, nos termos da Lei nº 12.318/2010.
					Por fim, em cumprimento do disposto no art. 308 do CPC, após a efetivação da medida, a autora proporá a ação principal de REGULAMENTAÇÃO da guarda do menor.

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