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cad cam 3 (1)

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See	discussions,	stats,	and	author	profiles	for	this	publication	at:	https://www.researchgate.net/publication/260058974
Odontologia	restauradora	com	sistemas	CAD/CAM	-	o	estado
atual	da	arte.	Parte	3	-	Materiais	restauradores	para	sistemas
CAD/CAM
Article	·	January	2010
CITATIONS
0
READS
481
7	authors,	including:
Leandro	Hilgert
University	of	Brasília
45	PUBLICATIONS			75	CITATIONS			
SEE	PROFILE
Florian	Beuer
Ludwig-Maximilians-University	of	Munich
103	PUBLICATIONS			1,651	CITATIONS			
SEE	PROFILE
All	in-text	references	underlined	in	blue	are	linked	to	publications	on	ResearchGate,
letting	you	access	and	read	them	immediately.
Available	from:	Leandro	Hilgert
Retrieved	on:	17	September	2016
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
86 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
Odontologia Restauradora com Sistemas 
CAD/CAM: O Estado Atual da Arte
Parte 3 – Materiais Restauradores para 
Sistemas CAD/CAM
RESUMO
A tecnologia de planejamento e produção computadori-
zada de restaurações dentárias pode ser utilizada para as mais 
diferentes situações clínicas. Isso, associado ao grande número 
de empresas fabricantes de equipamentos para o conceito CAD/
CAM, resultou em uma miríade de materiais restauradores para 
a confecção de peças protéticas sob esse conceito. O presente 
artigo, último de uma série de três, discute os materiais metálicos, 
resinosos e, principalmente, cerâmicos indicados para produção 
por sistemas CAD/CAM. Ênfase é dada ao dióxido de zircônio, 
por ser um material que apresenta características relevantes para 
a odontologia restauradora e ter, na tecnologia automatizada, um 
grande facilitador de seu processamento.
PALAVRAS-CHAVE
Projeto auxiliado por computador. Restauração dentária 
permanente. Prótese dentária.
ABSTRACT
The computerized technology for the design and produc-
tion of dental restorations can be employed in many clinical si-
tuations. This broad range of indications, associated to a great 
number of equipments manufacturers for the CAD/CAM concept 
resulted in a myriad of restorative materials suitable for the ma-
nufacturing of prosthetic elements. This article, last of a series of 
three, discusses the metallic, resinous and, mainly, ceramic mate-
rials that are by dental CAD/CAM systems. An emphasis is given 
to the zirconium dioxide, a ceramic that presents very interesting 
properties for Restorative Dentistry and is highly benefited by the 
computerized manufacturing technology. 
KEYWORDS
Computer aided design. Dental restoration, permanent. 
Dental prosthesis.
Leandro
Inserted Text
processed 
Leandro
Highlight
Hilgert LA, Schweiger J, Beuer F, Andrada MAC, Araújo E, Edelhoff D.
CAD/CAM restorative dentistry: the present state-of-the-art
Part 3 – Restorative materials for CAD/CAM systems
87Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
INTRODUÇÃO
A odontologia utiliza vários materiais para devolver forma, 
função e estética aos dentes dos pacientes que necessitam de 
tratamentos restauradores. Para muitos casos, o amálgama dental 
e as resinas compostas cumprem a função de material restaura-
dor ideal, uma vez que permitem aplicação direta intra-oral, o que 
reduz as etapas de confecção, custo e permite realizar preparos 
cavitários menos invasivos. Porém, quando restaurações indiretas 
estão indicadas, devido a maiores dimensões do preparo, que 
contra-indicam materiais diretos, as etapas de impressão, produ-
ção extra-oral de uma peça protética e cimentação são neces-
sárias. Tecnologias de automação apresentam novas alternativas 
de execução das fases de impressão e de confecção das restau-
rações indiretas, conforme se discutiu nos primeiros dois artigos 
desta série sobre odontologia restauradora com sistemas CAD/
CAM,1-2 que se encerra com o presente trabalho.
Os materiais restauradores de uso indireto são os metais, 
as resinas e as cerâmicas, todos com produção apta a ser au-
xiliada por sistemas CAD/CAM, seja por técnicas de usinagem, 
sinterização a laser ou impressão 3D de padrões acrílicos ou de 
cera, seguidos de processos de fundição ou injeção cerâmica. 
Assim, este artigo apresenta e discute o uso de tais materiais 
restauradores, dentro do conceito de produção automatizada de 
restaurações dentárias.
MATERIAIS RESTAURADORES PARA 
PROCESSAMENTO CAD/CAM 
METAIS
PARA ABUTMENTS DE IMPLANTES E INFRA-ESTRUTURAS DE 
COROAS, PONTES E PRÓTESES REMOVÍVEIS
Os principais metais utilizados para a produção de infra-
estruturas com uso de tecnologia CAD/CAM são o cromo-cobalto, 
o titânio e as ligas nobres. O cromo-cobalto é utilizado em copings 
e arcabouços de pontes fixas e de próteses parciais removíveis. 
Sua produção pode ser realizada por sinterização a laser, usina-
gem ou fundição de padrões. O titânio é utilizado para infra-estru-
turas de coroas, pontes e abutments para implantes. O processa-
mento do titânio é bastante facilitado pelo processo de usinagem. 
A biocompatibilidade do titânio é um ponto bastante favorável, 
que estimula seu uso. 
Metais nobres podem ser trabalhados por processamento 
automatizado, como sinterização a laser, porém, os custos são 
altos. O uso de padrões de fundição impressos em 3D também é 
uma forma como a tecnologia CAD/CAM se encaixa no uso de tais 
ligas metálicas preciosas. Em vários países, o uso de cerâmicas 
de alta resistência, como o dióxido de zircônio, vem tomando o 
lugar das ligas nobres, devido ao alto custo dos metais e ao de-
senvolvimento do uso desses materiais cerâmicos, potencializado 
pela automatização. Exemplos do uso da tecnologia CAD/CAM 
* Professor Adjunto de Dentística da Universidade de Brasília (UnB). Especialista, Mestre e Doutor em Dentística pela Universidade Federal de Santa Catarina. 
Pesquisador Visitante do Departamento de Prótese Dentária da Ludwig-Maximilians-Universität, Munique, Alemanha (LMU-München)
** Chefe do Laboratório de Prótese Dentária do Departamento de Prótese da LMU-München
*** Professor Assistente do Departamento de Prótese da LMU-München
**** Professor Titular de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina 
***** Professor Titular de Clínica Integrada da Universidade Federal de Santa Catarina 
****** Professor Associado do Departamento de Prótese da LMU-München
Leandro Augusto Hilgert
UnB - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Faculdade de Ciências da Saúde
Departamento de Odontologia, 70910-900, Brasília, DF
leandrohilgert@unb.br
Data de recebimento: 18/05/2009
Data de aprovação: 01/06/2009
Leandro Augusto Hilgert*
Josef Schweiger **
Florian Beuer ***
Mauro Amaral Caldeira de Andrada ****
Élito Araújo *****
Daniel Edelhoff ******
Leandro
Sticky Note
Fontes, na lista de autores faltou um autor!!! Deve-se acresecentar, após o Florian Beuer e antes do Prof. Mauro o nome de Marlis Eichberger, que é Ceramista do Laboratório de Prótese Dentária do Departamento de Prótese da LMU-München.
O resto já está tudo atualizado e ok.
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
88 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
na produção de componentes metálicos para uso restaurador em 
odontologia são apresentados na Figura 1.
RESINAS
PARA CONFECÇÃO DE ELEMENTOS PROVISÓRIOS
A confecção de bons elementos provisórios é de extrema 
importância para o sucesso do tratamento restaurador. Eles não 
só têm a função de “restaurações”temporárias, no ínterim entre 
preparo e cimentação definitiva, como são de grande utilidade 
como ferramentas diagnósticas da adequação do tratamento pro-
posto em termos de função e estética. Por isso, é essencial que 
os elementos provisórios sejam confeccionados o mais próximo 
possível de como se deseja a restauração final. Bons materiais 
restauradores que proporcionem às restaurações temporárias du-
rabilidade, sem que tenham custo demasiadamente elevado, são 
necessários. 
Atualmente, diversas empresas oferecem blocos de ma-
teriais resinosos específicos para confecção de provisórios de 
longa durabilidade, que são usinados após o planejamento au-
tomatizado das restaurações. Tal modelo de produção de pro-
visórios é mais rápido do que as usuais técnicas convencionais 
que exigem enceramento e prensagem de acrílico. Os materiais 
restauradores disponíveis para processamento CAD/CAM apre-
sentam propriedades físico-mecânicas superiores e ótima acei-
tação biológica, uma vez que os polímeros usados contam com 
alto grau de conversão, que é possível dada a polimerização em 
âmbito industrial.3 
Os blocos resinosos para confecção de provisórios podem 
ser usinados na forma final anatômica, como podem ser produzi-
das infra-estruturas que serão, posteriormente, estratificadas pelo 
acréscimo manual de compósitos. A primeira forma de produção 
é a mais rápida, econômica e usual, e fica a estratificação das res-
taurações temporárias indicada para os casos de dentes anterio-
res em que o anseio estético na fase provisória é elevado (Fig.2). 
Citam-se alguns exemplos de materiais disponíveis no 
mercado para a produção de provisórios de longa duração: arte-
gral ImCrown (Merz, Alemanha); Vita CAD-Temp (Vita, Alemanha); 
artBloc Temp (Merz); ZENO PMMA (Wieland, Alemanha); etkon 
polycon ae (Etkon, Alemanha); Kavo Everest C-Temp (para infra-
estruturas) (Kavo, Alemanha).
Figura 2: (A) Blocos de material provisório resinoso; (B) planejamento virtual (software inLab, Sirona, Alemanha); (C) provisórios em dentes anteriores, produzidos com o bloco 
Vita CAD-Temp (Vita, Alemanha) e caracterizados pela técnica do cut-back, com resinas compostas laboratoriais do sistema Sinfony (3M ESPE, Alemanha).
Figura 1: (A) Abutment para implante usinado em titânio (sistema Straumann etkon, Etkon, Alemanha); (B) infra-estrutura usinada em titânio (sistema Kavo Everest, Kavo, 
Alemanha); (C) padrão de fundição em acrílico produzido por impressão 3D. 
Hilgert LA, Schweiger J, Beuer F, Andrada MAC, Araújo E, Edelhoff D.
89Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
Figura 4: (A) Bloco de cerâmica vítrea reforçada por leucita de alta translucidez (EmpressCAD HT, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) antes e após a usinagem de uma faceta; (B) 
facetas cerâmicas sobre o modelo imediatamente após usinagem pelo sistema CEREC inLab; (C) facetas cerâmicas após caracterização extrínseca e glaze.
Figura 3: Alguns dos diferentes materiais disponíveis para produção de restaurações totalmente cerâmicas.
PARA CONFECÇÃO DE RESTAURAÇÕES DEFINITIVAS
A utilização de compósitos na produção de restaurações 
indiretas definitivas também é possibilitada por alguns sistemas 
CAD/CAM. Embora pouco utilizada e, portanto, com pequena dis-
ponibilidade de materiais, tal possibilidade terapêutica apresenta 
como vantagem, em relação às técnicas convencionais, a quali-
dade intrínseca do material restaurador, que é produzido sob rigor 
industrial. O principal bloco de resina composta indicado para re-
alização de restaurações indiretas pelo processamento CAD/CAM 
é o Paradigm MZ100 (3M ESPE, EUA), cuja formulação se baseia 
na resina Z100, compósito que obteve grande sucesso comercial 
até recentemente.
CERÂMICAS
É inegável que o material restaurador indireto mais discuti-
do na atualidade é a cerâmica. Certamente, é esse o material que 
mais tem sido incorporado à metodologia de produção automati-
zada. O elevado padrão estético, a manutenção da lisura super-
ficial e do brilho, a alta compatibilidade biológica, dentre outras 
características, são vantagens que as cerâmicas apresentam em 
relação a outras alternativas restauradoras, como resinas com-
postas indiretas ou restaurações metalocerâmicas. 
A explosão do crescimento do emprego das restaurações 
ametálicas tem impulsionado o desenvolvimento e a populariza-
ção do uso dos materiais cerâmicos em todo o mundo. Cerâmi-
cas de alta resistência, capazes de ocupar o papel dos metais 
como infra-estrutura de próteses, já podem na atualidade ser em-
pregadas, na absoluta maioria das situações clínicas existentes. 
Restam poucas exceções, nas quais os metais ainda são impres-
cindíveis.
Entretanto, as cerâmicas de infra-estrutura apresentam, 
dentro do protocolo convencional, dificuldades de produção. Um 
dos primeiros sistemas para a produção de copings cerâmicos, o 
InCeram (Vita) exige, pelo processamento slip casting, laborioso 
procedimento nas mãos do técnico em prótese dental, além de 
não ser fácil controlar adequadamente sua espessura, o que é 
vital para haver adequada resistência e conseqüente previsibilida-
de clínica. Outro sistema, o Empress 2, da Ivoclar Vivadent (Lie-
chtenstein), exige enceramento manual do coping, inclusão em 
revestimento, queima da cera, injeção cerâmica e desinclusão, 
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
90 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
protocolo também trabalhoso e demorado.
Nesse contexto, a evolução da tecnologia CAD/CAM 
exerce grande papel. A automatização e a possibilidade de usi-
nar cerâmicas permitem não só o processamento mais rápido e 
confiável de diversos materiais que já eram utilizados, bem como 
aumenta o número de materiais disponíveis, com destaque para 
o dióxido de zircônio. A Figura 3 apresenta, de forma simplifica-
da, os diferentes tipos de materiais restauradores cerâmicos que 
podem ser processados por técnicas CAD/CAM, assim como as 
principais marcas comerciais em cada uma das categorias.
PARA A CONFECÇÃO DE RESTAURAÇÕES ANATÔMICAS
Para a fabricação de restaurações cerâmicas anatômicas, 
como facetas, inlays, onlays, overlays e coroas unitárias, por meio 
de processamento CAD/CAM, três categorias de materiais restau-
radores apresentam-se disponíveis: cerâmicas feldspáticas; cerâ-
micas vítreas reforçadas por cristais de leucita; e vítreas à base de 
cristais de dissilicato de lítio. 
As cerâmicas feldspáticas, representadas principalmente 
pelo material Vitabloc MKII (Vita), que é o mais estudado na lite-
ratura, apresentam resultados expressivos. Em pesquisas, restau-
rações indiretas produzidas por CAD/CAM apresentaram os me-
lhores resultados para materiais estéticos, resultados suplantados 
apenas pelas restaurações áureas.4 Os materiais cerâmicos fel-
dspáticos disponíveis apresentam uma característica importante, 
que é a facilidade de polimento, o que possibilita seu uso mesmo 
sem glazeamento e reduz o desgaste da estrutura dental antago-
nista. Diversas opções de cores e até mesmo níveis de transluci-
dez aumentam o potencial estético desses materiais.
As cerâmicas vítreas reforçadas por leucita procuram se-
guir o sucesso comercial do material Empress (Ivoclar Vivadent), 
que é uma cerâmica injetável, indicada para a fabricação de res-
taurações anatômicas unitárias. Os cristais de leucita desenvol-
vidos dentro da estrutura vítrea dessa cerâmica aumentam sua 
resistência, e o sucesso clínico é alto, segundo a literatura.5-6 A 
versão CAD/CAM do Empress,o material EmpressCAD, é ofere-
Figura 6: (A) Coping planejado no programa inLab 3D; (B) bloco de dissilicato de lítio (e.maxCAD HT, Ivoclar Vivadent) logo após usinagem; (C e D) coping antes e após a 
queima de cristalização. Observe-se a perda da coloração azulada e a transição para a cor selecionada.
Figura 5: Gráfico relacionando resistência flexural e razão de contraste (capacidade de mascaramento, diretamente ligada ao grau de opacidade). Observe que os materiais mais 
translúcidos são o InCeram Spinell* e o Empress 2** (dissilicato de lítio), contudo, têm menor resistência flexural. As infra-estruturas de dióxido de zircônio (Y-TZP) apresentam 
elevada resistência, com graus de translucidez interessantes, com destaque para o material LAVA***. Gráfico produzido pela compilação de diversos trabalhos da literatura.9-17 
(*Vita, Alemanha; **Ivoclar Vivadent, Liechtenstein – novo material à base de dissilicato de lítio, e.max CAD HT, apresenta maior translucidez com o mesmo padrão de resistência 
flexural –; ***3M ESPE, Alemanha). 
Hilgert LA, Schweiger J, Beuer F, Andrada MAC, Araújo E, Edelhoff D.
91Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
Figura 8: (A) Coping em Y-TZP com apenas 0,3mm de espessura, o q¬ue possibilita preparos mais conservadores ou maior espessura de cerâmica de cobertura; (B e C) infra-
estruturas em Y-TZP usinadas em corpo branco antes (B) e após (C) a sinterização – observe-se a redução de volume de aproximadamente 20% –; (D) restaurações finalizadas 
após estratificação de massas cerâmicas de cobertura, caracterização extrínseca e glaze.
Figura 7: Fases dos cristais de dióxido de zircônio puro. A transformação de tetragonal para monoclínico é acompanhada de aumento de volume de aproximadamente 4,5%. 
No esquema à direita, os “cristais” em vermelho representam locais em que houve transformação do estado tetragonal para o monoclínico, devido a estresse promovido pela 
propagação da trinca. A força compressiva oriunda dessa transformação interrompe a progressão da trinca, e aumenta a tenacidade do material.
cida em diversas cores e três padrões de translucidez: LT, baixa 
translucidez; HT, alta translucidez; e Multi, com variação gradual 
da translucidez, mais alta na região incisal (ou oclusal) e mais bai-
xa na cervical (O croma também diminui gradualmente da região 
cervical para incisal ou oclusal. A Figura 4 apresenta o protocolo 
de confecção de uma faceta com o material EmpressCAD HT). A 
companhia 3M ESPE também disponibiliza uma cerâmica vítrea 
reforçada por leucita, a Paradigm C.
Embora tenha sido criado inicialmente para produção de 
infra-estruturas para coroas unitárias e pontes anteriores de até 
três elementos, o material Empress 2 (Ivoclar Vivadent) – com-
posto por uma matriz vítrea onde ocorre o crescimento de cristais 
de dissilicato de lítio que elevam consideravelmente sua resistên-
cia – pode também ser utilizado para confecção de restaurações 
anatômicas.7-8 Atualmente, essa cerâmica é comercializada com 
o nome de e.max Press e e.max CAD (ambos da Ivoclar Vivadent). 
A versão para processamento CAD/CAM (e.max CAD) é fornecida 
em estágio pré-cristalizado (bloco na cor azul) que deve, após 
usinagem, ser cristalizado em forno, para assumir sua cor e re-
sistência finais. 
Os blocos até então disponíveis da cerâmica e.max CAD 
indicados para produção de restaurações anatômicas (e.max CAD 
LT) apresentam baixa translucidez, o que pode comprometer o 
resultado estético das restaurações. Um novo bloco de cerâmica 
vítrea à base de cristais de dissilicato de lítio com alta translucidez 
(e.max CAD HT), disponível em 2009, pode expandir seu uso para 
casos de maior expectativa estética. Porém, são necessários mais 
estudos sobre o comportamento dessas cerâmicas em relação à 
abrasividade causada nos dentes antagonistas.
Comuns a todas as cerâmicas indicadas para produção de 
restaurações anatômicas são a sensibilidade ao condicionamento 
com ácido fluorídrico e a presença de uma superfície rica em síli-
ca, sujeita à silanização, o que favorece a cimentação adesiva. 
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
92 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
PARA CONFECÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE COROAS E 
PONTES
As cerâmicas indicadas para produção de infra-estruturas 
requerem propriedades mecânicas superiores, o que era, muitas 
vezes, acompanhado pela redução de sua translucidez. O nível 
de translucidez de um material deve ser baixo o necessário para 
mascarar possíveis alterações cromáticas do substrato, porém, 
não deve impedir totalmente a passagem de luz, que é a grande 
vantagem estética das cerâmicas em relação aos metais como 
material de infra-estrutura. 
Nesse quesito, a introdução de novos materiais cerâmi-
cos, que foi possibilitada pelo desenvolvimento da tecnologia 
CAD/CAM, abriu uma miríade de opções para os profissionais 
da odontologia, que contam agora com materiais de elevada re-
sistência e níveis de passagem de luz (translucidez) compatíveis 
com bons resultados estéticos. Encontrar o equilíbrio ideal entre a 
resistência e a translucidez necessárias ao material de infra-estru-
tura para cada caso é um dos desafios para se obter sucesso nas 
restaurações totalmente cerâmicas. 
Observe na Figura 59-17 que materiais como a alumina 
densamente sinterizada (AL Sinterizada) e o dióxido de zircônio 
(Y-TZP), que são normalmente processados apenas por meios au-
tomatizados, apresentam alta resistência e, dependendo da mar-
ca comercial, níveis de translucidez maiores do que cerâmicas à 
base de alumina infiltrada por vidro, como o InCeram Alumina ou 
InCeram Zirconia.9-11 
CERÂMICAS VÍTREAS À BASE DE CRISTAIS DE DISSILICATO DE 
LÍTIO
As cerâmicas vítreas à base de dissilicato de lítio apresen-
tam resistência flexural biaxial de aproximadamente 360MPa. Elas 
são indicadas para produção de copings para coroas unitárias ou 
infra-estruturas para pontes de até três elementos no segmento 
anterior. Grandes atrativos desse tipo de material de infra-estru-
tura são sua translucidez (que pode ser alta) e a possibilidade de 
condicionamento com ácido fluorídrico e silanização, que facili-
tam o protocolo de cimentação adesiva.
Para processamento por tecnologia CAD/CAM, são ofere-
cidos blocos de material restaurador em estado pré-cristalizado 
(e.maxCAD, Ivoclar Vivadent) que, após usinagem, devem ser le-
vados ao forno para que sua cristalização se complete. O proces-
so de cristalização eleva as propriedades mecânicas do material 
e transforma sua cor de azul para a cor escolhida na escala de 
cores Vita Classical. 
ALUMINA INFILTRADA POR VIDRO
As infra-estruturas cerâmicas de alumina infiltrada por vi-
dro de lantânio formam a linha de materiais da empresa Vita, que 
é constituída pelo InCeram Spinell, InCeram Alumina e InCeram 
Zirconia. Os três materiais podem ser processados por métodos 
convencionais, na técnica conhecida por slip casting, por deposi-
ção eletroforética (sistema CeHa White ECS, C. Hafner, Alemanha) 
ou pela usinagem de blocos com pré-infiltração de vidro por siste-
mas CAD/CAM. Os blocos são processados em estado poroso e, 
após usinados, recebem a aplicação do vidro de lantânio e são le-
vados ao forno, para que a infiltração ocorra, proporcionando-lhes 
as características físico-mecânicas desejadas. O uso da tecnolo-
gia CAD/CAM apresenta as vantagens de facilitação do contro-
le de espessura e considerável redução do tempo de produção, 
quando comparado à técnica convencional.
O InCeram Spinell apresentaresistência flexural de apro-
ximadamente 350MPa e alta translucidez, sendo indicado como 
coping de coroas anteriores sem substratos demasiadamente 
escurecidos. Esse material é constituído por uma fase cristalina 
de alumina, espinélio de magnésio (≈70%) e vidro de lantânio 
(≈30%).18
O InCeram Alumina, com fase cristalina de alumina (≈70%) 
e vidro de lantânio (≈30%),18 apresenta resistência flexural ao re-
dor de 430MPa12,16 e está indicado para coping de coroas anterio-
res e posteriores, bem como infra-estruturas de pontes anteriores 
Figura 9: Importância do planejamento adequado da infra-estrutura, cujos principais objetivos são produzir um arcabouço com espessura compatível com a resistência 
necessária e proporcionar uma camada uniforme de cerâmica de cobertura. Erros no desenho da infra-estrutura podem ser a razão de grande número de insucessos clínicos. 
Os primeiros softwares de sistemas CAD/CAM apresentavam deficiências nesse quesito, que foram corrigidas, na grande maioria dos sistemas atuais.
Hilgert LA, Schweiger J, Beuer F, Andrada MAC, Araújo E, Edelhoff D.
93Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
de até três elementos. 
O InCeram Zirconia é composto por uma estrutura crista-
lina de alumina e zircônia (≈70%) infiltrada por vidro de lantânio 
(≈30%).18 Com resistência flexural biaxial média, segundo alguns 
trabalhos da literatura, de 550MPa,12,14-16 está indicado como ma-
terial para coping de coroas posteriores e infra-estruturas de pon-
tes fixas de até três elementos. Seu uso no segmento anterior é 
limitado devido a sua grande opacidade, que dificulta a obtenção 
de resultados estéticos de excelência.
ALUMINA DENSAMENTE SINTERIZADA
As infra-estruturas de alumina densamente sinterizadas 
são processadas pelos sistemas CAD/CAM em uma fase de pré-
sinterização final, o que facilita o desgaste. Após usinagem, as 
peças produzidas são levadas ao forno para completar sua sin-
terização. A composição desses materiais é praticamente 100% 
de estrutura cristalina de alumina densamente sinterizada. São 
exemplos comercias desse tipo de cerâmica os blocos InCeram 
AL (Vita), inCoris Al (Sirona, Alemanha) e o Procera Alumina (No-
bel Biocare, Suécia), que têm resistência flexural de aproximada-
mente 650MPa.14 
A alumina densamente sinterizada está indicada para pro-
dução de copings para coroas anteriores e posteriores, infra-es-
truturas de pontes anteriores e posteriores de até três elementos, 
bem como coroas primárias para próteses telescópicas. É válido 
lembrar que o processo de sinterização final acarreta contração 
da cerâmica, assim, os sistemas CAD/CAM usinam a alumina pré-
sinterização final em volume maior, calculado exatamente para 
que, após densamente sinterizada, a peça apresente adaptação 
ideal.
DIÓXIDO DE ZIRCÔNIO
O dióxido de zircônio, também chamado de zircônia, é 
certamente o material que mais se desenvolveu e cujo uso foi 
potencializado pelo aprimoramento e crescente utilização das 
tecnologias de produção por sistemas CAD/CAM. Seus princi-
pais atrativos, como material para criação de infra-estruturas, são 
elevada resistência flexural, adequada tenacidade à fratura, exce-
lente biocompatibilidade e coloração e translucidez compatíveis 
com ótimos resultados estéticos. O dióxido de zircônio é capaz 
de substituir o metal das tradicionais próteses metal-cerâmicas 
em grande número de casos, e seu custo de produção não é tão 
elevado como o das ligas metálicas nobres. Devido à importân-
cia da zircônia no cenário das tecnologias de automatização na 
odontologia restauradora, segue breve discussão das principais 
características dessa cerâmica, chamada por alguns de “aço ce-
râmico”.
O dióxido de zircônio (ZrO2) pode se apresentar em três 
fases cristalográficas: cúbica, tetragonal ou monoclínica, de acor-
do com a temperatura (Fig. 7). Em temperatura ambiente, a forma 
em que a zircônia pura se apresenta é a monoclínica. Durante a 
transformação de fase de tetragonal para monoclínica (no resfria-
mento, abaixo de 1173°C), ocorre aumento de volume do material 
de aproximadamente 4,5%, o que impossibilita o uso da zircônia 
nesse estado puro, já que tal aumento de volume em todo o corpo 
cerâmico levaria a uma falha catastrófica. Entretanto, a adição de 
óxidos estabilizadores ao dióxido de zircônio é capaz de mantê-lo 
em estado cúbico ou tetragonal à temperatura ambiente. 
Nas cerâmicas utilizadas em odontologia, o óxido mais 
usado é a ítria (Y2O3), em concentração aproximada de 3mol%, 
que estabiliza os cristais de dióxido de zircônia no estado tetra-
gonal. Daí vem o porquê de esses materiais serem comumente 
chamados de Y-TZP (Yttria Tetragonal Zirconia Polycrystal), ou seja, 
uma estrutura de zircônia policristalina em estado tetragonal esta-
bilizada por ítria.19-21
Um dos fatos mais interessantes sobre o dióxido de zircônio 
estabilizado por ítria é que ele é parcialmente estabilizado. Caso 
sejam aplicadas forças mecânicas ou térmicas de determinada 
magnitude, podem ocorrer transformações localizadas do estado 
tetragonal para o monoclínico, acompanhadas do já relatado au-
mento de volume. Essa pode ser considerada uma das grandes 
vantagens da zircônia. No caso de uma trinca, por exemplo, o 
estresse produzido pelo início de sua propagação provoca uma 
transformação localizada dos cristais do estado tetragonal para 
o monoclínico. O aumento de volume desses cristais ao redor da 
trinca gera uma força compressiva que impede sua propagação, 
e dificulta, assim, a ocorrência de fratura. Esse mecanismo é cha-
mando de transformation thoughening ou aumento da tenacidade 
pela transformação de fase (Fig. 7).19-21 
Mais recentemente, foi desenvolvida uma formulação de 
dióxido de zircônio estabilizada por cério e com adição de nano-
cristais de alumina (NanoZR, Matsushita Electric Works, Japão). 
Tal cerâmica apresenta resistência flexural de aproximadamente 
1500MPa e a mais elevada tenacidade à fratura dentre as cerâmi-
cas odontológicas comerciais (18MPa.m1/2).22
A zircônia está indicada como material de infra-estrutura 
para próteses odontológicas unitárias anteriores e posteriores, 
bem como para pontes de até 14 elementos. Coroas primárias e 
componentes terciários de próteses telescópicas, abutments para 
implantes, assim como implantes cerâmicos, são outros exem-
plos do uso do dióxido de zircônio na odontologia.
Os blocos de zircônia disponíveis para usinagem por siste-
ma CAD/CAM podem se apresentar em duas formas: corpo bran-
co ou HIP (Hot Isostatic Pressed). Os blocos em corpo branco 
representam um estágio pré-sinterizado da zircônia, que facilita a 
usinagem, porém, requer posterior sinterização, que é acompa-
nhada de contração volumétrica de aproximadamente 20%, volu-
me esse calculado e previsto pelos sistemas automatizados antes 
da usinagem (Fig.8).
Os blocos HIP já se encontram em estágio completamente 
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
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sinterizado, no qual a zircônia apresenta elevadas propriedades 
físico-mecânicas que acabam dificultando a usinagem. Embora 
não exista posterior contração ou necessidade de sinterização, a 
fresagem de blocos HIP exige equipamentos CAM mais robustos 
e maior tempo de usinagem. A fresagem da zircônia HIP (com-
pletamente sinterizada) pode gerar estresses em sua estrutura, 
os quais provocam a transformação do estado tetragonal para 
monoclínico, durante a fabricação das restaurações.Apesar de 
existirem técnicas para reverter essa transformação por meio de 
tratamentos térmicos, não é ainda consenso na literatura o quão 
adequado é esse procedimento. Acredita-se que o processamen-
to da zircônia em corpo branco, seguido de sinterização, resulta 
em um material final mais consistente.19
Outra vantagem da usinagem de blocos pré-sinterizados 
é a possibilidade de colorir a zircônia antes de sua sinterização 
final. Esse procedimento permite que o técnico em prótese dental 
inicie a estratificação da cerâmica de cobertura sobre uma infra-
estrutura com a cor mais adequada para as particularidades de 
cada situação clínica.
Preconiza-se que as infra-estruturas de dióxido de zircônio 
devem apresentar espessura mínima de 0,5mm.19 Entretanto, já foi 
demonstrado sucesso em dentes anteriores com apenas 0,3mm 
de espessura do coping de zircônia, o que possibilita preparos 
menos invasivos ou representa mais espaço e liberdade de es-
tratificação da cerâmica de cobertura para o ceramista (Fig. 8).23 
Para dentes anteriores, existem ofertas comerciais, como a do sis-
tema Procera Zirconia (Nobel Biocare) que sugere espessura de 
0,4mm. Para copings de coroas posteriores, a espessura mínima 
deve ser igual ou superior a 0,5mm.
No caso de pontes fixas, é importante atentar para a sec-
ção transversal dos conectores, que no segmento anterior deve 
ter área mínima de 6mm2. No segmento posterior, a secção trans-
versal do conector deve ter, no mínimo, 9mm2 para um pôntico ou, 
ao menos, 12mm2, no caso de dois pônticos adjacentes.24 Além 
da área, a altura do conector é relevante para a resistência. Isso 
significa que, para pontes fixas com infra-estruturas em dióxido de 
zircônio, deve existir altura dental mínima de 4mm a 5mm.24 Por-
tanto, em dentes com coroa clínica curta, a coroa necessita de ser 
aumentada, ou os metais devem continuar sendo os materiais de 
eleição para criação das infra-estruturas protéticas, já que apre-
sentam sucesso com conectores de espessura reduzida.25 Para 
pacientes bruxômanos graves, há a precavida recomendação de 
não utilizar próteses totalmente cerâmicas, sob risco de maior ín-
dice de falhas.
O sucesso clínico de infra-estruturas de zircônia vem sen-
do avaliado por uma série de estudos que demonstram bons re-
sultados, com raros casos de fraturas, geralmente relacionados 
a deficiências técnicas. São relatados alguns problemas, como 
a ocorrência de trincas ou pequenas fraturas das cerâmicas de 
cobertura (chippings), tema esse que será abordado no próximo 
subitem do presente artigo.26-30
São alguns exemplos comerciais de cerâmicas à base 
de dióxido de zircônio para uso odontológico: LAVA (3M ESPE), 
ZirCAD (Ivoclar Vivadent), InCeram YZ (Vita), Cercon (Degudent, 
Alemanha), InCoris ZI (Sirona, Alemanha), Procera Zirconia (No-
bel Biocare, Suécia), Everest Z-Block (KaVo, Alemanha), ZENO Zr 
(Wieland, Alemanha), Zerion (Etkon, Alemanha), Denzir (Etkon). 
CERÂMICAS DE COBERTURA PARA INFRA-ESTRUTURAS CAD/
CAM
As infra-estruturas protéticas recebem a aplicação de cerâ-
micas de cobertura, que emprestam às restaurações um aspecto 
natural e estético, devido a sua maior translucidez e à possibilida-
de de estratificação de camadas que simulam o comportamento 
óptico de dentina e esmalte. Além disso, a forma final da restaura-
ção é dada pelas cerâmicas de cobertura.
De acordo com o material utilizado para confecção da 
infra-estrutura protética, está indicado um tipo de cerâmica de re-
cobrimento, que deve apresentar compatibilidade de coeficiente 
de expansão térmica linear. Como regra, a expansão térmica da 
cerâmica de cobertura deve ser inferior (5%-10%) ao valor do coe-
ficiente do material de infra-estrutura. Isso faz com que a força que 
permanece sobre a cerâmica de cobertura, após o resfriamento 
das queimas, seja compressiva, o que é desejado, já que forças 
de tração são as maiores responsáveis pela ocorrência de trincas 
e fraturas.18,31 Assim, é essencial que o laboratório utilize materiais 
de infra-estrutura e de cobertura conhecidamente compatíveis, e 
que respeite a temperatura, o tempo e o número de[que?] preco-
nizados pelo fabricante. 
Os primeiros acompanhamentos clínicos publicados na 
literatura relatam que alguns casos solucionados com infra-estru-
turas de dióxido de zircônio produzidas por métodos CAD/CAM 
apresentam problemas com trincas e pequenas fraturas da cerâ-
mica de cobertura,26-28 embora tais falhas não tenham justificado a 
substituição das restaurações.19 Esses resultados, porém, devem 
ser analisados com cautela, uma vez que o entendimento atual 
dos materiais e técnicas envolvidos permite apontar os possíveis 
fatores que causam esses problemas. 
Os primeiros sistemas CAD/CAM tinham softwares que 
planejavam infra-estruturas de espessura única e uniforme, o que 
é incorreto. A forma adequada deve ser semelhante à anatomia 
final da restauração, reduzida de maneira uniforme, para criar es-
paço adequado para o material de cobertura (Fig.9).32 A zircônia 
é um pobre condutor de calor, e isso requer menor velocidade 
de aquecimento e resfriamento do forno cerâmico durante a apli-
cação dos materiais de recobrimento. Aí reside a importância do 
respeito absoluto às normas de tratamento térmico das cerâmicas 
e da ótima calibração de temperatura dos fornos utilizados.24 
Caso, após a sinterização final do dióxido de zircônio, se-
jam impostos estresses à superfície, como pelo ajuste com pon-
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número de queimas 
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Hilgert LA, Schweiger J, Beuer F, Andrada MAC, Araújo E, Edelhoff D.
95Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
tas diamantadas ou pelo jateamento, são necessários tratamen-
tos térmicos para reverter a transformação de fase tetragonal em 
monoclínica, que ocorre na superfície ajustada.24 Restaurações 
cujas superfícies oclusais ou proximais necessitaram de desgaste 
para ajuste durante a prova clínica devem ter tais áreas polidas 
ou, preferencialmente, novamente glazeadas antes da cimenta-
ção final.24
Acompanhamentos clínicos de restaurações totalmente 
cerâmicas com infra-estruturas de dióxido de zircônio produzidas 
com materiais modernos e à luz dos cuidados acima relatados 
apresentam sucesso clínico elevado, sem ocorrência de grande 
número de trincas ou pequenas fraturas do material de cobertu-
ra.33 
As cerâmicas de recobrimento podem ser aplicadas sobre 
as infra-estruturas de três formas: manualmente, por sobreinjeção 
ou pela sinterização de cerâmicas usinadas.
A aplicação manual da cerâmica de cobertura, misturan-
do-se pó e líquido, e construindo-se a anatomia camada a cama-
da, com uso de espátulas e pincéis, permite estratificar diferentes 
cores e níveis de translucidez do material restaurador, bem como 
replicar as individualidades ópticas de esmalte e dentina. Certa-
mente, a arte envolvida nesse protocolo permite obter os mais be-
los resultados estéticos. Porém, o tempo e o custo são maiores, e 
a qualidade da restauração final, tanto em termos estéticos como 
físico-mecânicos, depende da competência do ceramista. 
Praticamente todas as empresas que fabricam materiais 
de infra-estrutura produzem também cerâmicas de recobrimento, 
criam “sistemas cerâmicos” completos. Entretanto, vários mate-
riais de cobertura são adequados para mais de uma marca co-
mercial de infra-estrutura. Mais uma vez, atenção deve ser tomada 
pelo laboratório na escolha de materiais garantidamente compa-
tíveis.
Como discutido na parte 2 desta série de artigos, a forma 
final de uma restauração cerâmo-cerâmica pode ser dada pelain-
jeção de cerâmicas de cobertura diretamente sobre a infra-estru-
tura, no procedimento chamado de sobreinjeção ou overpressing. 
Esse protocolo requer um padrão de injeção produzido em cera 
ou acrílico, que é eliminado pela técnica da cera perdida, sendo 
a cerâmica injetada no espaço deixado pelo padrão. A fabricação 
do padrão pode ser feita manualmente, por meio de enceramen-
to, ou por métodos automatizados no protocolo CAO (Computer 
Aided Overpressing).2,34 
É possível também realizar a sobreinjeção apenas de 
uma cerâmica de corpo de dentina, aplicando-se as cerâmicas 
de esmalte e de efeitos com a técnica manual, aprimorando-se, 
assim, os resultados estéticos. A técnica de sobreinjeção tem 
atraído atenção de grandes indústrias, que disponibilizam mate-
riais como, por exemplo, o e.max Zirpress (Ivoclar Vivadent) e o 
VitaPM9 (Vita), ambos para a cobertura por injeção cerâmica de 
infra-estruturas de dióxido de zircônio.
Como mais recente técnica proposta para recobrimento 
de infra-estruturas cerâmicas, existe o protocolo SVK 
(Sinterverbundkrone),2,32,35 que consiste em planejamento 
computadorizado e usinagem da cerâmica de cobertura, que 
é ligada à infra-estrutura pela sinterização de uma cerâmica de 
união. Essa técnica reduz o tempo de fabricação e os primeiros 
testes laboratoriais apresentam resultados positivos. Resta ainda, 
porém, aguardar os resultados de estudos clínicos e a oferta 
de maior número de sistemas cerâmicos compatíveis com esse 
protocolo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A incorporação de procedimentos de automatização na 
produção de restaurações dentárias possibilitou grande redução 
do tempo de confecção e maior controle de variáveis envolvidas 
no protocolo de produção. Dentre estas se citam: aumento da 
qualidade intrínseca dos materiais, que são produzidos sob pa-
râmetros industriais e são menos sujeitos a falhas humanas de 
manipulação; e maior utilização de padrões numéricos (cientifi-
camente estabelecidos) de espessuras mínimas de material, fa-
cilmente visíveis e controláveis, na produção via CAD/CAM, o que 
não é verdade na técnica de produção tradicional. 
Os novos sistemas computadorizados de planejamento e 
confecção possibilitam e facilitam o uso de alguns materiais que 
vêm atraindo muita atenção no âmbito da prótese dentária, como 
as infra-estruturas em dióxido de zircônio. Elas apresentam su-
cesso clínico adequado, demonstrado por diversas avaliações 
clínicas em andamento, e permitem a expansão das indicações 
das restaurações totalmente cerâmicas para um grande número 
de casos que antes requisitavam uso de metais. Destacam-se as 
vantagens estéticas e de compatibilidade biológica que acompa-
nham tal mudança de material de eleição. 
A presente série que se encerra com este artigo procurou 
apresentar aos profissionais da odontologia (dentistas e técnicos 
em prótese dental) o que há de mais atual dentro do tema automa-
tização em odontologia restauradora, discutindo desde princípios 
de utilização, possibilidades restauradoras e sistemas presentes 
no mercado, até materiais restauradores que se encontram à dis-
posição. Se as tendências de uso de diversos protocolos restau-
radores se repetirem, iniciando-se em países econômica e tecno-
logicamente mais desenvolvidos e logo chegando ao Brasil, em 
pouco tempo, a utilização de sistemas CAD/CAM fará parte não 
só do cotidiano de uma pequena parcela dos profissionais, mas 
se tornará protocolo padrão em grande número de consultórios e 
laboratórios de prótese dental.
ODONTOLOGIA RESTAURADORA COM SISTEMAS CAD/CAM: O ESTADO ATUAL DA ARTE PARTE 3 – MATERIAIS RESTAURADORES PARA SISTEMAS CAD/CAM
96 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.1, p. 86-96, jan./mar. 2010
AGRADECIMENTOS
O primeiro autor agradece ao Programa de Pós-graduação 
da Universidade Federal de Santa Catarina e ao Departamento de 
Prótese da Universidade Ludwig-Maximilians de Munique (Diretor: 
Prof. Dr. med. dent. Dr. h.c. Wolfgang Gernet) as oportunidades 
de estudo; ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico 
e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (CAPES) o apoio financeiro, proces-
sos 142966/2006-1 e BEX2759/07-1, respectivamente; ao DAAD 
(Deutscher Akademischer Austauschdienst) o auxílio e incentivo à 
pós-graduação e ao aprendizado da língua alemã.
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