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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA VITIMIZADA

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA VITIMIZADA
Introdução
Historicamente, a violência contra crianças sempre esteve vinculada ao processo educativo, constituindo-se de um problema histórico-cultural que tem percorrido todas as décadas até o século atual, nas suas diferentes formas de expressão.
Histórico:
1846, EUA – Avanço importante na luta contra maus-tratos à criança;
1924 – Declaração de Genebra;
1959 – Declaração Universal dos Direitos à Criança;
1961 – Síndrome da criança espancada;
1979 – “Ano Internacional dos Direitos Humanos”;
1989 – ECA , Lei n° 8069;
2001 – Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil.
MALTRATO INFANTO-JUVENIL DOMÉSTICO
É considerado maltrato infanto-juvenil doméstico aquele que acontece dentro de casa, tendo como vítimas crianças e adolescentes e é geralmente cometido pelo responsável que deveria cuidá-los.
Inclui basicamente quatro tipos de situações: o dano físico, o dano psíquico ou emocional, a negligência e/ou abandono e o abuso sexual. 
Até alguns anos atrás, pensava-se que o maltrato infantil era conseqüência de transtornos psicológicos individuais, alcoolismo ou de carências financeiras ou educativas.
As investigações atuais demonstram que, na realidade, é produto de um conjunto de fatores relacionados ao modelo familiar e social que valida a violência como procedimento aceitável para a solução de conflitos.
MALTRATO FÍSICO
É o tipo de violência mais evidente e fácil de detectar. Trata-se de lesões provocadas por qualquer motivo, incluindo as reações a condutas indesejadas pelos pais ou responsáveis pela criança.
Existem diferentes tipos: escoriações, hematomas, luxações, fraturas, queimaduras, feridas por objetos cortantes. As lesões podem ser causadas por impacto, penetração, calor, substâncias químicas e drogas.
Fatores que predispõem ao abuso físico
Características dos pais: Pais que tiveram história de abuso ou negligência não é fator de risco para o mau-trato da criança; Embora que o castigo físico tenda a ocorrer na infância dos pais abusivos, a maioria dos pais não sofreram abuso físico; Os pais que cometem abuso têm dificuldade em aceitar o estresse e de controlar expressão de raiva.
Características das crianças: As crianças também, não intencionalmente contribui para situações de abuso; Em famílias de duas ou mais crianças, geralmente somente uma é vítima de abuso; O temperamento da criança, sua posição na família, necessidades físicas adicionais caso seja desabilitada fisicamente, etc.
Características ambientais: O ambiente é uma parte importante no potencial de uma situação abusiva. Geralmente o ambiente está sob estresse crônico, incluindo problemas de divórcio, pobreza, desemprego, moradia precária, alcoolismo e vício em drogas.
Abuso Físico
DANO PSÍQUICO OU EMOCIONAL
É interessante destacar que é uma forma mais difícil de diagnosticar. Geralmente detecta-se quando associado a outros quadros severos de maltrato e ainda quando confirmada a suspeita, a intervenção dos profissionais e/ou do sistema legal ocorre de maneira mais cautelosa.
É a conseqüência da hostilidade verbal crônica em forma de burla, desprezo, crítica ou ameaça de abandono e constante bloqueio das iniciativas de interação infantil.
Os efeitos do maltrato emocional são observados:
 no vínculo afetivo entre criança e adulto;
 nos baixos níveis de adaptação e funcionamento social;
 nos problemas de conduta como: agressividade, condutas destrutivas, condutas anti-sociais;
 nos fracassos escolares;
 na tristeza e depressão: baixa auto-estima, instabilidades emocionais, tendências suicidas, etc.
Dano Emocional
NEGLIGÊNCIA
Fala-se de negligência quando o adulto permanece junto ao filho, privando-lhe parcialmente e em grau de variável de atenção adequada e necessária.
Esta desatenção pode provocar quadros de desnutrição do segundo e terceiro grau, descuido frente à situações perigosas, acidentes freqüentes, imunizações incompletas, desinteresse geral, deserções escolares.
Comportamentos sugestivos na Negligência:
 comportamentos auto-estimulatórios, tais como chupar o dedo ou ninar-se;
 pedindo ou roubando comida;
 absenteísmo na escola;
 vandalismo ou pequenos furtos;
 vício em álcool ou drogas.
Negligência 
ABUSO SEXUAL
É uma das formas mais graves de maltrato infantil, consiste na utilização de um menor para satisfação dos desejos sexuais de um adulto, encarregado dos cuidados da criança ou alguém no qual este confie.
Qualquer tipo de aproximação sexual inadequada que aconteça entre menores de diferentes etapas evolutivas e/ou uso de algum tipo de coerção, também se considera abuso sexual.
O abuso sexual inclui os seguintes tipos de maus tratos sexuais:
 Incesto: qualquer atividade sexual entre membros da família; relação de sangue não é necessária;
 Molestamento: um termo vago que inclui “liberdade indecente”, tais como alisar, acariciar, beijar, etc.;
 Exibicionismo: pose indecente, geralmente mostrar os órgãos genitais para uma criança;
 Pedofilia: um adulto “deseja” uma criança, para fins sexuais.
Abuso Sexual
A Vitimização e o ECA
O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente concretiza, a necessidade de proteção da dignidade da pessoa humana quando em peculiar estado de desenvolvimento.
 É por força do artigo 5º, portanto, que estão presentes em todo o corpo do Estatuto mecanismos de proteção para esta fase de desenvolvimento da vida humana: perde o poder familiar o pai ou a mãe que castigar imoderadamente o filho, por exemplo.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à infância e a juventude, com absoluta prioridade, o direito ao desenvolvimento integral. Todavia, são exatamente estes protagonistas sociais, estes que se encontram no papel de garantidores, os agentes perpetradores de violências contra a criança e o adolescente.
Responsáveis pela denúncia de maus tratos
De acordo com o disposto no artigo 13 e 56, I do ECA constata-se que o Conselho Tutelar é mencionado explicitamente como destinatário da denúncia de maus tratos, sendo esta obrigatória.
Portanto, somar-se-ão ao Conselho Tutelar, como autoridades competentes para recebimento da denúncia de suspeita ou confirmação de maus tratos, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Civil ou Militar.
Cuidados de Enfermagem com crianças vitimizadas
A responsabilidade principal do profissional de saúde é identificar situações abusivas o mais cedo possível.
Características que alguns membros da família pode predispor, serve como base;
Um exame físico detalhado e um cuidadoso levantamento da história servem como ferramenta de diagnóstico;
Os enfermeiros possuem papel especial porque são as primeiras pessoas que vêem as crianças e os pais e são prestadores de cuidados, nos casos de hospitalização.
Principais objetivos de enfermagem para crianças maltratadas:
Criança ser protegida de futuros abusos;
Criança e família irão receber o apoio adequado;
Criança hospitalizada e família, inclusive pais adotivos se apropriado, serão preparados para a alta hospitalar;
Criança não deve ser vítima de maus tratos.
ACADÊMICOS:
RAIANE LIMA
ANA LÚCIA SOBRINHO
GEICIELLY LIMA
MÔNIKA OLIVEIRA
VALLMYLHEYA MAELLY
ADALBERTO JÚNIOR
DANIELLA OLIVEIRA
Referências
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/5289/-1/a-crianca-maltratada-e-negligenciada.html
HOCKENBERRY, Marilyn J; Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica – 7.ed.-Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
http://www.scielo.br/pdf/ape/v23n3/v23n3a18.pdf

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